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IC na emergência - Parte I #Resumo

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A IC aguda é dividida de acordo com 4 etapas:
1) Síndrome clínica de apresentação → Insuficiência ventricular esquerda, IC congestiva, choque cardiogênico e edema agudo de 
pulmão
2) Tempo de evolução da doença → IC aguda nova ou crônica agudizada 
3) Tipo de disfunção ventricular → ICFEp/FEVE > 50% / ICFEi/FEVE 40 e 50% / ICFEr/FEVE < 40%)
4) Modelo clínico hemodinâmico → Presença de cogestão ou baixo débito cardíaco, classificando em 4 categorias 
 
Abordagem inicial para o paciente com suspeita de IC aguda na sala de emergência
 (DEVE SER FEITA EM 120minutos DE ADMISSÃO):
1) Definição do risco imediato de vida → Insuficiência respiratória, IAM, choque cardiogênico, EAP, taquiarritmia ou bradicardia, causa 
mecânica aguda, emergência hipertensiva, embolia pulmonar, AVC/confusão mental/desorientação, comorbidade descompensada
→ Esses pacientes devem ser identificados e tratados nos primeiros 30 minutos da admissão, por meio de fluxogramas terapêuticos específicos. 
2) Diagnóstico de IC aguda → HISTÓRIA + EXAME CLÍNICO + FRAMINGHAM + RAIO X DE TÓRAX
- BNP: peptídeo natriurético cerebral / NT-proBNP: Fragmento N-terminal do peptídeo natriurético cerebral tipo B 
EXAMES QUE SOLICITAMOS NA ADMISSÃO TAMBÉM : troponina, eletrólitos, função renal, proteína C-reativa, coagulograma, 
proteínas totais e frações, hemograma completo, TGO, TGP, bilirrubina, glicemia e gasometria venosa e lactato
Critérios de Framingham → 2 critérios maiores e um menor ou um maior e dois menores
→ Os peptídeos natriuréticos quando disponíveis devem ser utilizados na avaliação diagnóstica admissional em pacientes com dispneia. 
Possuem alta capacidade de afastar diagnóstico BNP < 100 e NT-proBNP < 300 (com alta suspeita clínica, mas ECO ou US de tórax 
negativo e RX de tórax sem congestão → avaliar outras causas)
Se BNP 100-300 e NT-proBNP 300-900 precisa ter correção clínica para diagnóstico, já BNP > 300 e NT-proBNP > 900 indicam 
fortemente diagnóstico de IC
I. BNP < 100 e NT-proBNP < 300 mas com ECO ou US de tórax positivo e raio X de tórax com congestão
II. IC aguda nova ou IC crônica agudizada
IC CRÔNICA AGUDIZADA IC AGUDA NOVA
Mecanismo Menor contratilidade / retenção água e sódio Aumento pós carga e/ou disfunção diastólica
do VE / perda aguda da contração 
Padrão de congestão Hipervolêmico absoluto Hipovolêmico periférico, hipov. No pulmão
Início dos sintomas Gradual (dias) Rápido (horas)
Sintoma principal Dispneia ou fadiga Dispneia
PAS Normal ou baixa Alta ou normal// incomum baixa
PAD +++ +++++
FEVE e DC Reduzidos Normais ou reduzidos 
Edema de MMII Frequente Infrequente
Ganho de peso Sim Não 
III. ICFEp – ICFEr ( pelo ecocardiograma, deve ser realizado em todos os pacientes dentro das primeiras 48h da admissão)
IV. Fator causal ou fator descompensador (é importante pois se não tratar pode significar a refratariedade ao tratamento da IC aguda)
Medicamentos inadequados, dieta inadequada, HAS não controlada, estresse emocional/físico, endocardite, IAM, embolia pulmonar, DM 
não controlada, doença da tireoide, álcool e drogas, desnutrição, IRA, presença de infecção, etc
V. Presença de comorbidade descompensada 
As mais comuns são diabetes, DPOC, asma brônquica, hipotireoidismo, IRC agudizada, ansiedade e depressão 
VI. Perfil clínico hemodinâmico (ajuda a estabelecer as prioridades terapêuticas e uma estimativa inicial do prognóstico)
 VII. Perfil de risco clínico / Escore de risco ADHERE
 O escore ADHERE é o mais utilizado e utiliza critérios PAS, blood urea nitrogen (BUN; ureia) e creatina sérica. De acordo com o perfil de risco
admissional os pacientes são alocados nos protocolos terapêuticos e na unidade de internação mais adequado. Baixo risco, risco intermediário 
ou alto risco
Perfil de risco BUN PAS
Baixo < ou igual a 43 > ou igual a 115
Intermediário baixo < ou igual a 43 < ou igual a 115
Intermediário médio > ou igual a 43 > ou igual a 115
Intermediário alto > ou igual a 43 (Cr < 2,7) < ou igual a 115
Alto > ou igual a 43 (Cr > ou igual a 2,7) < ou igual a 115
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NA EMERGÊNCIA
CARDIOLOGIA 
Kallynne Martins 5° período turma C Kallynne Martins 5° período turma C Kallynne Martins 5° período turma C Kallynne Martins 5° período turma C

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