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1 Atividade Teórico Prática – Farmacodinâmica 1) A figura abaixo mostra curvas doses respostas de um fármaco A antes (curva A) e após administrações crescentes de um segundo fármaco B (curvas B, C, D e E) . Explique o gráfico com base nos conceitos de farmacodinâmica. A cada administração de fármaco B ocorre a diminuição da potência do fármaco A (nas duas primeiras inclusões). A partir da terceira administração ocorre a diminuição da potência juntamente com a diminuição da eficácia de forma gradativa. 2) A figura abaixo mostra curvas dose-resposta de três fármacos em duas preparações de tecidos distintos. Explique o gráfico com base nos conceitos de farmacodinâmica. 2 O primeiro gráfico faz relação com a dosagem dos fármacos e sua eficiência. O segundo gráfico nos mostra que apesar de possuírem a mesma eficácia, a potência pode ser diferente. No caso, a potência de A é maior que a de B, que é maior que a de C. 3) Observe o registro hipotético abaixo e classifique A, B, C, D e E como agonistas ou antagonistas totais ou parciais, justificando os efeitos observados. Discuta a possível atividade em um ou mais receptores. A: agonista do receptor aumento b: agonista não seletivo dos receptores de aumento e diminuição C: agonista do receptor de diminuição d: antagonista de aumento e: antagonista de aumento e diminuição A A A B B B C C C C D Tempo (min) PA (mmHg) D D E 3 4) Por que o fato de um fármaco ter baixo índice terapêutico significa que o médico deve ter maior cuidado na sua administração? Dê um exemplo de fármaco e exemplifique os riscos associados. Precisa ter maior cuidado, pois fármacos com baixos índices terapêuticos, possuem concentrações terapêuticas próximos ao da concentração toxica. quanto maior o IT menor a probabilidade de intoxicação, quanto menor, maior a probabilidade. Farmacos que possuem o IT menor, possuem uma janela terapêutica mais estreita. Logo, é preciso efetuar uma estreita monitorização dos níveis plasmáticos do fármaco para manter uma dose efetiva, sem ultrapassar o nível passível de provocar toxicidade. Um exemplo de fármaco com baixo IT é a heparina. A dose de heparina capaz de provocar sangramento significativo em um paciente é, com freqüência, menos de duas vezes a dose necessária para obter um efeito terapêutico 5) Vários derivados alquila do trimetilamônio estimulam, todos eles, os receptores muscarínicos da acetil-colina, causando contração muscular do intestino, auxiliando no peristaltismo do trato gastrintestinal. Abaixo registram-se as curvas de dose-resposta a partir da utilização dos diferentes derivados alquila do trimetilamônio. Observando e analisando o gráfico a seguir, discuta a atividade desses derivados nos receptores muscarínicos de acetil-colina, bem como explique, com base nos preceitos da farmacodinâmica, se esses medicamentos tem efeitos agonistas ou antagonista, especificando sua atividade parcial, integral (total), competitiva ou agonista-competiva-mista. Os derivados butil e hexil trimetilamônio são antagonistas integrais. Os antagonistas que produzem somente uma resposta parcial, como os derivados de heptila e octila, são classificados como 4 agonistas parciais. É possível observar que as curvas de dose-respostas dos agonistas formam um platô em valores menores daqueles dos agonitas integrais. A acetilcolina (ACh) atua como agonista integral nesse sistema. Cada agonista vai atuar de acordo com a ligação do mesmo sítio no receptor muscarínico de acetil- colina. É possível observar também que o butil trimetilmônio não é apenas mais potente do que os derivados na produção de uma maior resposta máxima. Sendo assim, o butil TMA é um agonista integral no receptor muscarínico de acetil-colina, enquanto o derivado octila é um agonista parcial nesse mesmo receptor. Como os agonistas parciais e os agonistas integrais ligam-se ao mesmo sítio no receptor, o agonista parcial pode reduzir a resposta produzida. Levando em consideração o que foi dito acima, o agonista parcial pode atuar como antagonista competitivo. Sendo assim, os agonistas parciais são denominados antagonistas parciais ou agonistas-antagonistas mistos. 6) Observe o gráfico abaixo e interprete as curvas A e B, utilizando os princípios da farmacodinâmica. Levando em consideração que A representa a curva de efeito-resposta de um agonista endógeno comum, a curva B poderia representar, farmacodinamicamente, que situação? A: Agonista total B: Agonista parcial Se associarmos um agonista total com um parcial, a resposta tente a reduzir, pois a medida que o agonista parcial começa a ocupar os receptores presentes no tecido, ocorre uma redução de receptores livres pro agonista total produzir seus efeitos. Por exemplo: tem uma droga que se liga a 20% dos receptores para produzir 100% de efeito máximo. Se os restantes forem preenchidos, teremos uma inibição na resposta. 5 7) Maria Josefina,menina muito curiosa, aproveitou seu longo final de semana para acampar com seus amigos da escola. Todos foram muito felizes e contentes para o bosque fechado próximo da cidade. O bosque era muito verde, florido e colorido, encantando muito Maria Josefina e seus amigos. No final da tarde, Magali e Eduarda, suas amigas mais próximas, a levaram para longe do grupo. Como Maria Josefina é traquina, logo aceitou passear longe do acampamento. Maria se deparou com um lindíssimo cogumelo vermelho rutilante com bolinhas brancas, e achou aquilo a coisa mais linda, não demorou muito, mordeu um generoso pedaço. Magali observa ansiosamente, querendo também uma mordida. Não demorou muito, Maria Josefina começou a passar mal: suas pupilas diminuíram (miose), começou a lacrimejar, sua visão à distância se tornou precária, iniciou coriza, salivação, cólicas intestinais e alteração de comportamento. Magali se assustou, chegou próximo da amiga e notou que Maria Josefina tinha o coração batendo lentamente (bradicardia) e seu pulso estava lento, Magali logo notou que Josefina estava em hipotensão e envenenada. Magali começou a gritar desesperadamente por Eduarda, que tinha ficado mais atrás colhendo frutos e sementes das mais variadas árvores dali. Eduarda, neta de uma famosa curandeira e cultivadora de hortaliças e filha de mãe botânica, veio às carreiras socorrer as duas amigas. Como a melhor aluna de biologia e aspirante à farmacêutica desde muito pequenininha, Eduarda logo pensou na melhor solução para o envenenamento pelo cogumelo: tinha que encontrar na beira do lago uma plantinha que sua avó sempre colhia para manter no estoque de emergências, a beladona. Explique, com base nos seus conhecimentos da farmacodinâmica, por que Maria Josefina teve estes sintomas. Explique também qual o fundamento no raciocínio de Eduarda. Ela está certa? Será que utilizando a beladona, ela vai conseguir ajudar sua amiga? Vocês são quem me dirão o final dessa estória! Segundo os sintomas, a ingestão do comugelo induziu um aumento da resposta do sistema nervoso parassimpático, diminuindo a resposta fisiológica. O uso da beladona é capaz de estabilizar os efeitos do cogumelo por posssuir atropina, um alcaloide com propiedades antimuscarínicas que age através da oposição aos efeitos da acetilcolina, principal mediador químico do sistema nervoso parassimpático e, consequentemente, aos efeitos do sistema nervoso parassimpático. 8) No mesmo dia de toda esses eventos inesperados na aventura de Maria Josefina, sua avó, dona Josefa, resolveu utilizar em suas hortaliças um produto que seu Chico, seu vizinho, lhe vendeu. Seu Chico disse que aquele inseticida organofosforado era “milagreiro”, que praga nenhuma podia com aquele veneno poderoso.Dona Josefa logo se empolgou, queria ver sua hortinha muito verde, queria prosperar. E foi dessa maneira que ela utilizou às pressas aquele inseticida, jogou em todas as plantações. Porém depois de horas trabalhando ali, aspirando aquele inseticida, dona Josefa começou a se sentir muito mal: miose, dificuldade de visão à distância, lacrimejamento, coriza, salivação, cólicas intestinais, incontinência urinária, bradicardia, hipotensão arterial, alteração de comportamento. Explique, com base 6 na farmacodinâmica, por que dona Josefa teve esses sintomas? O que vocês fariam para reverter esse quadro e dar um final feliz para essa estória? O organofosfato é caracterizado como um anticolinesterástico, vai atuar na inibição da ação enzimática acetilcolinesterase, que é responsável pela hidrolização da acetilcolina. A inibição enzimática é o principal meio de mecanismo de ação dos organofosfatos. Os alvos primordiais da ação tóxica são a acetilcolinesterase, especificamente nas sinapses químicas e em membranas dos eritrócitos. Para reverter o quadro da dona Josefa, deve ser feito o uso de atropina, antídoto sintomático, que irão reativar as colinesterases. 9) A prazosina, a terazosina e doxazosina são fármacos utilizados alternativamente no tratamento da hipertensão arterial. Horácio, como sempre muito estudioso e esforçado, quis testar as ações farmacodinâmicas desses fármacos, pois sua avó estava sofrendo muito com a hipertensão, e Horácio queria uma alternativa de tratamento mais particular e seletiva. Horácio, sempre inteligente, sabia que os vasos de menor calibre apresentam receptores chamados alfa-1 adrenérgicos, e também sabia que quando esses receptores tinham seus sítios ligados à noradrenalina, o cálcio intracelular aumentava e as células musculares lisas contraíam, diminuindo a luz do vasos, aumentando a resistência periférica e a pressão arterial. Logo, Horácio notou que as arteríolas e vênulas dos camundongos dilataram após o uso da prazosina. Horácio concluiu que aquele fármaco diminuiu a pressão arterial e notou a diminuição do cálcio intracelular. Sabendo que os receptores alfa-1 adrenérgicos são receptores metabotrópicos (receptores acoplados à proteína Gq) pós-sinápticos da terminação nervosa simpática, explique, em nível molecular, a rota realizada na célula muscular lisa que leva ao aumento do cálcio intracelular, e a partir deste esquema justifique por que a prazosina é vasodilatadora e qual seu mecanismo de ação. O agonista se liga ao receptor, e ao complexo ligante, fazendo ligação com a proteína Gq que ativa a fosfolipase, desse modo a fosfolilase degrada os fosfolipideps de membrana produzindo os segundos mensageiros de ácido glicerol e triofostao de inoxitiol que abre e canais de cálcio, bloqueando os receptores alfa 1 adrenérgicos causando vaso dilatação a resistência vascular periférica diminuindo a pressão arterial. 10) Horácio, em outro experimento, estudou a ação farmacológica da teofilina, um anti- asmático. Horácio, desde cedo sofreu de asma e desejava imensamente descobrir algo para controlar sua doença. Horácio descobriu que a teofilina é um tratamento alternativo para a asma, pois seu uso auxilia no relaxamento da musculatura brônquica, permeabilizando as vias áreas e facilitando na respiração. Horácio, muito “nerd”, leu no seu livro de farmacologia que o pulmão é repleto de receptores beta-2 adrenérgicos, que quando estimulados pela noradrenalina levam à bronquiodilatação, pois quando esse receptor é ativado há um aumento do cAMP e a ativação de proteínas específicas que levam ao 7 relaxamento da musculatura lisa brônquica. Horácio pensou o seguinte com seus botões: “Se o aumento de cAMP leva ao relaxamento muscular, eu quero um fármaco que impeça que minhas moléculas de cAMP sejam degradadas, pois assim haverá o maior relaxamento muscular! Eu quero uma fosfodiesterase! A teofilina é uma fosfodiestarase! Eureca, eureca!”. Agora, explique o mecanismo de sinalização normal dos receptores beta-2 adrenérgicos e a ação farmacológica da teofilina neste sistema. A função dos receptores ß no pulmão é regulada por vários mecanismos que afetam o controle do tônus da musculatura lisa peribrônquica e outras importantes respostas da asma. O mecanismo pelo qual a ativação dos receptores β-adrenérgicos promove relaxamento é feito através da ativação e abertura de canais de K+, permitindo o seu efluxo para o meio extracelular, que, por sua vez, provoca redução no potencial de membrana, gerando a hiperpolarização da célula. Isso resulta em fechamento dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem. O fechamento dos canais de Ca2+ pela hiperpolarização da membrana provoca redução do complexo Ca2+ e da fosforilação da cadeia leve de miosina, acarretando resposta relaxante. Os mecanismos regulatórios podem ser desencadeados por vários estímulos, incluindo a exposição aos ß-agonistas. Os ß2-agonistas são substâncias broncodilatadoras que ativam diretamente os receptores ß2 que são expressos abundantemente nas células do músculo liso das vias aéreas. A ligação dos ß2-agonistas aos ß-receptores causa a ativação da proteína estimuladora G,. O acoplamento dos ß2-agonistas ocorre com os elementos transmembrana da terceira, quinta e sexta alças extracelulares do receptor. O relaxamento muscular é determinado pelo AMPc através da ativação da enzima proteína quinase (PK) dependente de AMPc (quinase-A). Esta enzima é normalmente mantida inativa em um complexo com outra proteína; a ligação ao AMPc força uma mudança conformacional que libera a enzima ativa. A teofilina relaxa o músculo liso das vias aéreas brônquicas e vasos sanguíneos pulmonares e reduz a capacidade de resposta das vias aéreas a histamina, metacolina, adenosina e alérgeno. Ela inibe competitivamente fosfodiesterase tipo III e tipo IV, a enzima responsável pela quebra do AMP cíclico em células de músculo liso, resultando possivelmente na broncodilatação. 8 Interações Medicamentosas Farmacocinéticas Explique os possíveis mecanismos de interações farmacocinéticas nas situações abaixo propondo a correção da terapia farmacológica ou explicando o porquê da associação das drogas. Você precisará determinar a utilidade clínica individual de cada fármaco e ilustrar possíveis manifestações clínicas em decorrência de tal interação. Caso 1: Drogas: Warfarina e fenilbutazona Interação Farmacocinética - DISTRIBUIÇÃO por competição por ligação a proteínas plasmáticas. Solução: alterar os períodos de dosagens dos medicamentos para diminuir as interações entre fármacos e nutrientes. Caso o paciente tenha uma hemorragia, deve ser feito um reajuste da dosagem de anticoagulante ou ser administrada a Vitamina K pois esta irá inibir o sangramento. Caso 2: Droga: Cimetidina e Benzodiazepínicos Interação Farmacocinética - Biotransformação por inibição enzimática. A cimetidina interfere na absorção e no metabolismo de algumas substâncias, retardando-as. Aumenta, também, ação e reações adversas da benzodiazepina, no caso a cimetidina que é um inibidor das referidas isoenzimas, pode originar uma sedação aumentada e prolongada. Substratos que sejam moduladores de CYP3A e/ou de CYP2C19 podem potencialmente alterar a farmacocinética do diazepam. Solução: Modificar a administração dos sedativos. Caso 3: Droga: Omeprazol e clopidrogrel Os IBPs (inibidores de bomba de prótons) são pró-fármacos que exigem a ativação em ambiente ácido, porém são fármacos que só realizam sua ação quando absorvidos pelo sangue e transportadospara o interior das células parietais. O omeprazol é um dos principais representantes desta classe, fármacos muito utilizados na terapia de distúrbios relacionados à acidez gástrica, como as úlceras peptídicas, dispepsias e doenças do refluxo gastroesofágico 9 (DRGE), onde o mecanismo de ação dos IBPs se baseiam na redução da acidez gástrica por bloqueio da bomba de prótons (H+ /K+ ATPase) na superfície das células parietais gástricas, inibindo a secreção de ácido para o lúmen estomacal (ARAÚJO, 2017). O Clopidogrel é um pró-fármaco, que é bem absorvido pelo intestino, mas permanece farmacologicamente inerte até ser ativado no fígado através do sistema do citocromo P450 (CYP). É uma alternativa no tratamento antitrombótico, associado ao AAS como na TAD para prevenir a formação de trombos na obstrução de artérias e consequente IAM, sendo um derivado da 22 tienopiridina, que atua como antagonista específico de P2Y12 na membrana das plaquetas, inibindo assim a ativação plaquetária (WÜRTZ; GROVE, 2015). A interação do omeprazol e do clopidogrel se dá em nível metabólico, onde ambos os fármacos se utilizam das enzimas do CYP450 para seu metabolismo. O clopidrogel tem que ser convertido para sua forma ativa para que tenha seu efeito antiagregante plaquetário, essa conversão depende de uma via de oxidação CYP2C19. O omeprazol inibe A CYP logo, se o omeprazol inibe a CYP, eles não podem ser usados ao mesmo tempo, uma vez que o clopidrogel não é convertido para sua forma ativa, logo ele não ter seu efeito antiagregante plaquetário. Caso 4: Droga: Penicilina G e probenecida A penicilina G (ou benzilpenicilina potássica) é um antibiótico da família das penicilinas, do grupo dos beta-lactâmicos e é utilizada para combater infecções bacterianas como sífilis, amigdalites, febre reumática, dentre outros. Atua por inibição da biossíntese do mucopeptídeo da parede celular e sua administração é por via intramuscular e deve ser ministrada apenas contra bactérias muito sensíveis a este antibiótico, visto que não consegue atingir níveis elevados no sangue e nem combater bactérias com alto grau de resistência. Figura 1: fórmula estrutural da penicilina G (ou benzilpenicilina) A Probenecida é um dos principais agentes uricosúricos, sendo um derivado lipossolúvel do ácido benzóico que inibe a reabsorção de urato (sais e esteres do ácido úrico) no túbulo contorcido proximal, aumentando assim a sua eliminação. Este remédio é utilizado no tratamento de gota crônica ou artrite gotosa, condições causadas pelo excesso de ácido úrico no sangue, sendo 10 utilizada também para prevenir ou tratar outros problemas médicos causados pelo mesmo distúrbio. O mecanismo de ação da probenecida inibe a reabsorção tubular de urato, aumentando, assim, a excreção urinária de ácido úrico e a diminuição dos níveis de ácido úrico no soro. Figura 2: fórmula estrutural da probenecida A probenecida pode inibir a excreção renal da penicilina, através da secreção tubular, prolongando seu efeito. Após interagirem, pode ocasionar certa competição pelos sítios de transporte de excreção, dessa forma, a probenecida pode bloquear a excreção renal da penicilina G, pois compete pelo mesmo sistema de transporte tubular, podendo produzir efeitos tóxicos. A probenecida é por vezes utilizada para potencializar os efeitos da penicilina G, aumentando seu efeito medicamentoso e inibindo sua excreção. Caso 5: Droga: etinilestradiol e rifampicina O etinilestradiol é um estrogênio bioativo administrado por via oral. Os níveis séricos máximos de 54 a 100 pg/mL são alcançados em 1 a 2 horas. É rapidamente absorvido devido a inibição do metabolismo hepático de primeira passagem no intestino e fígado. O etinilestradiol é metabolizado extensivamente, resultando em biodisponibilidade oral média de aproximadamente 45%, com ampla variação interindividual de cerca de 20 a 65%. Liga-se a alta e inespecificamente à albumina sérica (aproximadamente 98%) e induz aumento das concentrações séricas de SHBG. A Rifampicina apresenta um grande número de interações medicamentosas. O fármaco é um potente indutor do sistema citocromo P450 (CYP450), incluindo as subfamílias CYP3A e CYP2C, que representam mais de 80% das isoenzimas da CYP450. Por esse motivo, sua administração resulta em diminuição do tempo de meia vida para uma série de compostos que são metabolizados total ou parcialmente por estes CYPs. Além disso, a rifampicina também induz a UDP-glicuronil transferase, outra enzima implicada no metabolismo de diversos medicamentos que podem ter seus níveis plasmáticos reduzidos quando administrados concomitantemente. A possibilidade das interações medicamentosas com a rifampicina requer uma anamnese terapêutica rigorosa em relação aos medicamentos em uso sempre que for prescrita. A interação etinilestradiol e rifampicina é por biotransformação através a indução enzimática. A rifampicina diminuirá o nível ou efeito do etinilestradiol ao afetar o metabolismo da 11 enzima hepática / intestinal CYP3A4, (MEDSCAPE) diminuindo a sua biodisponibilidade. A eficácia dos anticoncepcionais hormonais pode ser reduzida. Recomenda-se o uso de um anticoncepcional não hormonal (MEDSCAPE). Referências Bibliográficas ARAÚJO, E. G. M. Riscos e benefícios do uso prolongado de Omeprazol. Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017. WÜRTZ, M. e GROVE, E. L. Proton Pump Inhibitors in Cardiovascular Disease: Drug Interactions with Antiplatelet Drugs. Adv Exp Med Biol - Advances in Internal Medicine, 2015. PINHEIRO, PEDRO. Benzentacil (penicilina benzatina), bula simplificada. Revista MD. Saúde. Disponível em <https://www.mdsaude.com/bulas/penicilina-benzatina/> Acesso em 02 de Setembro de 2021. MELO, VIVIANNE VIEIRA, et al. Guia de antimicrobianos. Coordenação de farmácia. Hospital das Clínicas. 1ª edição, 57f. Goiânia. 2012. Disponível em <https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1415789307Guia_de_Antimicrobianos_do_HC- UFG.pdf> Acesso em 02 de Setembro de 2021. OLIVEIRA, D. S. Interação medicamentosa parte I. Caderno de Farmácia, v. 2, n. 1, p. 3-20, 1986. Disponível em <https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1339872233CdF_v2_n1_p03_20_1986.pdf> Acesso em 03 de Setembro de 2021. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres / Ministério da Saúde, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília. Ministério da Saúde, 2016. 230 p. : il. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/protocolo_saude_mulher.pdf 2. Medical Eligibility Criteria for Contraceptive Use. 5th edition. Geneva: World Health Organization; 2015. II, Using the recommendations. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK321153/ 3. Arbex MA, Varella MCL, Siqueira HR, Mello FAF. Drogas antituberculose: interações medicamentosas, efeitos adversos e utilização em situações especiais - parte 1: fármacos de primeira linha. J. bras. pneumol. [Internet]. 2010 Oct [cited 2017 Nov 10] ; 36( 5 ): 626-640. 12 Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806- 37132010000500016&lng=pt. http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132010000500016 MEDSCAPE [site online]. Disponível em: < https://reference.medscape.com/drug- interactionchecker>.
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