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Doenças mieloproliferativas

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Ana Victoria Soares 2021.2 
 
Ana Victoria Soares 2021.2 
 
DOENÇAS MIELOPROLIFERATIVAS CRÔNICAS: LMC 
 
LMC: 
As doenças mieloproliferativas são divididas em quatro: 
Clássicas: 
- Leucemia mieloide crônica 
-Policitemia Vera 
- Trombocitemia Essencial 
- Mielofibrose 
Todas elas são marcadas pela proliferação clonal de 
células mielóides maduras. Proliferação clonal é 
quando surge um clone de células. Uma célula mãe teve 
uma mutação que conferiu a ela vantagens sobre as 
outras: ela se prolifera e come a citocina de todo mundo 
e essa célula mãe doente vai dar origem a todos os 
clones dela doentes também. 
 
Policitemia Vera: 
Policitemia: aumento série vermelha 
Vera: verdadeira 
O problema é na medula 
Existe o aumento da massa eritrocitária 
Toda vez que estiver diante de uma Policitemia: 
questionar se a causa é primária (diretamente na MO) 
ou secundária (o organismo está produzindo mais 
hemácias como mecanismo de respostas a uma 
hipoxemia crônica) 
Descartar causas secundárias: Epo 
A eritropoietina é um hormônio produzido nos rins, se 
existe por exemplo um shunt cardíaco – comunicação 
entre o lado direito e esquerdo do coração, ele tem uma 
quantidade menor de O2 porque ele está sendo 
misturado. O organismo tenta compensar isso 
produzindo mais células sanguíneas a partir da 
produção de eritropoietina pra avisar a medula. 
 
Na Policitemia Vera, o problema está na medula. Surge 
um clone doente, essas células maduras doentes 
começam a se proliferar, o organismo percebe que a 
massa eritrocitária aumentou e sinaliza o rim a produzir 
menos eritropoietina na tentativa de controlar essa 
proliferação desordenada da massa vermelha. 
A Epo sérica tem especificidade de 98% pra descartar se 
é primária ou secundária. 
Se a eritropoietina tiver alta no paciente com Policitemia 
vera, significa que é uma Policitemia secundária. Se a 
Policitemia tiver baixa, significa que o problema está na 
medula. 
 
Epidemiologia: doença mediana, mais comum em 
pacientes com 60 anos. 
 
Manifestações clínicas: 
Pletora facial 
Prurido – principalmente após banho de água quente 
Eritromegalia: se tem tanta célula vermelha que se acumulam 
nos pequenos vasos e formam trombos, fazendo com que as 
extremidades fiquem dolorosas e vermelhas. 
Eventos Tromboembólicos: apresentação de trombose em 
locais que não são comuns sem histórico prévio de tromboses. 
OBS: Trombose abdominal = obrigatório descartar que esse 
paciente não tenha mieloproliferativa 
Cefaleia, turvação visual, saciedade precoce. 
Quando aumenta a viscosidade sanguínea, a capacidade de 
coagulação fica prejudicada já que os fatores de coagulação 
não conseguem funcionar direito. Então, da mesma forma que 
esse paciente possui risco aumentado de trombose, ele 
também tem o risco aumentado de sangramento. 
 
 
Trombocitenia Essencial: 
1/3 das Mp BCR/ABL NEGATIVO 
Aumento das plaquetas 
Epidemiologia: doença mediana, 60 anos de idade. 
Trombocitose: pacientes apresentam 800 mil plaquetas, 1 
milhão de plaquetas... No nosos meio, o paciente que 
apresneta plaquetas aumentadas a causa mais comum não vai 
ser a trombocitemua essencial. No nosso meio as duas causas 
mais comuns de trombocitose são INFLAMAÇÃO – duarante 
processos inflamatórios a plaqueta sobe e ANEMIA 
FERROPRIVA 
Leucocitose incomum, mas pode ter o aumento das 3 células 
 
Manifestações clínicas: 
50% assintomáticos 
História de trombose ou hemorragia – dvW adquirida 
A palqueta funciona como uma superficie pra que o fator de 
Willebrand consiga se grudar e iniciar a agregação 
plaquetária. A fase inicial da coagulaçao sanguinea que é o 
tromboplquetário é necessario plaquetas e fator de von 
willebrand, que é uma glicoproteina produzida no endotelio 
e megacariocitos (células que dão origem as plaquetas). 
Na trombocitemia essencial se tem uma enorme quantidade 
de plaquetas circulando que conseguem aderir todo o fator de 
von willebrand que e produzido. 
Pacientes com uma quantidade muito aumentada de 
plaquetas podem desenvolver sangramentos por consumo do 
fator de Von willebrand, o que é conhecido como doença de 
von wileebrand adquirida (dvW) ou seja, a pessoa nasceu 
normal, sem nenhum disturbio de coagulação mas devido ao 
aumento das plquetas e consequentemente do consumo 
exacerbado desse fator, possui o dvW. 
 
Hb >18.5 ou Ht > 56% em homens 
Hb>16,5 ou Ht > 50& em mulheres 
Isso é igual a POLICITEMIA. 
 
 
Ana Victoria Soares 2021.2 
 
Ana Victoria Soares 2021.2 
 
Sintomas de viscosidade: vasomotores – cefaleia, vertigem, 
eritromegalia, turvação visual, úlceras cutâneas, convulsões. 
Esplenomegalia moderada: 48% 
 
Mielofibrose: 
Mais grave e menos frequente. 
Epidemilogia: mediana. 67 anos. 
Apresentam queda das três células: anemia, plaquetopenia e 
leucopenia 
Anemia: 59% Hb <10, 20% Hb <8. 
Na fase inicial da mielofibrose pode-se ter a fase 
hiperproliferativa, que é marcada por leucocitose e plaquetose 
– mas isso não se sustenta por muito tempo. Com o passar do 
tempo, essas células tronco morrem e dão origem a fibras de 
reticulina, fazendo com que a medula seja substituída por 
tecido fibrótico, parando de produzir células na medula. 
Leucoeritroblastose: hematopoiese extramedular – 
teoricamente qualquer órgão do corpo está preparado para 
produzir sangue na ausência de uma medula. Então se tem 
produção de sangue no baço, fígado, pericárdio, pleuras... só 
que esse sangue não é bem feito, não se tem a maturação 
adequada. Então, ocorre a leucoeitroblastose – descrição de 
células imaturas circulando no sangue: eritroblasto, 
mieloblasto... 
 
Apresentação clínica: 
Evolução para leucemia aguda: terminal 
Esplenomegalia de grande monta: 90% 
Hepatomegalia: 40-70% 
Astenia: 70% 
Febre, dor óssea, sudorese noturna: 20% 
Citopenias 
Trombose 
 
Leucemia Mieloide Crônica 
Produção aumentada e proliferação descontrolada de 
granulócitos maduros 
Diferenciação quase normal – apesar da leucócitose 
Primeira doença hematológica em que se descobriu alteração 
genética 
Transolação 9:22 t(9;22) 
 
Por um motivo ainda inespecífico há uma mutação nas células 
da linhagem mieloide da medula. O cromossomo 9 tem 
normalmente o gente abl e o cromossomo 22 tem 
normalmente o gene bcr. 
Nos progenitores mieloides há uma quebra dos genes e nasce 
o cromossomo filadelfia bcr-abl que passa a se proliferar 
desordenadamente, fazendo com que a célula não obedeça 
mais a mecanismos de apoptose e sem obedecer interações 
com matriz extracelular alterada. 
A depender do local onde houve a quebra e fusão do gene, 
pode ter um gene mais leve ou mais pesado. 
Pesado: P210 
Leve: P190 
Na leucemia mieloide crônica o P será 210. 
Teste mais indicado: RT-PCR grande marcador da LMC. 
 
Epidemiologia: 15-20% das leucemias em adultos 
Mediana: 50 anos 
Exposição a radiação ionizante – único fator de risco. 
 
Quadro clínico e Achados laboratoriais: 
20-50% assintomáticos 
Fadiga, perda ponderal, sudorese 
Esplenomegalia, dor em HE 
Anemia, leucocitose >100.000, plaquetose 
Sangramentos 
Leucocitose 
Desvio escalonado a esquerda: aumento de células imaturas 
mas elas seguem a hierarquia da medula – ter menos imaturas 
e mais maduras circulantes. Na LMC se tem o desvio a 
esquerda mas ele não é escalonado, se tem mior quantidade 
de mielocito do que meta e neutrófilo, que são células mais 
maduras. 
Maior quantidade de mielócito do que metamielócito e de 
neutrófilos – hiato leucêmico: se tem uma pausa na produção 
normal 
Basofilia e eosinofilia 
Plaquetas normais ou plaquetose 
 
Apresentação trifásica: 
Fase crônica: 85% ao diagnóstico 
Fase acelerada 
Fase blástica 
Inicialmente se inicia com a fase crônica, em seguida as células 
começas a se acumular muito e ter inúmeras mutações, 
entrando então na fase acelerada – célula muito mais doente e 
com maior numero de mutação, chega um momento em que 
as mutações são tão graves que as células deixam de ser 
maduras e começam a produzir apenas blastos, marcando a 
fase blástica da doença 
 
85% dos pacientesvão estar na fase crônica, fase indolente que 
ainda responde bem ao controle de medicamentos. 
Fase acelerada: o grande marcador são blastos circulantes, a 
doença é mais agressiva, mais difícil de controlar com 
medicações, além de poder ter um paciente que evoluiu pra 
leucemia mieloide aguda 
 
Classificação: 
Quando o paciente está na fase acelerada, ele tem 10 a 19% de 
blastos. 
Se ele tiver mais de 20% de blastos ou mais, considera fase 
aguda. 
Fase blástica: 
A célula pode entrar em um estágio de doença tão avançado 
que ela pode evoluir pra uma leucemia linfoide aguda. 
Antes dos ITK: 3 a 5 anos 
Pelo menos 20% de blastos Sp ou MO 
Focos de blastos na MO ou extramedulares 
 
Diagnóstico: 
Cariótipo 
RT-PCR: P210 BCR-ABL do sangue periférico 
Ana Victoria Soares 2021.2 
 
Ana Victoria Soares 2021.2 
 
Biópsia de medula óssea: coloca uma agulha calibrosa, 
perfura a crista ilíaca quebrando um pedaço do osso desse 
paciente para maior avaliação completa de medula. 
 
Tratamento: 
Hidroxiuréia até confimar o diagnóstico: 20-40mg/kg/dia 
Sintomas sistêmicos, esplanomegalia, grandes leucocitoses: 
acima de 100x10’9. A hidroxiureia age na medula óssea na 
tentadiva de reduzir a proliferação descontrolada 
Inibidores de tirosino-quinase – BCR-ABL é uma mutação, ele 
vai impedir que manifeste a doença: terapia alvo. 
Imatinibe – 1 geração 
Terapia alvo 
Resposta hematológica, citogenética e molecular 
A primeira resposta é no hemograma, em segundo o 
cromossomo filadelfia desaparece do cariótipo e por último 
desaparece o gene BCR-ABL no PCR.

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