Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Rebeka Freitas ARCOS FARÍNGEOS - Os arcos faríngeos formam as estruturas de cabeça e pescoço. - Os arcos começam a se desenvolver da terceira à oitava semana do desenvolvimento - As três camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma) são as que originam os órgãos ⇾ organogênese (inicia-se na terceira semana). - Embrião com 25 dias: neuróporo cranial, neuróporo caudal, brotamento pericárdico, e outras estruturas. - Embrião com 28 dias: placódio ótico (formação do ouvido); placódio cristalino (formação do olho); outras estruturas. - Na 8ª semana, os arcos faríngeos e seus sulcos estão bem formados. - Aparelho faríngeo = arcos faríngeos (ectoderma, endoderma e um núcleo mesenquimal), bolsas faríngeas (endoderma) sulcos faríngeos (separam um arco do outro), membranas faríngeas (formada por ectoderma e endoderma). - O endoderma forma a bolsa faríngea, que interpõe entre um arco e outro. - Cada arco faríngeo é composto por cartilagem (superior), nervo (lateral), musculo (inferior) e artéria (central). - Região na qual o endoderma toca o ectoderma ⇾ membrana faríngea. - Os arcos faríngeos começam a se desenvolver no final da quarta semana, quando as células da crista neural migram para as futuras regiões da cabeça e pescoço. - A formação da parte óssea de cabeça e pescoço depende da migração de células da crista neural ⇾ essa migração dispara um sinal, que faz com que o mesênquima cartilaginoso faça a diferenciação em tecido ósseo. - No 28º dia de vida embrionária, a membrana orofaríngea se rompe, o que permite uma comunicação da faringe com o intestino anterior ⇾ o embrião engole o líquido amniótico. - Cada arco faríngeo origina um componente ósseo, muscular, vascular e nervoso. - O primeiro arco, chamado de arco mandibular da origem à maxila, à mandíbula (principalmente), ao osso zigomático, à porção escamosa do osso temporal, ao martelo e à bigorna do ouvido médio (esses dois últimos componentes contribuem para a formação do ouvido). - No primeiro arco, há as tumefações linguais, na linha medial ⇾ o forame cego está na base da tumefação ⇾ o forame cego é a região na qual surge o divertículo tireóideo, que migra posteriormente para o pescoço. - A proeminência maxilar e mandibular são as principais estruturas do primeiro arco faríngeo. - O nervo originado pelo primeiro arco é o nervo trigêmeo. Arcos Bolsas Faríngeas Rebeka Freitas - O segundo arco faríngeo origina o arco hioide ⇾ forma o corno menor do hioide, estribo e apófise estiloide do osso temporal. - O terceiro arco faríngeo forma o corno maior do osso hioide. - O quarto e sexto arcos faríngeos formam as cartilagens laríngeas (a única que não é formada é a epiglote). - O quinto arco faríngeo involui, regride, desaparece ⇾ a quinta bolsa pode existir ou não; já o quinto arco não se faz presente. - Componentes faciais formados pelo segundo arco: músculos frontal, orbicular da boca, bucinador ⇾ responsáveis pela mimica. - Determinados arcos faríngeos formam ligamentos ⇾ algumas células que migram da crista neural não formam a parte óssea a partir do mesenquima cartilaginoso ⇾ formação do ligamento pela regressão da cartilagem de algumas partes. - Miótomos occipitais: migram para o primeiro arco. BOLSAS FARINGEAS - A bolsa faríngea corresponde à parte interna formada por evaginações do endoderma ⇾ as bolsas existem aos pares, assim como os arcos. - As bolsas são divertículos semelhantes a balões; desenvolvem-se aos pares entre os arcos numa sequência céfalo-caudal. - Existem quatro pares de bolsas bolsas bem definidas e um quinto par de bolsas rudimentar que pode ou não existir. - A primeira bolsa faríngea origina o recesso timpânico, a membrana timpânica (porção distal da bolsa) e a tuba auditiva (conexão com a faringe). - A segunda bolsa forma basicamente as tonsilas palatinas ⇾ a bolsa se fragmenta, se solta e vai para a parte lateral para formar as tonsilas palatinas ⇾ mecanismo de defesa da boca. - Para a formação das tonsilas é necessário que o mesênquima dos fragmentos da segunda bolsa se diferenciem em tecido linfoide. - A terceira bolsa faríngea origina o timo e a paratireoide inferior. - Quando o timo está no seu processo de migração para sua localização no mediastino superior, ele leva a paratireoide inferior junto, e ela fica inferior à paratireoide superior. - A quarta bolsa faríngea origina, em sua porção dorsal, a paratireoide superior, e em sua porção ventral, o corpo ultimo branquial. - A quinta bolsa faríngea, quando presente, ajuda a formar o corpo ultimobranquial. Rebeka Freitas - Os corpos ultimobranquiais se fusionam com a tireoide e formam as células C ⇾ homeostase do cálcio. MALFORMAÇÕES: ARCOS E BOLSAS ➳ ANOMALIAS DO PRIMEIRO ARCO - Anomalias do primeiro arco: malformação da orbita, da mandíbula, das orelhas, dos nervos faciais, de tecidos e moles e da musculatura. - Síndrome de Treacher-Collins (anomalia do primeiro arco): disostose (malformação) mandibulofacial; ausência do zigomático; defeito autossômico dominante (hipoplasia malar); fissuras palpebrais descendentes obliquas; defeitos nas pálpebras inferiores; deformação na orelha externa (implantação mais baixa) e às vezes na orelha média e interna. - Síndrome de Pierre Robin (anomalia do primeiro arco): micrognatia (malformação da mandíbula ⇾ praticamente não há mandíbula), glossoptose (a língua fica para trás); fenda palatina. ➳ SÍNDROME DE DIGEORGE - Anomalia da terceira e quarta bolsas faríngeas; - Aplasia de timo e de paratireoide (hipoparatireoidismo congênito ⇾ deleção parcial do cromossomo 22); difícil diagnostico. - “CATCH-22”: • Cardiac anomalies ⇾ anomalias cardíacas; • Anormal facies ⇾ facies anormal (orelha alterada, implantação do nariz alta, nariz em forma de bola, hipertelorismo); • Thymic aplasia ⇾ aplasia do timo; • Cleft palate ⇾ fenda palatina; • Hypocalcemia ⇾ hipocalcemia relacionada ao hipoparatireoidismo. - Aplasia do timo ⇾ defeito hormonal funcional dos linfócitos T ⇾ predisposição a infecções. - Alterações na formação do osso nasal ⇾ fendas nasais; fossetas nasais anormais. - Outras malformações da síndrome de DiGeorge: micrognatia; orelhas entalhadas e de implantação baixa; úvula bipartida, fenda palatina, fenda labial. Rebeka Freitas - As pálpebras são mais caídas; hipoplasia alar (maxilar), nariz mais tubular + proeminência da parte distal do nariz; facies alongada e assimétrica; uma parte mais convexa e outra mais côncava. ANOMALIAS DA TIREOIDE - Cisto tireoglosso: falha no fechamento do ducto; pode conter tecido tireoidiano ou neoplásico ⇾ avaliação: USG, TC ⇾ tratamento- cirúrgico (não pode tirar antes de ter certeza se é tecido tireoidiano ou neoplásico - Tireoide lingual: acontece 90% das vezes na base da língua; proporção de 4 mulheres para 1 homem; na maioria das vezes é assintomática; pode causar disfagia; normalmente é a única tireoide que o paciente tem ⇾ é necessário reimplantar no local certo para que a pessoa não tenha hipotireoidismo; se a cirurgia não for factível ⇾ reposição de hormônios. - Tireoide ectópica: anomalia congênita pouco frequente; e geralmente está localizada ao longo da trajetória do ducto tireoglosso. ANQUILOGLOSSIA - “Língua presa”; 1:300 crianças; correção cirúrgica. - A anquiloglossia resulta de um freio curto ⇾ esse defeito diferencia a amamentação ⇾ caso a amamentação não evolua bem e a criança perca peso, realiza-se um pequeno corte no freio para que a criança consiga de amamentar corretamente.
Compartilhar