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QUÍMICA INORGÂNICA I Tabela Periódica e propriedades periódicas dos elementos Parte 3 • A tabela periódica • Propriedades Periódicas - Raios atômicos e iônicos - Energia de ionização - Afinidade Eletrônica - Eletronegatividade - outras prop. periódicas Prof. Priscila Silva Parte deste material foi elaborado pelo Prof. Jairo Tronto A TABELA PERIÓDICA É o arranjo dos elementos em ordem crescente de número atômico. Reflete tendências nas propriedades dos elementos. Colunas verticais: Grupos Família de elementos numerados de acordo com o no de elétrons de valência (da última camada ocupada) Linhas horizontais: Períodos numerados de acordo com o no quântico principal (n) da última camada ocupada Número atômico Massa atômica 2 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Configurações Eletrônicas do Estado Fundamental dos Elementos n s 1 n s 2 n s 2 n p 1 n s 2 n p 2 n s 2 n p 3 n s 2 n p 4 n s 2 n p 5 n s 2 n p 6 d 1 d 5 d 1 0 Metal Semi-Metal Não metal 5f 4f 3 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Formato da Tabela Periódica com os lantanídeos e actinídeos inseridos bloco-s bloco-f bloco-d bloco-p 4 regiões da tabela periódica 4 Qui Inorg 1 - Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 + 1 + 2 + 3 -1 -2 -3 Cátions e Ânions dos Elementos Representativos Perdem ou ganham elétrons 5 Qui Inorg 1 - Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 1 – Carga Nuclear Efetiva 2 - Raio Atômico/ Raio iônico 3 – Energia de ionização 4- Afinidade Eletrônica Variação Periódica das Propriedades Físicas Tendência ao longo dos grupos e dos períodos. 6 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 1 – CARGA NUCLEAR EFETIVA Carga Nuclear Efetiva (Zef) é a carga sentida por um elétron 0 < s < Z 7 Z Efeito de blindagem: elétrons mais internos blindam elétrons mais externos da atração pelo núcleo Determinação da Carga Nuclear Efetiva Regras de Slater 1) Escreva a configuração eletrônica dos elementos na seguinte ordem e grupos: (1s) (2s, 2p) (3s, 3p) (3d) (4s, 4p) (4d) (4f) (5s, 5p) etc. 2) Elétrons em qualquer grupo à direita do grupo (ns, np) não contribuem para a constante de blindagem. 3) Todos os outros elétrons no grupo (ns, np) blindam o elétron de valência de 0,35 cada. 4) Todos os elétrons na camada (n - 1) contribuem com 0,85 cada. 8 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Continuação das Regras de Slater 5) Todos os elétrons (n - 2) ou em camadas mais baixas blindam completamente, ou seja, contribuem com 1 para o fator de blindagem. Quando o elétron que está sendo blindado pertence a um grupo (nd) ou (nf), as regras 2 e 3 são as mesmas, mas as regras 4 e 5 tornam-se: 6) Todos os elétrons nos grupos à esquerda do grupo (nd) ou (nf) contribuem com 1,0 para o fator de blindagem. A carga nuclear efetiva é estimada a partir da equação: Zef = Z – S Z = nº atômico do elemento S = efeito de blindagem 9 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Determinação da Carga Nuclear Efetiva Cálculos da carga Nuclear Efetiva Calcule a carga nuclear efetiva do 5B, 11Na e 19K. 10 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 11Na: 1s 2 2s22p6 3s1 5B: 1s2 2s22p1 19K: 1s 2 2s22p6 3s23p6 4s1 2 x 0,35 = 0,70 2 x 0,85 = 1,70 Zef = Z – S = 5 – 2,40 = 2,60 8 x 0,85 = 6,80 2 x 1,0 = 2,0 Zef = Z – S = 11 – 8,80 = 2,20 8 x 0,85 = 6,80 10 x 1,0 = 10,0 Zef = Z – S = 19 – 16,80 = 2,20 Limitações das regras de Slater para cálculo da Carga Nuclear Efetiva 11 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Funciona ao longo dos períodos, mas falha ao longo dos grupos! Necessidade de algumas modificações! Determinação da Porcentagem de Blindagem Regras de Waldron: Modificação da 4ª regra de Slater: 4) Para o cálculo dos elétrons s e p, os elétrons d da camada (n - 1) são contados como 0.50 cada. Todos os elétrons f são contados como 0.69 cada. As regras para calcular os valores dos elétrons d e f permanecem as mesmas. Ou seja, elétrons na mesma camada contam 0,35 e os outros contam como 1,0. A porcentagem de blindagem(PB) é dada por: PB = S / Z x 100% 12 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Cálculos da Porcentagem de Blindagem Calcule a porcentagem de blindagem do 5B, 11Na e 19K. 13 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 11Na: 1s 2 2s22p6 3s1 5B: 1s2 2s22p1 19K: 1s 2 2s22p6 3s23p6 4s1 2 x 0,35 = 0,70 2 x 0,85 = 1,70 PB = S / Z x 100% = 2,40/5 x 100% = 48% 8 x 0,85 = 6,80 2 x 1,0 = 2,0 PB = S / Z x 100% = 8,80 / 11 x 100% = 80% 8 x 0,85 = 6,80 10 x 1,0 = 10,0 PB = S / Z x 100% = 16,80 / 19 x 100% = 88,4% 14 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Porcentagens de blindagem Limitações 15 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 - Penetração dos orbitais; - Blindagem ineficiente dos elétrons d e f Penetração 16 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 É possível encontrar elétrons do subnível 3s em locais onde predominantemente estão os elétrons do 1s. 16 Cálculo para carga nuclear efetiva 17 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 EIZ-1 é a (Z - 1)ésima energia de ionização. Rh é a constante de Rydberg, igual a 13,6 eV. Estimativa da carga nuclear efetiva a partir da modificação da equação de Rydberg Para metais: raio atômico é definido como metade da distância entre os centros de dois átomos de metal adjacentes. Para elementos que existem como moléculas diatômicas: raio atômico é definido como metade da distância entre os centros dos átomos na molécula. 2 – RAIO ATÔMICO 18 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 A um e nt o d o ra io a tô m ic o Aumento do raio atômico 19 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 R ai o at ôm ic o (p m ) Número atômico Raio Atômico D im in ui a o lo ng o d o pe rí od o 20 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Aumento do Raio Atômico ao longo da Tabela Periódica 21 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Raio Iônico Os raios dos cátions são menores do que os raios dos seus respectivos átomos. Os raios dos ânions são maiores do que os raios dos seus respectivos átomos. 22 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Número atômico Número atômico R a io ( pm ) R a io ( pm ) Comparação: Raio Atômico x Raio Iônico 23 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Raio Iônico AMBOS SÃO ÍONS ISOELETRÔNICOS 24 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Espécies Isoeletrônicas: apresentam o mesmo número de elétrons Íon O2- F- Na+ Mg2+ No de elétrons 10 10 10 10 No de prótons 8 9 11 12 r(íon)/pm 126 119 116 86 Aumento do raio 25 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 É a energia necessária para remover 1 elétron de um átomo no estado gasoso: A (g) A + (g) + e- EI1 primeira energia de ionização EI2 segunda energia de ionização EI3 terceira energia de ionização EI1 < EI2 < EI3 3- ENERGIA DE IONIZAÇÃO (EI) EI1 + X(g) X + (g) + e - EI2 + X(g) X2 + (g) + e - EI3 + X(g) X3 + (g) +e - 26 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Tabela II: Energias de Ionização (kJ/mol) dos primeiros 10 elementos Z Elemento Primeira Segunda Terceira Quarta Quinta Sexta 1 H 1.312 2 He 2.373 5.251 3 Li 520 7.300 11.815 4 Be 899 1.757 14.850 21.005 5 B 801 2.430 3.660 25.000 32.820 6 C 1.086 2.350 4.620 6.220 38.000 47.261 7 N 1.400 2.860 4.580 7.500 9.400 53.000 8 O 1.314 3.390 5.300 7.470 11.000 13.000 9 F 1.680 3.370 6.050 8.400 11.000 15.200 10 Ne 2.080 3.950 6.120 9.370 12.200 15.000 27 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Aumento da Primeira Energia de Ionização (EI) ao longo da Tabela Periódica 28 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Número Atômico (Z) Pr im e ir a E I ( k J /m ol ) Primeira Energia de Ionização (EI) em relação ao Número Atômico 29 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Irregularidades? Por que a energia de ionização do boro é menor que do berílio? Por que a energia de ionização do oxigênio é menor que do nitrogênio? 30 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Irregularidades: Al e S 31 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 X (g) + e - X - (g) F (g) + e - F - (g) O (g) + e - O - (g) ∆H = -328 kJ/mol ∆H = -141 kJ/mol Elementos com alta afinidade eletrônica: Processos exotérmicos 4- AFINIDADE ELETRÔNICA É a energia envolvida no processo de adição de 1 elétron a um átomo no estado gasoso: A (g) + e- A-(g) 32 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Afinidade eletrônica ou Eletroafinidade 33 Comparando os elementos Ca (Z = 20) e Br (Z = 35), pode-se afirmar que: a) o raio atômico do Br é maior, pois ele tem maior número de camadas eletrônicas. b) a energia de ionização do Ca é maior, pois é mais difícil retirar um elétron desse elemento do que do Br. c) o Br tem maior afinidade eletrônica pois, com a adição de um elétron, ocorre uma maior liberação de energia. d) o Br é mais eletropositivo pois, no período, a eletropositividade aumenta com o aumento do número atômico. e) ambos os elementos têm propriedades químicas semelhantes, pois estão no mesmo período. Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Afinidade eletrônica ou Eletroafinidade 34 • É um processo normalmente acompanhado por liberação de energia; •Quanto mais negativo o valor de afinidade eletrônica, maior a tendência do átomo de receber elétrons. • As afinidades são difíceis de serem medidas e não se conhece valores exatos para todos os elementos; • De modo geral, as afinidades eletrônicas tornam-se mais negativas ao longo dos períodos; • Os elementos do grupo IA tem afinidade eletrônica um pouco negativa, enquanto os elementos do grupo IIA têm valores positivos, pois os elétrons deverão ser adicionados na subcamada p; Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Tabela III: Afinidades Eletrônicas (kJ/mol) de alguns Elementos Representativos e dos Gases Nobres 1 2 3 4 5 6 7 8 H 73 He 0 Li 60 Be 0 B 27 C 122 N 0 O 141 F 328 Ne 0 Na 53 Mg 0 Al 44 Si 134 P 72 S 200 Cl 349 Ar 0 K 48 Ca 2,4 Ga 29 Ge 118 As 77 Se 195 Br 325 Kr 0 Rb 47 Sr 4,7 In 29 Sn 121 Sb 101 Te 190 I 295 Xe 0 Cs 45 Ba 14 Tl 30 Pb 110 Bi 110 Po ? At ? Rn 0 35 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Como explicar a eletroafinidade dos halogênios? 36 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Elemento Carga nuclear AE (KJ/mol) F 9+ -328 Cl 17+ -349 Br 35+ -325 I 53+ - 295 -A grande facilidade dos halogênios em ganhar elétrons está relacionada com o fato de que cada elétron adicionado na camada de valência completa o octeto, o átomo adquire a configuração de um gás nobre. - O valor para o flúor deveria ser mais negativo que o do cloro, porque isso não ocorre? Como explicar a eletroafinidade dos halogênios? 37 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 - Uma explicação para esse fato é relativa aos pequenos tamanhos destes átomos. A repulsão inter- eletrônica na camada L geralmente não-compacta parece compensar a alta atração do núcleo, reduzindo a afinidade eletrônica. Número Atômico A fi ni d a d e E le tr ôn ic a ( k J /m ol Afinidade Eletrônica x Número Atômico Halogênios Metais Alcalinos 38 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Conceito de Eletronegatividade de Mulliken = EI + AE 2 eletronegatividade Energia de Ionização Afinidade Eletrônica Eletronegatividade E le tr on e ga ti vi d ad e 39 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010 Energia de Ionização Afinidade Eletrônica Comportamento Baixa Baixa Cátions Alta Alta Ânions Al 1,37 Ar 3,36 As 2,26 B 1,83 Be 1,99 Br 3,24 C 2,67 Ca 1,30 Cl 3,54 F 4,42 Ga 1,34 Ge 1,95 H 3,06 I 2,88 In 1,30 K 1,03 Kr 2,98 Li 1,28 Mg 1,63 N 3,08 Na 1,21 Ne 4,60 O 3,21 P 2,39 Rb 0,99 S 2,65 Sb 2,06 Se 2,51 Si 2,03 Sn 1,83 Sr 1,21 Te 2,34 Xe 2,59 Tabela parcial de eletronegatividade segundo Mulliken 40 Qui Inorg 1 – Parte 3 - Prof. Priscila Silva - UFV- CRP set./2010
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