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TIPO DOLOSO Art. 18, I,
CP
CONCEITO DE DOLO
Dolo é a vontade e consciência dirigidas a realizar a conduta prevista no tipo
penal incriminador
O dolo é formado por um elemento intelectual e um elemento volitivo.
Momento intelectual: consciência do que se quer
Momento volitivo: decisão a respeito de querer realiza-lo
Faltando um desses elementos – consciência ou vontade –, descaracterizado
estará o crime doloso
O erro de tipo, em qualquer das suas formas (escusável ou inescusável), tem a
finalidade de, sempre, eliminar o dolo do agente, por faltar-lhe a vontade e a
consciência daquilo que estava realizando.
O DOLO NO CÓDIGO PENAL
Todo crime é doloso, somente havendo a possibilidade de punição pela prática
de conduta culposa se a lei assim o previr expressamente.
Em síntese, o dolo é a regra; a culpa, a exceção.
Assim, se não houver essa ressalva expressa no texto da lei, é sinal de que não é
admitida, naquela infração penal, a modalidade culposa.
Para que possamos saber se determinado tipo penal admite ou não a
modalidade culposa, é preciso que leiamos todos os seus parágrafos ou mesmo
seu capítulo. Caso não exista essa previsão, é sinal de que a conduta culposa,
no que diz respeito àquela infração penal, não mereceu a atenção do Direito
Penal.
TEORIAS DO DOLO
Teoria da vontade: dolo seria tão somente a vontade livre e consciente de
querer praticar a infração penal, isto é, de querer levar a efeito a conduta
prevista no tipo penal incriminador.
Teoria do assentimento: diz que atua com dolo aquele que, antevendo como
possível o resultado lesivo com a prática de sua conduta, mesmo não o
querendo de forma direta, não se importa com a sua ocorrência, assumindo o
risco de vir a produzi-lo. Aqui o agente não quer o resultado diretamente, mas o
entende como possível e o aceita.
Mércya B. Feitoza
Teoria da representação: podemos falar em dolo toda vez que o agente tiver
tão somente a previsão do resultado como possível e, ainda assim, decidir pela
continuidade de sua conduta. Para os adeptos dessa teoria, não se deve
perquirir se o agente havia assumido o risco de produzir o resultado, ou se,
mesmo o prevendo como possível, acreditava sinceramente na sua não
ocorrência. Para a teoria da representação, não há distinção entre dolo
eventual e culpa consciente, pois a antevisão do resultado leva à
responsabilização do agente a título de dolo.
Teoria da probabilidade: trabalha com dados estatísticos, ou seja, se de
acordo com determinado comportamento praticado pelo agente,
estatisticamente, houvesse grande probabilidade de ocorrência do resultado,
estaríamos diante do dolo eventual.
O Código Penal adotou as teorias da vontade e do assentimento.
Para a nossa lei penal, portanto, age dolosamente aquele que, diretamente,
quer a produção do resultado, bem como aquele que, mesmo não o desejando
de forma direta, assume o risco de produzi-lo.
ESPÉCIES DE DOLO
Costuma-se distinguir o dolo em direto e indireto.
1. Diz-se direto o dolo quando o agente quer, efetivamente, cometer a conduta
descrita no tipo, conforme preceitua a primeira parte do art. 18, I, do Código
Penal. O agente, nesta espécie de dolo, pratica sua conduta dirigindo-a
finalisticamente à produção do resultado por ele pretendido inicialmente
No dolo direto, conforme exposto acima, o agente quer praticar a conduta
descrita no tipo. Quer preencher os elementos objetivos descritos em
determinado tipo penal. É o dolo por excelência, pois, quando falamos em dolo,
o primeiro que nos vem à mente é justamente o dolo direto.
O dolo direto pode ser classificado em: 
a) dolo direto de primeiro grau e 
b) dolo direto de segundo grau. 
O dolo direto em relação ao fim proposto e aos meios escolhidos é classificado
como de primeiro grau, e em relação aos efeitos colaterais, representados como
necessários, é classificado como de segundo grau.
No dolo direto de segundo grau ou mediato, o resultado típico é uma
consequência necessária dos meios eleitos, que devem ser abrangidos pela
vontade tanto como o fim mesmo. Daí por que também é reconhecido como
dolo de consequências necessárias.
Mércya B. Feitoza
2. O dolo indireto, a seu turno, pode ser dividido em alternativo e eventual.
O dolo indireto alternativo apresenta-se quando o aspecto volitivo do agente
se encontra direcionado, de maneira alternativa, seja em relação ao resultado
ou em relação à pessoa contra a qual o crime é cometido. Quando a
alternatividade do dolo disser respeito ao resultado, fala-se em alternatividade
objetiva; quando a alternatividade se referir à pessoa contra a qual o agente
dirige sua conduta, a alternatividade será subjetiva.
Fala-se em dolo eventual quando o agente, embora não querendo diretamente
praticar a infração penal, não se abstém de agir e, com isso, assume o risco de
produzir o resultado que por ele já havia sido previsto e aceito. O sujeito não
quer o resultado, mas conta com ele, admite sua produção, assume o risco etc.
O dolo eventual não passa de uma espécie de culpa com representação, punida
mais severamente.
Quando o autor acredita haver consumado o delito quando na realidade o
resultado somente se produz por uma ação posterior, com a qual buscava
encobrir o fato ou, ainda quando o agente, julgando ter obtido o resultado
intencionado, pratica segunda ação com diverso propósito e só então é que
efetivamente o dito resultado se produz.
O dolo acompanhará todos os seus atos até a produção do resultado,
respondendo o agente, portanto, por um único crime, independentemente da
ocorrência do resultado aberrante.
Dolo genérico é aquele em que no tipo penal não havia indicativo algum do
elemento subjetivo do agente ou, melhor dizendo, não havia indicação alguma
da finalidade da conduta do agente. 
Dolo específico, a seu turno, é aquele em que no tipo penal podia ser
identificado, o que denominamos de especial fim de agir.
No dolo haveria um elemento de natureza normativa, qual seja, a consciência
sobre a ilicitude do fato. Dependendo da teoria que se adote, essa consciência
deverá ser real (teoria extremada do dolo) ou potencial (teoria limitada do
dolo). 
Pelo fato de existir no dolo, juntamente com os elementos volitivos e cognitivos,
considerados psicológicos, um elemento de natureza normativa (real ou
potencial consciência sobre a ilicitude do fato), é que esse dolo causalista é
conhecido como dolo normativo.
DOLO GERAL (Hipótese de erro sucessivo)
DOLO GENÉRICO E DOLO ESPECÍFICO
DOLO NORMATIVO
Mércya B. Feitoza
Para efeito de raciocínio, estaríamos diante de uma hipótese, por exemplo, em
que o agente tivesse produzido um resultado sem que, para tanto, houvesse
qualquer conduta penalmente relevante, em face da inexistência de dolo ou
culpa ou, mesmo, diante de um fato inicialmente culposo, sendo que, após
verificar a ocorrência desse resultado, o agente teria se alegrado ou mesmo
aceitado a sua produção.
Como não se pode querer realizar o que já aconteceu, a mera aprovação
retroativa de um resultado já produzido nunca constitui dolo.
Dolo de propósito: a vontade e consciência refletida, pensada, premeditada. 
Dolo de ímpeto: caracterizado por ser repentino, sem intervalo entre a fase da
cogitação e de execução do crime. Nem sempre a premeditação agrava a pena
do crime, mas o ímpeto poderá corresponder a uma privilegiadora (art. 121, § 1º,
CP) ou circunstância atenuante (art. 65, III, ‘c’ CP)
O erro é a falsa percepção da realidade. Aquele que incorre em erro imagina
uma situação diversa daquela realmente existente.
O erro de tipo é o fenômeno que determina a ausência de dolo quando,
havendo uma tipicidade objetiva, falta ou é falso o conhecimento dos
elementos requeridos pelo tipo objetivo.
A consequência natural do erro de tipo é a de, sempre, afastar o dolo do
agente, permitindo, contudo, a sua punição pela prática de um crime culposo,
se houver previsão legal, conforme determina o caput do art. 20 do Código
Penal
Sempre que o agente incorrer em erro de tipo, seja ele escusável ou inescusável,
o seu dolo restará afastado, pois, em tais casos, não atuacom vontade e
consciência de praticar a infração penal.
Os crimes de perigo, que podem ser subdivididos em perigo abstrato e perigo
concreto, constituem uma antecipação da punição levada a efeito pelo
legislador, a fim de que o mal maior, consubstanciado no dano, seja evitado.
Assim, podemos dizer que, punindo-se um comportamento entendido como
perigoso, procura-se evitar a ocorrência do dano.
Em muitas situações, aquilo que identificamos como um dolo de perigo acaba
se confundindo com a inobservância do dever objetivo de cuidado,
característica dos crimes culposos.
DOLO SUBSEQUENTE
DOLO DE PROPÓSITO E DOLO DE ÍMPETO
AUSÊNCIA DE DOLO EM VIRTUDE DE ERRO DE TIPO
DOLO E CRIME DE PERIGO
Mércya B. Feitoza

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