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Portal
Psicologia cognitiva
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Psicologia Cognitiva)
A psicologia cognitiva estuda a cognição, os processos
mentais que estão por detrás do comportamento. É uma
das disciplinas da ciência cognitiva. Esta área de
investigação cobre diversos domínios, examinando
questões sobre a memória, atenção, percepção,
representação de conhecimento, raciocínio, criatividade e
resolução de problemas. Pode-se definir cognição como
a capacidade para armazenar, transformar e aplicar o
conhecimento, sendo um amplo leque de processos
mentais .
Ao longo da história, filósofos, matemáticos, biólogos e
outros pesquisadores se interessaram pelas capacidades
mentais que os seres humanos possuem, constituindo
várias teorias a respeito de porquê elas existem e como
elas funcionam. Platão e Aristóteles, por exemplo, já
teorizavam sobre o pensamento e a memória, partindo de
sua base empírica . Assim, o problema do conhecimento
humano sempre esteve intimamente relacionado com os
temas estudados pela psicologia cognitiva.
A psicologia cognitiva é um dos mais recentes ramos da
investigação em psicologia, tendo se desenvolvido como
uma área separada desde os fins dos anos 1950 e
princípios dos anos 1960. Pode-se dizer, entretanto, que
foi desde a segunda metade do século XIX que as
funções mentais humanas deixaram o terreno da filosofia e
começaram a se tornar objeto legítimo de investigação
científica . O termo começou a ser usado com a
publicação do livro Cognitive Psychology de Ulrich
Neisser em 1967. No entanto a abordagem cognitiva foi
divulgada por Donald Broadbent no seu livro Perception and Communication em 1958. Desde então o
paradigma dominante na área foi o do processamento de informação, modelo defendido por Broadbent. Neste
quadro de pensamento, considera-se que os processos mentais são comparáveis a software a ser executado
num computador que neste caso seria o cérebro. As teorias do processamento de informação têm como base
noções como: entrada; representação; computação ou processamento e saídas.
O estudo dos processos mentais tinha já sido abordado de uma forma geral pela psicologia, especialmente
pelos pioneiros Wilhelm Wundt, Gustav Teodor Fechner, Ernst Heinrich Weber e Francis Galton. Encontramos
teorias cognitivas na psicologia social, personalidade, psicopatologia e na psicologia do desenvolvimento.
Aplicações de teorias cognitivas na psicologia comparada conduziram a muito estudos recentes sobre a
cognição animal.
No século XX, a psicologia cognitiva recebeu um grande impulso através de estudos sobre inteligência artificial,
que permite relacionar e comparar, em certa medida, o processamento humano e animal da informação com
[1]
[2]
[2]
processos eletrônicos, como o computador. Como teoria do comportamento humano, a psicologia cognitiva
surgiu como uma alternativa. A fisiologia não alcançava os níveis superiores do comportamento, e o
behaviorismo não colocava sob foco de sua análise os processos cognitivos, visto que estes eram apenas um
comportamento dentre vários.
Índice
1 Grandes áreas de investigação em psicologia cognitiva
1.1 Percepção
1.2 Memória
1.3 Representação de conhecimento
1.4 Linguagem
1.5 Pensamento
2 Terapia Cognitiva
3 Psicólogos cognitivos famosos
4 Ver também
5 Ligações externas
6 Referências
Grandes áreas de investigação em psicologia cognitiva
Percepção
A percepção refere-se às funções que permitem captar os estímulos do ambiente, para posterior
processamento de informação.
Os órgãos dos sentidos são responsáveis pela captação das informações do ambiente, que podem ser de
natureza visual, olfativa, tátil, gustativa, auditiva e cinestésica (equilíbrio e movimento do corpo). O
processamento cerebral depende bastante das informações fornecidas pelas estruturas sensoriais, sendo estas a
base de nossa compreensão do mundo.
Existe uma grande quantidade de pesquisas sobre os processos perceptivos na psicologia cognitiva que são
utilizadas para compreender o comportamento. Um exemplo disso são os estudos sobre as ilusões,
especialmente as ilusões de óptica.
A atenção também é tópico de estudo relacionado ao processo cognitivo, embora vários autores a considerem
função derivada da consciência. Através da atenção é possível que a mente selecione os estímulos recebidos,
dando prioridade a uns enquanto outros são minimizados ou mesmo excluídos do processamento. Exemplos de
estudos sobre a atenção incluem alguns controversos, como os de estímulos subliminares. Portanto, embora a
atenção possa ser estudada no tópico da percepção, ela seria considerada um nível inicial de processamento
dos estímulos.
Da mesma forma, o reconhecimento de padrões depende de um nível básico de processamento de informação.
Os vários estímulos sensoriais recebidos do ambiente são organizados de maneira ativa por vários sistemas
perceptivos do cérebro, de maneira a constituir um "padrão que faça sentido". Assim, muitas vezes aquilo que
chamamos de percepção não é o que os órgãos sensoriais identificaram inicialmente, mas é uma organização,
um arranjo que passa a fazer um sentido para o cérebro.
Por exemplo, no desenho abaixo
 ...
 ...
identificamos "dois conjuntos de três pontos" distribuídos de forma horizontal. Mas se o arranjo de pontos fosse
modificado
 . . .
 . . .
diríamos que são "três conjuntos de dois pontos". Mesmo que o estímulo sensorial seja o mesmo (seis pontos),
a distância entre eles acaba gerando uma organização perceptiva diferente, e isto dá um novo significado àquilo
que está sendo percebido.
Mais do que estudar a maneira como captamos os estímulos visuais, a psicologia cognitiva se interessa em
conhecer como o cérebro organiza as informações captadas pela visão e permite que reconheçamos o
ambiente. Existem vários modelos explicativos para este processo. David Marr
(http://en.wikipedia.org/wiki/David_Marr_(neuroscientist)#) coloca três fases no processo de interpretação
dos estímulos visuais :
1. Esboço primário: é o primeiro nível de organização perceptiva visual. Aqui são organizados os estímulos
como luz e sombra, que permitem identificar dados como textura e as bordas da figura, que são os elementos
que dão as características básicas do objeto percebido. O esboço primário contém, segundo este modelo,
somente informações bidimensionais.
2. Esboço 2½D (bi-e meio-dimensional): segundo nível de organização. Aqui é "montada" uma imagem que
contém dados referentes à profundidade do objeto ou cena, e dados mais complexos, como concavidades e
saliências, através da combinação de dados do esboço primário.
3. Modelo em 3D (tridimensional): consiste na construção de um modelo estável, que permite "rotações
mentais" da figura. Nestas rotações, as informações do objeto percebido não variam conforme o observador
vai se deslocando, porque é construída a imagem mental do objeto percebido, que pode ser manipulada
mentalmente.
Como exemplo, a percepção de um cubo poderia ser dada da seguinte maneira: primeiro, são captadas e
organizadas as informações sobre a direção da luz e a sombra que o cubo projeta, bem como a textura de sua
superfície (esboço primário). Em seguida, são observadas como as bordas, ângulos e outros elementos estão
posicionados, dando a forma da figura (esboço 2½D). Finalmente, há a elaboração da representação do cubo,
que pode ser visualizada e rodada mentalmente (modelo em 3D).Memória
A memória é a capacidade de registrar, armazenar e evocar as informações recebidas e processadas pelo
organismo. Ela é provavelmente uma das funções mentais mais estudadas pela psicologia cognitiva, juntamente
com a linguagem e a inteligência. Talvez isso se deva ao fato de que é relativamente simples solicitar a
memorização e recordação de informações através das experiências. Contudo, existe um número expressivo de
modelos de memória, categorizando-as de várias formas.
Resumidamente, a memória pode ser dividida em três processos :
[3]
[4]
[5]
Codificação: processo de entrada e registro inicial da informação. A codificação diz respeito à capacidade que
o aparato cognitivo possui de captar a informação e mantê-la ativa por tempo suficiente para que ocorra o
processo de armazenamento, segunda etapa da memória.
Armazenamento: capacidade de manter a informação pelo tempo necessário para que, posteriormente, ela
possa ser recuperada e utilizada
Evocação ou reprodução: capacidade de recuperar a informação registrada e armazenada, para posterior
utilização por outros processos cognitivos (pensamento, linguagem, afeto, etc.).
Abaixo estão algumas das possibilidades de classificação da memória:
Memória de curto prazo e memória de longo prazo
Memória autobiográfica
Memória episódica
Memória sensorial
A perda ou dificuldade de armazenar e/ou recuperar a informação é chamada de amnésia. É uma situação
clínica relativamente comum em casos de lesão cerebral, seja por patologias ou por traumas de diversas
espécies.
Representação de conhecimento
Imagem Mental
Codificação preposicional
Modelos mentais
Linguagem
A linguagem refere-se à capacidade de receber, interpretar e emitir informações para o ambiente. Dentre os
temas estudados pela psicologia cognitiva, a linguagem é um dos mais pesquisados, junto com a memória e a
inteligência, porque é área de interesse de várias ciências, como a antropologia, a sociologia, a filosofia e a
comunicação.
Dentre as habilidades que caracterizam a espécie humana, a linguagem tem sido aquela mais apontada pela
maioria dos autores. Através da linguagem, conseguimos manipular de forma abstrata os símbolos linguísticos,
permitindo desta forma a troca de informações entre as pessoas. A linguagem reflete, em boa medida, a
capacidade de pensamento e abstração, embora seja uma função mental distinta do pensamento: uma pessoa
pode ter transtornos na linguagem (por exemplo, uma afasia) e manter a função do pensamento preservada,
mas se tiver um transtorno de pensamento (como pode ocorrer, por exemplo na esquizofrenia), a linguagem
será mais ou menos prejudicada.
A habilidade linguística é desenvolvida de forma integrada com os processos cognitivos. À medida que as
funções mentais vão se desenvolvendo e tornando-se mais complexas, a linguagem vai ampliando seus recursos.
Gramática e Linguística
fonética e fonologia
aquisição de linguagem
Pensamento
O pensamento é a capacidade de compreender, formar e organizar conceitos, representando-os na mente. Diz
respeito à habilidade em manipular conceitos mentalmente, estabelecendo relações entre eles ligando-os e
confrontando-os com elementos oriundos de outras funções mentais (percepção, memória, linguagem, afeto,
atenção, etc.) e criando outras representações (novos pensamentos).
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o pensamento não é uma habilidade cognitiva exclusiva da
espécie humana. Pode-se dizer que os animais, como um todo (exceção feita aos que não possuem sistema
nervoso como as esponjas e, talvez, dos cnidários), possuem algum tipo de estruturação de pensamento
(compreendido no sentido lato, ou seja, a capacidade de processar informação através de um sistema nervoso
organizado), mas obviamente sem ter o nível de complexidade alcançado pelos seres humanos.
O pensamento está geralmente associado com a resolução de problemas, tomadas de decisões e
julgamentos .
Lógica e raciocínio formal ou natural
Formação de conceitos
Resolução de problemas
Julgamento e tomada de decisão
Terapia Cognitiva
Embasada nos conceitos da psicologia cognitiva, a terapia cognitiva tem por princípio fundamental que a
maneira como os indivíduos percebem e processam a realidade influencia a maneira como eles se sentem e se
comportam.
Um dos objetivos principais da terapia cognitiva é organizar uma mudança ativa de pensamentos que
modifiquem o sofrimento, buscando produzir uma forma mais realista de percepção do ambiente e gerando
esquemas de comportamento que sejam mais bem adaptados. É muito comum o uso de técnicas derivadas de
outras áreas do conhecimento, como a dialética, técnica da seta descendente, registro de pensamentos
disfuncionais e outras técnicas psicológicas especialmente desenvolvidas para esse fim.
Psicólogos cognitivos famosos
Aaron Beck
Alan Baddeley
Albert Ellis
Allan Paivio
Allen Newell
Amos Tversky
Anne Treisman
Daniel Kahneman
Daniel Schacter
David Rumelhart
Donald Broadbent
Eleanor Rosch
Elizabeth Loftus
Elizabeth Spelke
Endel Tulving
Fergus Craik
Frederic Bartlett
[6]
George A. Miller
George Sperling
Henry L. Roediger III
Herbert Simon
Hermann Ebbinghaus
James McClelland
Jean Piaget
Jeffrey Young
Jerome Bruner
John R. Anderson
Judith Beck
Keith Holyoak
Ken Nakayama
Kenneth Craik
Larry Squire
Marcia K. Johnson
Michael Posner
Neville Moray
Paulo Knapp
Philip Johnson-Laird
Roger Shepard
Saul Sternberg
Steven Pinker
Ulrich Neisser
William Estes
Ver também
Cognição Animal
Cognição
Ciência cognitiva ou Cognitivismo
Terapia cognitivo-comportamental
Conecionismo
Neurociência Cognitiva
Neurociência Computacional
Neuropsicologia
Ligações externas
Artigos famosos sobre a história da cognição (http://psychclassics.yorku.ca/topic.htm#cognition)
Portalpsicologia.org (http://www.portalpsicologia.org/busqueda.jsp?idTeoria=1)
Referências
1. ↑ MATLIN, Margareth W. Psicologia cognitiva. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
2. ↑ ANDERSON, John R. A ciência da cognição. In: Psicologia Cognitiva e suas implicações
experimentais. 5 ed. São Paulo: LTC, 2004. cap. 1, p. 1-20.
a b
3. ↑ Outros dados biográficos de David Marr podem ser encontrados aqui
(http://kybele.psych.cornell.edu/~edelman/marr/marr.html#)
4. ↑ EYSENCK, Michael W.; KEANE, Mark T. Reconhecimento de objetos. In: Manual de Psicologia Cognitiva.
5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. cap. 3, p. 74-113.
5. ↑ MYERS, David G. Memória. In: ______. Explorando a Psicologia 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. cap. 8,
p. 230-263.
6. ↑ MYERS, David G. Pensamento, linguagem e inteligência. In: ______. Explorando a Psicologia 5 ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2003. cap. 9, p. 264-303.
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Categoria: Psicologia
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