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Módulo de nefrologia e urologia Prof. Júlio César Cambraia Veado Rins Ureteres Bexiga Uretra Sistema Urinário Superior Sistema Urinário Inferior Definições 3D science.com § Nefrologia: § Especialidade médica que se ocupa do diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário § Urologia: § Especialidade cirúrgica da medicina que trata do sistema urinário “Quem faz transplante renal é o urologista, mas quem prepara e faz o pós operatório é o nefrologista” A VISÃO CLÍNICA DA ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO 3D science.com 3D science.com ANATOMIA: OS RINS Os rins tem a forma de um feijão Características § Representam 0,3 a 0,5 % do peso corporal § Ricamente vascularizados – sangue provem da aorta abdominal OS RINS OS RINS OS RINS Características § Representam 0,3 a 0,5 % do peso corporal § Ricamente vascularizados – sangue provem da aorta abdominal § As artérias renais são ramos da artéria aorta e após várias subdivisões formam o glomérulo, a partir da arteríola aferente OS RINS ¡ Recebem, normalmente, de 10 a 20% do débito cardíaco ¡ O fluxo sanguíneo renal é de 20mL/kg/ min. ¡ « néfron » - unidade funcional do rim NÉFRONS POR RIM CÃES - 500.000 GATOS - 200.000 HOMEM - 1.000.000 OS RINS néfron néfron néfron néfron néfron néfron Néfron ¡ Estrutura composta por: ¡ Glomérulo ¡ Cápsula glomerular (cáp. de Bowman) ¡ Porções tubulares OS RINS Artéria arciforme Arteríola aferente Glomérulo Cápsula glomerular Túbulo proximal Arteríola eferente Veia arciforme Alça de Henle Túbulo distal Túbulo coletor OS RINS Glomérulo § Rede de capilares paralelos, ramificados, envolvidos por uma cápsula – cápsula glomerular ou cápsula de Bowman § O conjunto glomérulo e cápsula glomerular é denominado corpúsculo renal (corpúsculo de Malpighi) Glomérulo ¡ Pela disposição renal os glomérulos e os túbulos estão situados, principalmente, na região cortical. ¡ Os túbulos coletores e a alça de Henle encontram-se na região medular OS RINS Cor$cal Medular Cor$cal Medular Organização final dos túbulos ¡ Cerca de oito túbulos distais se juntam para formar o túbulo coletor ¡ Gerações sucessivas de túbulos coletores se juntam para formar as cristas renais ¡ As cristas renais lançam-se na pelve renal. OS RINS A VISÃO CLÍNICA DA FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO Glomérulos: Filtração Glomerular ¡ É o resultado da passagem de fluido através das paredes dos capilares glomerulares para o interior da cápsula glomerular. FISIOLOGIA: FILTRAÇÃO GLOMERULAR P capilar 60 mmHg P cap. gl. 18 mmHg FILTRAÇÃO GLOMERULAR FILTRAÇÃO GLOMERULAR Em cães, a quantidade de filtrado que passa por unidade de tempo (débito do filtrado glomerular, ultrafiltrado, depuração renal ou TFG) tem volume de: 50 a 65 nL/min/glomérulo ou 70 a 90 L/dia para um cão de 25 a 30 kg ou 2 a 4 mL/kg/min Túbulos: ¡ As células dos túbulos reabsorvem água – cerca de 99 % da água existente no filtrado glomerular é reabsorvida ¡ A urina final é o resultado da composição da substâncias filtradas e de pequena quantidade de substâncias que são eliminadas pelas células ¡ Produção normal de urina em cães e gatos – 1 a 2 mL/kg/hora Túbulos ¡ As células desta porção do túbulo são altamente metabólicas, possuindo um grande número de mitocôndrias – transporte ativo extremamente rápido ¡ 65 % do filtrado glomerular é reabsorvido nesta porção do túbulo ¡ Para facilitar a absorção estas células possuem extensa borda em escova e vários canais intercelulares – enorme área de troca. TÚBULO PROXIMAL Túbulo proximal ¡ As células do segmento delgado desta parte tubular não têm borda em escova e não têm muitas mitocôndrias. Possuem, portanto, nível mínimo de atividade metabólica ¡ A porção descendente desta alça é altamente permeável a água e moderadamente permeável a ureia e Na ¡ A porção ascendente, acredita-se, seja muito menos impermeável a água, porém mais permeável a ureia. ALÇA DE HENLE Alça de Henle ¡ Começa no aparelho justa glomerular sendo dividido em dois segmentos funcionais importantes. ¡ Segmento diluidor: Absorve íons sendo quase impermeável a água e ureia. TÚBULO DISTAL ¡ Características funcionais semelhantes ¡ Quase inteiramente impermeável a ureia ¡ Absorvem Na – contra corrente – eliminam P (controle da Aldosterona) ¡ Maneira pela qual íons P são controlados no líquido extracelular. ¡ Permeabilidade a água controlada pelo ADH TÚBULO DISTAL FINAL E TÚBULO COLETOR NÉFRON NÉFRON NÉFRON NÉFRON Glomérulos Glomérulos Funções dos néfrons: ¡ Excreção ¡ Reabsorção ¡ Secreção Funções Excreção ¡ A função básica do néfron consiste em “depurar”, limpar o plasma de substâncias indesejáveis ¡ Produtos terminais do metabolismo – ureia, creatinina, ácido úrico, uratos, são eliminados, principalmente, pela urina ¡ Íons – Na, K, Cl, H+, são eliminados para manter concentrações adequadas. Funções Reabsorção ¡ O volume do líquido tubular diminui progressivamente ao longo do sistema tubular (equilíbrio hídrico). ¡ Minerais são reabsorvidos ao longo dos túbulos (equilíbrio eletrolítico) Funções Secreção ¡ Células dos túbulos secretam substâncias: ¡ Eritropoietina ¡ Calcitriol MECANISMOS DE MANUTENÇÃO DA FUNÇÃO RENAL ¡ A função renal depende de um adequado fluxo sanguíneo pelos rins e de adequada formação de filtrado glomerular; ¡ O fluxo sanguíneo renal adequado depende de dois fatores: ¡ Sangue com pressão adequada nos rins ¡ Tônus vascular intra-renal adequado FLUXO SANGUÍNEO RENAL FLUXO SANGUÍNEO RENAL FLUXO SANGUÍNEO RENAL RESISTÊNCIA ARTERIOLAR AUMENTO PRESSÃO HIDROSTÁTICA TAXA DE FITRAÇÃO GLOMERULAR MELHOR FUNÇÃO EXCRETÓRIA RENAL ¡ Débito cardíaco ¡ Volume circulatório ¡ Resistência vascular sistêmica FATORES EXTRA RENAIS QUE PODEM INTERFERIR NO FLUXO SANGUÍNEO RENAL: ¡ Alterações nos vasos renais ¡ Tônus vasculares das arteríolas aferente e eferente FATORES INTRA RENAIS QUE PODEM INTERFERIR NO FLUXO SANGUÍNEO RENAL: ¡ A perda de 2/3 a 3/4 de ambos os rins leva ao aparecimento de sinais de insuficiência funcional QUANTIDADE SUFICIENTE DE TECIDO RENAL FUNCIONAL: FILTRAÇÃO GLOMERULAR AUTO REGULAÇÃO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR ¡ A filtração glomerular, normalmente, mantêm-se inalterada, variando muito pouco ¡ 2 a 4 mL/kg/min ¡ Variações na pressão sanguínea entre 70 e 180 mmHg não modificam a ultrafiltração FILTRAÇÃO GLOMERULAR ¡ Cada néfron possui dois mecanismos especiais de feedback, que proporcionam auto-regulação da filtração glomerular: 1 – Mecanismo de feedback vasodilatador da arteríola aferente 2 – Mecanismo de feedback vasoconstritor da arteríola eferente MECANISMOS DE AUTO REGULAÇÃO ¡ A combinação desses dois mecanismos recebe a designação de “feedback tubuloglomerular” – ocorre, provavelmente, no complexo do aparelho justa glomerular FILTRAÇÃO GLOMERULAR Mecanismo feedback vasodilador da arteríola aferente ¡ Baixas concentrações de íons no ultrafiltrado, devido a baixa filtração glomerular, causa dilatação arteriolar aferente. ¡ O aumento do fluxo sanguíneo glomerular aumenta a formação de filtrado glomerular. ¡ “feedback negativo” FILTRAÇÃO GLOMERULAR Vasodilatação - Bradicinina Mecanismo feedback vasoconstritor da arteríola eferente ¡ Baixas concentrações de íons, na mácula densa, induz células do aparelho justa glomerular a liberar renina. ¡ Esta acarreta na formação da angiotensina II. ¡ A angiotensina contrai a arteríola eferente que é mais sensível que aarteríola aferente FILTRAÇÃO GLOMERULAR Vasoconstrição Angiotensina II ¡ Esses mecanismos normalmente atuam em conjunto. ¡ Exemplo: quando a pressão arterial cai, o sistema renina-angiotensina ajuda a manter a filtração glomerular, o volume de água no organismo e as concentrações de Na, mantendo a volemia. FILTRAÇÃO GLOMERULAR Vasoconstrição - Angiotensina II Vasodilatação - Bradicinina AUTOREGULAÇÃO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR SEMIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO 3D science.com Semiologia ABORDAGEM SEMIOLÓGICA ¡ Histórico ¡ Geral: Análise pertinente da queixa ¡ Específico: dificuldade para urinar, dor ao urinar, coloração da urina, volume da urina, sinais de emagrecimento Semiologia ABORDAGEM SEMIOLÓGICA ¡ Exame clínico ¡ Geral: observação de sinais relacionados a doenças correlacionadas ¡ Específico: pobre em informações. A bexiga é melhor avaliada. ¡ Dor renal é rara !!!!! Semiologia ABORDAGEM SEMIOLÓGICA Semiologia ABORDAGEM SEMIOLÓGICA ANOMALIAS RENAIS CONGÊNITAS E HEREDITÁRIAS 3D science.com ¡ DOENÇA RENAL POLICÍSTICA: congênita, autossômica dominante, não ligada ao sexo (Felinos – persa) ¡ DISPLASIA RENAL: congênita ou hereditária caracterizada pelo desenvolvimento desorganizado do parênquima renal devido a uma diferenciação celular anômala – DRC ¡ AMILOIDOSE RENAL: Depósito de substância amorfa (proteína autóloga) nos glomérulos e túbulos renais. ANOMALIAS CONGÊNITAS E HEREDITÁRIAS ANOMALIAS CONGÊNITAS E HEREDITÁRIAS ¡ DOENÇA RENAL POLICÍSTICA: congênita, autossômica dominante, não ligada ao sexo (Felinos – persa) ¡ DISPLASIA RENAL: congênita ou hereditária caracterizada pelo desenvolvimento desorganizado do parênquima renal devido a uma diferenciação celular anômala – DRC ¡ AMILOIDOSE RENAL: Depósito de substância amorfa (proteína autóloga) nos glomérulos e túbulos renais. ANOMALIAS CONGÊNITAS E HEREDITÁRIAS EXAMES COMPLEMENTARES PARA AVALIAÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO 3D science.com ¡ O diagnóstico clínico depende, muitas vezes, da realização de vários exames complementares; ¡ Alterações renais são, na maioria das vezes, secundárias, o que requer um diagnóstico do problema primário para o sucesso terapêutico; ¡ Exames complementares resumem-se em: - Patologia clínica, patologia, imagem. EXAMES COMPLEMENTARES EXAMES COMPLEMENTARES URINÁLISE Exames URINÁLISE - Proteína ¡ Esta avaliação visa identificar a presença de albumina na urina ¡ Outras proteínas podem interferir na reação do exame, acusando “falsa albuminúria” ¡ A proteinúria que é importante é a albuminúria significativa e persistente Exames URINÁLISE - Proteína ¡ Proteinúria fisiológica: exercício, convulsões, febre, exposição ao calor ou frio, estresse. ¡ Proteinúria não fisiológica: Ligada a alteração da permeabilidade dos capilares glomerular – hipertensão sistêmica, hipertensão glomerular e glomerulonefrites : albuminúrias Exames URINÁLISE - Proteína Na urinálise observa-se: Traços 5 - 20mg/dL + 30 mg/dL ++ 100 mg/dL +++ 500 mg/dL Exames URINÁLISE - Proteína ¡ Associada a cilindros hialinos (formados exclusivamente de proteínas) – indicativo de doença glomerular; Exames Considerações importantes ¡ Urinas alcalinas e pacientes medicados com penicilina, cefalosporinas, sulfonamidas ou que receberam contraste radiológico, podem provocar proteinúria falso positivo; ¡ Se hemácias ou células inflamatórias estiverem presentes pode não ser albuminúria; Exames Considerações importantes ¡ Reavaliar (ou não) a amostra de urina em uma ou duas semanas após ter tratado o animal; ¡ Se a segunda amostra(ou mesmo uma primeira amostra) acusar proteinúria e o sedimento estiver inativo realizar: relação proteína/creatinina urinária - RPC Exames RELACÃO PROTEÍNA/CREATININA URINÁRIA - RPC ¡ A relação proteína/creatinina urinária, reflete corretamente a quantidade de proteína excretada em 24 hs. Concentração de proteína na urina mg/dl Concentração de creatinina na urina mg/dl Exames RELACÃO PROTEÍNA/CREATININA URINÁRIA - RPC ¡ Proteína na urina – 20mg/dL ¡ Creatinina na urina – 120 mg/dL 20mg/dL 120mg/dL = 0,17 Exames RELACÃO PROTEÍNA/CREATININA URINÁRIA - RPC CASO CLÍNICO: ¡ Proteína na urina – 150mg/dL ¡ Creatinina na urina – 120 mg/dL Concentração de proteína na urina mg/dl Concentração de creatinina na urina mg/dl Exames RELACÃO PROTEÍNA/CREATININA URINÁRIA - RPC CASO CLÍNICO: ¡ Proteína na urina – 150mg/dL ¡ Creatinina na urina – 120 mg/dL 150 / 120 = 1,25 Esta relação deve ser menor que 0,2 Exames Considerações a respeito da RPC ¡ Se a relação proteína/creatinina for < 0,2 em cães e gatos indica perda de proteína normal na urina; ¡ Se a relação for entre 0,2 e 0,5 em cães e 0,2 e 0,4 em gatos, indica ponto de corte; ¡ Relações > 0,5 em cães e > 0,4 em gatos necessitam mais investigações; ¡ Cães azotêmicos com relação > 0,5 e gatos azotêmicos com relação > 0,4 necessitam tratamento; Exames Considerações a respeito da RPC ¡ Relação maior que 1,0 é indicativo de doença glomerular e sinalizam necessidade de tratamento ¡ Realizar exame de urina para analisar sedimento ¡ Testes importantes: ¡ Proteínas totais e fracionadas, ureia, creatinina, colesterol, enzimas hepáticas, hemograma, pesquisa de doenças, hiperadrenocorticismo, infecção urinária, leucemia felina, FIV, hipertensão. Exames Densidade urinária ¡ A densidade urinária varia muito, mas é um parâmetro importante na avaliação renal ¡ Usualmente a urina tem densidade: ¡ Cães: 1,015 – 1,045 ¡ Gatos: 1,025 – 1,060 ¡ Não é raro, em situações normais, densidades entre: 1,005 – 1,060 Exames Densidade urinária ¡ Os resultados devem ser interpretados levando-se em conta o estado de hidratação. ¡ O contexto clínico é que vai determinar se a variação da densidade tem valor diagnóstico. ¡ Isostenúria é o nome que se dá a urina cuja densidade é igual a do filtrado glomerular na sua origem (plasma): 1,008 a 1,012. ¡ Neste caso os rins não modificaram o filtrado glomerular – há portanto incapacidade funcional de concentração da urina. Exames UREIA SÉRICA ¡ A concentração sérica de ureia é um marcador importante de função renal ¡ O acúmulo de ureia no sangue de paciente com insuficiência renal, é um fator importante de toxicidade na uremia. ¡ Sua principal via de eliminação é urinária. Alterações renais levam a acúmulo sérico da ureia ¡ Concentrações séricas de ureia podem estar elevadas: - Horas após ingestão de proteínas; - Aumento de catabolismo: febres, infecções, estresse... ¡ Concentrações séricas de ureia podem estar diminuídas: - Nas doenças hepáticas ¡ Diminuição da taxa de filtração glomerular eleva a concentração sérica de ureia. ¡ Os valores séricos de ureia são importantes na avaliação do estado clínico do paciente nefropata. Exames CREATININA SÉRICA ¡ Vem sendo usado como referência para avaliar função renal no homem e nos animais. ¡ Produzida nos músculos pela degradação espontânea (não enzimática) de creatina ou creatina fosfato. ¡ A taxa de produção é constante e sua excreção renal é considerada total. ¡ Diminuição na taxa de filtração glomerular diminui excreção de creatinina, eleva concentrações plasmáticas. ¡ Importante para classificação (estadiamento) da doença renal crônica ¡ Suas concentrações podem estar aumentadas na fome e diminuídas na caquexia avançada ¡ Entretanto, tanto ureia quanto creatinina séricas são muito influenciados por fatores não renais, que devem ser sempre considerados para uma correta interpretação dos resultados. Exames EXAME DE IMAGEM – RAIO X ¡ Simples nãoserve para a identificação de alterações renais relativas a alterações funcionais (número, forma, densidade) ¡ Urografias excretoras informam tamanho, forma e localização. Avaliação qualitativa da função renal. Exames EXAME DE IMAGEM – ULTRASOM ¡ É utilizado para avaliar a arquitetura do tecido renal. Informa sobre estruturas internas dos rins. ¡ Rins com a arquitetura preservada: indicativo de IRA ¡ Rins com diminuição ou perda da definição córtico-medular: indicativo de DRC Exames EXAME HISTOPATOLÓGICO (biópsia renal) ¡ O exame histopatológico do tecido renal é ferramenta valiosa para o diagnóstico e prognóstico da doença renal ¡ Pode ser usado ultrassom ou vídeo laparoscopia ¡ Deve ser realizada por profissional experiente RENOPROTEÇÃO e a ação dos inibidores da ECA Renoproteção O que significa? ¡ “proteção renal” ¡ Reno, ren ou reni – vêm do latim (ren, renis – um rim) Elemento de composição que denota a idéia de rim ¡ Nefro, nefr – vêm do grego (nephrós – rim) Elemento de composição que denota relação com o rim ¡ Baseia-se em princípios de: ¡ Prevenção ¡ Proteção ¡ Controle de progressão de DRC instalada INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA I EM ANGIOTENSINA II ¡ Captopril, Enalapril, Lisinopril, Benazepril, Fosinopril, Cilazapril, Ramipril, Quinapril, Perindopril, Trandolapril, Delapril ¡ Mecanismo de ação: ¡ Bloqueio da ação da enzima conversora da ANG I em ANG II, havendo portanto diminuição na produção. ¡ Na DRC visa diminuir a pressão glomerular, minimizando os efeitos colaterais de esclerose glomerular e proteinúria. ¡ Seu emprego na medicina humana mostra aumento da expectativa de vida de DRC de 2 a 3 anos para 8 a 10 anos. SEM AÇÃO DOS INIBIDORES DA ECA Excreção satisfatória de Ureia e creatinina Aumento da Pressão glomerular Fluxo sanguíneo normal distribuído em poucos glomérulos Vasoconstrição provocada pela Angiotensina II COM AÇÃO DOS INIBIDORES DA ECA Excreção insatisfatória de Ureia e creatinina Diminuição da Pressão glomerular Fluxo sanguíneo normal distribuído em poucos glomérulos Inibição do efeito de vasoconstrição ¡ Indicação dos inibidores da ECA na nefrologia: Doença renal crônica (paciente estável) controle da hipertensão glomerular (para evitar proteinúria e esclerose glomerular) ¡ Indicação: ¡ somente para o DRC estável em estágio I, II ou III ¡ Contra indicação: ¡ Insuficiência renal aguda ¡ descompensação aguda da DRC ¡ estágio final da DRC ¡ qualquer condição de instabilidade ¡ Posologia: ex. Benazepril (0,25- 0,5-0,75,1,0mg/ kg/SID) – monitorar com RPC ¡ Efeito: hemodinâmico – imediato anti-proteinúrico – semanas a meses IECA – Indicações, contra-indicações, posologia AÇÕES DE RENOPROTEÇÃO ¡ Medicina Humana AÇÕES DE RENOPROTEÇÃO ¡ Medicina Veterinária AÇÕES DE RENOPROTEÇÃO ¡ Medicina Veterinária AÇÕES DE RENOPROTEÇÃO ¡ Medicina Veterinária Módulo de estudos: Renoproteção ¡ Cuidados com as agressões pré-renais, renais e pós-renais; ¡ Instituir protocolos em diversos tratamentos; ¡ Realizar exames que possam identificar de forma precoce agressões renais MEDIDAS PREVENTIVAS: ¡ Enzimúria ¡ GGT e NAG EXAMES DE IDENTIFICAÇÃO: ¡ Faixa de valores de normalidade: 14 a 26 UI/L ¡ Deve-se fazer a correção com a densidade pela fórmula: X= Y.25/Z (onde X é a atividade da GGT calculada, Y é a atividade de GGT da amostra e Z corresponde aos dois últimos dígitos da densidade da amostra) ¡ Armazenamento: temperatura de geladeira amostra conserva bem por 7dias. Gama Glutamil Transferase (GGT) Veado, 2003 Figura 1 – Estabilidade de Gama Glutamil Tranferase em urina de cão incubada em diversas temperaturas. Equipamento: COBAS Mira. Reagente: Bioclin – Gama GT Cinético, dosagem a 37oC. 10ª Conferência Sul Americana – Rio de Janeiro 2010 Denerson Ferreira ROCHA, 2005 ¡ intoxicação por gentamicina – GGT ¡ 10 cães – 25 mg/Kg BID SC durante 4 dias. Veado, 2010 Tempo GGT urinária Uréia sérica Creatinina sérica TFG Proteinúria Fósforo sérico 0 23,00±12,00C 22,23±2,32C 0,98±0,12C 2,92±1,23A 28,25±2,32C 4,35±0,85C 1 317,00 ± 183,23A 31,00±8,64C 1,12±0,33C 1,54±0,22A 158,84±128,87A 8,74±4,15B 2 82,14±21,50B 84,90±47,02A 2,26±1,07A 1,44±0,53A 91,82±46,22B 10,41±3,92A 3 50,67±12,26B 65,71±39,07B 1,59±0,76B 1,26±0,39A 77,05±52,29B 10,28±4,53A 4 39,42±26,70C 64,26±23,31B 1,27±0,47C 1,53±0,63A 45,50±24,04B 8,28±2,09B ! Tempo 0 – Antes de iniciado o experimento. Tempo 1 - 24 horas após o término do período de uso da gentamicina (4 dias de uso); Tempo 2 - 4 dias após; Tempo 3 - 8 dias após; Tempo 4 - 12 dias após. PODE-SE DIZER QUE RENOPROTEÇÃO É: ¡ Lembrar que muitas doenças atingem os rins; ¡ Não esquecer que muitos tratamentos ferem os rins; ¡ Adotar condutas de proteção renal; ¡ Adotar condutas de prevenção do dano renal ¡ Ter a consciência de que evitar é melhor que tratar ! Conclusão: INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO Júlio César Cambraia Veado Professor Associado Escola de Veterinária - UFMG ¡ Infecção do trato urinário (ITU) trata-se da identificação de bactérias na urina, oriunda dos rins, ureteres ou bexiga Definição: Classificação: ¡ Não complicada e complicada ¡ ITU Não complicada ou simples caracteriza-se por infecção bacteriana esporádica ¡ ITU complicada ocorre devido presença de anormalidade anatômica ou funcional, comorbidade que predispõe a infecção, infecção recorrente ou falha do tratamento. Classificação: ¡ ITU recorrente pode ser definida com reinfecção ou recidiva ¡ Reinfecção é definida por infecção que ocorre dentro de um período de 6 meses, após tratamento bem sucedido – microorganismos diferentes ¡ Recidiva é definida por infecção que ocorre dentro de um período de 6 meses com mesmo microorganismo Outras definições : ¡ Infecção refratária é semelhante a recidiva, porém com resultados de urocultura sempre positivos durante o tratamento e mesmo após o seu término Outras definições : ¡ O termo ITU é mais apropriado do que termos mais específicos: cistite ou pielonefrite ¡ O tratamento independe da localização ITU ¡ Mecanismos de defesa contra invasão: ¡ Jato normal de urina ¡ Secreção de muco vaginal e prepucial ¡ Secreção local de imunoglobulina A (IgA) ¡ Flora normal impede o crescimento de outras ¡ pH ácido da urina Diversas espécies de bactérias habitam o prepúcio, a vagina e a uretra distal: ¡ Certificar-se da infecção - Urinálise ¡ Identificar o agente infeccioso – Cultura ¡ Solicitar antibiograma ¡ Escolher a substância antimicrobiana ideal ¡ Acompanhar com exames complementares ¡ “Identificação precoce e precisa, tratamento apropriado e acompanhamento rígido” Estratégia: ¡ Hematúria ¡ Disúria ¡ Polaciúria ¡ Urina com odor pútrido ¡ Raramente febre ou dor renal ¡ Alto percentual de pacientes sem sinais clínicos Sinais clínicos mais comuns: ¡ Urinálise ¡ Cultura ¡ antibiograma Exames complementares importantes: ¡ Hemograma ¡ Radiografia ¡ Ultrassom ¡ Outros exames Primeiro exame a ser solicitado: URINÁLISE ¡ Cistocentese é o “único” método de obtenção de amostra de urina estéril; ¡ Deve-se dar preferência pelo acompanhamento pelo ultrasom; ¡ Cateterização só se não for possível cistocentese ¡ Armazenar imediatamente Coleta de urina: Cistocentese: MACROSCOPIA ¡ Odor forte ¡ Aspecto turvo ¡ Proteína ¡ pH alcalino ¡ Sangue oculto Urinálise: Achados comuns: MICROSCOPIA ¡ Células ¡ Hemácias ¡ Leucócitos ¡ Bactérias ¡ Muitas alterações são inespecíficas; ¡ Macroscopia: ¡ Proteinúriae sangue oculto em geral presentes (porém são inespecíficos) ¡ pH alcalino pela presença de Proteus sp. (dieta, manuseio da amostra) Urinálise: ¡ Microscopia: ¡ Aumento do número de leucócitos ¡ Aumento do número de bactérias Urinálise: ¡ Aumento do número de leucócitos: ¡ Micção espontânea - 0 a 8 / campo ¡ Cateterização - 0 a 5 / campo ¡ Cistocentese - 0 a 3 / campo ¡ O aumento é chamado de piúria ¡ Indica inflamação em algum ponto do TU Urinálise: ¡ Alguns animais não apresentam resposta leucocitária consistente: ¡ Medicados com corticoides; ¡ Medicados com antineoplásicos; ¡ Pseudomonas spp ou Streptococcus spp nem sempre estimulam resposta leucocitária ¡ Diferentes momentos – diferentes respostas ITU sem leucocitúria ¡ Aumento do número de bactérias: ¡ Cateterização ou micção espontânea - analisar rapidamente - não há crescimento de bactérias; ¡ Presença de grande número - presença de infecção; ¡ Em geral acompanhada de piúria Urinálise: Urinálise: Piúria + bacteriúria = ITU ¡ Exame 30 minutos após colheita - ideal ! ¡ Até 6 horas após - se refrigerada ¡ Coletas por cateterização e micção espontânea - falso positivo ! Cultura e antibiograma: ¡ Escherichia coli (45%) - Gram - ¡ Staphylococcus sp. (12%) - Gram + ¡ Proteus sp. (10%) - Gram - ¡ Klebsiela sp. (10%) - Gram - ¡ Enterobacter sp. (8%) - Gram - ¡ Streptococcus sp. (5%) - Gram + ¡ Pseudomonas sp. (3%) - Gram - Agentes infecciosos: ¡ Amoxicilina ¡ Amoxicilina com clavulanato ¡ Quinolonas ¡ Cefalosporinas ¡ Sulfas (segunda escolha) Substâncias de escolha para o tratamento: ¡ Segunda geração ¡ Fluorquinolonas - norfloxacinas, ciprofloxacinas, enrofloxacinas, orbifloxacinas ¡ Amplo espectro de ação; ¡ Baixa toxicidade; ¡ Excreção renal e biliar ¡ Secreção renal tubular ativa - alta concentração urinária Quinolonas: ¡ Nitrofurantoina ¡ Amicacina ¡ Ampicilina ¡ Orbifloxacina ¡ Doxiciclina ¡ Cefovecina ¡ Fosfomicina ¡ Gentamicina Outros antibióticos e quimioterápicos antimicrobianos eficazes: ¡ Meropenem ¡ Marbofloxacina ¡ Ceftriaxona ¡ Imipenem ¡ Ceptiofur ¡ Tratamento mal feito; ¡ Fatores predisponentes ¡ Divertículo uracal, urólitos; ¡ Resistência bacteriana: ¡ Principalmente bactérias entéricas gram - ¡ E. Coli , Klebsiella sp , Enterobacter Insucesso: ¡ Aminoglicosídeos, tetraciclinas e polimixinas ¡ Necrose tubular aguda ¡ Sulfonamidas ¡ Obstrução intratubular – critalúria ¡ Nefrite intersticial aguda ¡ Cefalosporinas ¡ Nefropatia tubular aguda Antibióticos e quimioterápicos nefrotóxicos: ¡ Se o animal estiver com disúria e polaciúria prescrever anti-inflamatório e analgésico por 3 dias; aguardar o resultado da urinálise e prescrever o antibiótico ¡ Se foi realizado exame de cultura e antibiograma, verificar se há necessidade de troca de antibiótico ¡ Se o animal estiver clinicamente bem aguardar resultados de cultura e antibiograma Considerações importantes – Estratégia ! ¡ 75% das ITU de cães e 85% de gatos - episódio único; ¡ O tratamento deve durar no mínimo duas semanas; ¡ Se o animal não apresentar sinais clínicos (disúria ou hematúria) após o tratamento não há necessidade de realização de exames ¡ Investigar causas de persistências; Considerações importantes – Estratégia ! ¡ Infecções complicadas: Recorrentes ¡ Recidivas ou reinfecção: Tratamento por 1 mês (ou mais) com dose terapêutica ¡ Ao final do tratamento realizar exame de urinálise, cultura e antibiograma ¡ Cultura positiva reforçar o tratamento. Cultura negativa iniciar tratamento preventivo Considerações importantes – Estratégia ! ¡ Tratamento preventivo: ¡ Continuar com tratamento preventivo com baixa dose por cerca de 6 meses ¡ Uroculturas a cada 2 a 3 meses. Caso positiva reforçar o tratamento ¡ Passado 2 a 3 meses do final do tratamento de 6 meses repetir urocultura. Considerações importantes – Estratégia ! ¡ Ozonioterapia ¡ Cranberry ¡ Glicosaminoglicanos ¡ Ração Urinary Terapias alternativas ¡ O tratamento requer a certeza da infecção; ¡ Exames precisos nas horas certas; ¡ Utilização adequada de antibióticos; ¡ Identificação de fatores predisponentes; Conclusões SÍNDROME NEFRÓTICA Síndrome Nefrótica ¡ Ascite ou edema ¡ Proteinúria ¡ Hipoproteinemia – hipoalbuminemia ¡ Hipercolesterolemia Síndrome Nefrótica INJÚRIA RENAL AGUDA DOENÇA RENAL CRÔNICA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA INSUFICIÊNCIA RENAL INSUFICIÊNCIA RENAL INSUFICIÊNCIA RENAL funcional INSUFICIÊNCIA RENAL (AGUDA OU CRÔNICA) INJÚRIA RENAL AGUDA (INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA) ¡ INJÚRIA RENAL AGUDA: ¡ Agressão ao parênquima renal capaz de causar dano ou mesmo insuficiência funcional. Definições: ¡ INJÚRIA RENAL AGUDA: ¡ Pode se tratar de um estágio anterior a insuficiência Definições: ¡ INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA: ¡ Condição caracterizada por sinais de insuficiência funcional renal ¡ Estado no qual os rins perdem, de modo súbito, a capacidade de exercício de uma ou mais funções, devido um fator primário. Insuficiência renal aguda: ¡ Segunda guerra mundial (1939-1945) Autópsia de soldados revelava necrose focal tubular – mioglobinúria “Síndrome do esmagamento” Histórico ¡ Guerra da Coréia (1950-1953) Disponibilidade de diálise reduziu em 50% a mortalidade por IRA dialysis during the Korean War (1952) ¡ Guerra do Vietnã (1964-1975) Desenvolvimento de técnicas de punção venosa profunda (cateter central) Reposição intravenosa de grandes volumes de líquidos ¡ Medicina Humana Após 60 anos e com todo avanço tecnológico a mortalidade ainda é de 50% Grande número de idosos e causas iatrogênicas Situação atual: ¡ A IRA deve ser considerada como uma grave síndrome ¡ Resultante de uma importante diminuição da taxa de filtração glomerular Caracterização: ¡ Caráter de possível regeneração ¡ Presença de um fator primário no momento estudado Caracterização: Caracterização: Instalação Manutenção Resolução Classificação: “Hemodinâmica” Diminuição da perfusão “Parênquima” “Deficiência na eliminação da urina” ¡ Hipotensão - anestesia ¡ Hipovelemia – hemorragia, desidratação ¡ Traumatismos ¡ Hipoproteinemia Pré-renal: ¡ Glomerulares: ¡ Infecciosas – hemoparasitoses, leishmaniose, piometra, hepatite infecciosa, doença periodontal ¡ Inflamatórias – poliartrites, pancreatites, dermatites crônicas Renal: ¡ Tubulares: ¡ Hipóxia e má nutrição ¡ Agentes infecciosos – erlichiose, leptospirose, hepatite infecciosa canina ¡ Agentes químicos – terapêuticos, metais pesados, compostos orgânicos, venenos Renal: ¡ Interstício: ¡ Leptospirose ¡ Hepatite infecciosa Renal: ¡ As principais afecções glomerulares são as glomerulonefrites ¡ As principais glomerulonefrites são as imunomediadas ¡ As glomerulonefrites são consideradas as principais causas de DRC adquirida em cães Etiopatogenia – Glomerular: ¡ Hemoparasitose ¡ Erlichiose Glomerulonefrites levando a IRA: Erlichiose ¡ Leva a IRA por 4 motivos diferentes !!!!! ¡ Glomerulonefrite imunomediada ¡ Hemoconcentração ¡ Medicamentos para o tratamento são nefrotóxicos ¡ Presença do agente na célula renal Erlichiose: Erlichiose¡ Classificação da IRA de acordo com cada injúria !!!!! ¡ Glomerulonefrite imunomediada ¡ Hemoconcentração ¡ Medicamentos para o tratamento são nefrotóxicos ¡ Presença do agente na célula renal Erlichiose: Erlichiose ¡ Ações de renoproteção!!!!! ¡ Glomerulonefrite imunomediada ¡ Hemoconcentração ¡ Medicamentos para o tratamento são nefrotóxicos ¡ Presença do agente na célula renal Erlichiose: ¡ Tubular ¡ Isquêmico ¡ tóxico Etiopatogenia: Etiologia de eventos: Injúria isquêmica diminuição da pressão sanguínea vasoconstrição Diminuição do fluxo sanguíneo Diminuição da oxigenação Diminuição da nutrição Morte celular Etiologia de eventos: Hipóxia Alteração do citoesqueleto Liberação de integrinas Células desgarradas Cilíndros Células mortas integrinas Etiologia de eventos: Cilíndros Obstruções tubulares Lacunas tubulares oligúria Lesões irreversíveis - DRC Hipertrofia de néfrons retrovasamento Etiologia de eventos: Hipóxia Perda da polaridade da célula Alteração do citoesqueleto IRA não oligúrica Interferência na reabsorção de água e sódio Obstruções dos túbulos IRA oligúria Etiologia de eventos: Deslocamento de células Lacunas no epitélio tubular Necrose ou apoptose Edema intersticial IRA oligúrica retrovasamento Aumento da pressão intersticial Obstrução túbulos Etiologia de eventos: Substâncias nefrotóxicas Lesões glomerulares Destruição da superfície proteinúria hematúria Etiologia de eventos: Substâncias nefrotóxicas Lesões tubulares Morte celular Obstruções tubulares Cilindros epiteliais Processo pode ter caráter reversível se for preservada a membrana basal das células tubulares renais ¡ Diagnóstico: ¡ Oligúria ¡ Densidade urinária aumentada ou normal ¡ Aumento das concentrações séricas de ureia e creatinina ¡ Correção rápida com a melhora da perfusão ¡ Causa presente IRA Pré-renal ¡ Diminuição da TFG ¡ Diminuição do volume de filtrado glomerular ¡ Promove diminuição da formação de urina Oligúria ¡ Na tentativa de conservar água e sódio há aumento da secreção do hormônio anti- diurético Densidade urinária aumentada ou normal ¡ Característica ¡ Valores de concentração sérica considerados baixos podem causar o aparecimento de uremia Aumento das concentrações séricas de ureia e creatinina ¡ Qual a gravidade para os rins da realização de um procedimento cirúrgico sem um bom aporte de fluídos? ¡ Qual a gravidade para os rins da falta de um aporte de fluídos após uma cirurgia de piometra? Pode a IRA pré-renal se transformar em IRA renal ? ¡ Persistindo a IRA pré renal pode ocorrer isquemia do parênquima renal e consequente NECROSE TUBULAR AGUDA Transição entre IRA pré renal e renal ¡ Diagnóstico ¡ Oligúria ¡ Densidade urinária normal ou aumentada ¡ Aumento das concentrações séricas de ureia e creatinina ¡ Difícil correção ¡ Causa presente IRA RENAL ¡ Etiologia ¡ Obstrução de ambos os ureteres ¡ Grandes cálculos vesicais ¡ Neoplasias IRA PÓS RENAL ¡ Inespecíficos, porém, associados a uremia e a causa primária ¡ Prostração ¡ Inapetência ¡ Vômito (ou não) ¡ Diarréia (ou não) ¡ Outros sinais associados a causa primária SINAIS CLÍNICOS DA IRA ¡ Concentração sérica de ureia e creatinina aumentadas (azotemia) ¡ Imagem ultrasonográfica de um rim normal ou aumentado. Definição e limites da região córtico- medular preservada. Relação córtico-medular preservada ¡ PODE SER VISTO: aumento da ecogenicidade da região cortical – glomerulonefrite e/ou linha de medular – necrose tubular aguda. SINAIS DOS EXAMES COMPLEMENTARES ¡ Normalmente não há anemia ¡ Densidade urinária é normal ¡ Enzimúria ¡ Hipercalemia (arritmias graves) ¡ Hipernatremia (edema e hipertensão) SINAIS DOS EXAMES COMPLEMENTARES ¡ O que estamos tratando? Qual o nome do quadro? ¡ Uremia ¡ O que é uremia? QUADRO TÓXICO Qual é a característica do quadro clínico de uma animal com IRA? ¡ Desintoxicação ¡ Tratamento da causa A base do tratamento da IRA é: TRATAMENTO DA IRA ¡ Reidratar e manter o equilíbrio hidroeletrolítico ¡ Aumentar a produção de urina ¡ Suspender todos os fármacos potencialmente nefrotóxicos ¡ Controlar vômito ¡ Controlar azotemia/uremia ¡ Tratar a causa primária Reidratar e manter o equilíbrio hidroeletrilítico ¡ Reposição: Ringer com Lactato ou Solução salina a 0,9% - [Peso (kg)] x [déficit (%)] x 1000 ¡ Deve ser feita em 2 a 6 horas ¡ Manutenção: Solução salina, Ringer com Lactato ou glicose a 5% Aumentar a produção de urina ¡ Provocar ligeira expansão plasmática; administrar diuréticos (após reidratação): ¡ Manitol (20%) – Diurético osmótico e bloqueador de radicais livres: 0,25 a 1,0 g/kg em bolus IV “lento”. ¡ Bolus intermitentes de 0,25 a 0,5g/kg cada 4 a 6 horas durante 24 a 48 hs. ¡ Continuar com infusão: 1 a 2 mg/kg/min ¡ Aumenta volume intravascular, aumenta a perfusão renal, diminui a resistência vascular renal, aumenta o fluxo tubular, promove a excreção de soluto e protege contra danos oxidativos dos radicais livres. ¡ Furosemida: 2 mg/kg em bolus IV. Repetir a dose com 2 a 6 mg/kg a cada 30 min. (3x) Infusão contínua: 0,25 a 1,0 mg/kg/h ¡ Dopamina – vasodilatador arterial renal – 1-3 µg/ kg/min em infusão IV contínua. ¡ Pode-se combinar a furosemida (5 µg/kg/min) a dopamina (1-3 µg/kg/min) em solução de glicose 5% Aumentar a produção de urina ¡ A acidose é compensada com a alcalose respiratória. Se não, bicarbonato quando pH sanguíneo estiver em 7.15 ou menos ¡ Hiperpotassemia (hipercaliemia) – arritmia, bradicardia, alterações do eletrocardiograma: diminuição da onda P, aumento do intervalo PR, alargamento do complexo QRS, onda T alta. Acidose metabólica e hiperpotassemia ¡ Bicarbonato de sódio 1 a 2 mEq/kg ¡ Insulina (0,25 a 0,5U/kg IV) seguida de glicose (4mL de glicose a 50%/U insulina) ¡ Gluconato de cálcio a 10% (0,5 a 1 mL/kg IV lento com acompanhamento pelo eletro) Tratamento Aminoglicosídeos, cefalosporinas, polimixinas, sulfonamidas, tetraciclinas, anfotericina B, piroxicam, ibuprofeno, IECA, chumbo, cromo, mercúrio, pesticidas, herbicidas, hemoglobina, mioglobina, contrastes radiológicos, quimioterápicos, anestésicos, veneno de serpente. Suspender todos os fármacos potencialmente nefrotóxicos ¡ Cimetidina ( 2,5 a 5 mg/kg IV – bid ou tid) ¡ Ranitidina (0,5 a 2,0 mg/kg IM ou SC – bid ou tid) ¡ Omeprazol (0,5 a 1,0 mg/kg oral – sid) Vômitos persistentes - drogas de ação central: ¡ Metoclopramida (0,2 a 0,5 mg/kg IV ou IM 6/6 ou tid ou 0,01 a 0,02 mg/kg/h IV no soro) ¡ Clorpromazina (0,2 a 0,5 mg/kg IM, SC tid ou bid) ¡ Ondansetrona (0,1 a 0,2 mg/kg) IV bid ou tid) ¡ Maroptante (1 mg/kg SC sid) Controlar o vômito Úlceras na cavidade oral Úlceras na cavidade oral Necrose de língua Úlceras na cavidade oral Úlceras na cavidade oral ¡ Dieta ¡ Cetoanálogos ¡ Hemodiálise Controlar a azotemia/uremia ¡ Os α-cetoanálogos ou cetoanálogos, ou ainda, α-cetoácidos, são, na verdade, aminoácidos essenciais desaminados. ¡ Não contêm nitrogênio em sua estrutura molecular e, assim, não geram sub-produtos de nitrogênio. ¡ Captam em seus radicais livres, grupos amina, Cetoanálogos ¡ Captador de nitrogênio ¡ Fornecedor de aminoácidos ¡ Aumenta concentração sérica de bicarbonato ¡ Quelante de fósforo (cálcio na fórmula) ¡ Obs. Cuidado com o uso de quelantes de fósforo Medicina Humana ¡ Sua ação principal em cães e gatos está relacionada ao efeito quelante de nitrogênio circulante. ¡ Promovendoo sequestro de nitrogênio promove seu desvio do ciclo da amônio/ureia ¡ Como consequência há redução das concentrações de ureia Medicina Veterinária ¡ No homem contribui com 50% da necessidade de aminoácidos ¡ Necessidades de aminoácidos nefropatas: ¡ Homem: 0,6g/kg/dia ¡ Cães: 2,0 a 2,5g/kg/dia ¡ Gatos: 3,5 a 4,0g/kg/dia Posologia ¡ 1 comprimido para cada 5kg de peso vivo/dia ¡ A dose total deve ser subdividida em três a quatro tomadas, preferencialmente. ¡ Exemplo: cão 10kg ¡ ½ comprimido e 6 em 6 horas Posologia: ¡ Pode ser indicado para pacientes com valores de ureia acima de 150mg/dL ¡ Deve ser indicado para animais em estado de uremia – 15 a 30 dias ¡ Para animais que voltam a descompensar após interrupção do tratamento ¡ Para o resto da vida para animais que descompensam sempre que o trt é interrompido Protocolo de utilização: DOENÇA RENAL CRÔNICA (INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA) ¡ Consiste em lesão renal irreversível e perda progressiva das funções Doença renal crônica: ¡ Trata-se da consequência de lesões irreversíveis glomerulares ou tubulares ¡ Como visto, pode ter origem de má formação congênita ou hereditária ou pode ser adquirida ¡ Ao contrario do que ocorre na IRA é difícil determinar a causa DRC ¡ Os rins apresentam-se atrofiados, com tecido cicatricial fibroso e hipertrofia dos néfrons remanescentes Caracterização: ¡ Estudos demonstram que os distúrbios glomerulares são a principal causa de DRC em cães (em gatos são os tubulares) ¡ Com o comprometimento da estrutura renal, outras funções apresentam-se comprometidas ¡ Anemia arregenerativa (deficiência de eritropoetina) ¡ Hiperparatireoidismo (deficiência de calcitriol) Caracterização: ESTADIAMENTO DA DRC IRIS ¡ Não azotêmico ¡ imagem renal anormal ¡ incapacidade de concentrar urina, ¡ proteinúria de origem renal ¡ biópsia renal anormal Estadiamento DRC – IRIS Estágio 1: ¡ Azotemia em ponto de corte ¡ Sinais clínicos ausentes ou discretos ¡ imagem renal anormal ¡ incapacidade de concentrar urina, ¡ proteinúria de origem renal ¡ biópsia renal anormal Estadiamento DRC – IRIS Estágio 2: ¡ Azotemia moderada ¡ Sinais clínicos ausentes ou discretos ¡ imagem renal anormal ¡ incapacidade de concentrar urina, ¡ proteinúria de origem renal ¡ biópsia renal anormal Estadiamento DRC – IRIS Estágio 3: ¡ Azotemia grave ¡ Sinais clínicos presentes ¡ imagem renal anormal ¡ incapacidade de concentrar urina, ¡ proteinúria de origem renal ¡ biópsia renal anormal Estadiamento DRC – IRIS Estágio 4: ¡ Diminuição ou perda da definição das regiões cortical e medular ¡ Pode ainda ser visto: ¡ Superfície irregular ¡ Tamanho reduzido ¡ Alteração da relação córtico-medular ¡ Aumento da ecogenicidade da região cortical Obs. Podem ser vistas uma ou mais das alterações Informações de laudo: ¡ Uremia (anorexia, depressão e vômito) ¡ Azotemia grave ¡ Hiperfosfatemia ¡ Anemia arregenerativa ¡ Isostenúria ¡ Polidipsia/poliúria ¡ Hipertensão arterial ¡ Emagrecimento Sinais característicos da DRC: ¡ Na hiperfosfatemia observa-se desequilíbrio da relação cálcio/fósforo, depósito de fosfato de cálcio em tecidos moles (rins, pulmões, músculos, miocárdio...); hiperparatireoidismo secundário renal (HSR). ¡ O HSR é multifatorial mas a hiperfosfatemia e a diminuição de Ca sérico levam ao aumento da reabsorção renal e absorção óssea de Ca. Hiperfosfatemia: ¡ Pode ser tratada com a redução de fósforo na dieta e com a administração de quelantes via oral. ¡ Solução de hidróxido de alumínio 30 - 90 mg/kg – sid, bid ou tid VO Hiperfosfatemia: ¡ Tipo arregenerativa, pois há diminuição na eritropoiese devido insuficiente produção de eritropoietina. ¡ Ocorre ainda: diminuição do tempo de vida das hemácias, hemorragias, interferências de toxinas urêmicas na eritropoiese. Anemia: ¡ Transfusão – 20 ml/kg ¡ Eritropoietina recombinante humana (r-HuEPO) – 100 U/kg SC 3x/semana (50-150U/Kg) Com hematócrito entre 35 a 40% em cães e 30 a 35% em gatos, aumenta-se intervalo de aplicações. Tratamento: ¡ Animais podem desenvolver anticorpos contra a r-HuEPO e, mais grave, algumas vezes contra a eritropoietina endógena provocando dependência a transfusão. ¡ Suplementação com ferro é necessária – ocorre início rápido de eritropoiese e deficiência de ferro. Tratamento: ¡ EPREX ¡ ERITROMAX ¡ HEMAX ¡ HEMOPREX Suplementos - Hemolitan, Metacell, Hemo Care (Inovet) Tratamento: Néfrons funcionais Compensatório da TFG Fluxo do ultrafiltrado em cada néfron Concentração de sódio Pressão oncótica medular Reabsorção de água Aumento do volume urinário (poliúria) POLIÚRIA ¡ Em geral sem sinais clínicos. Pode ser identificada principalmente por manifestações oculares - Retinopatia hirpertensiva; ¡ Acredita-se que desempenha papel importante na progressão da doença renal; ¡ O sal deve ser controlado na dieta Hipertensão arterial: TRATAMENTO CONSERVADOR Ração Renal Inibidores da ECA Omega 3 e antioxidantes Omega 3 e antioxidantes ¡ Dieta ¡ Emprego dos inibidores da ECA ¡ Utilização de ômega 3 e antioxidantes Terapia conservadora (renoproteção) importante: UROLITÍASE Impossible d'afficher l'image. Votre ordinateur manque peut- être de mémoire pour ouvrir l'image ou l'image est endommagée. Redémarrez l'ordinateur, puis ouvrez à nouveau le fichier. Si le x rouge est toujours affiché, vous devrez peut-être supprimer l'image avant de la réinsérer. DEFINIÇÃO Precipitação de sais sob forma de estruturas sólidas. Etiopatogenia ¡ Concentração elevada de sais ¡ Tempo de retenção ¡ pH ¡ baixa concentração de inibidores de cristalização na urina ¡ Substâncias na urina podem inibir ou favorecer a formação de urólitos ¡ Substâncias orgânicas (matrizes) – albumina, mucoproteínas – formam o núcleo do urólito. ¡ citratos, glicosaminoglicanos, pirofosfatos são considerados inibidores Etiopatogenia Concentração elevada de sais ¡ Ingestão excessiva de minerais e proteínas – urina supersaturada ¡ diminuição da reabsorção ¡ aumento da produção por bactérias ¡ Fator primário para o início da formação ¡ supersaturação é condição que favorece a formação ¡ quanto maior a supersaturação maior o potencial para ocorrer cristalização ¡ urinas pouco saturadas tem facilidade de dissolução Concentração elevada de sais Urólitos de estruvita ¡ Fosfato de amônio-magnésio ¡ Podem conter fosfato de cálcio ou carbonato de cálcio Etiologia ITU Staphylococcus ou Proteus Produzem urease – quebra uréia amônia Dióxido de carbono Etiologia amônia hidrólise hidroxilas Redução da concentração de hidrogênio Íons amônia Urina alcalina Urólitos de estruvia ¡ Em gatos podem ser formados na ausência de infecção - supersaturação ¡ Alimentos ricos em minerais ¡ pH elevados ¡ Raças específicas: schnauzer, Poodle, Bichon, Cocker Urólitos de estruvia Urólitos de estruvia Urólitos de estruvia Urólitos de Oxalato de cálcio ¡ Consequência de elevadas concentrações de Ca na urina. Hipercalciúria ¡ Pós-prandial ¡ Reabsorção tubular deficiente ¡ hipercalcemia (hiperparatireoidismo) – menos comum ¡ Medicamentos (glicocorticóides e furosemida) ¡ Concentrações reduzidas de citrato – inibidor da cristalização ¡ Aumento da concentração de oxalato (Vit C, vegetais) Características ¡ pH inferior a 6,5 favorece formação de cálculo ¡ Frequente em cães idosos ¡ Ocorrência rara com ITU ¡ Estrógenos podem causar aumento da excreção decitrato ¡ 70% é observado em cães machos (maior produção de oxalato mediada pela testosterona) ¡ Schnauzer, Poodle, Yorkshire, Lhasa, Bichon, Shih Tzu Diagnóstico - Histórico e exame físico ¡ Urinálise – sinais de inflamação – piúria (se estruvita – bacteriúria) ¡ O pH depende do cálculo ¡ Cristalúria pode ou não estar relacionada ao cálculo PODE EXISTIR CRISTALÚRIA SEM URÓLITO PODE EXISTIR URÓLITO SEM CRISTALÚRIA Tratamento ¡ Alívio de qualquer obstrução e descompressão da bexiga ¡ Passagem de sonda ¡ Cistocentese ¡ Deslocamento do cálculo por hidropropulsão ¡ Extração por procedimento cirúrgico ¡ Uretrostomia de emergência ¡ Cirúrgico ¡ Dieta: ¡ Ração Renal – Cálculo de oxalato de cálcio ¡ Ração Urinary – Cálculos de estruvita Tratamento TRATAMENTO ¡ Ração Urinary: ¡ Alto teor de sódio (aumento do volume da urina) ¡ Acidificação desfavorece crescimento de bactérias e inibe a precipitação de cristais de estruvita ¡ Baixo teor de magnésio Tratamento ¡ Rowatinex ¡ Estimula o fluxo urinário e remove estados de espasmos das vias urinárias Tratamento Extrato de Abacate Extrato de Abútua Extrato de Caroba Extrato Chá de Bugre Extrato de Chapéu de Couro Extrato de Cipó Cabeludo Extrato de Quebra pedra Extrato de Sabugueiro Veículo xaroposo qsp:............................150ml. Dieta para nefropata Dieta para nefropata - Objetivos ¡ Tornar mínima a formação de catabólitos protéicos ¡ Prevenir e reduzir sinais e consequência de uremia ¡ Deter ou retardar a progressão da doença; ¡ Prevenir o acúmulo de fósforo e sódio. ¡ Gorduras e carboidratos devem ser usados para fornecer todos os requerimentos calóricos dos cães e gatos (Isso ajudará a reduzir o catabolismo tecidual, perda de peso e acúmulo de resíduos nitrogenados) ¡ Reposição das vitaminas hidrossolúveis e lipossolúveis (que estão sendo perdidos) ¡ Manutenção de um aporte nutricional de acordo com as necessidades do animal. ¡ Proteínas alto valor biológico ¡ Baixo teor em fósforo ¡ Baixo teor de sódio ¡ Omegas 3 e 6 Dietas comercias - Características gerais: (cães) (gatos) - Proteínas – 16 % (21 %) - Fósforo – 0,26 % (0,68 %) - Sódio – 0,27 % (1 %) - Vitaminas C e E – elevar imunidade - Ω 6: Ω3 = 5:1 - Fibras de beterraba - crescimento de bactérias dependentes de nitrogênio. Royal Canin (Renal Programme) Royal Canin (Renal Feline) (cães) (gatos) - Proteínas – 13% 24,5% - Fósforo – 0,25% 0,4% - Sódio – 0,15% 0,2% - Vitamina A, E, D3 - Ω 3 FARMINA – Renal Vet Life (cães) (gatos) - Proteínas – 16 % 24% - Fósforo – 0,25 % 0,5% - Sódio – 0,1 % 0,08% - Vitamina C, E, complexo B - Polpa de beterraba - Ω 3 TOTAL – Equilíbrio – Renal RE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO NEFROPATA (cães) (gatos) - Proteínas – 14,8 % (28,3 %) - Fósforo – 0,28 % (0,49 %) - Sódio – 0,23 % (0,25 %) - Omega 3 Hill’s (Prescription diet) DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO NEFROPATA (cães) (gatos) - Proteínas – 14,5 % (24 %) - Fósforo – 0,3 % (0,3 %) - Sódio – 0,23 % (0,25 %) - Omega 3 e 6 Premier Nutrição Clínica Renal DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO NEFROPATA (cães) (gatos) - Proteínas – 15 % (26 %) - Fósforo – 0,3 % (0,3 %) - Sódio – 0,3 % (1,0 %) - Omega 3 e 6 NF Kidney Function Dieta especial para nefropatas ¡ A dieta definitiva somente deve ser oferecida quando o animal restabelecer o apetite ¡ Deve ser palatável e conter todas as necessidades deste paciente especial ¡ Caseiras ¡ Industrializadas Dieta especial para nefropatas Receita de dieta caseira ¡ 50 g de carne moída magra (suína, frango, ou bovina - exceto músculo); ¡ 2 xícaras de arroz branco cozido sem sal; ¡ 1 ovo cozido duro picado ; ¡ 3 fatias de pão de forma, cortados em pedaços pequenos; ¡ 1 colher de sopa de óleo de soja, girassol, milho ou canola ¡ Complexo de vitaminas e minerais Dieta caseira para nefropatas - receita ¡ Fritar a carne em frigideira com pouco óleo e depois acrescentar os demais ingredientes, mexendo sempre para misturar bem ¡ Esta mistura é um tanto seca, podendo-se melhorar sua palatabilidade acrescendo um pouco de água ¡ Manter em geladeira em recipiente com tampa ¡ Rendimento: 500 g Dieta caseira para nefropatas - receita 2 Kg 0,100 5 Kg 0,250 10 Kg 0,500 20 Kg 0,750 30 Kg 1,0 40 Kg 1,25 50 Kg 1,5 Peso corporal Porção diária (Kg)� * Desenvolvido por Mark Morris Associates Fonte: Medicina Interna de Pequenos Animais – Nelson & Couto Modificado por Prof. Júlio César Cambraia Veado Dieta caseira para nefropatas - receita Hemodiálise Introdução Qual o objetivo da realização da hemodiálise neste paciente? ¡ Cuidado com a transposição de informações: ¡ Padrão humano – 4 horas de sessão a cada 2 dias ¡ Ordem de prioridade nas indicações ¡ Indicações das hemodiálises: No homem ¡ Doença renal crônica ¡ Insuficiência renal aguda ¡ Intoxicações e envenenamentos ¡ Indicações das hemodiálises: em cães e gatos ¡ Insuficiência renal aguda ¡ Intoxicações e envenenamentos ¡ Doença renal crônica Centros de diálise do Brasil Escola de Veterinária - UFMG Rafael Trevizan São Paulo – 2 centros Rafael Trevizan A hemodiálise é o processo no qual ocorre a troca do plasma concentrado em catabólitos, por um plasma artificial, apresentando concentrações dos diversos compostos, semelhantes a do plasma normal. CONCEITO: Para a realização de uma hemodiálise é preciso: Máquina de hemodiálise Para a realização de uma hemodiálise é preciso: Membranas depuradoras: dialisadores Para a realização de uma hemodiálise é preciso: Linhas de sangue Para a realização de uma hemodiálise é preciso: Soluções concentradas: Dialisato Para a realização de uma hemodiálise é preciso: Água ultrapura (osmose reversa) Princípios físicos PAREDE EXTERNA DO DIALISADOR MEMBRANAS SEMIPERMEÁVEIS TUBULARES OCAS ESPAÇO ENTRE MEMBRANAS SANGUE DIALISATO + CONCENTRADO - CONCENTRADO ¡ Complexo CÃO – MÁQUINA ¡ Bom acesso vascular – veno-venoso ¡ Heparinização do circuito ¡ Volume de sangue extra corpóreo – “primming” ¡ Preenchimento da linha com soro Uma sessão de hemodiálise é capaz de remover até 70% de ureia e 60% de crea$nina ¡ Indicações das hemodiálises: em cães e gatos ¡ Insuficiência renal aguda ¡ Intoxicações e envenenamentos ¡ Doença renal crônica Cães portadores de insuficiência renal aguda ¡ Uremias confirmadas: • Quando: o mais rápido possível • Fluído por 24 a 48 horas – Se mantiver ou aumentar – hemodiálise • Periodicidade: em geral duas a três sessões ¡ Lembrar que a causa em geral esta presente • Piometra, intoxicações medicamentosas, leishmaniose, hemoparasitos, leptospirose, envenenamentos Piometra Leptospirose ¡ Indicações das hemodiálises: em cães e gatos ¡ Insuficiência renal aguda ¡ Intoxicações e envenenamentos ¡ Doença renal crônica Drogas e agentes químicos passíveis de remoção por hemodiálise e hemoperfusão REMOÇÃO EFETIVA JÁ RELATADA Acetaminofen Metotrexano Ácido acetilsalicílico Metiprilon Barbitúricos Metilsalicilato Tetracloreto de carbono Paracetamol Cloranfenicol Paraquat Digoxina Penicilina G Digitoxina Quinino Etclorvinol Salicilatos Fenobarbital Teofilina Fenitoína Toxinas de Glutetimna cogumelo Hormônio da Tireóide Metaqualona Meprobamato Lítio CésioDrogas e agentes químicos passíveis de remoção por hemodiálise e hemoperfusão Álcool isopropílico Doxepina Amitriptilina Etanol Anfetamina Imipranina Brometo Paraldeído Clordiazepóxido Metanol Clorpromazina Oxazepan Codeína Profoxifeno Diazepam Quinidina Difenidramina Diquat REMOÇÃO EFETIVA PROVÁVEL OU JÁ RELATADA “in vitro” ¡ Indicações das hemodiálises: em cães e gatos ¡ Insuficiência renal aguda ¡ Intoxicações e envenenamentos ¡ Doença renal crônica Beagle, tratado contra Leishmaniose há 6 anos, portador de doença renal crônica Cães portadores de doença renal crônica • Azotemias significativas: Ureia acima de 150 mg/dl • Periodicidade: à determinar • Animais com azotemia conhecida e prestes a entrar em quadro de uremia • Uremias confirmadas: • Quando: o mais rápido possível • Fluído por 24 a 48 horas – Se mantiver ou aumentar – hemodiálise Consequências de indicação tardia ¡ Anemia – hematócrito abaixo de 25% ¡ Descompensações de pressão ¡ Impossibilidade de bons resultados ¡ Mal estado geral ¡ Consequências das uremias Complicações ü Alterações de pressão sanguínea - hipotensão ü Hemorragias ü Síndrome do desequilíbrio ü Náusea e vômito Condições mínimas ü Hidratação ü Pressão sanguínea normal ü Hematócrito de pelo 25 % ü Bom acesso vascular ü Peso acima de 6 Kg Módulo de nefrologia e urologia Prof. Júlio César Cambraia Veado cambraia@ufmg.br
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