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Intervenção do Estado na propriedade e na Ordem Econômica

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Nayara Santos de Sá 
 
 
 
 
 
Intervenção do Estado na propriedade e na Ordem Econômica 
Intervenção do Estado na propriedade é decorrente do princípio da Supremacia do 
Interesse Público sobre privado ou Função Social da Propriedade. 
CF, Art. 5°, XXII: “é garantido o direito de propriedade;” e XXIII “a propriedade 
atenderá a sua função social” 
Modalidade de Intervenção: 
❖ Restritiva: quando Estado restringe o pleno gozo do Direito de Propriedade 
➢ Limitação Administrativa: decorre do exercício do Poder de Polícia do 
Estado. São imposições de Ação ou Omissão para que o indivíduo faça ou não 
faça alguma coisa em sua propriedade. São de ordem geral, é imposto a todos. 
Ex.: normas dos direitos de vizinhança, em que limita colocação da janela até 
um determinado metro da casa do vizinho. Via de regra, não gera direito a 
indenização, salvo se o proprietário provar que sofreu um dano específico, 
concreto e desproporcional, caso terá direito a indenização. 
➢ Requisição Administrativa: art. 5° XXV da CF “no caso de iminente perigo 
público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano”. Quando há 
uma situação de perigo, calamidade ou comoção que faça com que haja 
necessidade do Poder Público, na ausência dos seus meios, usar as 
propriedades privadas. Os atributos da requisição são: autoexecutoriedade, 
imperatividade e coercibilidade. Pode recair sobre qualquer bem particular. 
Só ocorre indenização, no final, se houver dano, mas serviço e bens perecíveis 
sempre será indenizado. 
▪ Perigo Público: é o “risco que, se propagadas as suas consequências, é 
improvável que a sociedade seja preservada dos resultados danosos, 
sejam decorrentes de eventos da natureza, sejam resultantes de 
comportamentos de pessoas naturais ou jurídicas” (Raquel Carvalho) 
▪ Calamidade Pública: geralmente é um perigo pública agravada pela 
paralisação, ou iminência de paralisação de serviço público. Ex.: 
paralisação de energia elétrica, água, saúde etc...; 
 
Nayara Santos de Sá 
 
 
 
 
 
▪ Comoção Pública: É um abalo moral no seio da comunidade local, 
estado ou país, que ocasionou uma paralisação dos serviços públicos. 
Pode ser local, regional ou nacional, sendo que neste último é 
caracterizado um dos casos para decretação de Estado de Sítio. 
➢ Servidão Administrativa: Direito Real Público que permite que o Estado junto 
com o particular use bens imóveis para levar um serviço público para 
população. Gera direito a indenização quando o particular prova dano ou 
proveito econômico por parte do Estado. Não existe autoexecutoriedade, para 
sua instituição o Poder Público pode realizar um acordo com particular ou 
ingressar com Ação de Instituição de Servidão. Na sua instituição possui duas 
fases: 
▪ 1. Fase Declaratória: a União, estado ou munícipio declara o bem 
privado como de utilidade para fins de servidão; 
▪ 2. Fase de Execução: nesta fase tanto a união, estado ou munícipio 
como também os consórcios públicos ou concessionárias de serviços 
público podem realizar. Estas últimas somente podem executar caso 
estiver previsto em lei ou no contrato. 
Art. 3°, § 3º decreto-lei Nº 3.365 de 41: É vedada 
a desapropriação, pelos Estados, Distrito Federal, 
Territórios e Municípios de ações, cotas e direitos 
representativos do capital de instituições e 
emprêsas cujo funcionamento dependa de 
autorização do Govêrno Federal e se subordine à 
sua fiscalização, salvo mediante prévia 
autorização, por decreto do Presidente da 
República. 
Neste art. 3°, § 3º decreto-lei Nº 3.365 de 41 desapropriação entende-se também como 
como servidão. 
LEI Nº 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005: Art. 
2º Os objetivos dos consórcios públicos serão 
determinados pelos entes da Federação que se 
consorciarem, observados os limites 
constitucionais. 
 
Nayara Santos de Sá 
 
 
 
 
 
§ 1º Para o cumprimento de seus objetivos, o 
consórcio público poderá: 
II – nos termos do contrato de consórcio de direito 
público, promover desapropriações e instituir 
servidões nos termos de declaração de utilidade ou 
necessidade pública, ou interesse social, realizada 
pelo Poder Público; e 
➢ Ocupação Temporária: ocupação temporariamente áreas não edificadas 
próximo de onde está sendo realizado uma obra pública para colocação de 
materiais da obra. Só há indenização mediante prova de dano, mesmo se a 
construção tiver finalidade onerosa para Administração. Há executoriedades. 
decreto-lei nº 3.365/41: art. 36. É permitida a 
ocupação temporária, que será indenizada, afinal, 
por ação própria, de terrenos não edificados, 
vizinhos às obras e necessários à sua realização. 
➢ Tombamento: impõe ao proprietário que preserve um bem que tem valor 
histórico, paisagístico, cultural ou artístico para União, estado ou munícipio. 
Pode ocorrer: 
▪ Tombamento de Ofício: quando o Poder Público tomba seu próprio 
bem, munícipio tomba seu próprio bem, estado tomba seu próprio bem 
e União tomba seu próprio bem. Não aplica o princípio da verticalidade, 
o ente de baixo pode tombar imóvel do ente de cima, pois é competência 
comum. 
CF, Art. 23. É competência comum da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das 
instituições democráticas e conservar o patrimônio 
público; 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens 
de valor histórico, artístico e cultural, os 
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os 
sítios arqueológicos; 
 
Nayara Santos de Sá 
 
 
 
 
 
IV - impedir a evasão, a destruição e a 
descaracterização de obras de arte e de outros bens 
de valor histórico, artístico ou cultural; 
▪ Tombamento Voluntário: particular procura Administração Pública 
para tombar seu bem, ou aquele procura este para tombar o bem. 
▪ Tombamento Compulsório: quando o particular não aceita que 
Administração Pública tombe o bem, mas é obrigado. 
▪ Tombamento Total: quando recai na totalidade do bem; 
▪ Tombamento Parcial: recai apenas sobre parte do bem; 
▪ Tombamento Individual: quando único ato recai apenas em um bem; 
▪ Tombamento Coletivo: quando único ato recai sobre vários bens; 
O tombamento se materializa com lançamento do bem no livro do tombo. 
Considera tombado após o processo administrativo. 
Como regra não gera indenização, salvo se o proprietário ficar inviabilizado de utilizar 
o bem, poderá pleiteia que o Poder Público desapropria o bem e pague indenização. 
Efeito extra partes: ocorre reflexo para terceiros, ex.: impedir terceiros a construir 
quaisquer imóveis a 100 m do bem tombado. 
Os bens tombados somente podem sair do país com a devida autorização de quem 
tombou. 
O proprietário é responsável pela preservação do bem, porém, se não tiver condição de 
financeira para cuidar, restaurar ou conservar o bem, então o proprietário tem o dever de 
informar ao ente de tombou para este realizar a devida preservação. 
A partir do tombamento do bem, o particular é obrigado a permitir o ingresso do ente 
para inspecionar o bem, podendo ser usado força policial. 
❖ Supressiva: o Estado retira o Direito de Propriedade 
➢ Expropriação: Perde o bem que esteja sendo utilizado para plantação de droga 
ou trabalho escravo. 
Art. 243, CF: As propriedades rurais e urbanas de qualquer 
região do País onde forem localizadas culturas ilegais de 
 
Nayara Santos de Sá 
 
 
 
 
 
plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na 
forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma 
agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer 
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções 
previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 
5º. 
TESE DE REPERCUSÃO GERAL 635336 “A 
expropriação prevista no art. 243 da Constituição 
Federal pode ser afastada, desde que o proprietário 
comprove que não incorreuem culpa, ainda que in 
vigilando ou in eligendo”. 
 
➢ Desapropriação: 
▪ Desapropriação Ordinária: previsto na CF, art. 5° XXIV. É mediante 
processo prévio e indenização justa e prévia em dinheiro. É decorrente 
de: 
• Necessidade pública: é quando trata de segurança nacional, 
defesa do Estado, socorro público em caso de calamidade e 
salubridade pública 
• Utilidade Pública: 
1. a criação e melhoramento de centros de população, seu 
abastecimento regular de meios de subsistência; 
2. o aproveitamento industrial das minas e das jazidas 
minerais, das águas e da energia hidráulica; 
3. a assistência pública, as obras de higiene e decoração, 
casas de saúde, clínicas, estações de clima e fontes 
medicinais; 
4. a exploração ou a conservação dos serviços públicos; 
5. a abertura, conservação e melhoramento de vias ou 
logradouros públicos; a execução de planos de 
urbanização; o parcelamento do solo, com ou sem 
edificação, para sua melhor utilização econômica, 
higiênica ou estética; a construção ou ampliação de 
distritos industriais; 
6. o funcionamento dos meios de transporte coletivo; 
7. a preservação e conservação dos monumentos históricos 
e artísticos, isolados ou integrados em conjuntos urbanos 
 
Nayara Santos de Sá 
 
 
 
 
 
ou rurais, bem como as medidas necessárias a manter-lhes 
e realçar-lhes os aspectos mais valiosos ou característicos 
e, ainda, a proteção de paisagens e locais particularmente 
dotados pela natureza; 
8. a preservação e a conservação adequada de arquivos, 
documentos e outros bens moveis de valor histórico ou 
artístico; 
9. a construção de edifícios públicos, monumentos 
comemorativos e cemitérios; 
10. a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso 
para aeronaves; 
11. a reedição ou divulgação de obra ou invento de natureza 
científica, artística ou literária; 
12. os demais casos previstos por leis especiais. 
• Interesse Social: conforme lei nº 4.132, art. 2º, considera-se 
interesse social: 
I. o aproveitamento de todo bem improdutivo ou explorado 
sem correspondência com as necessidades de habitação, 
trabalho e consumo dos centros de população a que deve 
ou possa suprir por seu destino econômico; 
II - a instalação ou a intensificação das culturas nas áreas em cuja 
exploração não se obedeça a plano de zoneamento agrícola, 
VETADO; 
III - o estabelecimento e a manutenção de colônias ou cooperativas 
de povoamento e trabalho agrícola: 
IV - a manutenção de posseiros em terrenos urbanos onde, com a 
tolerância expressa ou tácita do proprietário, tenham construído sua 
habilitação, formando núcleos residenciais de mais de 10 (dez) 
famílias; 
V - a construção de casa populares; 
VI - as terras e águas suscetíveis de valorização extraordinária, pela 
conclusão de obras e serviços públicos, notadamente de 
saneamento, portos, transporte, eletrificação armazenamento de 
água e irrigação, no caso em que não sejam ditas áreas socialmente 
aproveitadas; 
VII - a proteção do solo e a preservação de cursos e mananciais de 
água e de reservas florestais. 
VIII - a utilização de áreas, locais ou bens que, por suas 
características, sejam apropriados ao desenvolvimento de atividades 
turísticas 
 
 
Nayara Santos de Sá 
 
 
 
 
 
▪ Desapropriação Sancionatória: decorrente do 
descumprimento da função Social 
♦ Urbana: quando o proprietário não realiza a função 
social do imóvel situado em área urbana. O município 
pode de forma sucessiva: notificar o proprietário para 
realizar o parcelamento ou edificação compulsórios, aumenta 
de forma progressiva o IPTU e por fim, desapropria. Ressalta 
que, caso o proprietário venda o imóvel com a notificação para 
o parcelamento do imóvel ou edificação compulsória, tal 
obrigação continuará existido para o novo proprietário (art. 6°, 
estatuto da cidade 10.257/2001) 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo 
Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em 
lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das 
funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus 
habitantes. 
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, 
obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o 
instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão 
urbana. 
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando 
atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade 
expressas no plano diretor. 
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com 
prévia e justa indenização em dinheiro. 
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei 
específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos 
da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, 
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado 
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: 
I - parcelamento ou edificação compulsórios; 
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana 
progressivo no tempo; 
 
Nayara Santos de Sá 
 
 
 
 
 
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida 
pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, 
com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais 
e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros 
legais. 
♦ Agrária: desapropriação para fins de reforma agrária em 
virtude da propriedade não está realizando função social, 
sendo competência da União. 
Art. 184, CF: Compete à União desapropriar por interesse social, para 
fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua 
função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da 
dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis 
no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, 
e cuja utilização será definida em lei. 
 
Não será desapropriado: 
Imóvel que cumpre a função sociai; 
Propriedade Produtiva; 
Pequena Propriedade Rural; 
Constituição Federal 
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: 
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu 
proprietário não possua outra; 
II - a propriedade produtiva. 
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará 
normas para o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social. 
§ 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro. 
§ 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma 
agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação. 
§ 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito 
sumário, para o processo judicial de desapropriação 
§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim 
como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no 
exercício. 
§ 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de 
transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. 
 
Nayara Santos de Sá 
 
 
 
 
 
 Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: 
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, 
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos 
seguintes requisitos: 
I - aproveitamento racional e adequado; 
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio 
ambiente; 
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho 
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. 
 
Prazo mínimo que a pessoa recebeu o imóvel da reforma agrária é de 10 anos – art. 189, 
CF. 
Justa e prévia indenização em dinheiro é formada pelo valor do bem, juros 
compensatórios de 6% ao ano, juros moratórios de 6% ao ano, atualização monetária, honorário 
periciais, honorário advocatíciose fundo de comércio. 
Juros Compensatório é devido da emissão provisória na posse até a efetiva indenização, 
servindo para compensar a valoração do bem. 
Juros moratórios são devidos pela demora no pagamento da indenização, sendo devidos 
de 1° de janeiro do ano seguinte da sentença até o efetivo pagamento. 
Ressalta-se que a desapropriação sancionatória urbana não há juros 
compensatório. 
Fundo de Indenização de Comércio é o valor do valor dos bens, direitos ou valores 
comerciais do ponto comercial desapropriado. 
Imissão Provisória na Posse: juiz, mediante depósito prévio de valor arbitrado por ele, 
pode conceder a Administração Pública uma liminar da posse. Tendo o proprietário duas opões, 
a primeira é passar a propriedade do imóvel e levantar os 100% do valor imóvel, pode continuar 
discutido o valor da indenização, já a segunda opção é não passar a propriedade, mas poderá 
levantar apenas 80% do valor do depósito prévio. 
Ação de Desapropriação: é proposta no foro onde está localizado o bem a ser 
desapropriado. Deve ser proposta dentro do prazo de caducidade, qual seja, para utilidade 
pública ou necessidade pública o prazo é de 5 (cinco) anos contado da data de publicação 
do decreto de desapropriação, já o prazo para desapropriação por interesse social é de 2 (dois) 
 
Nayara Santos de Sá 
 
 
 
 
 
anos contado do decreto que declaro a desapropriação. A contestação somente poderá versar 
acerca de vício de processo judicial ou divergência de valor, qualquer outra questão deve ser 
tratada em outro processo. 
Desapropriação Indireta: é fato administrativo de apossamento de bem de particular 
pelo Poder Público sem a correta observância dos requisitos da declaração e indenização 
prévia. Não há que se falar em reintegração de posse em face da Administração Pública, pois 
bens públicos após incorporado a fazenda pública, não serão objetos reivindicação, qualquer 
questão será decida em perdas em danos – art. 35 do Decreto 3.365/41 
Observações preliminares: 
Prazo para Ação Direta de Indenização é de 10 (dez) anos a partir da tomada da posse 
por parte da Administração Pública, decorrendo esse prazo, o bem torna usucapido pelo Poder 
Público - art. 1.238. 
Tresdestinação: administração Pública desapropria o bem para uma determinada 
utilização, mas acaba dando uma utilização diversa do que consta no decreto, podendo ser uma 
tresdestinação lícita ou tresdesdinação ilícita. A primeira é quando a utilização é diferente 
do que consta no decreto, porém é para utilidade pública, já a segunda quando além de ser 
diversa do decreto, também não atende a finalidade pública. Tendo o proprietário, no caso de 
tresdestinação ilícita o direito de retrocessão, que é o direito de preferência de ter de volta pelo 
valor atual da coisa. 
Adestinação: quando a Administração Pública não utiliza o bem desapropriado para 
nenhuma destinação. Caso seja hipótese de desapropriação sancionatória urbana, o prefeito que 
desaproprio e não deu utilização do bem, pratica ato de improbidade – art. 8, § 4º da Lei n° 
10.257. 
Princípio da Verticalidade: união pode desapropriar os bens dos estados, distrito 
federal e municípios, o estado/distrito federal pode desapropriar os bens do munícipio, já os 
munícipios não podem desapropriar os bens dos estados ou união. Os bens desapropriados 
devem ser efetivamente do ente e não os bens das empresas públicas ou de economia mista. 
Caso contrário, deve haver autorização do chefe executivo do ente quem criou a empresa 
 
Nayara Santos de Sá 
 
 
 
 
 
pública ou de economia mista, sendo possível até nesse caso, o município desapropriar bens da 
empresa pública ou economia mista da União/estado, quando houver autorização desses. 
Competência Declaratória: a competência para declarar desapropriação por interesse 
público ou necessidade pública, é do chefe do Poder Executivo, fazendo tal declaração 
mediante decreto de desapropriação. Sendo possível o Poder Legislativo tomar a iniciativa da 
desapropriação, o Poder Executivo irá fazer execução - art. 8° do Decreto 3.365/41 
O prazo para Ação de Indenização para Requisição Administrativa, Servidão 
Administrativa, Ocupação Temporário e Limitação Administrativa é de 5 (cinco) anos. 
 
Referência: Professor Felipe Dalenogare Alves - CEISC

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