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Estudo Dirigido Neuro

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Universidade Federal da Paraíba/ CCS Curso de Fisioterapia
Disc.: FISIOPATOLOGIA CLÍNICA DO SISTEMA NERVOSO
Profs.: Isolda Torquato
Estudante: Letícia Lorena Melo de Brito Freire Mat.: 20180140570 
Data: 18	/10/2021 Período: 2021.2 1
ESTUDO DIRIGIDO
1- Qual o conceito de tumores cerebrais? Classifique-os e explique cada um deles.
A presença de crescimento de células anormais, seja no cérebro ou nas meninges, determina o aparecimento de um tumor cerebral, que pode ser benigno ou maligno. Dentre os principais tipos de tumores cerebrais, destacam-se o meningioma (quando o tumor está localizado nas meninges), glioblastoma (quando o tumor atinge as células da glia), astrocitoma (tumor primário, que atinge as células responsáveis pela sustentação dos neurônios), meduloblastoma (tumor que afeta o cerebelo), adenoma de hipófise (tumor que acomete a adeno-hipófise e reproduz efeitos sistêmicos) e ependimomas (tumor derivado das células ependimárias, responsáveis pelo revestimento do tubo neural).
2- Explique as manifestações clínicas dos tumores cerebrais e a formas de diagnóstico.
Quanto às manifestações clínicas, há aumento da pressão intracraniana, provocando quadros de cefaleia, disfunção cerebral focal e degeneração do estado mental do paciente, além da possibilidade da ocorrência de crises epiléticas generalizadas, herniação, disfunção cortical bilateral difusa ou do tronco encefálico e meningite.
3- Explique a fisiopatologia clínica da ataxia cerebelar e os sintomas clínicos das disfunções cerebelares.
A ataxia cerebelar ocorre como consequência de uma expansão de trinucleotídeos CAG, no cromossomo 12, no locus 12q23-24.1. Dessa forma, haverá o comprometimento da decodificação da proteína ataxina-2, que se expressa em todas as células do organismo, sobretudo nas células de Purkinje do cerebelo e da substância negra. Assim, a presença desses fatores pode provocar a atrofia cerebelar, com perda das células de Purkinje e granulares, neurônios da substância negra, neurônios olivares, células do corno anterior da medula espinhal do córtex cerebral. Quando se trata dos sintomas clínicos das disfunções cerebelares, destacam-se o comprometimento da coordenação ao realizar movimentos, perda de equilíbrio, disfagia, tremores anormais, disartria, dificuldade para escrever, presença de movimentos oculares irregulares e outros.
4- Cite os pares cranianos, explique suas funções e as manifestações clínicas de cada um deles, em caso de lesões.
- I par (nervo olfatório): A função desse par é a olfação, em caso de lesão, pode haver a anosmia (perda da olfação), hiposmia (redução da olfação), hiperosmia (aumento da olfação), cacosmia (sensação distorcida do olfato) ou parosmia (perversão do olfato).
- II par (nervo óptico): Esse par está responsável pela visão, em caso de lesão, o paciente pode desenvolver significativa diminuição da acuidade visual, defeito pupilar aferente, distorção quanto às cores e outros.
- III par (nervo oculomotor): A função desse par craniano é permitir a movimentação dos músculos extrínsecos do bulbo ocular (músculo reto superior, inferior e medial, músculo oblíquo inferior, músculo levantador da pálpebra superior, músculo esfíncter da pupila e músculo ciliar), em casos de lesão, pode haver paralisia oculomotora completa.
- IV par (nervo troclear): Realiza a movimentação do músculo oblíquo superior, quando há lesão, o paciente refere fraqueza do músculo oblíquo superior, provocando diplopia vertical.
- V par (nervo trigêmeo): Está relacionado com a sensibilidade geral de toda a face e dos 2/3 anteriores da língua, e ainda da maior parte da dura-máter craniana, além de ser responsável pela motricidade dos músculos da mastigação, uma lesão desse nervo provoca neuralgia, isquemia do tronco cerebral e neoplasia infratentoriais,
- VI par (nervo abducente): Responsável pela movimentação do músculo reto lateral, em caso de lesão, pode haver comprometimento do controle de movimento horizontal do olho.
- VII par (nervo facial): Apresenta função sensitiva por inervar as glândulas salivares, sensorial ao inervar os 2/3 anteriores da língua (o que garante a gustação) e motora pela inervação dos músculos da mímica facial, como consequência de uma lesão nesse nervo, pode ocorrer fraqueza dos músculos da face, diminuição da lacrimação, perda da sensação dos sabores na porção anterior da língua e hiperacusia. 
- VIII par (nervo vestibulococlear): Responsável pelo equilíbrio (parte vestibular) e audição (parte coclear), em caso de lesão, o paciente pode referir zumbido, vertigem e perda auditiva.
- IX par (nervo glossofaríngeo): Confere a inervação sensitiva especial e geral do 1/3 posterior da língua, além de inervar a faringe e suas estruturas, quando há lesão desse nervo, o paciente apresenta disfagia, tosse e outros.
- X par (nervo vago): Inerva as vísceras e partes da laringe e da faringe, além de realizar a inervação parassimpática dos órgãos, em casos de lesão, há disfagia, alterações parassimpáticas no tórax e abdome, além de significativa fraqueza nas cordas vocais.
- XI par (nervo acessório): Apresenta função motora ao inervar alguns músculos próximos ao ombro e função sensitiva especial ao auxiliar o nervo vago a inervar algumas vísceras, quando há lesão o paciente refere paresia ou fraqueza do músculo ECOM e do trapézio.
- XII par (nervo hipoglosso): Tem como função realizar a movimentação da língua, a lesão desse nervo provoca fraqueza unilateral da musculatura da língua e, consequentemente, protrusão da língua.

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