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FICHAMENTO SOBRE O DIREITO E MARXISMO Discente: Igor Ryan Lacerda Dantas MELO, Rúrion. Crítica da Ideologia e Emancipação: Marx, direito e a democracia. In: SILVA, F. G. S.; RODRIGUEZ, J. R. (Coord.). Manual de Sociologia Jurídica. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 28 – 48. PÁG TEMA CONTEÚDO 28 - 30 Introdução aos estudos feitos por Marx Além das suas tão conhecidas críticas à economia capitalista e pela perspectiva revolucionária, Marx também fez críticas a ordem institucional da organização pública e jurídica da sociedade do seu tempo. Com isso, ele concluiu que não poderia ocorrer a emancipação social sob as condições capitalistas existentes. O direito e a democracia deveriam ter um papel meramente funcional processo revolucionário. 31 - 34 Economia política e sua superestrutura Para Marx, com a mudança do processo de socialização, que passou a ser organizado pela economia política, os homens entram em relações sociais sem que seja a sua vontade, surgiu um processo anônimo de socialização. O conjunto dessas formas de relação constitui a estrutura econômica da sociedade, o que levou Marx a concluir que esse processo de anônimo de socialização é um processo de subordinação às leis que regem o modo de produção. Sendo assim, essa superestrutura condiciona, também, todos os modos de atividade não econômicas (como a cultura, religião) como reflexo da forma de organização da economia. 33 - 34 Crítica de Marx à economia política Marx faz crítica a forma de organização da sociedade, que civil, que estava sob um sistema de exploração que estaria regido sob o princípio da reciprocidade, ou seja, igualdade no processo de troca, porém, a sociedade era constituída pelos donos do meio de produção e uma população que precisa vender sua força de trabalho para sobreviver, evidenciando, de início, que não havia igualdade. Sendo assim, para Marx, a forma de organização da sociedade iria produzir cada vez mais desigualdade social. 34 - 37 O Estado como dominação burguesa Como as leis são determinadas pelo sistema econômico como, pode-se concluir que o Estado surge da necessidade de organizar a sociedade de modo que cheguem aos seus interesses econômicos. Sendo assim, o Estado seria uma forma de organização para que a classe burguesa pudesse ter sua propriedade e seus interesses garantidos. Para Marx, uma ideia de ter um Estado que represente a todos é ilusória, pois este está comprometido em apoiar sempre a autovalorização do capital. 36 - 37 A democracia para Marx Para ele, a democracia é uma forma ilusória de comunidade, pois o interesse universal se encontraria independente e alienado dos interesses efetivos de cada um. O ideal universalista seria usado para esconder o seu verdadeiro caráter de máscara do interesse de classe burguês. Falta a essa sociedade, para a efetivação da igualdade, o status de proprietário. A democracia não representaria a vontade geral da população, mas sim reforçaria a dominação de uma classe social. 37 - 40 Crítica da ideologia É a forma de entender as formas de dominação. Essa dominação ideológica reside pelo fato de se expressar como algo justo e legítimo, e ser seguido por todos como um padrão, que apesar disso, possui uma efetividade apenas aparente. Sendo assim, a crítica da ideologia visa esclarecer como essa dominação é ao mesmo tempo verdadeira e falsa, são normas com conteúdo de verdade não realizado. De acordo com Marx, as relações materiais dominantes sempre são vistas como ideias no decorrer da história, ou seja, sempre a classe que tem os meios de produção material poderá dispor dos meios de produção espiritual. 40 - 44 O ideal emancipatório de uma associação de homens livres Para se ter uma efetiva democracia, seria necessário ter uma profunda transformação das relações sociais entre capital e trabalho. Para Marx, essa transformação não ocorreria a partir da superestrutura e por isso deveria ser feita através da revolução na base material. Seria a sociedade do trabalho autônomo, com a capacidade de se reapropriar da produção que configuraria a base real da sociedade. Isso possibilitaria uma disposição comunitárias das condições materiais da vida e de um novo modo de distribuição. Sendo assim, para Marx, a sociedade comunista seria a única forma de realização da verdadeira democracia. 44 - 47 Estágios do comunismo Em um primeiro estágio, ainda haveria Estado e ele seria usado como um meio para o objetivo da luta revolucionária, fazendo a reapropriação coletiva dos meios de produção. Para a efetivação, deve haver uma posterior supressão do Estado. Após isso, e com a abolição dos meios de controle social e regulação de conflitos formados pela política burguesa, espera-se que as leis e normas fossem internalizadas e se tornassem hábitos. A sociedade, após se apropriar dos meios de produção, encontraria por si mesma os meios de sua convivência.
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