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Análise das Demonst Financeiras - APOSTILA introdução

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – CAMPUS RESENDE
CURSO: ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA: ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
PROF.: LUIZ ANTONIO FONSECA
Evolução histórica da análise de balanço
A análise de balanços surgiu e desenvolveu-se dentro do sistema bancário que foi até hoje seu principal usuário.
Seu inicio remonta ao final do século 19, quando os banqueiros americanos passaram a solicitar balanços as empresas tomadoras de empréstimos.
Entretanto, as demonstrações financeiras da época não eram preparadas adequadamente para esse fim, não havia uniformidade nas disposições e nas terminologias. 
Importante colaboração foi feita pelo Federal Reserve Board, em 1918, confeccionou um livreto com formulários padronizados para Balanço Patrimonial e demonstrações de lucros e perdas, bem como um esboço de procedimentos de auditoria e princípios de preparação.
Alexander Wall desenvolveu, em 1919, e apresentou um modelo de análise de balanço através de índices. Adotando o método de se computar vários coeficientes, sentia se a necessidade de padrões de comparações que auxiliassem suas avaliações.
Em 1923, James H. Biss, afirmava que em todos os ramos de atividade há certos coeficientes característicos que podem ser obtidos através de médias.
Em 1925, Stephen Gilman, realizou algumas críticas à análise de coeficientes, e propôs que fosse substituída pela construção de índices encadeados que indicassem as variações havidas em relação a um ano-base (iniciando o que se chama de Análise horizontal)
A partir de 1931, a Dun & Brandstreet passou a elaborar e divulgar índices padrão para diversos setores de atividades, nos Estados Unidos.
Na década de 30 a empresa DU PONT apresentou um modelo de análise de rentabilidade da empresa que decompunha a taxa de retorno em margem de lucro e giro dos negócios, chamado análise do ROI (Return on Investiment).
Assim, em cerca de 40 anos, assentaram-se as bases técnicas de Análise de Balanços.
No Brasil, até 1968, a Análise de Balanços era ainda um instrumento pouco utilizado na prática. Foi criada, nesse ano, a SERASA, a empresa passou a operar como uma central de análise de balanços dos bancos comerciais.
INTRODUÇÃO
Neste material são abordadas as demonstrações contábeis obrigatórias e demais informações complementares. São objetos de estudo as etapas do processo de análise, iniciando com conceitos de padronização, consolidação e qualidade das demonstrações contábeis, sugestões das principais metodologias e indicadores a serem utilizados para a elaboração da melhor ferramenta de suporte ao analista financeiro.
Acreditando que a apostila possa se constituir em relevante recurso didático no desenvolvimento do conteúdo programático da disciplina de análise das demonstrações financeira, procurou-se contemplar os principais tópicos desta técnica contábil, tais como: conceituações, importância, objetivos, finalidades, funções, tipos, processos, metodologias, condições e ajustes essenciais das demonstrações contábeis; um aprofundamento no estudo dessas demonstrações e de vários indicadores econômico-financeiros.
Esta apostila está atualizada de acordo com a nova lei contábil (Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007), que alterou a Lei das Sociedades por Ações.
A análise das Demonstrações financeiras constitui-se num processo de meditação sobre os mesmos, objetivando uma avaliação da situação da empresa em seus aspectos Econômicos e Financeiros.
A análise de balanços deve ser entendida e estudada de maneira abrangente, isto é, deve ser designada mais propriamente como “Análise Contábil” ou “Análise das Demonstrações Financeiras”, vez que a mesma tem como objeto de estudo, análise e interpretação, não apenas o Balanço Patrimonial, como também todas as demais demonstrações contábeis ou financeiras, elaboradas pela empresa e prescritas nos textos legais.
Finanças
É a arte e a ciência de se administrar fundos, isto é, aplicar princípios econômicos, contábeis e conceitos do valor do dinheiro no tempo às tomadas de decisões em negócios. A palavra “arte” implica que existem algumas oportunidades para ser criativo na administração de dinheiro. E a palavra “ciência” implica que existem alguns fatos comprovados subjacentes às decisões financeiras.
Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem. O processo, as instituições, os mercados e os instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos, formam os fundamentos do estudo das Finanças.
Tradicionalmente, os tópicos de finanças são agrupados em quatro áreas principais:
Finanças Empresariais (Corporate Finance).
Investimentos
Instituições Financeiras
Finanças Internacionais
As Finanças estão estreitamente relacionadas com algumas áreas em especial, onde se destacam o Marketing, a Contabilidade e a Administração.
Mercado Financeiro
O mercado financeiro, assim como qualquer mercado (de peixe, barraquinhas, etc.), é apenas uma forma de reunir compradores e vendedores. Nos mercados financeiros, os produtos vendidos e comprados são títulos de dívida e ações. Os mercados financeiros, no entanto, são diferentes entre si em alguns detalhes.
Os mercados financeiros funcionam tanto como mercados primários quanto como mercados secundários para títulos de dívidas e ações.
O mercado primário refere-se à venda original dos títulos por governos e empresas. O mercado secundário é aquele onde os títulos são comprados e vendidos após a venda original. Existem dois tipos de mercado secundário: bolsas organizadas e mercados de balcão.
Em termos gerais, os distribuidores no mercado de balcão compram e vendem a seu próprio risco. Um distribuidor, ou revendedor de carros, por exemplo, compram e vendem automóveis. Já corretores e agentes procuram casar compradores e vendedores, e não necessariamente possuem a mercadoria que será comprada ou vendida. Um corretor de imóveis, por exemplo, normalmente não compra e vende casas, ele apenas intermédia uma ação entre as duas pontas.
O mercado de distribuidores de ações e dívidas a longo prazo é denominado mercado de balcão. A maior parte dos negócios de títulos de dívida acontece no mercado de balcão. A expressão mercado de balcão refere-se aos tempos antigos, quando os títulos eram literalmente comprados e vendidos em balcões de escritórios por todo o país. Hoje, uma parcela significativa do mercado de ações e quase todo o mercado de dívidas a longo prazo não têm localização central; os distribuidores estão ligados eletronicamente.
As bolsas de valores diferem dos mercados de balcão de duas maneiras. Em primeiro lugar, a bolsa de valores possui uma localização física (como, por exemplo, Wall Street). Em segundo lugar, no mercado de balcão, a maior parte da compra e venda é realizada por distribuidores. 
O primeiro objetivo de uma bolsa de valores, por outro lado, é juntar os que desejam vender àqueles que desejam comprar. Os distribuidores desempenham papel limitado.
A maior bolsa de valores do mundo é a Bolsa de Valores de Nova Iorque. No Brasil, a maior é a BOVESPA (Bolsa de Valores de São Paulo).
Além das bolsas de valores, existe um grande mercado de balcão para negociação de ações. A NASDAQ (National Association of Securities Dealers Automated Quotations) que tem um número de empresas três vezes maior do aquele registrado na NYSE(Bolsa de Nova York), mas o valor total das ações do NASDAQ corresponde a apenas 20% do valor total das ações da NYSE.
Dados
Tecnicamente, são os itens básicos de informação, antes de serem processados por um sistema, ou seja, alimentam, dão entrada no sistema. 
Representam algo puro cujo conteúdo não permitirá a compreensão e nem mesmo o julgamento sob determinado assunto e consistem em qualquer elemento identificado em sua forma bruta, que por si só não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação.
Informações
São os relatórios, os resultados do processamento dos dados. As informações são produzidas, saem do sistema, seja este manual ou computacional.Este conjunto de dados sobre algo ou sobre alguém, servirá de base para a tomada de alguma decisão ou a execução de algumas ações; 
A representação gráfica apresentada abaixo, demonstra como acontece o processo contábil dentro das organizações. Da análise da mesma, pode-se perceber que a análise de balanços, portanto preocupa-se, em coletar junto às demonstrações contábeis os dados, processá-los e fornecer informações para os mais variados tipos de decisões que envolvem a empresa. 
Estas informações podem ser de caráter e utilização interna ou externa e podem esclarecer, por exemplo, se a empresa merece ou não crédito, se está em situação de solvência, se suas atividades estão sendo eficientes, se é ou não lucrativa, dentre outros. 
É importante destacar que muitos dos usuários que utilizam estas informações, são leigos, sendo assim, vários cuidados devem ser tomados quando da sua execução e apresentação. Entende-se que dois pontos merecem ser referenciados:
O grau de excelência da Análise de Balanços é dado exatamente pela qualidade e extensão das informações que conseguir gerar;
Os relatórios devem estar dotados de uma linguagem simples e descomplicada, como se fossem dirigidos a leigos e, sempre que possível, estarem acompanhados de gráficos.
A idéia então é utilizar-se do raciocínio científico, ou seja, se o fim pretendido pela análise é fornecer informações para tomada de decisão, então é preciso conhecer como se dá o processo de tomada de decisão.
Na maioria das ciências, ainda que cada uma tenha as suas especificidades, a seqüência do processo decisório tem as seguintes etapas:
Escolha dos indicadores;
Comparação com padrões;
Diagnósticos ou conclusões; e
Decisões.
Para a realização da análise financeira de balanços pode-se adaptar a mesma seqüência, isto é: 
Apuram-se os índices junto às demonstrações contábeis; 
Comparam-se os índices com os padrões do mercado e com a concorrência; 
Ponderam-se as diferentes informações obtendo um diagnóstico a conclusão; e 
Tomam-se decisões.
Enfim, quando se procede à análise de balanços, os relatórios provenientes desta análise podem estar compostos de informações do tipo: 
Situação financeira e causas das alterações;
Situação econômica e causas das alterações;
Desempenho;
Eficiência e eficácia na utilização dos recursos;
Adequação das fontes às aplicações de recursos;
Evolução, tendências e perspectivas;
Pontos fortes e fracos;
etc.
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
O planejamento é uma atividade que consiste na prévia determinação dos objetivos a serem alcançados. Ele estabelece os meios que deverão ser empregados, os recursos humanos e materiais necessários. O planejamento é, pois, o ponto de partida do processo administrativo.
Dentre os diversos instrumentos utilizados pela administração, é importante destacar o papel da “Contabilidade” como um meio especialmente concebido para coletar, registrar, acumular, resumir, medir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimonial, financeira e econômica de qualquer empresa, seja qual for seu ramo de atividade ou forma jurídica.
Assim, a partir do planejamento global da empresa, é estruturado um sistema de informações úteis para a administração, através das técnicas e instrumentos contábeis, desde os métodos de escrituração, livros, formulários, normas e procedimentos, até a obtenção e interpretação dos dados para diferentes usos internos e externos (planejamento do sistema contábil da empresa).
A utilização dos dados contábeis para fins de programação empresarial, particularmente aquela a curto e médio prazos, interessa, de fato, também aos setores operativos da empresa aos quais é confiada a preparação dos programas e dos orçamentos de exercício, a determinação de projetos de investimentos e o estudo das alternativas da produção e da gestão. Igual importância tem a utilização das informações contábeis para fins de controle econômico e financeiro da gestão, que se podem obter através da comparação dos resultados do período com as metas do orçamento.
A organização de um sistema de informações contábeis exige, de parte do encarregado pela sua elaboração, conhecimentos específicos da atividade da empresa (características das operações, mercado etc), além de seu conhecimento em contabilidade.
O sistema contábil compreende o planejamento das tarefas pertinentes à área, envolvendo o método de escrituração, os planos de registros (livros, formulários), normas e rotinas de trabalho.
A elaboração de normas e procedimentos de controle interno é medida de fundamental importância para promover a eficiência operacional da empresa.
O controle interno, tem por objetivo:
A salvaguarda dos ativos da empresa de prejuízos decorrentes de fraudes ou de erros não-intencionais;
Assegurar a validade e integridade das informações contábeis que deverão ser utilizadas pela administração no processo de tomada de decisões;
Promover a interação entre os trabalhos executados pelos diversos órgãos da empresa, mediante um sistema de compensação automática, onde as tarefas de um empregado são verificadas por outro de funções independentes do primeiro.
Nessas condições, cabe à administração a responsabilidade pela elaboração e manutenção dos controle internos, que lhe garanta, de modo eficaz, a coordenação dos trabalhos desenvolvidos pelos diversos órgãos da empresa. Essa coordenação é conseguida pelo planejamento, organização, direção e controle do trabalho dos outros, mediante normas e procedimentos adequados, que levem em conta as funções de todos os setores da empresa.
Depois da estruturação do sistema de informações contáveis, a etapa seguinte é a da sua implantação e acompanhamento, a fim de verificar as distorções e promover as respectivas correções.
No desenvolvimento das tarefas de execução contábil, é identificada uma série de etapas que precisam ser bem definidas pelos manuais de trabalho da empresa. A título de exemplo, a seguir um esquema simplificado dessas tarefas. (Quadro 02)
Das informações geradas pela Contabilidade
De forma geral, no âmbito dos profissionais e usuários da Contabilidade, os objetivos dessa, quando aplicada a uma Entidade particularizada, são identificados com a geração de informações a serem utilizadas por determinados usuários em decisões que buscam a realização de interesses e objetivos próprios. A precisão das informações demandadas pelos usuários e o próprio desenvolvimento de aplicações práticas da Contabilidade dependerão, sempre, da observância dos seus princípios, cuja aplicação à solução de situações concretas deverá considerar os contextos econômicos, tecnológicos, institucionais e sociais em que os procedimentos serão aplicados. Isso significa, com grande freqüência, o uso de projeções sobre o contexto em causa, o que muitos denominam de visão prospectiva nas aplicações contábeis.
As informações quantitativas que a Contabilidade produz, quando aplicada a uma Entidade, devem possibilitar ao usuário avaliar a situação e as tendências dessa, com o menor grau de dificuldade possível. Devem, pois, permitir ao usuário, como participante do mundo econômico...
• observar e avaliar o comportamento;
• comparar seus resultados como os de outros períodos ou Entidades;
• avaliar seus resultados à luz dos objetivos estabelecidos;
• projetar seu futuro nos marcos políticos, sociais e econômicos em que se insere.
E tudo isso, para que o usuário possa planejar suas próprias operações.
 Os requisitos referidos levam à conclusão de que deve haver consistência nos procedimentos que a Entidade utiliza em diferentes períodos e, tanto quanto possível, também entre Entidades distintas quem pertençam a um mesmo mercado, de forma que o usuário possa extrair tendências quanto à vida de uma Entidade e a sua posição em face das demais Entidades ou mesmo do mercado como um todo. Tal aspiração é extremamente incentivado pelo sistema formal de normas, cuja coerência estrutural é garantida pela observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade,estabelecendo-se, pois, o necessário elo de ligação entre a Ciência da Contabilidade e seus ordenamentos aplicados. Evidentemente, o preceito em análise, conhecido por consistência, não constitui princípio da Contabilidade, mas regra técnico-comportamental. Tanto isso é verdade que procedimentos aplicados, mesmo fixados como norma, podem ser alterados em função das necessidades dos usuários ou mesmo da qualidade dos resultados da sua aplicação, enquanto que os princípios que os fundamentam permanecem inalterados.
Fonte
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Das informações geradas pela Contabilidade. Disponível em: <http://www.ccje.ufes.br/dcc/contabilidade.html>. Acesso em: 12 abr. 2005.
Dos usuários da Contabilidade
Os usuários tanto podem ser internos como externos e, mais ainda, com interesses diversificados, razão pela qual as informações geradas pela Entidade devem ser amplas e fidedignas e, pelo menos, suficientes para a avaliação da sua situação patrimonial e das mutações sofridas pelo seu patrimônio, permitindo a realização de inferências sobre o seu futuro.
	Os usuários internos incluem os administradores de todos os níveis, que usualmente se valem de informações mais aprofundadas e específicas acerca da Entidade, notadamente aquelas relativas ao seu ciclo operacional. Já os usuários externos concentram suas atenções, de forma geral, em aspectos mais genéricos, expressos nas demonstrações contábeis.
Em países com um ativo mercado de capitais, assume importância ímpar a existência de informações corretas, suficientes e inteligíveis sobre o patrimônio das Entidades e suas mutações, com vista à adequada avaliação de riscos e oportunidades por parte dos investidores, sempre interessados na segurança dos seus investimentos e em retornos compensadores em relação às demais aplicações. A qualidade dessas informações deve ser assegurada pelo sistema de normas alicerçado nos Princípios Fundamentais, o que torna a Contabilidade um verdadeiro catalisador do mercado de ações.
O tema é vital e, por conseqüência, deve-se manter vigilância sobre o grau em que os objetivos gerais da Contabilidade aplicada a uma atividade particularizada estão sendo alcançados. O entendimento das informações pelos próprios usuários pode levá-los a conclusão da necessidade de valer-se dos trabalhos de profissionais da Contabilidade.
Fonte
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. A contabilidade como conhecimento. Disponível em: <http://www.ccje.ufes.br/dcc/contabilidade.html>. Acesso em: 02 mai. 2005.
A análise de balanço é fundamental para quem pretende relacionar-se com empresas
Cada usuário esta interessado em algum aspecto particular da empresa, até para a procura de um bom emprego deveria sempre começar por uma boa análise de balanço, pois seria extremamente desastroso para um gerente financeiro assumir as finanças de uma organização que está preste a falir.
Fornecedores
O fornecedor de mercadoria precisa conhecer a capacidade de pagamento de seus clientes, ou seja, sua liquidez.
Geralmente os fornecedores observam alguma coisa além, visto que os balanços são publicados uma vez por ano e sua análise deve ter a validade até a publicação do próximo balanço, portanto também devem ser verificadas outras situações, do tipo, rentabilidade de endividamento. 
Caso seja uma concessão de crédito a análise deverá ser feita mais ou menos detalhada de acordo com o montante a ser fornecido.
A profundidade da análise do fornecedor depende da importância do cliente. Pode ser utilizado o método da curva ABC para identificar qual merece maior atenção.
Em algumas situações, o fornecedor analisa profundamente os clientes é o caso que acontece com as fábricas de carros em relação aos seus revendedores. O poder de barganha dos revendedores frente as fábricas é muito pequeno, sendo assim para a montadora é muito fácil adquirir dados a respeito dos revendedores e até impondo os padrões e métodos contábeis a serem utilizados.
Qual a melhor empresa para o fornecedor?
	Balanços
	
	Empresa 1
	
	Empresa 2
	ATIVO
	 
	
	 
	Disponível
	500.000
	
	500.000
	Dupl.a Rec.
	2.500.000
	
	3.500.000
	estoques 
	2.000.000
	
	1.500.000
	Ativo Circulante
	5.000.000
	
	5.500.000
	Ativo Pernamente
	4.000.000
	
	6.300.000
	
	 
	
	 
	TOTAL
	9.000.000
	
	11.800.000
	
	 
	
	 
	PASSIVO
	 
	
	 
	Circulante
	2.000.000
	
	5.000.000
	Exg.a longo Prazo
	1.000.000
	
	3.800.000
	Patrim.Líquido
	6.000.000
	
	3.000.000
	
	 
	
	 
	TOTAL
	9.000.000
	 
	11.800.000
	
	
	
	
	Demonstrações de Resultado
	
	Empresa 1
	
	Empresa 2
	Vendas
	7.000.000
	
	20.000.000
	( - ) CMV
	4.400.000
	
	15.400.000
	Lucro Bruto
	2.600.000
	
	4.600.000
	( - ) despe operacionais
	2.000.000
	
	3.000.000
	Lucro Operacional
	600.000
	 
	1.600.000
Através de uma análise simples podemos visualizar com maior segurança qual a empresa é mais interessante para um fornecedor.
Qual a empresa tem maior liquidez?
Apenas dividindo o ativo circulante pelo passivo circulante chega-se a conclusão que a empresa 1 tem melhor liquidez que a empresa 2, ou seja, para cada R$ 1,00 de Passivo Circulante possui R$ 2,50 de Ativo Circulante. Sendo assim Provavelmente a empresa 1 consiga pagar suas dívidas.
Qual a empresa mais endividada?
A empresa 1 apresenta também um endividamento menor, essa situação apura-se com a seguinte formula: Capital de terceiro/Patrim. Liq. X 100.
Para cada R$1,00 de PL existe somente R$ 0,50 de capital de terceiros, é provável que a situação de boa liquidez se mantenha por algum tempo ou pelo menos, até o próximo balanço.
A segunda empresa já não apresenta uma situação tão interessante, pois o índice de liquidez corrente apresenta R$ 1,10 para cada R$ 1,00 de obrigações de curto prazo. Ela também se apresenta mais endividada que a empresa 1.
Pode ser que com esse índice a empresa consiga pagar suas dívidas, porém, sua situação é bem menos cômoda que a empresa 1. 
Clientes (compradores)
Raramente o comprador analisa a situação do fornecedor. 
Em geral a análise ocorre por parte dos compradores quando dependem de fornecedores que não possuam o mesmo porte deles ou que possam de alguma forma oferecer riscos.
Outra possibilidade é quando existem poucos fornecedores no mercado e a relação entre comprador e fornecedor é muito forte, e antes de se apoiar em um ou dois fornecedores o comprador deveria fazer uma análise, quais os fornecedores melhor lhe atenderiam.
Quando também a empresa pretende expandir e dependerá muito de seus fornecedores é importante também considerar a capacidade de expansão dos seus fornecedores:
Para um comprador é muito mais temerário escolher uma empresa como a 2 do que como a empresa 1, devido ao fato da empresa 2 já possuir um investimento bastante elevado em relação a sua capacidade de investir e aos recursos de longo prazo que possui. A empresa 2, além disso, está consideravelmente endividada e sua liquidez não lhe dá muita folga; por isso, é perigoso confiar em novos investimentos por parte da empresa 2.
Bancos Comercias (ou Carteira Comercial do Banco Múltiplo)
Como os bancos comerciais concedem crédito a curto prazo, devem, além de observar a situação atual do cliente, procurar conhecer ou obter alguma informação sobre a situação futura de seu cliente. Dessa forma, poderá o banco escolher os melhores clientes de hoje e os melhores de amanhã. Estaria, assim, o banco comercial atento aos objetivos de curto e longo prazo.
Um banco que cultiva os melhores clientes de amanhã provavelmente terá alguma vantagem sobre seus concorrentes no futuro.
Os bancos concedem crédito a curto prazo, ou seja, o empréstimo deve ser pago dentro de dois ou três meses. Em virtude, porém, da renovação dos créditos que concede e da permanência ou manutenção dos contatos ou do relacionamento com os clientes, há algo de longo prazo no relacionamento banco-cliente.
Por isso, a análise do banco comercial, embora dê maior ênfase a aspectos de curto prazo, não relega os pontos de longo prazo, como a rentabilidade e a capacitação do cliente.
Além disso,o banco comercial preocupa-se bastante com o endividamento do cliente, o que já não ocorre, por exemplo, com a análise do fornecedor.
Um fornecedor participa com uma cota pequena do total do endividamento do cliente que, em geral, dispõe de muitos fornecedores e trabalha, em média, com três a seis bancos. Com os bancos isso não acontece, e sua participação no endividamento total da empresa é, com frequência, considerável. Essa a razão por que é muito importante para o banco comercial saber como está o endividamento de seu cliente. Os bancos sabem que o grau de endividamento é forte indicador de insolvência.
Através de análise meticulosa do balanço pode o banco perceber que seu cliente atual ou potencial tem condições de receber determinados créditos e antes mesmo que a empresa manifeste o desejo de fazer um empréstimo, o banco pode oferecê-lo. Apesar de apresentar melhor liquidez e menor endividamento, a empresa 1 não está sozinha na preferência do banco. É de se notar que a empresa 2 consegue maior rentabilidade que a empresa 1, e esta maior rentabilidade pode, dentro de alguns anos, não só torná-la melhor (ou melhorar sensivelmente a sua situação econômico-financeira), como também fazer com que sobrepuje em muito a empresa 1.
No cômputo geral, a empresa 1 é um cliente melhor para o banco, mas a 2 também não deixa ser interessante. Essa visão é diferente da que tinham o fornecedor e o comprador.
Bancos de Investimentos (ou Carteira de Investimentos no Banco Múltiplo)
Diferentemente dos bancos comerciais, os de investimentos concedem financiamentos a um número menor de empresas, porém a um prazo mais longo. Nesse caso, o financiamento concedido depende da situação futura do cliente. Por isso, o risco assumido pelo banco de investimento precisa ser rigorosamente calculado. Ele só receberá de seus clientes se a situação futura deles for boa. Exige-se, por essa razão, análise cuidadosa da futura capacidade do cliente. Sem dúvida nenhuma, analisar a tendência e fazer previsões é muito mais importante para o banco de investimento do que fazer análise da atual situação do cliente. Nos casos de financiamentos de vulto concedidos a prazo de cinco, oito ou dez anos, faz-se necessária a elaboração de projetos em que a Análise de Balanços é apenas uma parte. Isso, porém, não significa que a Análise de Balanços ocupe lugar secundário no projeto.
Se confirmado que a empresa 2 é mais lucrativa, ou seja, vem obtendo maior rentabilidade em relação ao capital próprio já há alguns exercícios e que a tendência é manter-se a maior rentabilidade, a empresa 2 estará em melhor situação para o banco de investimento. É um investimento mais atrativo num financiamento a longo prazo. 
Concorrentes 
A análise dos concorrentes de uma empresa é de vital importância: o conhecimento profundo da situação de seus concorrentes pode ser fator de sucesso ou de fracasso da empresa no mercado. A grosso modo, decisões como lançar novos produtos, construir uma fábrica ou conceder prazos de financiamentos são decisões muitas vezes tomadas em função da situação do balanço mostrado pelos concorrentes. Além disso, a empresa deve saber qual sua posição em relação a seus concorrentes e como se situa quanto à liquidez e à rentabilidade.
Os concorrentes fornecem os padrões para a empresa auto-avaliar-se.
É fundamental analisar empresa concorrente
Suponha-se que a empresa 1 seja concorrente da empresa 2 e esteja planejando ampliar o mercado, ou seja, a empresa 1 vislumbra diversos pontos de venda ainda não cobertos.
Em função da situação da empresa 2, a 1 se lançaria o mais rápido possível a um plano de expansão, porque a 2 está atualmente com grande volume de investimentos e praticamente já não suportaria outros.
Se a empresa 1 não aproveitar o momento atual, dentro de, digamos , três anos, a empresa 2 poderá gerar lucros suficientes e partir para investimentos.
Ainda na análise concorrencial, se a empresa 1 pudesse hoje conceder maior prazo a seus clientes, não deveria esperar muito para fazer uso dessa política, pois a empresa 2 hoje não possui muito boa liquidez. Para cada R$ 1,00 de dívida a curto prazo, a empresa 2 possui apenas R$ 1,10; portanto, os prazos de recebimento de suas vendas não podem ser muito esticados, sob pena de se tornar insolvente.
Isso não acontece com a empresa 1 que possui índice de liquidez que lhe proporciona bastante folga: para cada R$ 1,00 de dívida a curto prazo a empresa possui R$ 2,50 de ativo circulante. Por essa razão, a empresa 1 pode oferecer prazos maiores para seus clientes.
Dirigentes 
A Análise de Balanços, para os administradores da empresa 1, é instrumento complementar para a tomada de decisões. Ela será utilizada como auxiliar na formulação de estratégia da empresa, e tanto pode fornecer subsídios úteis como informações fundamentais sobre a rentabilidade e a liquidez da empresa hoje em comparação com as dos balanços orçados. Qual será a liquidez da empresa, no próximo ano, obtida a partir do balanço orçado? Essa liquidez permitirá folga suficiente? Dará flexibilidade aos administradores financeiros? Qual será o índice de rotação de estoques que a empresa deverá ter nos próximos exercícios, comparando-se o índice de rotação que tem hoje? Como pode ser alterado? Como, a partir de modificações nos índices de rotação, pode a empresa alterar sua estrutura de capitais? Além disso, através da Análise de Balanços, os bancos comerciais, os fornecedores ficam conhecendo a liquidez da empresa. Nada mais justo do que a administração preocupar-se, portanto, em saber como está sua liquidez para saber o que os bancos comerciais vão pensar dela.
Dizendo isso de outra forma, a liquidez é uma preocupação para os administradores da empresa, pois, se for muito baixa, ainda que dê condições de a empresa operar, pode representar sério entrave para a obtenção do crédito bancário.
A Análise de Balanços pode servir de guia para os dirigentes.
Considere-se que existem certas relações entre as contas do balanço que servem de guia para os próprios administradores financeiros.
Exemplifica-se isso com os balanços de empresa 1 e 2, da seguinte forma: para os administradores da empresa 2 o índice de imobilização hoje atingido pode representar uma preocupação: a empresa imobilizou recursos superiores ao seu patrimônio líquido; portanto, depende hoje de capital de terceiros de longo prazo, não só para financiar esse excesso de imobilizado em relação ao patrimônio líquido, como também para assegurar liquidez, pelo menos, razoável.
O relacionamento da empresa com instituições financeiras é importante. Ela precisa o mais rápido possível liberar-se dessa situação de dependência a capital de terceiros e de longo prazo. Isso, porém, só será possível com lucros: entre as opções de hoje investir mais para obter lucros no futuro ou ter mais lucro hoje, provavelmente a empresa 2 optará por ter mais lucro hoje para alcançar rapidamente melhor situação financeira.
Provavelmente na empresa 1 as decisões seriam exatamente inversas a essas.
Governo 
O governo utiliza intensamente a Análise de Balanços em diversas situações. Por exemplo, numa concorrência aberta, provavelmente escolherá, entre duas propostas semelhantes, apresentadas por empresas em determinada concorrência, aquela que estiver em melhor situação financeira. 
Além disso, o governo acompanhará a situação financeira da empresa vencedora da concorrência ao longo do desenvolvimento dos trabalhos para obter informações sobre a possibilidade de a empresa continuar os trabalhos para os quais se candidatou.
Em virtude de os serviços públicos serem de interesse nacional, o governo acompanha o desempenho de empresas concessionárias de serviços públicos para saber como andam sua rentabilidade e suas políticas de desenvolvimento. Igualmente controla empresas públicas e autarquias e estabelece níveis de investimentos e índices de desempenho. Além disso, através da análise de balanços, acompanham os setores da economia, como o financeiro, de seguros etc.
O governorecebe balanços de todas as instituições de determinado ramo de atividade e pode, pela análise conjunta de todos eles ou pela análise individual comparativa, saber qual setor está evoluindo, quais problemas existem etc.
Embora possam ser citados diversos outros usuários da Análise de Balanços em situações especiais, apenas mais um se faz necessário – o dos sindicatos e associações de classe que coletam balanços de empresa de determinado setor para estudos específicos e estabelecimento de padrões e guias para as próprias empresas.
Acompanhamento de Cliente e Fornecedores
A Análise de Balanços proporciona bons resultados na previsão de insolvência. Muitos fornecedores e bancos tiveram enormes prejuízos com empresas que vão à falência ou concordata simplesmente porque deixaram de acompanhar, ainda que de forma simples, a situação financeira dessas empresas.
A seguir citam-se alguns casos de insolvência que poderiam ter sido evitados mediante a Análise de Balanços.
O primeiro caso é o de uma empresa que se lançou num grande plano de investimentos, fazendo vultosos contratos com fornecedores. Quase ao término dos investimentos, os fornecedores se mostraram totalmente incapazes de cumprir os contratos por falta de condições financeiras, por não terem feito investimentos e acompanhado a empresa contratante em seus projetos. Não recebendo dos fornecedores aquilo que esperava, a empresa não pode usufruir desses investimentos. Ela foi obrigada a fazer novos contratos. Devido ao prazo de espera para que os novos fornecedores conseguissem atendê-la, os prejuízos foram muito grandes, os custos fixos sensivelmente elevados e a empresa acabou indo à concordata.
Análises de Balanços detalhadas revelariam que os fornecedores inicialmente contratados não tinham condições de cumprir os acordos assinados. Se a empresa tivesse atentado para isso, teria provavelmente evitado sua insolvência.
O segundo caso é o de uma empresa que se lançou em espetaculares aventuras empresariais, com vultosíssimos investimentos, e recebeu todo apoio dos bancos com que trabalhava, inclusive para cobrir prejuízos. Decorrido certo prazo, a empresa pediu concordata.
Também nesse caso, não houve por parte dos bancos a preocupação de saber se a empresa suportaria ou não o crédito que lhe estavam concedendo.
O terceiro caso é de uma financiadora que resolveu tornar-se o apoio financeiro de um grande magazine. Este, por seu lado, forneceu crédito para qualquer cliente que se apresentava e concedeu avais dos créditos dados pela financeira. Os clientes não pagaram, a financeira sofreu pesadas baixas e a loja não teve condições de cobrir os avais que concedeu.
Isso teria sido evitado se a financeira tivesse feito uma análise detalhada do magazine, que foi à concordata, depois se extinguiu e quase arrastou consigo a financiadora. 
Estrutura e Divulgação das Demonstrações financeiras
De acordo com o artigo 176 da Lei 6404/76, as demonstrações contábeis obrigatórias até 31/12/2007 eram: o balanço patrimonial, a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, a demonstração do resultado do exercício, a demonstração das origens e aplicações de recursos e as notas explicativas.
Para as companhias abertas, segundo o § 8 da Deliberação CVM nº 488/05, é composto pelo balanço patrimonial, demonstração das mutações do patrimônio líquido, demonstração do resultado, demonstração do fluxo de caixa ou, alternativamente, enquanto requerida pela legislação societária, a demonstração de origens e aplicações de recursos, demonstração do valor adicionado, se divulgada pela entidade; notas explicativas, incluindo a descrição das práticas contábeis.
Percebe-se que a Deliberação CVM 488, buscou a aproximação com as normas internacionais, pois, de acordo com o IAS 1, o conjunto de demonstrações financeiras que deverão ser emitidos pelas companhias são: balanço patrimonial (balance sheet); demonstração do resultado (income statement); outras demonstrações que evidenciem todas as mudanças no patrimônio líquido, ou as mudanças no patrimônio líquido, exceto as modificações no capital e as distribuições para os proprietários; demonstração do fluxo de caixa (cash flow statement); políticas contábeis e outras notas explicativas (explanatory notes).
Pelas novas normas brasileiras existe a possibilidade de apresentar a demonstração do fluxo de caixa, buscando a harmonização ao IAS 7, ou, alternativamente, enquanto requerida pela legislação societária, a demonstração de origens e aplicações de recursos e a demonstração do valor adicionado, se divulgada pela entidade. A demonstração das origens e aplicações de recursos, ainda obrigatória para as empresas não atingidas pela Deliberação CVM 488, tem por objetivo apresentar de forma ordenada e sucinta as variações ocorridas no capital circulante líquido da entidade, ou seja, a movimentação relativa às operações de financiamento (origens) e investimento (aplicações) da entidade.
Segundo Santos e Schmidt (2002), o termo recurso é utilizado para expressar a diferença entre os ativos circulantes e os passivos circulantes e não somente a variação ocorrida nas disponibilidades, que é apresentada na demonstração de fluxos de caixa. A demonstração do valor adicionado, segundo a NBC T 3.7 (2005), busca evidenciar, de forma concisa, os dados e as informações do valor da riqueza gerada pela entidade em determinado período e sua distribuição. A Demonstração do Valor Adicionado deve evidenciar os seguintes componentes: a receita bruta e as outras receitas; os insumos adquiridos de terceiros; os valores retidos pela entidade; os valores adicionados recebidos (dados) em transferência a outras entidades; valor total adicionado a distribuir; e distribuição do valor adicionado.
Com a publicação das novas normas contábeis por força da Lei 11.638/2007, foi alterado, dentre outros, o artigo 176 da Lei das S/A, sendo que desta forma as demonstrações contábeis obrigatórias a partir de 01.01.2008 são: o balanço patrimonial, a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, a demonstração do resultado do exercício, a demonstração do fluxo de caixa e a demonstração do valor adicionado, complementadas pelas notas explicativas.
Assim, serão discutidas com maior profundidade as principais convergências existentes entre a legislação societária brasileira, (Lei 6404/1976), a nova lei contábil (Lei 11.638/2007) e as normas internacionais, especialmente os seus reflexos no Balanço Patrimonial, na Demonstração do Resultado, e nas mais novas obrigatoriedades de publicação, a DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa e a DVA – Demonstração do Valor Adicionado.
Balanço Patrimonial
No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa. 
As empresas obrigadas a publicar seus demonstrativos financeiros devem estar em consonância com o disposto no § 1º do art. 176 da Lei nº 6.404/76, que estabelece a publicação das demonstrações de cada exercício com a indicação dos valores correspondentes nas demonstrações do exercício anterior.
 Procedimentos Iniciais para Elaboração do Balanço
No balancete são relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, sejam patrimoniais ou de resultado, demonstrando seus débitos, créditos e saldos.
As contas do balancete levantado no fim do exercício, nem sempre representam, os valores reais do patrimônio, naquela data, nem as variações patrimoniais do exercício, porque os registros contábeis não acompanham a dinâmica patrimonial no mesmo ritmo em que ela se desenvolve.
Desta forma, muitos dos componentes patrimoniais aumentam ou diminuem de valor, sem que a contabilidade registre tais variações, bem como muitas das receitas e despesas, recebidas ou pagas durante o exercício, não correspondem realmente aos ingressos e ao custo do período.
Daí a necessidade de se proceder ao ajuste das contas patrimoniais e de resultado, na data do levantamento do balanço, para que elas representem,em realidade, os componentes do patrimônio nessa data, bem como suas variações no exercício.
Para elaboração do balanço patrimonial devem ser efetuados vários ajustes na contas patrimoniais, entre os quais citamos os mais comuns:
Na data da elaboração do balanço, geralmente 31 de dezembro, prepara-se o balancete de verificação, da mesma forma ao que se faz mensalmente;
Elabora-se o inventário dos materiais, das mercadorias, dos produtos manufaturados, dos móveis e utensílios, das máquinas e equipamentos, das duplicatas a receber e a pagar, e de outros componentes suscetíveis de serem inventariados;
Confronta-se o saldo de cada conta do razão com os livros e documentos auxiliares tais como: boletim de caixa, extratos bancários, registros de duplicatas, registros de inventário, controles do ativo imobilizado, etc.;
Após confrontar os saldos das respectivas contas e dos registros específicos de cada conta, caso seja constatado divergências, e apurada suas causas, deve-se proceder aos ajustes necessários;
Efetuam-se os cálculos de depreciação dos bens, procedendo-se aos respectivos lançamentos. Nas empresas que apuram custos mensais, as depreciações são apropriadas mensalmente;
Procede-se a regularização das contas de despesas e receitas antecipadas;
Apurar o resultado da conta mercadorias, calculando o custo da mercadoria vendida e transferindo-o para a conta de resultados.
Encerram-se as contas de despesas e receitas, transferindo seus saldos para a conta de resultados no patrimônio líquido;
Após essas operações, estão encerradas as contas de resultado, restando somente as contas patrimoniais;
Elabora-se novo balancete de verificação, no qual aparecerá, em lugar das contas de despesas e de receitas, a conta lucros ou prejuízo, que resume todo o resultado do exercício;
Efetua-se a destinação do resultado do exercício de acordo com o previsto nos atos constitutivos, ou seja, se for lucro poderá ser destinado à formação de reservas ou ser distribuído aos sócios ou acionistas, se for prejuízo deverá ser absorvido por lucros/reservas de exercícios anteriores;
Elabora-se a demonstração do resultado do exercício, demonstrando as receitas e despesas, bem como o destino dado ao lucro;
Após os ajustes mencionados, as contas remanescentes, são apenas as contas patrimoniais, que serão separadas e classificadas no balanço patrimonial, sendo o saldo do ativo igual ao do passivo, da seguinte forma:
a) No Ativo as contas são dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez dos elementos registrados, ou seja, as contas com maior liquidez aparecem antes. 
De acordo com o artigo 179 da Lei das S/A, no Ativo as contas serão classificadas do seguinte modo:
Ativo Circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
Ativo Realizável a Longo Prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;
Investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
Ativo Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;
Intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido;
Diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional.
b) No Passivo as contas são dispostas em ordem decrescente de grau de exigibilidade dos elementos registrados, ou seja, as contas com maior exigibilidade aparecem antes.
De acordo com o artigo 180 e seguintes da Lei nº 6.404/76, no passivo as contas são classificadas da seguinte forma:
Passivo Circulante: as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo permanente, quando se vencerem no exercício seguinte;
Passivo Exigível a Longo Prazo: as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo permanente que tiverem vencimento em prazo maior, ou seja, após o término do exercício seguinte.
Para efeitos de registro contábil das obrigações, a empresa deve obedecer ao princípio contábil da competência de exercícios e serão avaliados de acordo com os critérios estabelecidos no artigo 184 da Lei nº 6.404/76, ou seja:
As obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço;
As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço;
As obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
Dentro do ativo, outra mudança proposta pela Deliberação 488 e que busca a aproximação da contabilidade internacional, é a classificação no circulante. Para ser circulante, se espera que o ativo seja realizado, ou mantido para venda, negociação ou consumo dentro dos 12 meses seguintes à data do balanço; ou, quando é um ativo em dinheiro ou equivalente, cuja utilização não está restrita. 
Essa classificação busca a convergência à normatização internacional, pois, diferentemente da Lei 6404, a CVM não adota a expressão até o término do exercício seguinte”, mas sim “doze meses”, o que acaba com uma discussão antiga sobre as reclassificações para curto prazo, nas demonstrações contábeis intermediárias. Assim, de acordo com a CVM o prazo para a classificação de um ativo como circulante é sempre de doze meses, exceto quando o ciclo operacional for maior. Essa classificação em doze meses está de acordo com o procedimento adotado internacionalmente.
Demonstração do Resultado do Exercício
O artigo 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações), instituiu a Demonstração do Resultado do Exercício.
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida, o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente compreendido de doze meses.
De acordo com a legislação mencionada, as empresas deverão na Demonstração do Resultado do Exercício, discriminar a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, dos abatimentos e dos impostos e a receita líquida das vendas e serviços.
Critério Adotado
Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em obediência ao princípio da competência: 
As receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; e
Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. 
Definição dos Títulos da DRE
Receita Bruta das Vendas e Serviços
Nesta conta registra-se a receita bruta das vendas de bens e serviços prestados em operações realizadas pela empresa.
Na legislação do Imposto de Renda, o conceito de receita líquida é o mesmo da Lei nº 6.404/76, no entanto, em relação ao conceito de receita bruta, o artigo 279 do RIR/99 define que, "na receita bruta não se incluem os impostos não cumulativos, cobrados do comprador ou contratante (Imposto sobre ProdutosIndustrializados) e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviços seja mero depositário. Dessa forma para fins de Imposto de Renda, o ICMS faz parte da receita bruta, mas o IPI não.
Assim sendo, em função do problema apresentado, pode-se adaptar a demonstração do resultado do exercício da seguinte forma:
I - Faturamento bruto
(-) IPI faturado
II - Receita bruta de vendas e serviços
Deduções das Vendas
I - Vendas Canceladas
Nesta conta, de natureza devedora, são registradas as devoluções de vendas relativas a anulação de valores registrados como receita bruta de vendas e serviços. Assim sendo, as devoluções não devem ser deduzidas diretamente da conta de vendas, mas registradas nessa conta devedora.
II - Abatimentos sobre vendas
Nessa conta serão registrados os descontos concedidos aos clientes relativos às vendas e serviços que devem ser excluídos da Receita Bruta.
III - Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas
A receita bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela incidentes (exceto IPI), que são registrados em contas devedoras. Desta forma os valores dos impostos incidentes sobre as vendas, tais como: ISS, ICMS, ISS, PIS, Cofins, serão diminuídos da receita bruta.
Custo das Mercadorias Vendidas e Serviços Prestados
Estas contas registram os custos de produção de bens ou serviços vendidos, compreendendo o seguinte:
a) custos diretos e indiretos da produção de bens ou de realização de serviços, inclusive encargos de depreciação, amortização e exaustão dos bens aplicados ou relacionados na ou com a produção;
b) custos até o ponto de venda das mercadorias entregues a clientes.
A apuração dos custos dos produtos vendidos está diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas realizadas no período. Nas empresas comerciais a apuração dos custos pode ser feita através da seguinte fórmula:
No caso das empresas industriais, é necessário um sistema de contabilidade de custos, cuja complexidade vai depender da estrutura do sistema de produção e suas necessidades internas de controle.
Fazem parte deste grupo as receitas e despesas operacionais, as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas financeiras, as despesas administrativas e outras despesas enquadradas como operacionais.
Despesas de Vendas e Administrativas
I - Despesas com vendas
As despesas de vendas representam os gastos de promoção, colocação e distribuição dos produtos da empresa, bem como os riscos assumidos pela venda, tais como:
Despesas com o pessoal da área de vendas: salários, gratificações, férias, 13º salário, encargos sociais, assistência médica, comissões sobre vendas;
Propaganda e publicidade;
Gastos com garantia de produtos
Utilidades e serviços: transporte, depreciação e manutenção de bens, energia elétrica, telefone, água.
II - Despesas administrativas
As despesas administrativas representam os gastos, pagos ou incorridos, para direção ou gestão da empresa, tais como: 
Despesas com o pessoal: salários, gratificações, férias, encargos, assistência médica, transporte;
Utilidades e serviços: energia elétrica, água, telefone, fax, correio, seguros;
Despesas gerais: material de escritório, material de limpeza, viagens, alimentação, jornais e revistas, despesas legais e judiciais, serviços profissionais contratados, depreciação e manutenção de bens;
Impostos e taxas: IPTU, IPVA, ITR, Contribuição Sindical.
Receitas e Despesas Financeiras
Nesse grupo são incluídos os juros, os descontos e a atualização monetária pré-fixada, além de outros tipos de receitas ou despesas, bem como aquelas decorrentes de aplicações financeiras.
As atualizações monetárias ou variações cambiais de empréstimos são registradas separadamente no grupo variações monetárias.
I - As receitas financeiras englobam:
Descontos obtidos, decorrentes de pagamentos antecipados de duplicatas de fornecedores ou outros títulos;
Juros recebidos referente aos juros cobrados pela empresa de seus clientes, por atraso de pagamento e outras operações similares;
Receitas de aplicações financeiras que engloba as receitas decorrentes de aplicações financeiras, correspondente a diferença entre o valor aplicado e o valor resgatado;
Outras receitas de investimentos temporários;
II - As Despesas financeiras abrangem:
Descontos concedidos aos clientes pelo pagamento antecipado e outros títulos;
Juros de empréstimos, financiamentos, descontos de títulos e outras operações;
Comissões e despesas bancárias cobradas pelos bancos nas operações de desconto, de concessão de crédito, etc.
Correção monetária prefixada de empréstimos.
III - Variações monetárias de obrigações e créditos englobam:
Variação cambial incorrida pela atualização periódica de obrigações ou créditos a serem pagos ou recebidos em moeda estrangeira;
Atualização monetária que registra as atualizações sobre obrigações ou créditos sujeitos à cláusula de atualização monetária.
Outras Receitas e Despesas Operacionais
Engloba outras receitas e despesas operacionais decorrentes de atividades acessórias do objeto da empresa, tais como:
Lucros e prejuízos em participações societárias;
Vendas de sucatas ou sobras de estoques.
Resultados Não Operacionais
Nesse grupo são segregados os resultados não operacionais, ou seja, aqueles decorrentes de outras operações não ligadas às atividades principais ou acessórias da empresa, tais como:
Ganhos e perdas na alienação de investimentos permanentes;
Ganhos e perdas na alienação de bens e direitos do ativo permanente;
Ganhos e perdas por desapropriação, baixa por perecimento, extinção, desgaste, obsolescência de bens do ativo permanente.
Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro
Nessas contas devem ser registrados o valor relativo à Contribuição Social Sobre o Lucro e do Imposto de Renda devido sobre o resultado.
Participações e Contribuições
Essas participações e contribuições devem ser contabilizadas na própria data do balanço, mediante débito nas contas de participações no resultado e crédito nas contas de provisão no Passivo Circulante.
De acordo com o artigo 189 da lei das S/A, do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o imposto sobre a renda. 
Dessa forma, toma-se o lucro líquido depois do imposto de renda e contribuição social, antes das participações e dele se deduz o saldo eventual de prejuízos acumulados, apurando-se assim a base inicial de cálculo das participações.
Ressalte-se que o cálculo das participações não é feito sobre o mesmo valor. Deve ser calculado extra contabilmente, primeiramente a participação das debêntures, do lucro remanescente se calcula a participação dos empregados, do lucro remanescente desse cálculo, se calcula a participação dos administradores e do saldo, a participação das partes beneficiárias.
Lucros Por Ação
O artigo 187 da Lei nº 6.404/76, determina a indicação do montante do lucro ou prejuízo líquido por ação do Capital Social, o que possibilita melhor avaliação pelos investidores dos resultados apurados pela companhia em relação às ações que possui.
O lucro por ação é apurado, pela divisão do lucro líquido de exercício pelo número de ações em circulação do capital social:
Lucro por ação = lucro líquido 
Nº de ações
LEI nº. 11638 de 28 de dezembro de 2007
Estudando a Lei 11638/07, precisamente o Balanço Patrimonial, os grandes grupos tiveram modificação, sendo apenas Ativo e no Patrimônio Líquido, sendo que no Ativo os grupos são Ativo Circulante, Ativo Realizável a Longo Prazo, Ativo Permanente, dividido em investimentos, Ativo Imobilizado , Ativo Intangível e Ativo Diferido e o grande grupo Passivo, com Passivo Circulante, Passivo Exigível a Longo Prazo, Resultados de Exercícios Futuros e Patrimônio Líquido, dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. Observandoapenas a estética, sem detalhar a classificação contábil baseada pela essência econômica, que é base das normas internacionais de contabilidade, segue uma forma simplificada da demonstração para comparação de como era na Lei 6404/76 e como ficou com a Lei 11638/07:
	 BALANÇO PATRIMONIAL - LEI 6.404/76
	
	
	ATIVO
	PASSIVO
	 
	 
	Circulante
	Circulante
	 
	 
	Realizável a Longo Prazo
	Exigível a Longo Prazo
	 
	 
	Permanente
	Resultado do Exercício Futuro
	 
	 
	 Investimentos
	 
	 
	Patrimonio Líquido
	 Imobilizado
	 
	 
	 Capital Social
	 Diferido
	 
	 
	 Reservas de Capital
	 
	 
	 
	 Reservas de Reavaliação
	 
	 
	 
	 Reservas de Lucros
	 
	 
	 
	 Lucros ou Prejuízos Acumulados
	 
	 
	
	
	BALANÇO PATRIMONIAL - LEI 6.404/76 após LEI 11.638/07
	
	
	ATIVO
	PASSIVO
	 
	 
	Circulante
	Circulante
	 
	 
	Realizável a Longo Prazo
	Exigível a Longo Prazo
	 
	 
	Permanente
	Resultado do Exercício Futuro
	 
	 
	 Investimentos
	 
	 
	Patrimonio Líquido
	 Imobilizado
	 
	 
	 Capital Social
	 Intangível
	 
	 
	 Reservas de Capital
	 Diferido
	 
	 
	 Ajustes de Avaliação Patrimonial
	 
	 
	 
	 Reservas de Lucros
	 
	 
	 
	 Prejuízos Acumulados
	 
	 
	
	
Após tramitar no Congresso Nacional Brasileiro por 7 (sete) anos o Projeto de Lei 3741/2000 foi deveras congratulado no findar de 2007 na Lei 11638/07, diploma esse que altera parte da Lei 6404/76, a então dita “Lei das Sociedades Anônimas” e que serve de base para todos os tipos societários elencados pela Lei 10406/02, Código Civil.
A Lei 11638/07 , promulgada em 28 de dezembro de 2007 que entrou em vigor em primeiro de janeiro de 2008, apresenta em seu texto mudanças que muitos empresários e, contabilistas e controllers comentam, mas na realidade a grande virtude da norma não está compreendida em seu todo pelo empresariado, pelos contabilistas e correlatos. A transição de uma contabilidade meramente fiscal muda seu objetivo para uma contabilidade voltada ao mercado, onde gestores usarão para suas decisões, fortalecendo assim a classe contábil.
As regras de classificação contábil são de fato muito diferentes e sem dúvida deverão ser feitos cursos, treinamentos e desenvolvimento de processos em diversas  Entidades para que todos os profissionais compreendam exatamente o que são as normas internacionais de contabilidade, sua funcionalidade e seu desenvolvimento com base na Lei 11638/07, Pronunciamentos Contábeis emitidos pelo CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis - e normas emitidas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), sem esquecer do CFC - Conselho Federal de Contabilidade. 
Já a Lei 11638/07 inovou, instituindo a adoção das normas internacionais de contabilidade, precisamente o IFRS - International Financial Reporting Standards - que os países da União Européia e vários outros já haviam aderido em 2005, data de sua implementação, porém com obrigatoriedade a partir de 2010, como por exemplo:
 Substituição da demonstração das origens e aplicações de recursos (DOAR), pela demonstração do fluxo de caixa (art. 176, IV).
As sociedades anônimas de capital fechado deverão publicar as demonstrações de fluxo de caixa e se for sociedade anônima de capital aberto além da demonstração de fluxo de caixa  deverão publicar a demonstração do valor adicionado que de acordo com a NBCT a demonstração do valor adicionado e a demonstração contábil destinada a evidenciar, de forma concisa os dados e as informações do valor da riqueza gerada em determinado período e sua distribuição.
Balanço Patrimonial.
Assim, além da mudança de critério, não mais pela forma, ou seja, contabilidade deixa de ser baseada pelo registro do valor original e domínio de normas tributárias - fiscais, para ser uma  contabilidade voltada à essência econômica demonstrando de fato o patrimônio da Entidade. Por outro lado, a Lei 11638/07 não remodelou o Balanço Patrimonial na sua estética conforme as normas internacionais e ainda deixando o ativo diferido, o resultado de exercícios futuros e algumas lacunas.
 Assim, a Medida Provisória 449/08, publicada no Diário Oficial da União em 04/12/2008, em seu art. 36, altera o art 178, da Lei 6404/76 e em conseqüência a Lei 11638/07, art.1º, mais precisamente os grupos do Ativo e Passivo que assim são: grande grupo Ativo e grupos Ativo Circulante e Ativo Não Circulante contendo neste o longo prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível, desaparecendo as figuras do Ativo Realizável a Longo Prazo e Ativo Permanente como grupo, sendo agora subgrupo do Ativo Não Circulante, sendo que o termo “Ativo Permanente” não figurará mais no Balanço Patrimonial. Além disso o subgrupo “Ativo Diferido” de fato desaparece deste relatório, porém vale ressaltar que a  Medida Provisória 449/08 informa que poderá amortizar o saldo do mesmo até seu findar. 
Já o grande grupo Passivo, também teve modificações em sua estética conforme determina a Medida Provisória 449/08 , sendo o grupo Passivo Circulante e Passivo Não Circulante, desaparecendo os grupos Passivo Exigível a Longo Prazo, Resultado de Exercícios Futuros , pois todos os citados foram incorporados pelo  Passivo Não Circulante; detalhe, não deixaram de existir, apenas são subgrupos no Passivo Não Circulante. Já o Patrimônio Líquido continua sendo considerado grupo conforme determina a Lei 11638/07, dividido em Capital social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuizos Acumulados.
Alteração no critério de avaliação de coligadas art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas cuja administração tenha influência significativa, ou de que participe com 20% ou mais do capital votante (ações ordinárias) em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sobre controle comum serão avaliadas pelo método da equivalência patrimonial, ou seja, em decorrência da sua avaliação pelo seu valor justo.
	 BALANÇO PATRIMONIAL - LEI 6.404/76 e LEI 11.638/07 após a MP 449/08
	
	
	ATIVO
	PASSIVO
	 
	 
	Circulante
	Circulante
	 
	 
	Não Circulante
	Não Circulante
	 
	 
	 Realizável a Longo Prazo
	 Exigível a Longo Prazo
	 
	 
	 Investimentos
	 Patrimonio Líquido
	 
	 
	 Imobilizado
	 Capital Social
	 
	 
	 Intangível
	 Reservas de Capital
	 
	 
	 
	 Ajustes de Avaliação Patrimonial
	 
	 
	 
	 Reservas de Lucros
	 
	 
	 
	 Prejuízos Acumulados
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
Assim, para uma comparação segue:
	BALANÇO PATRIMONIAL - LEI 6.404/76 após LEI 11.638/07
	
	
	ATIVO
	PASSIVO
	 
	 
	Circulante
	Circulante
	 
	 
	Realizável a Longo Prazo
	Exigível a Longo Prazo
	 
	 
	Permanente
	Resultado do Exercício Futuro
	 
	 
	 Investimentos
	 
	 
	Patrimonio Líquido
	 Imobilizado
	 
	 
	 Capital Social
	 Intangível
	 
	 
	 Reservas de Capital
	 Diferido
	 
	 
	 Ajustes de Avaliação Patrimonial
	 
	 
	 
	 Reservas de Lucros
	 
	 
	 
	 Prejuízos Acumulados
	 
	 
	
	
Observando as comparações, o Balanço Patrimonial já apresenta algumas características das normas internacionais, em sua estética, porém algumas figuras com por exemplo, Resultados de Exercícios Futuros, acreditamos que ainda haverão tratamentos a respeito.
 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A análise das demonstrações financeiras, ou como é mais conhecida, a análise de balanço só é possível ser realizada após finalizado o trabalho da contabilidade. De posse das demonstrações financeiras, o analista irá decompô-las através do exame minucioso de cada uma das contas que compõem essas demonstrações, transcrevendo-as em mapas padronizados, para facilitar o processo de análise. A partir dos dados extraídos da contabilidade, o analista financeiro pode aplicar suas metodologias e técnicas para realizar a análise sobre os dados coletados e chegar a alguma conclusão. 
	QUADRO 06DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
	
	 
	
	- BALANÇO PATRIMONIAL - BP
	 
	SETOR DE 
	
	- DEMONST. DO RESULTADO EXERCÍCIO - DRE
	 
	 
	
	- DEMONST. LUCRO PREJ. ACUMULADO - DLPA
	 
	CONTABILIDADE
	
	- DEMONST. MUTAÇÕES PATR. LÍQUIDO - DMPL
	 
	 
	
	- DEMONST. VALOR ADICIONADO - DVA
	 
	 
	 
	- DEMONST. FLUXO DE CAIXA - DFC
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	EXAME E PADRONIZAÇÃO
	 
	 
	
	 
	 
	 
	
	COLETA DE DADOS
	 
	 
	
	 
	 
	 
	
	CÁLCULOS DOS INDICADORES
	 
	SETOR DE ANÁLISE
	
	 
	 
	 
	
	INTERPRETAÇÃO DOS QUOCIENTES
	 
	DE BALANÇOS
	
	 
	 
	 
	
	ANÁLISE VERTICAL E ANÁLISE HORIZONTAL
	 
	 
	
	 
	 
	 
	
	COMPARAÇÃO COM PADRÕES
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	RELATÓRIOS
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	
	ETAPAS DO PROCESSO DE ANÁLISE
	
	
	
	
	
	1ª etapa - Exame e Padronização das demonstrações financeiras.
	
	
	
	
	
	2ª etapa - Coleta de dados.
	
	
	
	 extração de valores das demonstrações financeiras, como total do Circulante, Imobilizado, Patrimônio Líquido, valor das Vendas
	 Líquidas, etc. 
	
	
	
	
	
	3ª etapa - Cálculos dos indicadores.
	
	 quocientes, coeficientes e números-índices.
	
	
	
	
	
	4ª etapa - Interpretação de quocientes.
	
	 interpretação isolada e conjunta.
	
	
	
	
	
	
	5ª etapa - Análise Vertical/Horizontal.
	
	 interpretação isolada e conjunta de coeficientes e números-índices
	
	
	
	
	
	6ª etapa - Comparação com Padrões.
	
	 cálculos e comparações com quocientes-padrão
	
	
	
	
	
	7ª etapa - Relatórios
	
	
	
	 apresentação das conclusões da análise em forma de relatórios inteligíveis por leigos.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
PROCESSO DE ANÁLISE
Conceito
São técnicas utilizadas pelos analistas para obtenção de conclusões acerca da situação econômica e financeira da entidade ou de outros aspectos relacionados com o Patrimônio, de acordo com os interesses dos usuários.
Finalidade
Através de estudos e interpretações de dados extraídos das demonstrações financeiras, a Análise de Balanços tem por finalidade prestar informações sobre a situação econômica e financeira da entidade, para que as pessoas interessadas possam tomar decisões.
Para atingir esta meta, o analista tem à sua disposição várias técnicas que podem ser utilizadas isoladamente ou em conjunto, conforme seja o grau de detalhamento das informações que se pretende atingir.
Principais Processos de Análise
Também conhecidos por técnicas de análise:
Análise propriamente dita. (Exame e Padronização das Demonstrações Financeiras)
Consiste em exame minucioso, abrangendo cada uma das contas que compõem a demonstração financeira objeto da análise, uma vez que os saldos das contas apresentadas nas demonstrações poderão englobar, por razões de economia – no caso das demonstrações publicadas – ou para atender à padronização estabelecida pela Lei 11.638/07, vários valores de elementos de uma mesma natureza.
Exemplo:
- Saldo da conta Caixa – normalmente o saldo desta conta é composto por vales, cheques e dinheiro. É preciso saber qual é a participação dos vales no montante do saldo. Bem como se eles representam valores que serão ressarcidos imediatamente ou não. Também é importante conhecer as data de vencimento dos cheques: o mais correto seria reclassificar os cheque pré-datados no grupo de contas a Receber de Clientes.
- Conta Bancos c/Movimento – é importante verificar se os saldos das contas bancárias foram devidamente conciliados, qual é o número de estabelecimentos bancários com os quais a empresa mantém contas correntes, etc...
- Conta Aplicações de Liquidez Imediata – deve-se verificar se correspondem a aplicações de curtíssimo prazo, se estão contabilizadas pelo valor nominal.
- Conta Clientes ou Duplicatas a Receber – é preciso examinar o percentual das vendas a vista e das vendas a prazo no volume das vendas totais; o percentual das duplicatas não-recebidas; os prazo de vencimentos, bem como os valores que vencem a 15, 30, 60 ou mais dias; os descontos previstos no caso de recebimentos antecipados; a existência de vendas com reserva de domínio; a existência de títulos em carteira descontados, caucionados ou em cobrança bancária, etc.
- Conta Estoque – esta conta é normalmente composta por:
a) bens destinados à venda (mercadorias e produtos acabados);
b) bens destinados à fabricação (matérias-primas, materiais de embalagem, materiais secundários, etc)
c) outros materiais de uso (compreendendo os consumidos pelos departamentos administrativo, comercial ou de produção, como material de escritório, limpeza, combustíveis, lubrificantes, etc)
- Conta Fornecedores ou Duplicatas a Pagar – as mesmas observações apresentas para a conta Clientes ou Duplicatas a Receber valem também para as contas representativas de obrigações a fornecedores, como volume de compras; datas de vencimento das duplicatas; percentuais de descontos para pagamentos antecipados, etc.
- Conta Reservas – é importante verificar os valores que se referem aos exercícios anteriores e os calculados no exercício atual.
Padronização
As publicações contábeis das empresas são riquíssimas em dados para a análise de balanços.
No entanto, as demonstrações financeiras devem ser preparadas para análise [..]. Esse trabalho é conhecido como padronização [...] e é feita pelos seguintes motivos:
Simplificações;
Comparabilidade;
Adequação aos Objetivos da Análise;
Precisão nas Classificações Contábeis;
Descoberta de Erros e;
Intimidade do Analista com as Demonstrações Financeiras da Empresa.
Como modelo de padronização, citamos algumas características contidas tanto no Balanço Patrimonial quanto na Demonstração do Resultado do Exercício:
O Ativo e o Passivo, ambos no Circulante, foram divididos em Financeiro e Operacional.
O Passivo possui um total do capital de terceiros.
O Patrimônio Líquido apresenta o capital social líquido, ou seja, subtraído do capital a realizar e acrescido das reservas.
A DRE inicia-se com a Receita Líquida, ou seja, a resultante da receita bruta menos as devoluções, abatimentos e impostos.
Tanto o Balanço Patrimonial quanto a DRE apresentam os itens essenciais para a análise. E neles foram mantidos os títulos “Ativo Permanente”, “Exigível a Longo Prazo” e “Resultado Não Operacional”.
Análise por Quocientes
É o estudo comparativo entre grupos de elementos das demonstrações financeiras por meio de índices, objetivando o conhecimento da relação entre cada um dos grupos do conjunto.
Análise Vertical
Consiste na determinação da porcentagem de cada conta ou do grupo de contas em relação ao seu conjunto. Este processo é também conhecido por “Análise por Coeficientes”.
Análise Horizontal
Comparação feita entre componentes do conjunto em vários exercícios, por meio de números-índices, objetivando a avaliação ou o desempenho de cada conta ou grupo de contas ao longo dos períodos analisados.
Comparação com Padrões
Consiste na comparação entre quocientes, coeficientes e números-índices correspondentes às demonstrações de uma entidade com os padrões obtidos através do comportamento de um grupo de entidades do mesmo ramo.
- Padrões de Comparação
Um dos problemas de mais difícil solução dentro da análise dos demonstrativos contábeis é o da correta interpretação dos resultado numéricos obtidos.
Um prazo de rotação dos estoques de 90 dias, por exemplo, deve ser considerado normal, dilatado ou reduzido? Como um índice de participação de capital próprio de 40% deve ser avaliado pelo analista?
Quase todos os resultados obtidos em uma análise devem ser ponderados conforme o porte da empresa, seu ramo de atividade e a evolução de seus negócios.
- Padrões Setoriais
Comparando os resultados apurados em uma empresa como os de outras, de porte semelhante e do mesmo ramo de atividade, poderemos chegar a conclusões mais realista sobre a normalidade desses resultados.
Constatar também se os problemas da empresa são particulares ou setoriais, ou seja, se são ou não comuns à maioria das empresas congêneres.
Apesar da inegável utilidade de tais comparações, as seguintes observações nos levarão a considerá-las com justificávelreserva:
cada empresa pode ser considerada única em relação aos seus problemas específicos e à forma de solucioná-los;
a diversidade de artigos produzidos ou comercializados na mesma empresa, dificulta seu enquadramento em um único setor;
os dados que servem de base para o estabelecimento dos índices padrões são extraídos de demonstrativos heterogêneos e levantados, muitas vezes, em datas diferentes;
são poucas as entidade que se preocupam em levantar dados setoriais e, quando o fazem, geralmente não abrangem um universo suficientemente amplo e não divulgam a metodologia utilizada.
Relatórios
Devem ser elaborados de forma clara e sucinta, de acordo com os objetivos traçados, evitando-se o uso de palavras e expressões estudadas, visando sempre ao melhor entendimento por parte da pessoa a quem ele se dirige.
Alguns quesitos a serem observados na elaboração de um relatório de análise:
Principais elementos:
Introdução (objetivos) – explicar o que, por que, e para quem foi feito;
Sumário – resumo genérico dos pontos observados na análise de forma sucinta;
Corpo – descrição analítica do sumário;
Conclusões – opiniões sobre a situação geral e particular dos itens observados, destacando os mais relevantes;
Recomendações – se for o caso, apontar soluções que, na opinião do analista, seriam desejáveis para corrigir distorções porventura encontradas na situação atual.
Regras essenciais para o analista:
Dar sempre ênfase às tendências;
Demonstrar, com habilidade, a situação corrente;
Ressaltar sempre os pontos fracos;
Ser claro e conciso.

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