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ANATOMIA - COLUNA VERTEBRAL

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RESUMO ANATOMIA – MÓDULO 3 – COLUNA VERTEBRAL 
 
A avaliação dos tecidos moles do dorso deve ser precedida por exame das vértebras e dos discos intervertebrais 
fibrocartilagíneos interpostos entre os corpos de vértebras adjacentes. O conjunto das vértebras e dos discos 
intervertebrais forma a COLUNA VERTEBRAL, o esqueleto do pescoço e do dorso, que é a principal parte do 
esqueleto axial. A coluna vertebral estende-se do crânio até o ápice do cóccix. No adulto, tem 72 a 75 cm de 
comprimento, sendo aproximadamente um quarto formado pelos discos intervertebrais, que estão situados entre 
as vértebras e as mantêm unidas. 
A coluna vertebral: Protege a medula espinal e os nervos espinais; Sustenta o peso do corpo superior no nível da 
pelve; Garante um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e uma base alargada sobre a qual a cabeça está 
posicionada e gira; Tem um papel importante na postura e locomoção. 
 
• VÉRTEBRAS 
No adulto, a coluna vertebral normalmente tem 33 VÉRTEBRAS, organizadas em cinco regiões: 7 vértebras cervicais, 
12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas. Só há movimento significativo entre as 25 vértebras superiores. 
Das 9 vértebras inferiores, as 5 vértebras sacrais estão fundidas nos adultos formando o SACRO e, após 
aproximadamente 30 anos de idade, as 4 vértebras coccígeas se fundem para formar o CÓCCIX. 
O ÂNGULO LOMBOSSACRAL está situado na junção dos eixos longos da região lombar da coluna vertebral e do sacro. 
As vértebras tornam-se maiores gradualmente, à medida que a coluna vertebral desce até o sacro, e depois 
tornam-se progressivamente menores em direção ao ápice do cóccix. A mudança de tamanho está relacionada com 
o fato de as vértebras sucessivas suportarem cada vez mais peso corporal, à medida que se desce a coluna 
vertebral. As vértebras atingem o tamanho máximo imediatamente acima do sacro, que transfere o peso para o 
cíngulo do membro inferior nas articulações sacroilíacas. 
A coluna vertebral é flexível porque é formada por muitos ossos relativamente pequenos, chamados VÉRTEBRAS, 
que são separados por DISCOS INTERVERTEBRAIS ELÁSTICOS. As vértebras cervicais, torácicas, lombares e a primeira 
sacral, ao todo 25, também se articulam nas articulações dos processos articulares (ZIGAPOFISÁRIAS), que facilitam 
e controlam a flexibilidade da coluna vertebral. Embora o movimento entre duas vértebras adjacentes seja pequeno, 
em conjunto as vértebras e os discos intervertebrais que as unem formam uma coluna bastante flexível, porém 
sólida, que protege a medula espinal circundada por eles. 
 
➢ Estrutura e função das vértebras 
O tamanho e outras características das 
vértebras variam de uma região da 
coluna vertebral para outra e, em 
menor grau, dentro de cada região; 
entretanto, sua estrutura básica é igual. 
A VÉRTEBRA TÍPICA consiste em um 
corpo vertebral, um arco vertebral e 
sete processos. 
O CORPO VERTEBRAL é a parte anterior 
do osso, de maiores proporções, 
aproximadamente cilíndrica, que 
confere resistência à coluna vertebral e 
sustenta o peso do corpo. O tamanho 
dos corpos vertebrais aumenta à 
medida que se desce na coluna, 
principalmente de T IV para baixo, pois 
cada um deles sustenta cada vez mais 
peso. O corpo vertebral é formado por 
OSSO TRABECULAR (esponjoso) 
vascularizado, revestido por uma fina 
CAMADA EXTERNA DE OSSO COMPACTO. 
Os espaços entre as trabéculas são ocu- 
pados por medula óssea vermelha. 
Um ou mais FORAMES GRANDES na face posterior do corpo vertebral abrigam as veias basivertebrais que drenam a 
medula óssea. Em vida, a maior parte das faces superior e inferior do corpo vertebral é coberta por DISCOS DE 
CARTILAGEM HIALINA (“placas terminais” vertebrais), que são remanescentes do modelo cartilaginoso a partir do 
qual se desenvolve o osso. Em amostras de osso secas de laboratório e de museus, essa cartilagem está ausente e o 
osso exposto parece esponjoso, exceto na periferia, onde um anel ou margem epifisial de osso liso, derivada de uma 
EPÍFISE ANULAR, está fundida ao corpo. Além de servirem como zonas de crescimento, as epífises anulares e seus 
remanescentes cartilaginosos proporcionam alguma proteção aos corpos vertebrais e permitem certo grau de 
difusão de líquido entre o disco intervertebral e os vasos sanguíneos (capilares) no corpo vertebral. As epífises 
superior e inferior geralmente se unem à região central, o centro primário de ossificação da massa central do corpo 
vertebral, no início da vida adulta (aproximadamente aos 25 anos de idade). 
O ARCO VERTEBRAL está situado posteriormente ao corpo vertebral e consiste em dois pedículos e lâminas 
(direitos e esquerdos). Os PEDÍCULOS são processos cilíndricos sólidos e curtos que se projetam posteriormente do 
corpo vertebral para encontrar duas placas de osso largas e planas, denominadas LÂMINAS, que se unem na linha 
mediana posterior. O arco vertebral e a face posterior do corpo vertebral formam as paredes do forame vertebral. A 
sucessão de forames vertebrais na coluna vertebral articulada forma o canal vertebral, que contém a medula 
espinal e as raízes dos nervos espinais, juntamente com as membranas (meninges), a gordura e os vasos que os 
circundam e servem. 
As INCISURAS VERTEBRAIS são entalhes observados em vistas laterais das vértebras acima e abaixo de cada pedículo 
entre os processos articulares superiores e inferiores posteriormente e as projeções correspondentes do corpo 
anteriormente. As incisuras vertebrais superiores e inferiores das vértebras adjacentes e os discos que as unem 
formam os FORAMES INTERVERTEBRAIS, através dos quais os nervos espinais emergem da coluna vertebral. Além 
disso, os gânglios sensitivos espinais (raiz posterior) estão localizados nesse forame. 
SETE PROCESSOS originam-se do arco vertebral de uma vértebra comum: Um PROCESSO ESPINHOSO MEDIANO 
projeta-se posteriormente (e em geral inferiormente, e costuma superpor-se à vértebra inferior) a partir do arco 
vertebral na junção das lâminas; DOIS PROCESSOS TRANSVERSOS projetam-se posterolateralmente a partir das 
junções dos pedículos e lâminas; QUATRO PROCESSOS ARTICULARES — dois superiores e dois inferiores — também 
se originam das junções dos pedículos e lâminas, cada um deles apresentando uma face articular. Os processos 
espinhosos e transversos são 
locais de fixação dos 
músculos profundos do 
dorso e servem como 
alavancas, facilitando os 
músculos que fixam ou 
mudam a posição das 
vértebras. Os processos 
articulares estão em aposição 
aos processos 
correspondentes de 
vértebras adjacentes 
(superiores e inferiores) a 
eles, formando as 
articulações dos processos 
articulares (zigapofisárias). 
Por meio de sua participação 
nessas articulações, esses 
processos determinam os 
tipos de movimentos 
permitidos e restritos entre as vértebras adjacentes de cada região. Os processos articulares também ajudam a 
manter alinhadas as vértebras adjacentes, particularmente evitando o deslizamento anterior de uma vértebra sobre 
outra. Em geral, a sustentação de peso pelos processos articulares é apenas temporária, como quando uma pessoa 
que está em posição fletida se levanta, e unilateral, quando há flexão lateral das vértebras cervicais até seu limite. 
Entretanto, os processos articulares inferiores da vértebra L V sustentam peso mesmo na postura ereta. 
 
 
➢ Características regionais das vértebras 
Cada uma das 33 vértebras é única; no entanto, a maioria das vértebras tem aspectos característicos que as 
identificam como pertencentes a uma das cinco regiões da coluna vertebral (p. ex., as vértebras que têm forames em 
seus processos transversos são vértebras cervicais). Além disso, algumas vértebras têm características distintas; a 
vértebra C VII, por exemplo, tem o processo espinhoso mais longo, formando uma proeminência sob a pele na parte 
posterior do pescoço, 
principalmente durante a sua 
flexão. Em cadaregião, as 
faces articulares são orientadas 
sobre os processos articulares 
das vértebras em uma direção 
característica que determina o 
tipo de movimento permitido 
entre as vértebras adjacentes 
e, em conjunto, para a região. 
Por exemplo, as faces 
articulares das vértebras 
torácicas são quase verticais e, 
juntas, definem um arco 
centralizado no disco 
intervertebral; essa 
organização permite rotação e 
flexão lateral da coluna 
vertebral nessa região. 
Variações regionais no 
tamanho e no formato do 
canal vertebral acomodam a 
espessura variável da medula 
espinal. 
 
 
• VÉRTEBRAS CERVICAIS 
As vértebras cervicais formam o esqueleto do pescoço, são as menores das 24 vértebras móveis e estão localizadas 
entre o crânio e as vértebras torácicas. O tamanho menor reflete o fato de sustentarem menos peso do que as 
vértebras inferiores maiores. Embora os discos intervertebrais cervicais sejam mais finos do que aqueles das regiões 
inferiores, são relativamente espessos em comparação ao tamanho dos corpos vertebrais que unem. A espessura 
relativa dos discos intervertebrais, a orientação quase horizontal das faces articulares e a pequena massa corporal 
adjacente dão à região cervical a MAIOR AMPLITUDE e VARIEDADE DE MOVIMENTO de todas as regiões vertebrais. 
O atributo mais característico das vértebras cervicais é o FORAME TRANSVERSÁRIO OVAL NO PROCESSO 
TRANSVERSO. As artérias vertebrais e suas veias acompanhantes atravessam os forames transversários, exceto em C 
VII, onde dão passagem apenas a pequenas veias acessórias. Assim, em C VII os forames são menores do que nas 
outras vértebras cervicais, e algumas vezes estão ausentes. 
Os processos transversos das vértebras cervicais terminam lateralmente em duas projeções: um TUBÉRCULO 
ANTERIOR E UM TUBÉRCULO POSTERIOR. Os tubérculos dão fixação a um grupo de músculos cervicais laterais 
(levantadores da escápula e escalenos). 
Os ramos anteriores dos nervos espinais cervicais seguem inicialmente sobre os processos transversos nos sulcos do 
nervo espinal entre os tubérculos. Os tubérculos anteriores da vértebra C6 são chamados de TUBÉRCULOS 
CARÓTICOS porque as artérias carótidas comuns podem ser comprimidas nesse local, no sulco entre o tubérculo e o 
corpo, para controlar o sangramento desses vasos. O sangramento pode continuar em vista das múltiplas 
anastomoses de ramos distais da artéria carótida com ramos adjacentes e contralaterais, porém com menor 
intensidade. 
 
 
 
As vértebras C III a C VII 
são vértebras cervicais 
típicas. Elas têm grandes 
forames vertebrais para 
acomodar a intumescência 
cervical da medula espinal 
em consequência do papel 
dessa região na inervação 
dos membros superiores. 
As margens superiores 
dos corpos alongados 
transversalmente das 
vértebras cervicais são 
elevadas posteriormente e 
em especial lateralmente, 
mas são deprimidas 
anteriormente, 
assemelhando-se a um 
banco esculpido. A 
margem inferior do corpo 
vertebral situado acima 
tem formato recíproco. As 
vértebras cervicais 
adjacentes articulam-se de 
um modo que permite 
FLEXÃO E EXTENSÃO 
LIVRES E ALGUMA FLEXÃO 
LATERAL, MAS A ROTAÇÃO É RESTRITA. As 
faces articulares planas, quase horizontais, 
dos processos articulares também são 
favoráveis a esses movimentos. A margem 
superolateral elevada é o UNCO DO CORPO 
DA VÉRTEBRA. 
Os PROCESSOS ESPINHOSOS das vértebras C 
III a C VI são curtos e geralmente bífidos em 
pessoas brancas, sobretudo homens, mas isso 
não é tão comum em pessoas de ascendência 
africana nem nas mulheres. C VII é uma 
vértebra saliente caracterizada por um 
processo espinhoso longo. Em função desse 
processo saliente, C VII é chamada de 
VÉRTEBRA PROEMINENTE. 
As duas vértebras cervicais superiores são 
atípicas. A vértebra C I, também denominada 
ATLAS, é singular porque não tem corpo nem 
processo espinhoso. Esse osso anular tem um 
par de massas laterais que ocupam o lugar de 
um corpo, sustentando o peso do crânio 
globoso. Os processos transversos do atlas 
originam-se das massas laterais, fazendo com 
que estejam posicionados lateralmente em 
relação aos das vértebras inferiores. Essa 
característica torna o atlas a mais larga das vértebras cervicais, o que proporciona maior alavanca para os músculos 
fixados. As faces articulares superiores côncavas e reniformes das massas laterais articulam-se com duas grandes 
protuberâncias cranianas, os côndilos occipitais nas laterais do forame magno. Os arcos anterior e posterior, cada 
um possuindo um tubérculo no centro de sua face externa, estendem-se entre as massas laterais, formando um anel 
completo. O arco posterior, que corresponde à lâmina de uma vértebra comum, tem um largo sulco da artéria 
vertebral em sua face superior. O nervo C1 também segue nesse sulco. 
A vértebra C II, também denominada ÁXIS, é a mais forte das vértebras cervicais. C I, que sustenta o crânio, gira 
sobre C II (p. ex., quando a pessoa diz “não” com a cabeça). O áxis tem duas grandes faces planas de sustentação, as 
faces articulares superiores, sobre as quais gira o atlas. A característica que distingue C II é o DENTE ROMBO, que se 
projeta do seu corpo para cima. Tanto o dente quanto a medula espinal no interior de seu revestimento (meninges) 
são circundados pelo atlas. O dente situa-se anteriormente à medula espinal e serve como eixo em torno do qual 
ocorre a rotação da cabeça. O dente é mantido em posição contra a face posterior do arco anterior do atlas pelo 
LIGAMENTO TRANSVERSO DO ATLAS. Esse ligamento estende-se de uma massa lateral do atlas até a outra, passando 
entre o dente e a medula espinal, formando a parede posterior do “bocal” que recebe o dente. Assim, impede o 
deslocamento posterior (horizontal) do dente e o deslocamento anterior do atlas. Qualquer deslocamento 
comprometeria a parte do forame vertebral de C I que dá passagem à medula espinal. C II tem um grande processo 
espinhoso bífido que pode ser palpado profundamente no sulco nucal, o sulco vertical superficial no dorso do 
pescoço. 
 
 
• VÉRTEBRAS TORÁCICAS 
As vértebras torácicas estão localizadas na 
parte superior do dorso e nelas se fixam as 
costelas. Assim, as principais características 
das vértebras torácicas são as FÓVEAS 
COSTAIS para articulação com as costelas. 
As quatro vértebras torácicas 
intermediárias (T V a T VIII) têm todos os 
elementos típicos das vértebras torácicas. 
Os processos articulares estendem-se 
verticalmente com duas faces articulares 
de orientação quase coronal que definem 
um ARCO cujo centro é o disco 
intervertebral. ESSE ARCO PERMITE A 
ROTAÇÃO E ALGUM GRAU DE FLEXÃO 
LATERAL DA COLUNA VERTEBRAL NESSA 
REGIÃO. Na verdade, aqui é permitido o 
maior grau de rotação. A fixação da caixa 
torácica associada à orientação vertical das 
faces articulares e aos processos espinhosos superpostos limita a flexão e a extensão, bem como a flexão lateral. As 
vértebras T I a T IV têm algumas características em comum com as vértebras cervicais. T I É ATÍPICA em relação às 
vertebras torácicas porque tem um processo espinhoso longo, quase horizontal, que pode ser quase tão saliente 
quanto o da vértebra proeminente. T I também tem uma fóvea costal completa na margem superior de seu corpo 
para a 1ª costela e uma hemifóvea em sua margem inferior que contribui para formar a face articular para a costela 
II. As vértebras T IX a T XII têm algumas características das vértebras lombares (p. ex., tubérculos semelhantes aos 
processos acessórios). Também há processos mamilares (pequenos tubérculos) na vértebra T XII. No entanto, a 
maior parte da transição nas características da região torácica para a região lombar ocorre ao longo da extensão de 
uma única vértebra: T XII. Em geral, sua metade superior tem caráter torácico, apresentando fóveas costais e 
processos articulares que permitem movimento basicamente giratório, enquanto suametade inferior tem caráter 
lombar, sem fóveas costais e com processos articulares que permitem apenas flexão e extensão. 
Consequentemente, a VÉRTEBRA T XII ESTÁ SUJEITA A ESTRESSES DE TRANSIÇÃO QUE FAZEM COM QUE SEJA A 
VÉRTEBRA FRATURADA COM MAIOR FREQUÊNCIA. 
 
 
➢ Anatomia de superfície das vértebras cervicais e torácicas 
 Em geral, é possível ver diversos processos espinhosos, sobretudo quando o dorso é fletido e as escápulas são 
protraídas; a maioria deles pode ser palpada até mesmo em um paciente obeso porque normalmente a gordura não 
se acumula na linha mediana posterior. A EXTREMIDADE DO PROCESSO ESPINHOSO DE C VII é a mais evidente na 
superfície. Muitas vezes, quando o paciente está ereto, esse é o único processo espinhoso visível; daí o nome 
vértebra proeminente. O PROCESSO ESPINHOSO DE C II pode ser palpado profundamente na linha mediana 
posterior, inferiormente à protuberância occipital externa, uma projeção mediana situada na junção da cabeça com 
o pescoço. C I NÃO TEM PROCESSO ESPINHOSO, e seu pequeno tubérculo posterior não é visível nem palpável. Os 
PROCESSOS ESPINHOSOS BÍFIDOS CURTOS DAS VÉRTEBRAS C III A C V podem ser palpados no sulco nucal* entre os 
músculos do pescoço, mas não é fácil palpá-los porque a lordose cervical, que é côncava posteriormente, os coloca 
profundamente à superfície da qual são separados pelo ligamento nucal. 
No entanto, como é bem mais longo, o PROCESSO ESPINHOSO BÍFIDO DA 
VÉRTEBRA C VI é palpado com facilidade superiormente à extremidade 
visível do processo de C VII (vértebra proeminente) quando o pescoço é 
fletido. Durante a flexão do pescoço e do dorso, também podem ser 
observados os PROCESSOS ESPINHOSOS DAS VÉRTEBRAS TORÁCICAS 
SUPERIORES. Se o indivíduo for bem magro, surge uma crista contínua 
unindo suas extremidades — o ligamento supraespinal. Embora C VII 
tenha o processo espinal superior mais visível e facilmente palpável, na 
verdade, o PROCESSO ESPINHOSO DE TI é eventualmente o mais 
proeminente. Os PROCESSOS ESPINHOSOS DAS OUTRAS VÉRTEBRAS 
TORÁCICAS podem ser evidentes em pessoas magras e em outras podem 
ser identificados por palpação superoinferior a partir do processo 
espinhoso de C VII. As extremidades dos processos espinhosos torácicos 
não indicam o nível dos corpos vertebrais correspondentes porque se 
superpõem (situam-se no mesmo nível) à vértebra inferior. A CURTA COSTELA XII, cuja extremidade lateral pode ser 
palpada na linha axilar posterior, pode ser usada para confirmar a identificação do PROCESSO ESPINHOSO DE T XII. 
Os PROCESSOS TRANSVERSOS DE C I podem ser percebidos lateralmente por palpação profunda entre os processos 
mastoides e os ângulos das mandíbulas. O TUBÉRCULO CARÓTICO, o tubérculo anterior do processo transverso da 
vértebra C VI, pode ser suficientemente grande para ser palpável; a artéria carótida situa-se anteriormente a ele. 
 
• VÉRTEBRAS LOMBARES 
As vértebras lombares estão localizadas na região lombar, entre o tórax e o sacro. Como o peso que sustentam 
aumenta em direção à extremidade inferior da coluna vertebral, as vértebras lombares têm CORPOS GRANDES, 
sendo responsáveis pela maior parte da 
espessura da região inferior do tronco no 
plano mediano. Seus PROCESSOS 
ARTICULARES estendem-se verticalmente, 
com as faces articulares orientadas 
sagitalmente no início (começando 
abruptamente nas articulações de T XII com 
LI), mas passando a uma orientação mais 
coronal à medida que a coluna desce. As 
FACES ARTICULARES DE LV E SI têm 
orientação nitidamente coronal. Nas 
articulações superiores com orientação mais 
sagital, as faces voltadas lateralmente dos 
processos articulares inferiores da vértebra 
acima são “seguras” pelas faces voltadas 
medialmente dos processos superiores da 
vértebra abaixo, de modo que FACILITA A 
FLEXÃO E A EXTENSÃO, PERMITE A FLEXÃO 
LATERAL, MAS IMPEDE A ROTAÇÃO. 
Os PROCESSOS TRANSVERSOS projetam-se um pouco posterossuperiormente e lateralmente. Na face posterior da 
base de cada processo transverso há um pequeno processo acessório, que permite a fixação dos músculos 
intertransversários. Na face posterior dos processos articulares superiores há pequenos tubérculos, os PROCESSOS 
MAMILARES, que permitem a fixação dos músculos multífidos e intertransversários no dorso. A VÉRTEBRA LV, 
caracterizada por seu corpo e processos transversos fortes, é a maior de todas as vértebras móveis. SUSTENTA O 
PESO DE TODA A PARTE SUPERIOR DO CORPO. O corpo de L V é bem mais alto anteriormente; portanto, é o principal 
responsável pelo ângulo lombossacral entre o eixo longitudinal da região lombar da coluna vertebral e o do sacro. O 
peso do corpo é transmitido da vértebra L V para a base do sacro, formada pela face superior da vértebra SI. 
 
 
• SACRO 
O sacro, que é cuneiforme, geralmente é formado por CINCO VÉRTEBRAS SACRAIS FUNDIDAS em adultos. Está 
situado entre os ossos do quadril e forma o teto e a parede posterossuperior da metade posterior da cavidade 
pélvica. O formato triangular do sacro resulta da rápida diminuição do tamanho das massas laterais inferiores das 
vértebras sacrais durante o desenvolvimento. A metade inferior do sacro não sustenta peso; portanto, seu volume 
é bem menor. O sacro garante resistência e estabilidade à pelve e transmite o peso do corpo ao cíngulo do 
membro inferior, aos quais estão fixados os membros inferiores. O CANAL SACRAL é a continuação do canal 
vertebral no sacro. Contém o feixe de raízes dos nervos espinais originadas abaixo da vértebra LI, conhecido como 
CAUDA EQUINA, que desce após o término da medula espinal. Nas faces pélvica e dorsal do sacro, entre seus 
componentes vertebrais, há normalmente QUATRO PARES DE FORAMES SACRAIS para a saída dos ramos 
posteriores e anteriores dos nervos espinais. Os forames sacrais anteriores (pélvicos) são maiores do que os 
posteriores (dorsais). A base do sacro é formada pela face superior da vértebra SI. Seus PROCESSOS ARTICULARES 
superiores articulam-se com os processos articulares inferiores da vértebra L V. A margem projetada anteriormente 
do corpo da vértebra S I é o promontório da base do sacro, um importante ponto de referência obstétrico. O ápice 
do sacro, sua extremidade inferior afilada, tem uma face oval para articulação com o cóccix. O sacro sustenta a 
coluna vertebral e forma a parte posterior da pelve óssea. O sacro é inclinado de forma que se articula com a 
vértebra L V no ângulo lombossacral, que varia de 130° a 160°. O sacro frequentemente é mais largo em relação ao 
comprimento na mulher do que no homem, mas o corpo da vértebra S I geralmente é maior nos homens. A face 
pélvica do sacro é lisa e côncava. 
QUATRO LINHAS TRANSVERSAS 
nessa face dos sacros de adultos 
indicam onde houve fusão das 
vértebras sacrais. Durante a 
infância, as vértebras sacrais 
individuais estão unidas por 
cartilagem hialina e separadas 
por discos intervertebrais. A 
fusão das vértebras sacrais tem 
início após os 20 anos de idade; 
entretanto, a maioria dos discos 
intervertebrais permanece não 
ossificada até a metade da vida 
ou por mais tempo ainda. A face 
dorsal do sacro é rugosa, 
convexa e caracterizada por 
cinco cristas longitudinais 
proeminentes. A CRISTA SACRAL 
MEDIANA, central, representa os 
processos espinhosos 
rudimentares fundidos das três 
ou quatro vértebras sacrais 
superiores; SV não tem processo 
espinhoso. As cristas sacrais 
mediais representam os processos articulares fundidos, e as cristas sacrais laterais são as extremidades dos 
processos transversos das vértebras sacrais fundidas. As características clinicamente importantes da face dorsal do 
sacro são o HIATO SACRAL EM FORMATO DE U INVERTIDO e os CORNOS SACRAIS. O hiato sacral resulta da ausência 
das lâminas e do processo espinhoso de S V e, às vezes, de S IV. O hiato sacral leva ao canal sacral. Sua profundidade 
varia, dependendo do tamanho do processo espinhoso e daslâminas de S IV. Os cornos sacrais, que representam os 
processos articulares inferiores da vértebra S V, projetam-se inferiormente de cada lado do hiato sacral e são úteis 
como guia para sua localização. A parte superior da face lateral do sacro assemelha-se a uma aurícula; em razão de 
seu formato, essa área é chamada de FACE AURICULAR. É o local da parte sinovial da articulação sacroilíaca entre o 
sacro e o ílio. Em vida, a face auricular é coberta por cartilagem hialina. 
 
• CÓCCIX 
O cóccix é um pequeno osso triangular que geralmente é formado pela FUSÃO DAS QUATRO VÉRTEBRAS 
COCCÍGEAS RUDIMENTARES, embora algumas pessoas possam ter uma vértebra a menos ou a mais. A1 a vértebra 
coccígea (Co I) pode permanecer separada do grupo fundido. O CÓCCIX é o remanescente do esqueleto da 
eminência caudal embrionária, que está presente em embriões humanos do fim da 4 a semana até o início da 8 a 
semana. A face pélvica do cóccix é côncava e relativamente lisa, e a face dorsal tem processos articulares 
rudimentares. Co I é a maior e mais larga das vértebras coccígeas. Seus PROCESSOS TRANSVERSOS CURTOS estão 
unidos ao sacro, e seus PROCESSOS ARTICULARES RUDIMENTARES formam os CORNOS COCCÍGEOS, que se articulam 
com os cornos sacrais. As TRÊS ÚLTIMAS VÉRTEBRAS COCCÍGEAS FREQUENTEMENTE SE FUNDEM NO MEIO DA VIDA, 
formando um cóccix semelhante a um bico; isso contribui para seu nome. Com o avanço da idade, Co I 
frequentemente se funde ao sacro, e as vértebras coccígeas remanescentes geralmente se fundem para formar um 
único osso. O cóccix não participa com as outras vértebras na sustentação do peso do corpo na posição 
ortostática; entretanto, na posição sentada, ele pode sofrer alguma flexão anterior, indicando que está recebendo 
algum peso. O cóccix permite a fixação de partes dos músculos glúteo máximo e coccígeo e do corpo anococcígeo, 
a faixa fibrosa mediana dos músculos pubococcígeos. 
 
➢ Anatomia de superfície das vértebras lombares, sacro e cóccix 
Os PROCESSOS ESPINHOSOS DAS VÉRTEBRAS LOMBARES são grandes e fáceis de observar quando o tronco é 
fletido. O PROCESSO ESPINHOSO DE L II permite fazer uma estimativa da posição da extremidade inferior da medula 
espinal. Uma LINHA HORIZONTAL que une os pontos mais altos das cristas ilíacas atravessa a extremidade do 
processo espinhoso de L IV e o disco entre L IV e L V. Este é um ponto de referência útil ao se realizar uma punção 
lombar para colher uma amostra de líquido cerebrospinal (LCS). O PROCESSO ESPINHOSO DE S II está situado no 
meio de uma linha traçada entre as espinhas ilíacas posterossuperiores, indicadas pelas depressões cutâneas. Esse 
nível indica a extensão inferior do espaço 
subaracnóideo (CISTERNA LOMBAR). A 
CRISTA SACRAL MEDIANA pode ser palpada 
inferiormente ao processo espinhoso de 
LV. A REGIÃO SACRAL é formada pelas 
linhas que unem as duas espinhas ilíacas 
posterossuperiores e a parte superior da 
fenda interglútea entre as nádegas. A 
região sacral que delimita o sacro é uma 
ÁREA COMUM DE DOR RESULTANTE DE 
ENTORSES LOMBARES. O HIATO SACRAL 
pode ser palpado na extremidade inferior 
do sacro, localizada na parte superior da 
fenda interglútea. 
Os PROCESSOS TRANSVERSOS DAS 
VÉRTEBRAS TORÁCICAS E LOMBARES são 
cobertos por músculos espessos e podem 
ou não ser palpáveis. O CÓCCIX pode ser 
palpado na fenda interglútea, abaixo do 
ápice do trígono sacral. O ápice do cóccix 
pode ser palpado aproximadamente 2,5 
cm posterossuperiormente ao ânus. O 
exame clínico do cóccix é feito com um dedo enluvado no canal anal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• ARTICULAÇÕES 
As articulações da coluna vertebral incluem: Articulações dos corpos vertebrais; Articulações dos arcos vertebrais; 
Articulações craniovertebrais (atlantoaxiais e atlantoccipitais); Articulações costovertebrais; Articulações sacroilíacas. 
 
➢ ARTICULAÇÕES DOS CORPOS VERTEBRAIS 
As articulações dos corpos vertebrais são SÍNFISES (articulações cartilagíneas secundárias) destinadas a sustentação 
de peso e resistência. As FACES ARTICULARES das vértebras adjacentes são unidas por DISCOS INTERVERTEBRAIS E 
LIGAMENTOS. 
Os DISCOS INTERVERTEBRAIS 
oferecem fixações fortes entre os 
corpos vertebrais, unindo-os em 
uma coluna vertebral semirrígida 
contínua e formando a metade 
inferior da margem anterior do 
forame intervertebral. Ao todo, os 
discos representam 20 a 25% do 
comprimento (altura) da coluna 
vertebral. Além de possibilitarem o 
movimento entre vértebras 
adjacentes, sua deformabilidade elástica permite que absorvam o choque. Cada disco intervertebral é formado por 
um anel fibroso, uma parte fibrosa externa, composta de lamelas concêntricas de fibrocartilagem, e uma massa 
central gelatinosa, denominada núcleo pulposo. 
O ANEL FIBROSO é um anel saliente que consiste em lamelas concêntricas de fibrocartilagem que formam a 
circunferência do disco intervertebral. Os anéis se inserem nas margens epifisiais lisas e arredondadas nas faces 
articulares dos corpos vertebrais formadas pelas epífises anulares fundidas. As fibras que formam cada lamela 
seguem obliquamente de uma vértebra até a outra, formando um ângulo de cerca de 30 graus ou mais com o eixo 
vertical. As fibras das lamelas adjacentes cruzam-se obliquamente em direções opostas, formando ângulos maiores 
do que 60 graus. Essa organização permite rotação limitada entre vértebras adjacentes, enquanto proporciona uma 
forte ligação entre elas. O anel é mais fino posteriormente e pode ser incompleto posteriormente na região cervical 
no adulto. A vascularização do anel diminui progressivamente em direção central, e apenas o terço externo do anel 
recebe inervação sensitiva. 
O NÚCLEO PULPOSO é o núcleo central do disco intervertebral. Ao nascimento, esses núcleos pulposos consistem 
em aproximadamente 88% de água e no início são mais cartilaginosos do que fibrosos. Sua natureza semilíquida é 
responsável por grande parte da flexibilidade e resiliência do disco intervertebral e da coluna vertebral como um 
todo. Forças verticais deformam os discos intervertebrais, que absorvem o choque. Os núcleos tornam-se mais 
largos quando são comprimidos e mais finos quando são tensionados ou distendidos (como ocorre quando estão 
pendentes ou suspensos). 
Há compressão e tensão simultâneas no mesmo disco durante a flexão anterior e lateral e a extensão da coluna 
vertebral. Durante esses movimentos, e durante a rotação, o núcleo túrgido atua como fulcro semilíquido. Como as 
lamelas do anel fibroso são mais finas e menos numerosas posteriormente do que anterior ou lateralmente, o 
núcleo pulposo não está centralizado no disco, e sim posicionado entre o centro e a face posterior do disco. O 
núcleo pulposo é avascular; é nutrido por difusão de vasos sanguíneos situados na periferia do anel fibroso e do 
corpo vertebral. 
Não há disco intervertebral entre as vértebras C I e C II; o disco funcional mais inferior está entre as vértebras L V e 
S I. A espessura dos discos varia em diferentes regiões, aumentando à medida que a coluna vertebral desce. No 
entanto, sua espessura em relação ao tamanho dos corpos unidos está relacionada mais claramente com a 
amplitude de movimento, e a espessura relativa é maior nas regiões cervical e lombar. A espessura é mais uniforme 
na região torácica. Os discos são mais espessos na parte anterior nas regiões cervical e lombar, e a variação de 
formatos é responsável pelas curvaturas secundárias da coluna vertebral. 
 As “ARTICULAÇÕES” UNCOVERTEBRAIS (FENDAS DE LUSCHKA) costumam se desenvolver entre os uncos dos corpos 
das vértebras C III ou C IV–C VI ou C VII e as faces inferolaterais biseladas dos corpos vertebrais superiores a elas 
após os 10 anos de idade. As articulações estão situadas nas margens lateral e posterolateral dos discos 
intervertebrais. As faces articulares dessas estruturas semelhantes a articulações são cobertas por cartilagem 
 umedecidapor líquido contido em um espaço virtual interposto, ou 
“cápsula”. Alguns as consideram articulações sinoviais; outros, 
espaços degenerativos (fendas) nos discos ocupados por líquido 
extracelular. As “articulações” uncovertebrais são locais frequentes 
de surgimento de OSTEÓFITOS numa idade mais avançada, podendo 
causar dor cervical. 
O LIGAMENTO LONGITUDINAL ANTERIOR é uma faixa fibrosa forte e 
larga que cobre e une as faces anterolaterais dos corpos vertebrais e 
discos intervertebrais. O ligamento estende-se longitudinalmente da 
face pélvica do sacro até o tubérculo anterior da vértebra C I e o osso 
occipital anteriormente ao forame magno são as partes superiores, 
os ligamentos atlantoaxial e atlantoccipital anteriores. Embora seja 
mais espesso na face anterior dos corpos vertebrais (as ilustrações 
costumam mostrar apenas essa parte), o ligamento longitudinal 
anterior também cobre as faces laterais dos corpos até o forame 
intervertebral. Esse ligamento impede a hiperextensão da coluna 
vertebral, mantendo a estabilidade das articulações entre os corpos vertebrais. O ligamento longitudinal anterior é 
o único ligamento que limita a extensão; todos os outros ligamentos intervertebrais limitam formas de flexão. 
O LIGAMENTO LONGITUDINAL POSTERIOR é uma faixa muito mais estreita, um pouco mais fraca, do que o ligamento 
longitudinal anterior. O ligamento longitudinal posterior segue dentro do canal vertebral ao longo da face posterior 
dos corpos vertebrais. Está fixado principalmente aos discos intervertebrais e menos às faces posteriores dos corpos 
vertebrais de C II ao sacro, frequentemente unindo gordura e vasos entre o ligamento e a superfície óssea. Esse 
ligamento resiste pouco à hiperflexão da coluna vertebral e ajuda a evitar ou redirecionar a herniação posterior do 
núcleo pulposo. É bem suprido por terminações nervosas nociceptivas (de dor). 
 
➢ ARTICULAÇÕES DOS ARCOS VERTEBRAIS 
As articulações dos arcos vertebrais são as ARTICULAÇÕES DOS PROCESSOS ARTICULARES OU ZIGAPOFISÁRIAS 
(ARTICULAÇÕES FACETÁRIAS). Estas são articulações sinoviais planas entre os processos articulares superiores e 
inferiores de vértebras adjacente. Cada articulação é circundada por uma cápsula articular fina. Na região cervical, 
elas são mais finas e frouxas, refletindo a grande amplitude de movimento. A cápsula articular é fixada às margens 
das faces articulares dos processos articulares de vértebras adjacentes. Ligamentos acessórios unem as lâminas, 
processos transversos e processos espinhosos e ajudam a estabilizar as articulações. As articulações dos processos 
articulares permitem movimentos de deslizamento entre os processos articulares; o formato e a disposição das 
faces articulares determinam os tipos de movimento possíveis. A amplitude de movimento é determinada pelo 
tamanho do disco intervertebral em relação ao tamanho do corpo vertebral. Nas regiões cervical e lombar essas 
articulações sustentam algum peso, compartilhando a função com os discos intervertebrais, sobretudo durante a 
flexão lateral. As articulações dos processos articulares são inervadas por ramos articulares que se originam dos 
ramos mediais dos ramos posteriores dos nervos espinais. Como esses nervos seguem em direção posteroinferior, 
situam-se em sulcos nas faces posteriores das partes mediais dos processos transversos. Cada ramo articular inerva 
duas articulações adjacentes; portanto, cada articulação é suprida por dois nervos. 
 
➢ LIGAMENTOS ACESSÓRIOS DAS ARTICULAÇÕES INTERVERTEBRAIS 
As lâminas de arcos vertebrais adjacentes são unidas por faixas largas e amarelo-claras de tecido elástico, 
denominadas LIGAMENTOS AMARELOS. Esses ligamentos estendem-se quase verticalmente entre a lâmina superior 
e a lâmina inferior, e os ligamentos de lados opostos encontram-se e fundem-se na linha mediana. Os ligamentos 
amarelos unem as lâminas das vértebras adjacentes, formando seções alternadas da parede posterior do canal 
vertebral. São ligamentos longos, finos e largos na região cervical, tornam-se mais espessos na região torácica e têm 
espessura máxima na região lombar. Esses ligamentos resistem à separação da lâmina vertebral por limitação da 
flexão abrupta da coluna vertebral, evitando, assim, a lesão dos discos intervertebrais. Os ligamentos amarelos, 
fortes e elásticos, ajudam a preservar as curvaturas normais da coluna vertebral e auxiliam na extensão da coluna 
após a flexão. 
Os processos espinhosos adjacentes são unidos por LIGAMENTOS INTERESPINAIS fracos, muitas vezes 
membranáceos, e por LIGAMENTOS SUPRAESPINAIS fortes e fibrosos. Os finos ligamentos interespinais unem 
processos espinhosos adjacentes, fixando-se da raiz até o ápice de cada processo. Os ligamentos supraespinais, 
semelhantes a cordões, unem as extremidades dos processos espinhosos desde C VII até o sacro e fundem-se na 
parte superior com o ligamento nucal na região cervical posterior. Ao contrário dos ligamentos interespinais e 
supraespinais, o LIGAMENTO NUCAL, forte e largo, é constituído de tecido fibroelástico espesso, que se estende 
como uma faixa mediana desde a protuberância occipital externa e a margem posterior do forame magno até os 
processos espinhosos das vértebras cervicais. Em razão do curto comprimento e da profundidade dos processos 
espinhosos de C III a C V, o ligamento nucal é o local de fixação dos músculos que se fixam nos processos 
espinhosos das vértebras em outros níveis. Os LIGAMENTOS INTERTRANSVERSÁRIOS, que unem processos 
transversos adjacentes, consistem em fibras dispersas na região cervical e cordões fibrosos na região torácica. Na 
região lombar esses ligamentos são finos e membranáceos. 
 
➢ ARTICULAÇÕES CRANIOVERTEBRAIS 
Existem dois grupos de articulações craniovertebrais, as articulações atlantoccipitais, formadas entre o atlas 
(vértebra C I) e o occipital no crânio, e as articulações atlantoaxiais, entre o atlas e o áxis (vértebra C II). As 
articulações craniovertebrais são articulações sinoviais que não têm discos intervertebrais. Sua arquitetura permite 
uma amplitude de movimento maior do que o restante da coluna vertebral. As articulações incluem os côndilos 
occipitais, o atlas e o áxis. 
ARTICULAÇÕES ATLANTOCCIPITAIS. As articulações situam-se entre as faces articulares superiores das massas 
laterais do atlas e os côndilos occipitais. Essas articulações permitem acenar com a cabeça, como na flexão e 
extensão da cabeça indicativa de aprovação. Essas articulações também possibilitam a inclinação lateral da cabeça. 
O principal movimento é de flexão, com leve flexão lateral e rotação. São articulações sinoviais do tipo elipsóideo 
e têm cápsulas articulares finas e frouxas. O crânio e C I também estão unidos por membranas atlantoccipitais 
anterior e posterior, que se estendem dos arcos anterior e posterior de C I até as margens anterior e posterior do 
forame magno. As membranas anteriores são formadas por fibras largas e densamente entrelaçadas (sobretudo na 
parte central, onde são contínuas com o ligamento longitudinal anterior). As membranas posteriores são largas, mas 
relativamente fracas. As membranas atlantoccipitais ajudam a evitar o movimento excessivo das articulações 
atlantoccipitais. 
ARTICULAÇÕES ATLANTOAXIAIS. Existem três articulações atlantoaxiais: DUAS ARTICULAÇÕES ATLANTOAXIAIS 
LATERAIS (direita e esquerda) (entre as faces inferiores das massas laterais de C I e as faces superiores de C II), e 
UMA ARTICULAÇÃO ATLANTOAXIAL MEDIANA (entre o dente de C II e o arco anterior do atlas). As articulações 
atlantoaxiais laterais são sinoviais planas, enquanto a articulação atlantoaxial mediana é trocóidea. 
O movimento das três articulações atlantoaxiais permite que a cabeça gire de um lado para outro, como ocorre ao 
girar a cabeça para indicar desaprovação (o movimento de “não”). Durante esse movimento, o crânio e C I giram 
sobre C II como uma unidade. Durante a rotação da cabeça,o dente de C II é o eixo ou pivô, que é mantido em uma 
cavidade ou colar formado anteriormente pelo arco anterior do atlas e posteriormente pelo ligamento transverso do 
atlas (Figura 4.20A a D); essa faixa resistente estende-se entre os tubérculos nas faces mediais das massas laterais da 
vértebra C I. 
Fascículos longitudinais superiores e inferiores com orientação vertical, porém muito mais fracos, seguem do 
ligamento transverso do atlas até o occipital superiormente e até o corpo de C II inferiormente. O LIGAMENTO 
CRUCIFORME DO ATLAS, assim denominado em razão de sua semelhança com uma cruz, é formado pelo ligamento 
transverso do atlas junto com os fascículos longitudinais. Os LIGAMENTOS ALARES estendem-se das laterais do dente 
do áxis até as margens laterais do forame magno. Esses cordões arredondados e curtos, com diâmetro aproximado 
de 0,5 cm, fixam o crânio à vértebra C I e servem como ligamentos de contenção, evitando a rotação excessiva nas 
articulações. A MEMBRANA TECTÓRIA é a forte continuação superior do ligamento longitudinal posterior que se 
alarga e segue posteriormente sobre a articulação atlantoaxial mediana e seus ligamentos. Segue superiormente a 
partir do corpo de C II, atravessa o forame magno e se fixa à parte central do assoalho da cavidade craniana, 
formado pela face interna do osso occipital. 
 
➢ COSTOVERTEBRAL 
ARTICULAÇÕES DA CABEÇA DA COSTELA. Articulação sinovial plana; Cabeça de cada costela com a hemifóvea ou 
fóvea costal superior do corpo vertebral de mesmo número e a hemifóvea ou fóvea costal inferior do corpo 
vertebral superior a ela e o disco IV entre elas; LIGAMENTOS RADIADOS E LIGAMENTOS INTRAARTICULARES da 
cabeça da costela; As cabeças das costelas I, XI e XII(às vezes da X) articulam-se apenas com o corpo vertebral 
correspondente. 
COSTOTRANSVERSÁRIA. Tubérculo da costela com o processo transverso da vértebra de mesmo; costotransversário 
lateral e superior; As costelas XI e XII não se articulam com o processo transverso das vértebras de mesmo número. 
 
➢ ARTICULAÇÕES SACROILÍACAS 
As articulações sacroilíacas são compostas, fortes, que sustentam peso, formadas por uma articulação sinovial 
anterior (entre as faces auriculares do sacro e do ílio, cobertas por cartilagem articular) e uma sindesmose posterior 
(entre as tuberosidades desses ossos). As faces auriculares dessa articulação sinovial têm elevações e depressões 
irregulares, mas congruentes que se encaixam. As articulações sacroilíacas diferem da maioria das articulações 
sinoviais porque a mobilidade é limitada, uma consequência de seu papel na transmissão de peso da maior parte 
do corpo para os ossos do quadril. O peso é transferido do esqueleto axial para os ílios através dos ligamentos 
sacroilíacos e depois para os fêmures, na posição de pé, e para os túberes isquiáticos, na posição sentada. Enquanto 
for mantida a firme aposição entre as faces articulares, as articulações sacroilíacas permanecem estáveis. 
Diferentemente de uma pedra fundamental no topo de um arco, na verdade o sacro está suspenso entre os ossos 
ilíacos e firmemente unido a eles pelos ligamentos sacroilíacos posterior e interósseo. Os delgados LIGAMENTOS 
SACROILÍACOS ANTERIORES são apenas a porção anterior da cápsula fibrosa da parte sinovial da articulação. Os 
amplos LIGAMENTOS SACROILÍACOS INTERÓSSEOS (que estão situados profundamente entre as tuberosidades do 
sacro e ílio e ocupam uma área de aproximadamente 10 cm) são as principais estruturas associadas à transferência 
de peso da parte superior do corpo do esqueleto axial para os dois ílios do esqueleto apendicular. Os LIGAMENTOS 
SACROILÍACOS POSTERIORES são a continuação externa posterior da mesma massa de tecido fibroso. Como as fibras 
dos ligamentos interósseos e sacroilíacos posteriores seguem do sacro obliquamente para cima e para fora, o peso 
axial que empurra o sacro para baixo, na verdade, empurra os ílios para dentro (medialmente), de modo que 
comprimam o sacro entre eles, unindo as faces irregulares, mas congruentes das articulações sacroilíacas. Os 
LIGAMENTOS ILIOLOMBARES são ligamentos acessórios desse mecanismo. Inferiormente, os ligamentos sacroilíacos 
posteriores são unidos por fibras que se estendem da margem posterior do ílio (entre as espinhas ilíacas 
posterossuperior e posteroinferior) e a base do cóccix para formar o substancial LIGAMENTO SACROTUBERAL. Esse 
grande ligamento segue da parte posterior do ílio e da parte lateral do sacro e do cóccix até o túber isquiático, 
transformando a incisura isquiática do osso do quadril em um grande forame isquiático. O LIGAMENTO 
SACROESPINAL, que segue da parte lateral do sacro e cóccix até a espinha isquiática, subdivide esse forame nos 
forames isquiáticos maior e menor. Na maioria das vezes, o movimento da articulação sacroilíaca é limitado a leves 
movimentos de deslizamento e rotação pelo entrelaçamento dos ossos que se articulam e os ligamentos 
sacroilíacos. Ao aterrissar após um grande salto ou ao levantar peso na posição de pé, há excepcional transmissão 
de força através dos corpos das vértebras lombares para a extremidade superior do sacro. Como essa transferência 
de peso ocorre anteriormente ao eixo das articulações sacroilíacas, a extremidade superior do sacro é empurrada 
em direção inferior e anterior. Entretanto, a rotação da parte superior do sacro é neutralizada pelos fortes 
ligamentos sacrotuberais e sacroespinais que fixam a extremidade inferior do 
sacro ao ísquio, impedindo sua rotação superior e posterior. A possibilidade de 
apenas um pequeno movimento superior da extremidade inferior do sacro em 
relação aos ossos do quadril proporciona resiliência à região sacroilíaca 
quando a coluna vertebral sofre súbitos aumentos da força ou peso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• MOVIMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL 
A amplitude de movimento da coluna vertebral varia de acordo com a região e o indivíduo. Os contorcionistas, que 
iniciam seu treinamento nos primeiros anos de vida, conseguem fazer movimentos extraordinários. A amplitude de 
movimento normal possível em adultos jovens saudáveis sofre 
tipicamente uma redução de 50% ou mais com o envelhecimento. A 
coluna vertebral faz movimentos de FLEXÃO, EXTENSÃO, FLEXÃO e 
EXTENSÃO LATERAIS, e ROTAÇÃO (TORÇÃO). A amplitude de 
movimento da coluna vertebral é limitada por: ESPESSURA, 
ELASTICIDADE e COMPRESSIBILIDADE dos discos intervertebrais; 
FORMATO e ORIENTAÇÃO das articulações dos processos articulares; 
TENSÃO das cápsulas articulares das articulações dos processos 
articulares; RESISTÊNCIA dos músculos e ligamentos do dorso; 
FIXAÇÃO à caixa torácica; VOLUME de tecido adjacente. 
Os MOVIMENTOS são produzidos pelos músculos do dorso e auxiliados pela gravidade e pela ação dos músculos 
anterolaterais do abdome. Os MOVIMENTOS ENTRE VÉRTEBRAS adjacentes ocorrem nos núcleos pulposos 
resilientes dos discos intervertebrais (que atuam como eixo de movimento) e nas articulações dos processos 
articulares. A ORIENTAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES dos processos articulares permite alguns movimentos e restringe 
outros. Com exceção talvez de C I–C II, nunca há movimento isolado em um único segmento da coluna. Embora os 
movimentos entre vértebras adjacentes sejam relativamente pequenos, sobretudo na região torácica, a soma de 
todos os pequenos movimentos produz considerável amplitude de movimento da coluna vertebral como um todo. Os 
movimentos da coluna vertebral são mais livres nas regiões cervical e lombar do que nas outras partes. 
A flexão, a extensão, a flexão lateral e a rotação do pescoço são mais livres porque: Os DISCOS INTERVERTEBRAIS, 
embora sejam finos em relação à maioria dos outros discos, são espessos em relação ao tamanho dos corpos 
vertebrais nesse nível; As FACES ARTICULARES das articulações dos processos articulares são relativamente grandes 
e os PLANOSARTICULARES são quase horizontais; As CÁPSULAS ARTICULARES das articulações dos processos 
articulares são frouxas; O PESCOÇO é relativamente delgado (com menor volume de tecidos moles adjacente em 
comparação com o tronco). 
A flexão da coluna vertebral é máxima na região cervical. Os PLANOS ARTICULARES SAGITAIS da região lombar 
conduzem à flexão e extensão. A extensão da coluna vertebral é mais acentuada na região lombar e geralmente tem 
maior amplitude do que a flexão; entretanto, nessa região os processos articulares entrelaçados impedem a rotação. 
A REGIÃO LOMBAR, como a cervical, tem discos intervertebrais grandes em relação ao tamanho dos corpos 
vertebrais. A flexão lateral da coluna vertebral é máxima nas REGIÕES CERVICAL E LOMBAR. 
A REGIÃO TORÁCICA, em contrapartida, tem discos intervertebrais finos em relação ao tamanho dos corpos 
vertebrais. Essa parte da coluna vertebral também tem relativa estabilidade porque está unida ao esterno pelas 
costelas e cartilagens costais. Nesse local, os PLANOS ARTICULARES estão no arco centralizado no corpo vertebral, 
permitindo rotação na região torácica. A rotação da parte superior do tronco, associada à rotação permitida na 
região cervical e àquela nas articulações atlantoaxiais, possibilita a torção do esqueleto axial que ocorre quando se 
olha para trás sobre o ombro. No entanto, a flexão na região torácica é limitada, inclusive a flexão lateral. 
 
• CURVATURAS DA COLUNA VERTEBRAL 
A coluna vertebral em adultos tem QUATRO CURVATURAS que ocorrem nas regiões cervical, torácica, lombar e 
sacral. As CIFOSES TORÁCICA E SACRAL são côncavas anteriormente, enquanto as LORDOSES CERVICAL E LOMBAR 
são côncavas posteriormente. 
Quando se observa a face posterior do tronco, principalmente em vista lateral, as CURVATURAS NORMAIS da coluna 
vertebral são mais aparentes: As CIFOSES TORÁCICA E SACRAL são curvaturas primárias que se desenvolvem durante 
o período fetal em relação à posição fetal (fletida). 
As LORDOSES CERVICAL E LOMBAR são curvaturas secundárias que resultam da extensão a partir da posição fetal 
fletida. Elas começam a aparecer durante o período fetal, mas só se tornam evidentes na lactância. As curvaturas da 
coluna vertebral proporcionam flexibilidade adicional (resiliência com absorção de choque), aumentando ainda 
mais a flexibilidade proporcionada pelos discos. Quando a carga sustentada pela coluna vertebral é muito 
aumentada (como ao carregar um objeto pesado), há COMPRESSÃO DOS DISCOS E DAS CURVATURAS FLEXÍVEIS (ou 
seja, as curvaturas tendem a aumentar). A sustentação de peso adicional anterior ao eixo gravitacional normal do 
corpo (p. ex., mamas muito grandes, abdome em avental nos homens ou na gravidez avançada, ou carregar uma 
criança pequena no colo) também tende a 
aumentar essas curvaturas. 
A flexibilidade proporcionada pelas 
curvaturas sofre a resistência ativa 
(dinâmica) da contração de grupos musc. 
antagonistas ao movimento (p. ex., os 
longos extensores do dorso resistem à cifose 
torácica excessiva, ao passo que os flexores 
abdominais resistem à lordose lombar 
excessiva). Muitas vezes os músculos que 
oferecem resistência ao aumento da 
curvatura doem quando a pessoa sustenta 
peso por longos períodos. Quando uma 
pessoa está sentada, principalmente se não 
houver sustentação das costas por longos 
períodos, geralmente ocorre revezamento 
entre a flexão (curvatura) e a extensão 
(postura ereta) para minimizar a rigidez e a 
fadiga. Isso permite a alternância entre a 
sustentação ativa oferecida pelos músculos 
extensores do dorso e a resistência passiva à 
flexão propiciada pelos ligamentos. 
Problemas extrínsecos a uma 
coluna vertebral estruturalmente 
normal, como fraqueza assimétrica 
dos músculos próprios do dorso 
(escoliose miopática) ou uma 
diferença no comprimento dos 
membros inferiores com inclinação 
da pelve para compensação, 
podem causar escoliose funcional. 
Quando a pessoa está de pé, 
inclinação ou desvio evidente para 
um lado pode ser sinal de escoliose 
secundária à hérnia de um disco 
intervertebral. A escoliose postural 
é supostamente causada pelo 
hábito de ficar de pé ou se sentar 
em posição imprópria. 
 
 
 
 
 
 
 
• MÚSCULOS DO DORSO 
Há dois grupos principais de músculos no dorso. Os MÚSCULOS EXTRÍNSECOS do dorso incluem MÚSCULOS 
SUPERFICIAIS E INTERMEDIÁRIOS, que produzem e controlam os movimentos dos membros e respiratórios, 
respectivamente. Os MÚSCULOS PRÓPRIOS (INTRÍNSECOS) do dorso são aqueles que atuam especificamente sobre a 
coluna vertebral, produzindo seus movimentos e mantendo a postura. 
 
➢ MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DO DORSO 
Os músculos extrínsecos SUPERFICIAIS do dorso (trapézio, latíssimo do dorso, levantador da escápula e romboides) 
são toracoapendiculares que unem o esqueleto axial (coluna vertebral) ao esqueleto apendicular superior (cíngulo 
do membro superior e úmero) e produzem e controlam os movimentos dos membros. Embora estejam localizados na 
região do dorso, a maioria desses músculos é inervada pelos ramos anteriores dos nervos cervicais e atua no membro 
superior. Os músculos extrínsecos INTERMEDIÁRIOS do dorso (serrátil posterior) são finos, comumente designados 
músculos respiratórios superficiais, porém são mais proprioceptivos do que motores. O músculo serrátil posterior 
superior situa-se profundamente aos músculos romboides, e o músculo serrátil posterior inferior situa-se 
profundamente ao músculo latíssimo do dorso. Os dois músculos serráteis são supridos pelos nervos intercostais, o 
superior pelos quatro primeiros intercostais e o inferior pelos últimos quatro. 
 
➢ MÚSCULOS PRÓPRIOS DO DORSO 
Os músculos próprios do dorso (intrínsecos do dorso) são inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinais; 
eles mantêm a postura e controlam os movimentos da coluna vertebral. Esses músculos, que se estendem da pelve 
até o crânio, são revestidos por fáscia muscular que se fixa medialmente ao ligamento nucal, às extremidades dos 
processos espinhosos das vértebras, ao ligamento supraespinal e à crista mediana do sacro. A fáscia fixa-se 
lateralmente aos processos transversos cervicais e lombares e aos ângulos das costelas. As partes torácica e lombar 
da fáscia muscular constituem a aponeurose toracolombar. Estende-se lateralmente a partir dos processos 
espinhosos e forma um revestimento fino para os músculos intrínsecos da região torácica e um revestimento 
espesso forte para os músculos na região lombar. Os músculos próprios do dorso são classificados em camadas 
superficial, intermédia e profunda, de acordo com sua relação com a superfície. 
CAMADA SUPERFICIAL: Os músculos esplênios são espessos e planos e situam-se nas faces lateral e posterior do 
pescoço, cobrindo os músculos verticais como uma bandagem, o que explica seu nome. Os músculos esplênios 
originam-se na linha mediana e estendem-se superolateralmente até as vértebras cervicais (músculo esplênio do 
pescoço) e crânio (músculo esplênio da cabeça). Os músculos esplênios revestem e mantêm os músculos profundos 
do pescoço em posição. 
CAMADA INTERMÉDIA: Os fortes músculos eretores da espinha situam-se em um “sulco” de cada lado da coluna 
vertebral entre os processos espinhosos centralmente e os ângulos das costelas lateralmente. O músculo eretor da 
espinha é o principal extensor da coluna vertebral e é dividido em três colunas: o músculo iliocostal forma a coluna 
lateral, o músculo longuíssimo forma a coluna intermédia e o músculo espinal, a coluna medial. Os músculos 
eretores da espinha frequentemente são denominados “músculos longos” do dorso. Em geral, são músculos 
dinâmicos (geradores de movimento), que atuam bilateralmente para estender (retificar) o tronco fletido. 
CAMADA PROFUNDA: Profundamente ao músculo eretor da espinha há um grupo oblíquo de músculos muito mais 
curtos, o grupo de músculos transversoespinais, que compreende os músculos semiespinais,multífidos e 
rotadores. Esses músculos originam-se dos processos transversos das vértebras e seguem até os processos 
espinhosos de vértebras superiores. Eles ocupam o “sulco” entre os processos transversos e espinhosos e estão 
fixados a esses processos, às lâminas entre eles e aos ligamentos que os unem. 
 
 
 
 
 
 
• PRINCIPAIS MÚSCULOS QUE MOVIMENTAM AS ARTICULAÇÕES INTERVERTEBRAIS 
Os músculos do dorso permanecem em relativa inatividade na posição de pé relaxada, mas eles (sobretudo a 
camada profunda de músculos próprios mais curtos) atuam como músculos posturais estáticos (fixadores ou 
estabilizadores) da coluna vertebral, mantendo a tensão e estabilidade necessárias para a postura ereta. Todos os 
movimentos das articulações intervertebrais (isto é, todos os movimentos da coluna vertebral), com exceção da 
extensão pura, incluem ou são produzidos apenas pela contração concêntrica dos músculos do abdome. No entanto, 
é preciso ter em mente que nesses movimentos, como em todos os outros, a contração excêntrica (relaxamento 
controlado) dos músculos antagonistas é fundamental para o movimento suave e controlado. Assim, na verdade, é a 
interação dos músculos anteriores (do abdome) e posteriores (do dorso) (bem como os pares contralaterais de cada 
um) que proporciona estabilidade e produz movimento do esqueleto axial. Muitas vezes, a tensão crônica nas costas 
(como aquela causada por hiperlordose lombar) resulta do desequilíbrio dessa sustentação (ausência de tônus dos 
músculos do abdome no caso de lordose). Pode ser necessário praticar exercício ou perder o excesso de peso 
distribuído de modo desigual para recuperar o equilíbrio.

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