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DJi - Democracia representativa e democracia semidireta

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- Índice Fundamental do Direito
Legislação - Jurisprudência - Modelos - Questionários - Grades
Democracia Representativa e Democracia Semidireta
 Justificada, em parte, pelos excessos do absolutismo na França, a liberal democracia, a par de inegáveis
conquistas no campo da liberdade e da propriedade individuais, fundamentou aberrações doutrinárias de
malévolos efeitos. São figuras de realce no pensamento liberal-individualista John Locke (1632-1704) Jean-
Jacques Rousseau (1712-1778) e Emmanuel Joseph Siéyes (1748-1836). Locke, na verdade, um dos
escritores da ideologia iluminista, iniciada na Inglaterra por volta de 1680 e fundamentada em
rígidoracionalismo oriundo, em especial, de Thomas Hobbes. Seus preceitos básicos poderiam ser resumidos
em três: a) o guia infalível da sabedoria é a razão; b) inexiste o pecado original: o homem é levado à
corrupção pelo próprio poder político; c) a vida do homem em liberdade absoluta, na própria natureza, é
preferível à vida em civilização que, com suas ultrapassadas concepções criadas para manter o poder do
clero e da monarquia absoluta, se torna insuportável. Em sua obra Segundo Tratado do Governo Civil,
Locke procura fundamentar a forma de governo parlamentar introduzida na Inglaterra pela Revolução de
1688, condenando o absolutismo.
 No seu modo de ver, os homens viviam, originalmente, em liberdade e igualdade absolutas, numa
sociedade anárquica, isto é, desprovida de poder, imperando a lei da natureza. Para melhor alcançar seus
objetivos individuais, resolveram, mediante um pacto voluntário, instituir a sociedade política, outorgando a
esta um poder de mando destinado a executar referida lei natural. A comunidade teria, contudo, direito de, a
qualquer momento, rebelar-se contra os possíveis excessos dos governantes. A única função do Estado
seria, portanto, manter a ordem, preservando a liberdade individual; era, portanto, relegada a um segundo
plano toda idéia de progresso e de bem-estar social. Já se disse que, se Locke tivesse de optar entre a
desordem e o despotismo, escolheria, sem dúvida, a primeira hipótese.
 Rousseau, por sua vez, um dos corifeus da Revolução Francesa, dizia em sua obra O Contrato Social: "O
homem nasce livre e em toda parte se acha aprisionado". Como Locke, Rousseau afirma que o homem surge
num estado de liberdade absoluta, o chamado estado de natureza, no qual também a felicidade seria
absoluta. Quando surge a vida em sociedade, o homem perde tal liberdade e se corrompe. Estas idéias de
Rousseau se acham situadas especialmente em O Contrato Social, Discurso sobre a Origem da
Desigualdade entre os Homens e Nova Heloísa. O homem, diz ele, é um bom selvagem, sua natureza é sã,
mas a sociedade o corrompe. Ora, é a liberdade dos bons tempos que o faz bom: portanto, a sociedade
política conveniente é aquela que garante a mais ampla autonomia individual, é aquela que reduz ao mínimo
os vínculos sociais e a pressão exercida pela sociedade sobre o homem. Perdida a liberdade natural, a
restauração do caráter do homem se faz com a liberdade civil, ideal maior do Estado. A liberdade passa,
então, a ser um fim em si mesma, e a própria sociedade nada mais é que um objeto de um contrato, fruto da
vontade e não de uma inclinação natural. A própria família somente se mantém em razão de laços contratuais.
O individualismo, aliás, reduz o casamento a um contrato e, como tal, dependente de um acordo de
vontades, que podem dissolvê-lo livremente; daí, o divórcio.
Já estamos vendo que, tanto para Locke como para Rousseau, a liberdade é o bem supremo do ideal
democrático.
 Rousseau vai ao ponto de afirmar que o homem, naturalmente independente, não pode participar da vida
em sociedade a não ser conservando sua soberania pessoal. Por isso, Rousseau era adversário ferrenho da
chamada democracia representativa, por ser contrária à lei natural a preposição de que a maioria governa a
minoria. Só pode haver democracia, dizia Rousseau, onde houver deliberações tomadas diretamente pela
comunidade, sem intermediários.
 Num dos mais valiosos capítulos de seu O Contrato Social (Livro Terceiro, Cap. XV), Rousseau é
bastante claro e incisivo a esse respeito: "Logo que a função pública deixa de ser a principal atividade dos
cidadãos, que se preocupam mais com o dinheiro do que com sua própria pessoa, o Estado se encontra à
beira do colapso. É preciso combater? Pagam a mercenários e ficam em casa. É preciso ir ao parlamento?
Nomeiam deputados e continuam a ficar em casa. Inércia e dinheiro ensejam soldados para dominar a pátria
e deputados para a venderem.
(...)
 Num Estado verdadeiramente livre, os cidadãos fazem tudo com a força de seus braços, nada com o
ouro; não pagam para se desobrigar de suas obrigações, mas para as cumprirem.
(...)
 Num Estado bem dirigido, todos freqüentam as assembléias; mas com um mau governo ninguém se
interessa pelo que nelas se delibere.
Todos estão certos de que jamais a vontade geral prevalecerá, mesmo porque as ocupações particulares
ocupam todo o tempo. Boas leis criam outras melhores; más leis acarretam outras piores. E quando alguém
diz: Que me importa o Estado?, este está perdido.
(...)
 A soberania não pode ser representada, pois não admite alienação.
 Ela pode ser expressa pela vontade geral, e esta não admite representantes, ou é ela ou não é, não há
meio-termo. Os deputados não são e nem podem ser representantes do povo; são, quando muito, elementos
de uma comissão e não podem concluir nada em definitivo.
 Toda lei que o povo, em pessoa, não aprove, é nula, jamais será uma lei. O povo inglês pensa que é livre,
porém está enganado; só é livre durante a eleição dos membros do parlamento; logo que estes são eleitos,
passa a ser escravo e nada é. Nos poucos momentos em que usufrui da liberdade, utiliza tão mal esta que
bem merece perdê-la".
 Se Rousseau é inimigo figadal da democracia chamada representativa, Siéyes será o grande inspirador
desta. Emmanuel-Joseph Siéyes (1748-1836) foi um abade que teve uma vida política destacada.
 Deputado do povo, presidente da Constituinte francesa revolucionária, foi adversário de Robespierre.
Apoiou Bonaparte no golpe do 18 Brumário, mas não conseguiu que seu projeto de Constituição fosse
adotado. Exilado, voltou para a França em 1830.
Siéyes escreveu dois explosivos panfletos, considerados tão importantes para a Revolução Francesa como o
Manifesto Comunista, de Marx e Engels, para a Revolução Soviética. Estes dois panfletos se intitulam Ensaio
sobre os Privilégios, no qual Siéyes incrimina, como contrária à natureza, a própria idéia de privilégio e Que é
o Terceiro Estado?, obra da qual se serve para combater a pluralidade de estamentos do ordenamento
constitucional monárquico, propondo a unidade da nação e do chamado Terceiro Estado (opovo), elemento
mais numeroso e mais significativo economicamente. Nesta segunda obra, com efeito, afirma que a soberania
do Estado reside em a nação. A nação não é o conjunto de homens reais, concretos, efetivamente existentes
em dado momento histórico, mas sim o conjunto daqueles que viveram, que vivem e que viverão.
 A idéia de nação em Siéyes confunde-se, aparentemente, com todo o Terceiro Estado. Que era, afinal, o
Terceiro Estado na França pré-revolucionária? Era o terceiro estamento social, antecedido pela nobreza e
pelo clero. Não havia, com efeito, classes sociais na França, no sentido moderno que atribuímos à expressão
classe social, pois uma sociedade estruturada em classes admite a mobilidade social, e isto não ocorria então,
sendo os três estados estanques, estratificados. Quem integrava um estamento inferiornão podia galgar um
estamento privilegiado. Aliás, as palavras casta, estamento, estado, estratificação trazem consigo um
semantema (radical) st, de origem indo-européia, que significa, exatamente, imutabilidade, permanência,
denotando a rigidez das sociedades estruturadas em estamentos.
Clero e nobreza eram dotados de privilégios comos quais não era contemplado o povo, ou Terceiro Estado.
Em razão disso é que Siéyes abre seu famoso apúsculo com as incisivas palavras: "Que é o Terceiro Estado?
Tudo. Que tem sido até agora no ordenamento político? Nada. Que deseja ele? Chegar a ser algo".
 Mais adiante, no capítulo II: "É preciso entender por Terceiro Estado o conjunto dos cidadãos que se
acham submetidos a um ordenamento comum. Todo aquele que é privilegiado pela lei sai do ordenamento
comum e, conseqüentemente, não integra o Terceiro Estado. Já o dissemos: uma lei comum e uma
representação comum é o que constitui uma nação".
 A nação, contudo, não se confunde com as gerações que passam, mas com os interesses permanentes do
Estado. Nação e Terceiro Estado confundem-se, no pensamento de Siéy_s. O Terceiro Estado, diz ele, é
uma nação completa.
 Nada pode progredir sem ele, e seria bem melhor se os outros Estados não existissem. A soberania, que
pertencia ao rei, passa a pertencer à nação, "da qual emanam todos os direitos" (Constituição de 1791,
preâmbulo do título terceiro, arts. 1º e 2º).
 Assim, a nação é uma entidade abstrata, que representa os interesses permanentes do elemento humano
do Estado. Por isso, os interesses da nação suplantam os interesses momentâneos do povo.
 Nisto, a posição de Rousseau é oposta à de Siéyes, porque segundo ele é imprescindível a participação
direta da comunidade nas deliberações políticas, para que haja vontade geral. Entretanto, ambos concordam
num ponto: todo e qualquer organismo intermediário entre os indivíduos e o poder político deve ser
eliminado, sendo que a participação do povo, segundo Rousseau, deve ser direta, ao passo que, para
Siéyes, a representação da nação será atribuída a quem ela determinar. Ora, sendo a nação uma entidade
abstrata, não poderá haver mandato imperativo, isto é, vinculação jurídica entre representantes e
representados, e sim mera representação política.
 Em razão da doutrina de Siéyes, a Constituição francesa de 1791 estabeleceu em seu Art. 7º: "Os
representantes eleitos nos parlamentos não serão representantes de um departamento particular, mas de toda
a nação e nenhum mandato lhes poderá ser atribuído".
 Enquanto o mandato imperativo tem natureza consensual, contratualística, consistindo num veículo
contratual entre representantes e representados, da mesma forma que no direito civil temos um contrato
denominado mandato (do latim manus dare), pois as mãos simbolizam a fidelidade (per dexteram era per
fidem), formalizando-se o pacto por um aperto de mãos, a representação política é obra do poder
constituinte, que fixará a competência e os deveres dos representantes da nação. A responsabilidade dos
representantes apura-se nos termos da Constituição, e a perda do exercício do cargo não decorre da
vontade dos governados, mas das próprias normas da Constituição. Não há, reitere-se, vinculação jurídica
entre mandante e mandatário. A representação nacional tem natureza institucional, vem de cima para baixo,
ao passo que o mandato imperativo tem natureza consensual, de acordo de vontades.
 Ora, tal concepção de democracia, procurando debater os excessos do absolutismo monárquico, incorreu
no extremo oposto, posicionando o indivíduo numa posição de desamparo perante o poder político, a ele
vedada uma participação efetiva nas decisões dos governantes. Foi olvidada a idéia de que o Estado não tem
no elemento humano a mera soma dos indivíduos, e sim a formação de grupos sociais que surgem
espontaneamente, grupos que, muitas vezes, antecedem no próprio Estado, por exemplo, a família e o
município. Se as primitivas sociedades eram homogêneas e a solidariedade social puramente mecânica, o
processo denominado integração ensejou a diferença paulatina de tais grupos, surgindo a solidariedade
orgânica e a divisão do trabalho. Surgem grupos das mais diversas espécies e finalidades; e surgem
espontaneamente, revelando a inclinação do homem para uma agregação orgânica e não puramente
mecânica. De fato, o homem, animal social por natureza (zoon politikon), somente se agrega aos seus
semelhantes que tenham osmesmos interesses, sejam estes de natureza econômica, política, religiosa ou
intelectual. O Estado poderá até desconhecer tais grupos; não poderá jamais, contudo, fazê-los desaparecer,
como frisa Galvão de Souza.
 Vásquez de Mella adverte: "O que se deve representar é o homem de classe e de grupo; e como as
classes são categorias sociais permanentes, não podendo ser negadas sem que se negue uma nação, é
necessário que essas forças estejam representadas nas Cortes. É preciso que aí estejam os interesses de que
vos falei: o interesse religioso e moral representado pelo clero; o interesse docente, intelectual, representado
pelas corporações científicas, pelas universidades e academias; o interesse material, representado pelo
comércio, pela indústria e a agricultura, bem como pelos operários; o interesse da defesa, representado pelo
Exército, e o interesse das superioridades, daquelas autoridades sociais que formam a aristocracia de todos:
os méritos científicos, artísticos, da linhagem, da virtude, que, ainda saindo das camadas inferiores, têm
direito a brilhar nas alturas.
 Quando o parlamento representar todas estas forças, então o espelho da sociedade será ele mesmo, e não
se dará esse caso vergonhoso - prova de que não são representativos os parlamentos modernos - de que,
quando surge uma crise agrícola ou industrial, a primeira medida dos partidos que formam o parlamento é
procurar uma informação pública, para se inteirar do que se passa lá fora".
 A representação por meio de partidos, pelo menos até o momento inexpressiva e fictícia em nosso País e
em quase toda a América Latina, apresentou bons resultados na Inglaterra porque aí eles sempre estiveram
identificados a classes sociais, em perfeita integração com os organismos vivos da nação.
 Assim, o Partido Conservador sempre esteve ligado aos grandes proprietários partido representante,
portanto, da aristocracia; o Trabalhista, identificado com a classe operária e as agremiações sindicais (trade
unions); e, finalmente, o Liberal, representando a classe média burguesa. Além disso, a Inglaterra, de certa
forma isolada do drama político que se desenrolava no continente europeu, em especial na França, sofreu
menos o impacto das novas idéias revolucionárias. Fenômeno semelhante, bem apontado por Maurice
Duverger, ocorreu nos Estados Unidos da América do Norte, onde, no tocante à representação partidária, o
pragmatismo suplantou as abstrações ideológicas, a ponto de não haver uma diferença bem definida nos dois
grandes partidos aí existentes.
 Se na liberal-democracia os partidos apareceram para preencher o vazio deixado pelos corpos
intermediários extintos em 1791, por influência de Siéyes, na América Latina tornaram-se quase sempre
órgãos deformados, meros instrumentos de grupos ou de chefes políticos arrivistas.
 Em preciosa monografia intitulada A Democracia e o Brasil, Goffredo Telles Jr. já escrevia antes mesmo
da insurreição de 1964: "Os partidos políticos brasileiros, observados não em tese, não em doutrina, não em
abstrato, mas em concreto, isto é, em seu real funcionamento, são meras siglas, simples rótulos, vazias
embalagens, sem nenhum conteúdo doutrinário e programático, incapazes, portanto, de orientar a opinião, de
quem quer que seja, sobre os problemas nacionais.
 Servem apenas de instrumento para o registro de candidatos no tribunal competente.
Partidos políticos do tipo dos nossos não são órgãos naturais da sociedade. Não são produtos das
exigências comuns da vida humana.
 Em nada se prendem ao drama cotidiano do cidadão. Nada dizem à alma popular. Um sindicato ou um
clube de futebol é, no sentimento do povo, muito mais importante do que um partido".
 Galvão de Souza também se mostra incisivo e claro a esse respeito: "Os partidos podem ser
indispensáveis num determinado tipo de democracia, não em todos.Na democracia liberal e individualista,
surgem como órgãos de expressão da opinião pública, veículos que a representam, e também para orientá-
la. Dissolvidos os órgãos naturais de representação da sociedade, isto é, os agrupamentos intermediários da
família do Estado, então aparecem os partidos para substituí-los. Pois aí está o de que muitos se esquecem.
Por que não substituir a representação partidária pela representação corporativa? A representação feita
através dos partidos é inexpressiva e fictícia. Os quadros partidários não correspondem à organização
natural das sociedades que visam representar. Há casos que poderiam ser apontados como exceções, por
exemplo, o da Inglaterra. Entretanto, não devemos nos esquecer de que os partidos ingleses se acham
intimamente ligados a determinadas classes ou a grupos sociais. Como se poderia compreender o
desenvolvimento do Partido Trabalhista sem a base sindical do `trade-unionismo1? E o Partido Conservador
não tira a sua força do elemento aristocrático?".
 As aberrações e abusos cometidos em nome da chamada democracia representativa ensejaram uma série
de providências saneadoras do Estado moderno, p. ex., a vinculação do parlamentar ao seu partido, em
nome da fidelidade partidária. Na democracia partidária, a função do partido político é preparar a decisão
popular, formulando um programa de governo e designando candidatos que se vinculam, obrigatoriamente, a
tal programa. Deputados e senadores serão mandatários de seus partidos. O parlamentar, portanto, não
decide mais por si próprio. Ele se sujeita ao programa partidário. Isto marca, de certa forma, um retorno ao
mandato imperativo, pois o deputado pode ser desligado de seu partido caso se desligue da linha de conduta
que lhe for traçada. A Constituição soviética de 1977 era bastante clara a esse respeito, em seu Art. 107:
"Os deputados têm obrigação de prestar contas de sua atividade e do trabalho do Soviete aos seus eleitores,
coletivos e organizações que tenham promovido sua candidatura.
 O mandato dos deputados que não tenham justificado a confiança dos eleitores poderá ser revogado a
qualquer momento, por decisão da maioria dos eleitores, na forma da lei".
 À medida que o velho mandato representativo começa a ceder terreno, o mandato imperativo passa a
recuperar uma pequena parcela do antigo prestígio. Assim, a exemplo da Constituição soviética, a
Constituição da Tchecoslováquia adota o mandato imperativo, à luz do que dispõe seu Art. 4º, in verbis: "O
povo soberano exerce os poderes do Estado através dos corpos intermediários eleitos pelo povo,
fiscalizados pelo povo e responsáveis perante o povo".
 A terceira espécie de democracia é a democracia semidireta, assim nominada porque, ao lado da natureza
representativa de seu sistema político, nela se admite a utilização esporádica da intervenção direta dos
governados em certas deliberações dos governantes. Esta intervenção compreende, basicamente, os
seguintes institutos: plebiscito, referendo, iniciativa popular, veto popular e recalL. Plebiscito: a expressão
plebiscito denomina uma consulta prévia que se faz à coletividade, a fim de que esta se manifeste a respeito
de sua conveniência ou não. Os governantes consideram oportuna a medida, mas, antes de efetivá-la,
consideram necessário que o povo se manifeste antes. O termo plebiscito deriva de plebs, plebe, tendo
origem na Lex Hortensia (séc. IV a.C.), que concedeu aos plebeus o direito de participar do processo
político na antiga Roma republicana. Modernamente, por intermédio de plebiscito, o povo francês
manifestou-se durante a Grande Revolução, sendo, aliás, o instituto adotado por Napoleão Bonaparte para
obter o aval popular das mudanças constitucionais de seu governo, quando garantiu o apoio das maiorias
para suas medidas, no que foi imitado por Napoleão III. Hitler realizou vários plebiscitos, destacando-se
aquele que ensejou a anexação (Anschlüss) da Áustria à Alemanha, em 1938. Após a Segunda Guerra
Mundial, os governantes franceses usaram largamente o plebiscito. Embora adotando, tradicionalmente, a
democracia representativa, o constitucionalismo brasileiro ensejou a participação popular direta em 1963,
mediante um plebiscito no qual o eleitorado refugou o regime parlamentarista de governo, que havia sido
adotado em 2 de setembro de 1961, por intermédio da Emenda Constitucional 4, manifestando-se
favoravelmente, por conseqüência, à volta do regime presidencialista, o que ocorreria com a Emenda 6, de
23.1.1963. A CF prevê, em vários dispositivos, o plebiscito: arts. 14, I, 18, §§ 3º e 4º, 49, XV, e, nas DT,
o Art. 2º, assim: "Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito. Art. 18... § 3º Os Estados
podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem
novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o
desmembramento de Municípios preservarão a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente
urbano, far-se-ão por lei estadual, obedecidos os requisitos previstos em lei complementar estadual, e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações diretamente interessadas. Art. 49. É da
competência exclusiva do Congresso Nacional... XV - autorizar referendo e convocar plebiscito.
 Referendo: o referendo é o mecanismo da democracia semidireta pelo qual os cidadãos são convocados
para se manifestar a respeito da conveniência, ou não, de medida já tomada pelos governantes. Nisto, difere
do plebiscito. Dá-se o nome de referendo, também, à manifestação popular sobre a entrada em vigor de leis
já elaboradas pelo Parlamento. Trata-se, então, de ratificação popular a algo que já está feito.
 Iniciativa popular: eis o mais significativo instituto da democracia semidireta. Realmente, de todas as
instituições da democracia semidireta, a que mais atende às exigências populares de uma participação efetiva
do processo político é a iniciativa das leis pelo próprio povo. Como assinala Georges Burdeau, a iniciativa
popular obriga o Parlamento a legislar, porque, se um determinado número de cidadãos o exige, um projeto
de lei determinado será exposto à Assembléia, que deverá examiná-lo e emitir um parecer (A Democracia,
Lisboa, Publicações Europa-América, 1962, p. 133). Na iniciativa popular o povo exerce apenas um direito
de petição "reforçado", pelo qual pressiona o parlamento a reparar um projeto de lei sobre determinado
assunto, bem como a discuti-lo e a votá-lo. No caso, os cidadãos não legislam, mas fazem com que se
legisle. Lembra Salvetti Netto que o Legislativo não está obrigado a acatar a iniciativa popular, a moção,
enfim. A iniciativa popular foi empregada pela primeira vez nos EUA, no Estado de South Dakota (1898), e
no Oregon (1904).
 Ressurgiu, depois, na Constituição de Weimar, na Venezuela e na Itália. O Art. 71, in fine, da Constituição
italiana de 1947, determina que 50.000 eleitores podem obrigar o Parlamento a discutir um projeto de lei
oriundo de iniciativa popular. A iniciativa popular é encontrada, também, no Art. 86, alínea g, da
Constituição de Cuba, que autoriza o seu exercício por um mínimo de 10.000 cidadãos.
 Como acentua John Naisbitt em sugestiva monografia: "Os projetos de lei originados das comunidades e
os plebiscitos são as ferramentas da nova democracia. Estes instrumentos criam acesso direto à decisão
política, como desejam cidadãos informados e educados... A diferença entre os projetos de lei originados da
comunidade e os plebiscitos é que os primeiros aparecem na votação através de ação direta do cidadão, e
os plebiscitos são uma maneira de os cidadãos aprovarem ou não a ação do legislativo. O primeiro projeto
de lei estadual originado dacomunidade nos Estados Unidos ocorreu no Oregon em 1904. E uma das razões
para o seu fortalecimento recente é que as pessoas estão exigindo maior prestação de contas. O aumento
desses projetos, juntamente com o plebiscito e o recall (que permite aos eleitores revogarem o mandato de
um representante eleito e que é legal em doze Estados), representa uma exigência inequívoca de partes dos
eleitores de prestação de contas do governo. Estes novos dispositivos, instrumentos-chaves na nova
democracia participativa, permitem às pessoas passar por cima dos processos representativos tradicionais e
moldar o sistema político com suas próprias mãos" (Megatendências, Livros Abril-Círculo do Livro, 1982,
pp. 162-163).
 Com a atual CF a iniciativa popular passou a existir, também no Brasil, mediante os arts. 1º, parágrafo
único, 61, caput, e § 2º, que dispõem: "Art. 1º... Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 61. A
iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou, do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo
Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e
nos casos previstos nesta Constituição... § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à
Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional e
distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada
um deles".
 Veto popular: do latim vetare, proibir, impedir, o veto popular significa a rejeição, pelo povo, de uma
medida governamentaL. Pode ocorrer no plebiscito ou no referendo. No Brasil, o veto é prerrogativa dos
chefes do Poder Executivo, como o Presidente da República, que pode vetar, total ou parcialmente, os
projetos de lei aprovados pelo Legislativo (CF, arts. 66, §§ 1º e 2º, e 84, VI), embora, com amparo no Art.
14, as coletividades que não desejarem ser elevadas a município, possam vetar esta medida.
Recall: O termos recall significa revogar, reparar, anular, e é esta, verdadeiramente, sua finalidade, permitir
que o eleitorado possa destituir, em manifestação direta, um órgão público que tenha afrontado a confiança
do povo e a dignidade do cargo.
 Nem o Poder Judiciário escapa ao raio de ação do recall, adotado em doze Estados da Federação norte-
americana. Como assinala, oportunamente, Darcy Azambuja, se com o referendum o povo americano pode
inutilizar certas leis, contrárias ao interesse coletivo, e com a iniciativa popular pode obrigar o Legislativo a
fazer leis socialmente úteis, uma outra forma, arrojada e singular, de democracia semidireta lhe permite anular
a ação dos juízes, quando estes, alegando o vício de inconstitucionalidade, se negam aexecutar certas leis
oriundas da iniciativa popular. É o recall das decisões judiciárias.
 Quando um juiz se nega a aplicar uma lei, por julgá-la inconstitucional, a maioria dos eleitores pode anular
a decisão, declarar inconstitucional a lei e obrigar a sua aplicação. Isso se dá - prossegue Azambuja -
principalmente em relação à legislação social que, segundo muitos autores americanos - a magistratura eletiva
de vários Estados tem entravado, por imposição do capitalismo que a elege. É, sem dúvida - finaliza - uma
forma audaciosa e perigosa, mas a única arma que o povo americano encontrou para combater um perigo
muito maior - a elegibilidade dos juízes.
 Theodore Roosevelt foi, a partir de 1912, o pioneiro na invocação do recall quanto às decisões
judiciárias, sendo o instituto adotado, modernamente, nos Estados do Oregon e da Califórnia. Não se aplica,
em nenhuma hipótese, às decisões da Suprema Corte.
William Bennett Munro, citado por Wilson Accioli, in Teoria Geral do Estado, Rio de Janeiro, Forense,
1985, p. 321, caracteriza magistralmente o recall dos cargos eletivos, assim: "Comumente vinculado à
democracia semidireta está o recall. Ele pode ser definido como o direito de um determinado número de
eleitores solicitar destituição imediata de um governador ou de qualquer outro detentor de cargo eletivo, e
obter que seu pedido seja submetido aos eleitores para que estes possam decidir. Uma petição destetipo,
estabelecendo as razões indicadoras da ação pretendida, é redigida e posta em circulação para receber as
assinaturas; quando suficientes assinaturas (usualmente um número igual a cinco por cento do eleitorado
registrado) forem obtidas, a petição é submetida às próprias autoridades que, em razão disso, ordenam uma
eleição para decidir sobre a matéria. Se a maioria dos eleitores se pronuncia em favor do recall, o funcionário
é destituído imediatamente; do contrário, ele continua no cargo. Ao contrário do impeachment, que é um
procedimento semijudicial normalmente usado para livrar o governo de um funcionário culpado de
atoscriminosos, o recall é um instrumento político indicado para assegurar a mais rigorosa responsabilidade
funcional ao eleitorado. Permite ao povo destituir qualquer detentor de cargo público que deixou de atender
à sua confiança. Torna a responsablidade funcional permanente e direta. Por outro lado, o recall é um
instrumento que pode, de modo fácil, ser usado erradamente. Mas ele tem sido, de fato, muito pouco usado.
Desde sua introdução, em 1908, apenas um governador e uma meia dúzia de outros importantes funcionários
estatais foram destituídos, o que parecia indicar que é geralmente visto como uma arma a ser mantida de
reserva, mais para uma emergência do que para o uso mais intenso" (The Government of United States, New
York, The MacMillan Company, 1959, p. 672). Entretanto, assinala Darcy Azambuja, o recall tem obtido,
ultimamente, larga aplicação em alguns estados norte-americanos, sendo seus alvos os órgãos dos três
Poderes da União. Um percentual de 20 a 25% do total de eleitores de cada Estado requer que o órgão seja
submetido ao recall. O recalled pode apresentar-se à reeleição, juntando à cédula do voto sua defesa. Se
reeleito, os peticionários do recall devem reembolsar o acusado das despesas feitas com a eleição, para o
que, aliás, presta, previamente, caução.
 Mandato imperativo: o mandato imperativo é o vínculo jurídico que liga o representante do povo aos seus
próprios eleitores, de modo que estes, na forma da lei, podem rescindir, dissolver esta ligação, em caso de o
candidato eleito não estar correspondendo aos anseios do eleitorado. Surgido por volta do século IX, na
Espanha, o mandato imperativo teve seu apogeu na França, até 1601, quando apareceu na voragem do
absolutismo nascente. Com o surgimento da chamada democracia representativa, desfez-se, sob o impacto
da doutrina de Siéy_s, o vínculo jurídico existente entre representantes e representados, porque o "mandato"
político referir-se-ia a toda a nação, e não apenas ao corpo eleitoral e, em face disto, a responsabilidade dos
parlamentares apurar-se-ia tão-somente nos casos rigidamente instituídos pela constituição.
 Embora empregado a partir de então, o termo mandato não casa bem com democracia representativa.
Vejamos: a expressão mandato vem do latim mandatum, espécie de pacto que, como já vimos no estudo da
democracia representativa, reforçado pela vinculação jurídica, portanto obrigatória, entre mandante e
mandatário. Tem, evidentemente, natureza contratual, consensual, e não institucional, como ocorre no
mandato político, cuja denominação correta seria, investidura. Abolido violentamente pelo furor
revolucionário na França, o mandato imperativo vai, aos poucos, retornando à prática política, menos por
suas virtudes intrínsecas, do que pela inegável desmoralização da representação política cunhada pela liberal-
democracia.
 Adotado em várias Constituições socialistas, como a soviética (arts. 104 e 107), a tchecoslovaca (Art.
4º), a albanesa (Art.8º), e a cubana (Art. 83), começa a ter destaque junto a um número crescente de
publicistas brasileiros. Note-se que, pelo menos na ex-União Soviética, o mandato imperativo não constituiu
letra morta, como se poderia pensar. Entre 1965 e 1973, p. ex., os eleitores revogaram nada menos do que
4.000 mandatos de deputados, juntos aos sovietes locais. Entre 1959 e 1975, foram revogados 11
mandatos de deputados do Soviete Supremo e, em 1976, os eleitores do distrito eleitoral de Rustavi, na
República SocialistaSoviética da Geórgia, rescindiram o mandato de seu deputado no Soviete Supremo da
União Soviética.
 Eis, portanto, três espécies de democracia: a direta ou clássica, a representativa e a semidireta. Cada uma
delas buscou alcançar o ideal democrático. Descartada a primeira hipótese, qual seja, a da democracia
direta, por irrealizável no mundo moderno, restaria indagar qual a verdadeira essência do ideal democrático.
Guizot, primeiro-ministro de Luís Felipe, costumava dizer que a confusão está a se esconder numa palavra:
democracia.
Frederico II não fazia por menos e costumava resumir seu pensamento a esse respeito em poucas palavras:
tudo para o povo, nada pelo povo... Curiosa esta última posição: será a democracia o governo do povo ou,
como querem alguns, o controle do poder político pelo povo, em oposição a arche (governo)? Assegurar os
meios da permanente penetração dos governados nas decisões dos governantes, eis o grande desafio. Não
foi à toa que Jacques Maritain afirmou, com franqueza e pessimismo, que a tragédia das democracias
contemporâneas consiste em que elas não conseguiram, ainda, realizar o ideal democrático. Com efeito,
todos os Estados modernos se proclamam ardentemente democráticos, da mesma forma que todos os
políticos se proclamam honestos... Ora, a qualificação de um Estado como democrático não se acha
vinculada a nenhuma ideologia. Atualmente, é correntio ouvir falar em crise da democracia, quando o que
está realmente em crise é uma simples forma histórica da democracia, a liberal-democracia. Comete-se o
erro que, em lógica, consiste em tomar a parte pelo todo...
 Um recente estudo levado a efeito pela UNESCO, revelou a existência de, pelo menos, 250 definições de
Democracia, mas o sociólogo norte-americano Robert Dahl catalogou nada menos do que 500
conceituações! Uma coisa é certa: não pode haver Democracia onde não houver uma participação
permanente e consciente dos cidadãos organizados em povo político, exigindo dos governantes a melhor
orientação. Pela própria etimologia da palavra Democracia (demos = povo e kratos = poder), resta claro
que o termo não significa, propriamente, governo do povo (!), mas poder do povo, que os romanos, com
seu espírito pragmático, tão bem sintetizaram com esta elegante expressão: popularii potentia.
Infelizmente, a liberal-democracia, que nada mais é do que uma espécie entre as inúmeras que buscam
alcançar o ideal democrático, transformou-se, para muitos, em tabu. Crise da liberal-democracia é crise do
próprio ideal democrático, dizem seus porta-vozes...
 Num mundo em que as realidades palpáveis se fazem cada vez mais candentes, as abstrações do passado
vão, paulatina, mas inexoravelmente, perdendo terreno. Belas ficções, transformadas em dogmas da política,
começam a perder o encanto original. O súdito, o cidadão, o homem abstrato vão deixando o seu lugar para
um ser totalmente novo, o homem situado, que Georges Burdeau, com muita graça, descreve em seu
precioso opúsculo sobre a democracia. Então, o que vem a ser democracia? Democracia é o processo
político que autoriza a permanente participação, livre e consciente, direta ou indireta, da comunidade, nas
deliberações dos governantes. Bonavides, Paulo, Ciência Política, Rio de Janeiro, Forense, 1978; Ferreira
Filho, Manoel Gonçalves, A Democracia Possível, São Paulo, Saraiva, 1979; Ferreira Filho, Manoel
Gonçalves, Direito Constitucional Comparado, São Paulo, José Bushatsky-Universidade de São Paulo,
1974, v. 1º; Fustel de Coulanges, Numa Denis, A Cidade Antiga, São Paulo, Martins Fontes, 1981; Maisch,
R & Pohlhammer, Instituciones Griegas, Barcelona, Editorial Labor, 1931; Moncada, Cabral de, Problemas
de Filosofia Política, Coimbra, Armênio Amado, 1963; Platão, Obras Completas, Espanha, Aguilar, 1979;
Marcel, Politique d1Aristote, Paris, Presses Universitaires de France, 1950; Ruffia, Paolo Biscaretti di &
Reghizzi Gabriele Crespi, La Costituzione Sovietica del 1977, Milano, Giuffre, 1979; Salvetti Netto, Pedro,
Curso de Teoria do Estado, São Paulo, Saraiva, 1984, 6ª ed., Siéyes, Emmanuel-Joseph, Qu1est-ce que li
Tiers États, Gen_ve, Librairie Droz, 1970; Souza, José Pedro Galvão de, Conceito de Natureza da
Sociedade Política, São Paulo, 1949; Telles Jr., Goffredo, A Democracia e o Brasil, São Paulo, Revista dos
Tribunais, 1965; Mella, Vásquez de, Obras Completas, Barcelona, Casa Subirana, 1931.
obs.dji: Democracia; Defesa do Estado e das Instituições Democráticas; Direito Penal no Estado
Democrático de Direito; Instituições democráticas
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