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Prof. Robério A. Siqueira CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO CURSO : ENGENHARIA DE PETRÓLEO E GÁS AULA 5 – BOMBAS PROF. MSc. ROBÉRIO ALVES SIQUEIRA Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS São máquinas hidráulicas que conferem energia ao fluido com a finalidade de transportá-lo de um ponto para o outro obedecendo às condições do processo. Elas recebem energia de uma fonte motora qualquer e cedem parte desta energia ao fluido sob forma de energia de pressão, cinética ou ambas. Isto é, elas aumentam a pressão do fluido, a velocidade ou ambas as grandezas. As bombas são equipamentos que: Conferem energia ao líquido para transferência; Energia de pressão e de velocidade; Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS Quando se deseja que o fluido escoe de um ponto de menor energia mecânica para um de maior energia, ou o saldo de energia não é suficiente para o escoamento na vazão desejada, faz-se necessário a instalação de um equipamento ao longo do escoamento, de modo a suprir a energia mecânica adicional, e também a energia dissipada por atrito. Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS SISTEMA DE BOMBEAMENTO Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS Egípcios 3000 anos antes de Cristo já construiam sistemas hidraulicos. HISTÓRICO Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS Persas Arquimedes - os primeiros princípios da hidrostática Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS Savery, Newcomen e Cawley no século XVII, utilizaram o vapor d'água como força motriz no acionamento das bombas de pistão, porém a eficiência dessas máquinas era baixa. Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS A Norma API 610 - "CENTRIFUGAL PUMPS FOR PETROLEUM, HEAVY DUTY CHEMICAL, AND GÁS INDUSTRY SERVICES“ (BOMBAS CENTRÍFUGAS PARA PETRÓLEO, TRABALHO QUÍMICO PESADO E SERVIÇOS NA INDÚSTRIA DE GÁS), estabelece os requisitos mínimos para as bombas centrífugas nos aspectos de projeto básico dos componentes mecânicos, acessórios, testes e parâmetros de aceitação. A última edição desta norma (API 610 – 9a EDIÇÃO), datada de janeiro de 2003, traz alterações bastantes significativas em relação às edições anteriores. Uma das principais refere-se aos selos mecânicos que passaram a ter o tratamento de um equipamento, regido por uma norma específica (API682). Normas ANSI e Hydraulic Institute. NORMAS Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS O escoamento pode ser classificado em: Laminar ou turbulento Laminar - Filetes líquidos paralelos entre si (velocidade são invariáveis; Turbulento – Irregularidade no caminho, valor e orientação da velocidade; Permanente ou Transitório Permanente – As propriedades em cada ponto não variam com o tempo, podendo variar de um ponto ao outro; Transitório – As propriedades variam com o tempo; Uniforme ou Não-Uniforme Uniforme – A velocidade é a mesma em magnitude e direção em cada ponto do espaço em um instante qualquer; Não-Uniforme – A velocidade varia em magnitude e direção; Incompressível ou Compressível Incompressível – Não há variação de volume no sistema e a massa específica é uma constante; Compressível – Há variação de volume no sistema; Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS Bombas centrífugas (Turbo Bombas); Quanto ao tipo e forma do rotor: Radiais – Direção do fluido perpendicular ao eixo de rotação; De Fluxo Misto - Direção do fluido inclinada ao eixo de rotação; De Fluxo Axial - Direção do fluido paralela ao eixo de rotação. Quanto à sua configuração mecânica: Rotor em balanço – Monobloco e não monoblocos; Rotor entre mancais – Simples e multi-estágios; Tipo turbinas (verticais) – Bombas de poços profundos, tipo barril. Bombas Volumétricas ou de Deslocamento Positivo; De Êmbolo ou Alternativas; Rotativas; Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS As turbo bombas são caracterizadas por possuírem uma peça rotativa chamada rotor (ou impelidor), que tem como finalidade fornecer aceleração à massa líquida para que esta adquira energia cinética. Ele poder ser: Prof. Robério A. Siqueira São aquelas em que a energia fornecida ao líquido é primordialmente do tipo cinética, sendo posteriormente convertida em grande parte em energia de pressão. Representam a grande maioria das bombas utilizadas nas indústrias. A - Sucção (Baixa P, Baixa V) B - Centro do rotor (Baixa P, Baixa V) C - Aletas do rotor (Incremento P, Alta V) D - Voluta (Alta P, Baixa V) E - Descarga (Alta P, Alta V) BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS O vácuo parcial criado no bocal de sucção da bomba (ponto A) faz com que o fluido atinja o olho do impelidor (ponto B). O movimento de rotação do impelidor, pela ação da força centrífuga, expulsa o fluido através de suas pás (C) acelerando-o na direção da rotação. Ao deixar o impelidor, o fluido tem a velocidade tangencial da extremidade das pás. Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS Este fluido em alta velocidade, ao atingir a carcaça (D), que pode ser do tipo voluta ou difusor, passará de uma região de pequena área, existente entre carcaça e impelidor, para uma região de maior área (E). Sua velocidade então irá reduzir-se transformando-se em pressão. Nessa condição irá deixar a bomba através do bocal de descarga. Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS 1 - Sucção 2 - Rotor 3 - Descarga 4 - Caixa de Selagem 5 - Eixo 6 - Selo Mecânico 7 - Sobreposta 8 - Mancais Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS Rotor é o componente que transforma a energia de rotação em energia de velocidade e energia de pressão. Pode ser radial, semi-axial ou axial. Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS Quanto ao tipo de construção, o rotor pode ser classificado como fechado, semi-aberto ou aberto. Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS A carcaça é o componente responsável pela contenção do fluido bombeado. Provê oportunidade para conversão da energia cinética do fluido em energia de pressão. Encontramos os seguintes tipos: Simples espiral, Dupla espiral, Circular e Mista. Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS ROTOR COLAR Trava de Centralização Parafuso da Trava de Centralização SOBREPOSTA DO SELO Anel de Retenção Estator Molas Inserto Parafuso de Fixação Parafuso de Ajuste Anéis “O” Luva do Selo Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO As bombas de deslocamento positivo apresentam uma ou mais câmaras que comunicam a energia de pressão ao fluido, provocando o seu escoamento. Desta forma, proporcionam as condições necessárias para que se realize o escoamento na tubulação de aspiração e na de recalque. Este tipo de bomba pode ser classificada em alternativas e rotativas, e para cada classificação há diversos tipos de bombas. Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO ALTERNATIVAS Aplicações: - bombeamento de água de alimentação de caldeiras, óleos e de lamas, - imprimem as pressões mais elevadas dentre as bombas, - pequena capacidade, podem ser usadas para vazões moderadas. Vantagens: - podem operar com líquidos voláteis e muito viscosos capaz de produzir pressão muito alta. Desvantagens: - produz fluxo pulsante; - capacidade; - opera com baixa velocidade; - necessita de mais manutenção; Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO Pistão ou êmbolo Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO DIAFRAGMA Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO ROTATIVAS Resulta em escoamento contínuo. O rotor da bomba provoca uma pressão reduzida no lado da entrada, o que possibilita a admissão do líquido à bomba, pelo efeito da pressão externa. À medida que o elemento gira, o líquido fica retido entre os componentes do rotor e a carcaça da bomba. O líquido bombeado é empurrado pelos dentes das engrenagens. A vazão é proporcional ao volume entre os dentes e à velocidade das engrenagens. Uma das engrenagens é movimentada por um motor. Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO Características: - Utilizadas principalmente nas indústrias farmacêuticas, de alimentos e de petróleo. - Eficientes para fluidos viscosos, graxas e tintas; - Operam em faixas moderadas de pressão; - Capacidade pequena e média; Utilizadas para medir "volumes líquidos". Tipos: - Engrenagens; - atuada externamente ( as 2 engrenagens giram em sentidos opostos); - atuada internamente ( só um rotor motriz ); - Rotores lobulares: bastante usada em alimentos; - Parafusos helicoidais ( maiores pressões); - Palhetas: fluidos pouco viscosos e lubrificantes; - Peristáltica: pequenas vazões, permite transporte asséptico. Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO Sucção Descarga Engrenagens Sucção Descarga Lóbulos Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS VIDEOS Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS - COMPARAÇÃO VOLUMÉTRICAS • A vazão depende apenas da rotação e independe do sistema • Movimento do líquido e movimento órgão impulsionador iguais • Transmissão de energia de pressão • Presença de ar não prejudica partida TURBO BOMBAS • A vazão depende da rotação, pressão de descarga e características de projeto • Movimento do líquido e movimento órgão impulsionador diferentes • Transmissão de energia de velocidade e pressão • Presença de ar prejudica partida Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS - COMPARAÇÃO Vantagens das Turbo bombas: • São acionadas por motores elétricos ou turbinas ; • Trabalham em regime permanente • Apresentam flexibilidade operacional devido às modificações que podem ser feitas para que se adaptem às novas condições: restrição de válvula na descarga, mudança do impelidor, variação de velocidade • Requerem menor manutenção do que as bombas alternativas • Cobrem ampla faixa de vazões • Apresentam relação de custo favorável Desvantagens das Turbo bombas: • Baixa eficiência para vazões muito baixas e diferenciais de pressão muito altos • Baixa eficiência para altas viscosidades • Redução da sua capacidade pelos gases dissolvidos no líquido • Erosão acelerada causada pelos sólidos em suspensão • Inadequada quando se deseja vazão constante, independente de alterações no sistema Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS ESQUEMA Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS Toda bomba centrífuga requer uma pressão mínima na sucção para o seu bom funcionamento. Caso esta pressão seja muito baixa, o líquido vaporiza. As bolhas de vapor assim formadas são conduzidas pelo fluxo do líquido até atingir pressões mais elevadas (normalmente na região do rotor) onde então ocorre a implosão (colapso) destas bolhas, com a condensação do vapor e o retorno ao estado líquido. Este fenômeno é a cavitação. CAVITAÇÃO Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS Altura Manométrica – Head Capacity - Altura manométrica total em metros (ou pés) de coluna desenvolvida para várias vazões. Eficiência - Efficiency - Relação entre a potência entregue pelo fluido bombeado e enviada pela bomba a várias vazões. BEP - Best Eficiency Point - Ponto de melhor eficiência, ponto onde a altura manométrica operacional coincide com a máxima eficiência. BHP - Brake Horse Power - Potência requerida a várias vazões baseada na densidade específica de 1,0 (água). NPSH - Net Positive Suction Head - energia requerida para superar as perdas por fricção na sucção da bomba até a abertura para as aletas do rotor. Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS Prof. Robério A. Siqueira BIBLIOGRAFIA Bombas Industriais – Edson Ezequiel de Matos e Reinaldo de Falco Mecânica das Bombas – Epaminondas Pio Correia Lima www.sulzer.com.br www.omel.com.br www.bomax.com.br www.wilden.com Cameron Hydraulic Data - Flowserve Manual de Treinamento – Manutenção – KSB Equipamentos Rotativos Bombas - João batista, 2006 Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS Prof. Robério A. Siqueira BOMBAS CENTRIFUGAS
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