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muito tempo a ler e a ver ou ouvir programas de notícias mas não se interessam por publicidade, destroem os direct mail de que são alvo e têm assistentes que lhes filtram as chamadas. A publicidade apresentada desta forma pode ser mais efectiva para este tipo de pessoas. Além disso, os profissionais de RP, sensíveis à opinião pública, podem aconselhar clientes e empresas sobre as implicações das actividades corporativas. Os especialistas de RP podem apresentar a empresa como bom cidadão através da gestão cuidada da reputação e da imagem. Podem planear o tratamento das crises, minimizando os efeitos negativos. Oferecem também mensagens mais flexíveis em comparação com a publicidade e as promoções de vendas devido ao facto de as leis respeitantes às press releases serem menos restritivas. As RP adicionam credibilidade porque as audiências alvo consideram que as notícias tendem a ser mais objectivas que as restantes comunicações de marketing (que são desenvolvidas, apresentadas e pagas por um sponsor). As RP são mais baratas que as restantes ferramentas. AS RP podem ter um grande impacto no conhecimento que o público tem da empresa / produto, a um custo mais reduzido que com a publicidade. A empresa não paga pelo espaço ou pelo tempo nos media. Em contrapartida, paga ao seu staff para desenvolver e fazer circular informação e gerir eventos. Se uma empresa desenvolve uma história interessante, esta pode ser "coberta" por vários media diferentes, tendo o mesmo efeito que com a publicidade, a um custo mais baixo. E terá mais credibilidade que a publicidade. Fraquezas das Relações Públicas As ações de Relações Públicas são geralmente muito eficazes para levar um tema para a mídia, mas pela natureza da própria imprensa, a decisão final do que será publicado é do veículo de comunicação. O RP ou assessor de imprensa tem como objetivo pautar assuntos na mídia, ou seja, despertar interesse para cobertura, mas não tem controle sobre a publicação. Seus resultados devem ser avaliados em médio e longo prazos e nunca em curtos períodos. Públicos das Relações Públicas Os públicos podem ser Internos e Externos Internos: são as pessoas com quem a organização comunica regularmente na rotina do trabalho, tais como empregados, investidores, fornecedores, negociantes e clientes regulares. Dentro dos públicos internos, os mais importantes são os funcionários. As comunicações internas podem ser descendentes, ascendentes e laterais. Nas comunicações descendentes, os gestores mantêm os funcionários informados sobre os programas e políticas da empresa. Os seus veículos são os jornais da empresa, os posters, filmes, cartazes e eventos. As comunicações ascendentes são menos desenvolvidas e os seus veículos são o feedback, as caixas de sugestões, os inquéritos, as reuniões de grupos e as jornadas de portas abertas. As comunicações laterais estão normalmente estruturadas nos departamentos, em pares as equipes comunicam entre si. Externos: são as pessoas com quem a empresa comunica mas de uma forma não regular nem próxima, tais como os vizinhos na comunidade local, entidades governamentais, grupos de interesses, os media e a comunidade financeira. Nas relações externas a principal preocupação são os media pois estes têm uma grande influência na opinião pública. A informação é disseminada através dos media como notícia ou história. Os consumidores também são uma grande fatia deste público. Chega-se a eles directamente através da publicidade e das vendas e indirectamente através da publicity. Outro público importante é o governo. Frequentemente, os interesses governamentais sobrepõem-se aos consumidores, particularmente aos grupos activistas. São necessários programas especiais para desenvolver relações positivas com os grupos activistas se a empresa está a trabalhar em áreas sensíveis que afectam a saúde pública, a segurança ou o ambiente. A comunidade financeira - investidores, accionistas e a imprensa financeira - são outro público importante. Os públicos podem ser primários, secundários e marginais: Diferenciam-se pelo maior ou menor grau de importância que possuem para a organização. Os públicos podem ser apoiantes, opositores e indiferentes: Os apoiantes são os que revelam uma atitude positiva face à organização, devendo exercer-se junto destes um esforço constante que vise reforçar as suas crenças; os opositores são aqueles cuja atitude é contrária à organização e portanto junto dos quais a comunicação a utilizar deve ser suficientemente persuasiva para mudar a sua opinião sobre a organização; finalmente os indiferentes são aqueles que reagem com indiferença em relação à organização devendo constituir um alvo importante a conquistar. Em Portugal A Associação de Relações Públicas de Portugal é o organismo responsável por representar a profissão em Portugal. No Brasil O primeiro Departamento de Relações Públicas, com essa denominação, criado no Brasil surgiu em 30 de janeiro de 1914. Pertencia à "Light" (The Light and Power Co. Ltda.), companhia canadense estabelecida no Brasil e concessionária da iluminação pública e do transporte coletivo da cidade de São Paulo (SP). A direção desse Departamento de Relações Públicas foi entregue ao engenheiro Eduardo Pinheiro Lobo. A Lei nº 7.197, de 14 junho de 1984, concedeu-lhe o título de pioneiro das Relações Públicas no Brasil, e estabeleceu o aniversário de seu nascimento, dia 2 de dezembro, como o Dia Nacional das Relações Públicas. Em 21 de julho de 1954, na sede do Instituto de Organização Racional do trabalho (IDORT), também em São Paulo, foi fundada a Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP), por 27 estudiosos e praticantes de Relações Públicas. Sua primeira diretoria foi a seguinte: presidente, Hugo Barbieri; vice-presidente, Ubirajara Martins; secretário geral, Mey Nunes de Souza; primeiro-secretário, Álvaro Roberto Mendes Gonçalves; primeiro tesoureiro, Jonas Snyder; segundo tesoureiro, Nelson Ramos Nóbrega; conselho consultivo: Murilo Mendes, Anibal Bonfim e Ignácio Penteado da Silva Telles. O primeiro curso universitário foi criado em 16 de junho de 1966, na Escola de Comunicação e Cultura da Universidade de São Paulo, que, em 1969, passou a se chamar Escola de Comunicação e Artes (ECA-USP). A partir de 11 de dezembro de 1967, a profissão passou a ser regulamentada no país pela Lei nº 5377 (regulamentada pelo Decreto nº 63.283, de 26 de setembro de 1968). Novos trabalhos foram sendo desenvolvidos para organizar a efetivação da legislação. Foi estabelecido então o Sistema CONFERP, formado pelo Conselho Federal e pelos Conselhos Regionais de Relações Públicas. Sua criação ocorreu em 11 de setembro de 1969, pelo Decreto-Lei nº 860, e sua regulamentação aconteceu em 4 de maio de 1971, pelo Decreto nº 68.582/71. Definiu-se, desta forma, que somente podem exercer a profissão no Brasil os indivíduos formados em curso superior de Relações Públicas (ou equivalente no exterior, com o diploma devidamente reconhecido no Brasil) e que estejam registrados em seu respectivo Conselho Regional. Em 1972, o CONFERP (Conselho Federal de Relações Públicas) aprovou o Código de Ética, regulando o comportamento a ser obedecido pelos que exercem a profissão, enfatizando o respeito aos princípios da “Declaração Universal dos Direitos do Homem” e o compromisso com a verdade e com a manutenção do diálogo e da livre circulação de informações. Reconhecimento da Profissão no Brasil Desde a regulamentação da profissão no Brasil, em 1967, muitas atividades foram realizadas por diversas instituições, entre entidades representativas de classe, universidades, grupos autônomos e profissionais da área de RP no sentido do reconhecimento do seu papel e de sua potencialidade em diversos setores da sociedade. Sendo uma profissão relativamente recente no país, uma das primeiras iniciativas nesse sentido foi a campanha "Relações Públicas. O profissional no lugar certo", do ano de 1982. Ela foi divulgada pela ABRP-DF (Associação Brasileira de Relações Públicas