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Ditadura Militar no Brasil

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O Regime Militar no Brasil foi marcado por governos autoritários que tiveram início com o Golpe Militar
de 1964 e duraram até o ano de 1985. O Golpe Militar de 1964 destituiu o então presidente João Goulart do
poder e instaurou importantes transformações nos panoramas sociais, políticos, econômicos e culturais
no país.
O governo de João Goulart foi marcado por
intensas tentativas de reforma de base e
flertes com perspectivas socialistas. Além
disso, a Revolução Cubana e a Guerra Fria
ajudaram a instaurar um contexto de tensão
entre parcelas da população posicionadas à
esquerda e setores conservadores que
temiam um golpe militar comunista no país.
O temor de uma possível Revolução Comunista e o
desagrado com as políticas de João Goulart levaram
às movimentações em torno da tentativa de
impeachment do presidente.
Foi nesse contexto que no dia 01 de Abril de 1964,
tropas militares saídas de Minas Gerais invadiram o
Rio de Janeiro e tomaram o poder. Inaugurou-se assim a
Ditadura Militar no Brasil, que durou até o ano de
1985.
O Governo Humberto de Alencar Castelo
Branco, também conhecido como
Governo Castelo Branco, foi o período
vivido pelo Brasil entre 15 de abril de
1964 e 15 de março de 1967 quando
assumiu a presidência o general Artur
da Costa e Silva e também a época
inaugural da ditadura militar
brasileira.
Além disso, foi criado o Plano de Ação Econômica do Governo
(PAEG), uma tentativa de diminuição da inflação através da
contenção dos gastos públicos e do arrocho salarial, ou seja,
quando os salários não acompanham o aumento da inflação.
Foi criada também uma nova moeda, o cruzeiro novo.
Durante a Ditadura Militar no Brasil, o Ato Institucional 2
impôs o bipartidarismo, que extinguiu - ou pelo menos tornou
ilegal - a existência de outros partidos que não fossem a
Arena (partido dos militares) e o MDB (partido de oposição).
Foi no governo Costa e Silva que foi
instaurado o conhecido AI-5, que
representou um “golpe dentro do golpe”, ou
seja, um endurecimento da Ditadura Militar
no Brasil. O ato cassou liberdades
individuais, fechou o Congresso e
escancarou o caráter ditatorial do governo
militar com medidas como:
autorização para o Presidente da República fechar o
Congresso Nacional e as Assembléias Legislativas
dos estados;
censura dos meios de comunicação e cultura:
imprensa, música, teatro, cinema e televisão, etc;
ilegalidade de reuniões políticas não autorizadas
pela polícia;
aumento das medidas em prol da “segurança
nacional”, assegurando possibilidades de
intervenção e destituição de cargos políticos nos
estados;
presidentes da República e governadores dos
estados passaram a assumir a função legislativa,
governando a partir de decreto-leis.
Foi o AI-5 também que pôs fim ao habeas corpus, a
possibilidade de responder ao julgamento em liberdade e
em suma, tornou as liberdades individuais reduzidas.
Se os primeiros anos da Ditadura Militar no Brasil foram
marcados por um discurso que dizia que o Golpe era
apenas a contenção da “ameaça comunista” e que os
governos militares eram provisórios, os Atos
Institucionais 4 e 5 e a nova Constituição consolidaram o
poder dos militares e mostraram que suas intenções não
eram assim tão provisórias.
A cultura também foi um importante
lugar de resistência ao regime. O
movimento tropicalista, que teve a
presença de figuras como Caetano
Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil, foi
extremamente importante para a
história da música nacional e possuíam
um profundo engajamento político.
Geisel assumiu o poder em 74 nesse contexto de crise do Petróleo e sendo assim, da economia nacional. Foi
em seu governo que foi proposta uma “abertura lenta, gradual e segura” em direção a retomada da
democracia e suas liberdades políticas.
Em 1969, Médici assumiu o governo diante de
problemas de saúde de Costa e Silva. Foi nesse
governo que o Ato Institucional 5 foi efetivamente
aplicado, atribuindo-lhe o nome de “anos de
chumbo”.
As perseguições e torturas aos opositores do
governo estavam presentes desde 1964, mas foram
nesses anos que se intensificaram. Muitos foram os
tipos de práticas de tortura e durante o Regime
Militar e milhares de pessoas desapareceram.
Foi nesse período que muitas multinacionais se
instalaram, foi construída a transamazônica e a
ponte Rio-Niterói. O “milagre” significou o aumento do
poder de compra da classe média e o concomitante
aumento da desigualdade social.
Foi nesse período também que houve um grande
investimento na propaganda do regime, com
campanhas como “Brasil: ame-o ou deixe-o”, Além
disso, na década de 1970, a crise do Petróleo afeta
negativamente a conjuntura política e econômica
brasileira.
A divulgação dos crimes de tortura da ditadura
começaram a aumentar a rejeição ao regime político.
Em 1979, com o Presidente Figueiredo, foi decretada a
anistia aos presos políticos e exilados e o fim do
bipartidarismo.
As greves de 1978 e os movimentos estudantis
contribuíram muito com o enfraquecimento do regime e
levaram à manifestações de massa em 1984 que
reivindicavam a realização de eleições diretas para o
Presidente da República, as Diretas Já.
Os protestos de artistas, políticos, setores
civis, estudantes e trabalhadores não foram
efetivos e Tancredo Neves foi eleito pelo
Colégio Eleitoral. Entretanto, Tancredo
faleceu antes de assumir o cargo, levando à
posse de José Sarney, o primeiro presidente
civil depois de 21 anos de Regime Militar.

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