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Ortopedia e Traumatologia – Bloco 2 Vitória Martins Castro Feitosa Fraturas diafisárias do fêmur e da tíbia O importante é saber a classificação AO, que quanto mais grave a fatura maior a energia do trauma e que o tratamento padrão ouro são as hastes intra- medulares. Além disso, é importante lembrar que pode usar as placas também, pois pode ter tanto esta- bilidade absoluta como estabilidade relativa, então, todo aquele conceito de formação de calo ósseo, de consolidação primária e secundária pode atribuir. No adulto, algumas fraturas da tíbia podem ser tratadas de maneira conservadora, dependendo da angulação daquela fatura, mas atualmente são mais tratadas ci- rurgicamente. As fraturas do fêmur normalmente têm tratamento cirúrgico, exceto em fatura de traços sim- ples e completa, que pode ter uma abordagem conser- vadora. Fratura do colo do fêmur Responsáveis por 20% das cirurgias de um ser- viço de trauma, abrangem praticamente metade das fraturas do quadril. O risco de fratura de colo do fêmur durante a vida é maior nas mulheres (cerca de 40 a 50%) e de 13 a 22% nos homens. 15% das fraturas são sem desvio e, na maioria das vezes, são fraturas desviadas (85%), principal- mente naquelas mulheres idosas em que a osteopo- rose está prevalente. O tratamento de escolha geralmente é artro- plastia total do quadril (ATQ). Nessa imagem do colo do fêmur, é possível observar que há uma angulação do colo femoral (ângulo colo-diáfise), que é em torno de 130 a 135°. Quanto mais varo esse colo do fêmur, maior risco de fraturas. Ou seja, quanto maior a largura do colo femoral, maior risco de fratura. OBS.: o colo largo significa alto grau de osteoporose naquele osso, então ele é mais desgastado e tem mais risco de fraturar. Vascularização do colo e da cabeça do fêmur Tem três fontes de vascularização: • Vasos capsulares: presentes principalmente no adulto, são ramos da femoral profunda (que forma as circunflexas medial e lateral). → Anel articular arterial extracapsular de Chong. → Penetram a cápsula – passam a ser chama- dos retinaculares, dos quais o principal é o retinacular lateral (ramo da circunflexa me- dial). → Anel arterial subsinovial. → Um paciente que tem problema nesses va- sos, tem a circulação interrompida para a cabeça do fêmur, por isso normalmente o tratamento é mais agressivo (artroplastia de quadril), pois aquela área pode ter so- frido necrose avascular devido ao tempo sem fluxo sanguíneo, com morte daquela cabeça. Então, é necessário substituir por um material metálico (prótese). • Vasos intramedulares. • Ligamento redondo: ramo da artéria obturató- ria – contribuição secundária. Existem três pedículos para irrigação sanguínea da cabeça do fêmur. Os mais importantes são: • Pedículo póstero-superior: da artéria circun- flexa femoral MEDIAL, que se ramifica na face posterior do colo, suprindo os três quartos su- periores. • Pedículo inferior: artéria circunflexa femoral LATERAL, cujos ramos são ascendentes, locali- zando-se na face anterior do colo, de modo a irrigar o terço inferior. Essa é uma figura ilustrativa mostrando a irri- gação sanguínea da cabeça e do colo femoral. Nela en- contramos a artéria foveal, o ligamento redondo, arté- ria femoral, artéria circunflexa femoral medial (dá os ramos ascendentes extracapsulares que vão formar os ramos intracapsulares). Então, quando tem uma fratura do colo do fêmur, toda essa irrigação sanguí- nea, que é uma irrigação retrógrada para cabeça do fê- mur, vai perder fluxo sanguíneo, levando, na maioria das vezes, à necrose avascular da cabeça do fêmur. Por isso, o adulto jovem que tem fratura do colo do fêmur, deve ser tratado de maneira urgente, já que a partir de 24 horas o risco de necrose da cabeça femoral aumenta consideravelmente. Epidemiologia Mostram-se de maneira bimodal, os grupos mais acometidos são idosos acima de 60 anos e são as mulheres – aqueles pacientes que sofrem trauma de baixa energia. E, em um grupo reduzido (3 a 5%), são homens jovens que sofrem trauma de alta energia, como acidentes automobilísticos, quedas de altura. Importante destacar que mulheres brancas são mais acometidas, porque são mais suscetíveis a osteo- porose. O risco de nova fratura do quadril em dois anos é 10% de mulheres e 5% em homens. Pacientes com fratura de colo são pacientes mais ativos e mais novos, quando comparados aos pa- cientes com fraturas transtrocantéricas, os quais são mais idosos, mais propensos a não sair de casa, mais dependente de terceiros e com perda óssea mais grave e generalizada. Fatores de risco • Pacientes emagrecidos – IMC baixo (<18,5). • Baixa exposição ao sol. • Baixo nível de atividade. • Pacientes tabagistas • Pacientes que possuem fraturas osteoporóti- cas prévias, como as fraturas do rádio distal. • Mãe que com história de fratura do quadril. • CDC. • Risco de queda (fraqueza, claudicação, dese- quilíbrio, labirintite, uso de medicação contro- lada como benzodiazepínicos, baixa acuidade visual, diabéticos). Osteoporose Está presente em 84% dos casos e isso vai do- brar o risco de fratura do quadril. Outras doenças que podem estar presentes nesses pacientes são a osteo- distrofia renal e a osteomalácia. OBS.: lembrar que os etilistas crônicos tem um grau elevado de osteoporose. Exame físico Fraturas desviadas • Clínica e RX evidentes. • Impotência funcional (cadeira de rodas/maca). • Dor à mobilização. • Deformidade em rotação externa e encurta- mento do membro. • Investigar punho e ombro – avaliar se tem fra- tura concomitante. • Realizaram uma tentativa de defesa de queda. Fraturas sem desvio • Alguns conseguem deambular claudicando (mancando). • Dor na virilha ou no lado medial do joelho. • RX pode ser normal. • Pode não haver história de trauma – nesse caso investiga com TC, cintilografia ou RNM. Diagnóstico por imagem Solicita radiografias em AP da pelve, de prefe- rência em rotação interna. Sempre compara os dois quadris e avalia a congruência de Singh, que são as li- nhas que encontramos na parte do fêmur proximal e do colo femoral. No RX lateral e transversal a mesa, faz uma ava- liação ortogonal daquele fêmur proximal. OBS.: a radiografia pode ser normal em 2% dos casos. Pode fazer uma cintilografia para avaliar se tem uma fratura do colo do fêmur, a tomografia computa- dorizada e a ressonância magnética (principal hoje) também. Classificações OBS.: utiliza mais Garden. Garden Avalia o grau de desvio da fatura e as trabécu- las da cabeça femoral e acetábulo. • I: incompleta sem desvio ou impactada em valgo, linha de fratura não alcança o córtex me- dial → perde alinhamento das trabéculas da cabeça com acetábulo mínima. • II: completa sem desvio, sem nenhuma evidên- cia de impactação ou alteração no ângulo tra- beculado. • III: completa e deslocada, mantem certa conti- nuidade entre os fragmentos, mas perde o ali- nhamento das trabéculas. • IV: total dissociação entre cabeça e colo, a ca- beça tende a realinhar com o acetábulo e as trabéculas parecem paralelas, mas o colo é en- curtado → já parte para a artroplastia do fê- mur. Pauwels Tratamento Como já foi visto, são fraturas desviadas em 85% dos casos, 97% dos pacientes tem mais de 60 anos. Portanto, o tratamento é cirúrgico, raras exce- ções que tratam de forma conservadora. Os riscos de necrose avascular e pseudoartrose diminuem com redução e fixação em até 6h. O adiamento por mais de 48h é fator preditivo de mortalidade um ano após a intervenção. Por isso, idosos têm relativa urgência e o procedimento deve ser feito em até 48h. Fratura sem desvio Conservador: O paciente vai usar muletas, pode mobilizar. Podem desviar em 19-46% e tem 2x mais risco de pseudoartrose que no cirúrgico. As indicações são limitadas: cardíaco, psiquiá- trico, IRC, malignidade disseminada ou escolha do pa- ciente/família. Cirúrgico: Utiliza a fixaçãointerna, normalmente com 3 parafusos canulados. No pós-operatório, já pode me- xer o quadril e realizar carga conforme a dor. A consolidação ocorre em até 90% dos casos e a necrose avascular chega a 22,5%. Essa é uma imagem em AP e perfil que mostra o tratamento cirúrgico com 3 parafusos canulados de uma fratura do colo do fêmur. É o método da pirâmide invertida, que é usado também em adultos jovens. OBS.: lembre que deve iniciar o tratamento de forma urgente. Fratura com desvio Deve realizar redução e fixação interna de ma- neira gentil. Não pode fazer de forma brusca para evi- tar danos à vascularização. As próteses podem ser parciais (unipolar e bi- polar) ou totais. OBS.: perceba que a cabeça na unipolar não é articu- lada, diferente da bipolar, que é articulada (encontra movimentos, evitando o desgaste do acetábulo). Essa é uma prótese total, onde realiza a osteotomia do acetábulo e a nova cabeça é arti- culada no novo acetábulo. É um método utilizado em pacientes mais jovens (o tempo de sobrevida é bem maior), com maior independên- cia: sem déficit cognitivo, AR ou outra doença no acetábulo. Fratura transtrocantérica Toda fratura que esti- ver na transição entre o colo e a diáfise do fêmur é uma fra- tura transtrocantérica. Nor- malmente, o traço de fratura dela vai do trocanter maior para o trocanter menor. São fraturas extracapsulares, reduzindo o risco de pseudartrose. Epidemiologia Entre 9 e 10 fraturas, os pacientes vão ter mais de 65 anos, e 3 em 4 os pacientes são mulheres. Ou seja, é uma fatura prevalente em mulheres acima de 65 anos e a maioria dessas mulheres vão ser brancas magras e idosas. Em 50% dos casos, vão apresentar os- teoporose. OBS.: essa prevalência em mulheres também pode ser relacionada à menopausa. Uma mulher com meno- pausa precoce tem osteoporose precocemente (pode ser causada também pelo uso crônico de corticoides, tabagismo, etilismo crônico). Mas, normalmente, a mulher começa a ter osteoporose de 10 a 15 anos após a menopausa, o que dá exatamente por volta dos 65 anos. É o tipo de fratura mais operado e que mais causa morte. Então, quando comparamos as fraturas trans- trocantéricas com fraturas do colo do fêmur, os paci- entes são biologicamente mais velhos, com níveis mais baixos de hemoglobina, menor capacidade de locomo- ção, maior número de comorbidades, maior depen- dência de terceiros e mais fraturas osteoporóticas (co- luna, úmero proximal e rádio distal). Mecanismo de lesão Em adultos jovens, pode ser ocasionada por trauma de alta energia, como acidente automobilístico e as quedas de altura. Já no idoso, com predomínio em mulheres, uma simples queda de nível (da própria al- tura). Lesões associadas mais frequentes Nas fraturas de baixa energia, também podem acontecer as fraturas do rádio distal e úmero proximal, além do trauma crânio encefálico (TCE). Por isso, deve avaliar bem esse paciente ao chegar na urgência. Nos pacientes idosos, pode ter TCE, fratura de pelve e trauma da extremidade ipsilateral. Sinais e sintomas São bem evidentes: • Membro inferior em rotação externa (mais que as do colo, pois elas são extracapsulares) e en- curtado. • Dor e incapacidade funcional → impossibili- dade de ficar em pé ou de deambular. OBS.: existem fraturas sem desvio/impactadas, em que pode conseguir deambular, mas é raro. Radiografias Ap de quadril Pode fazer sob tração, a fim de avaliar a perso- nalidade da fratura. Faz em 15° de rotação interna. Perfil de quadril Para avaliar a cominuição posterior. Ap de pelve Para avaliar o lado contralateral. Ap e perfil do fêmur Busca um traço diafisário ou até fratura de fê- mur distal. Tratamento conservador É o tratamento mais indicado, com raras exce- ções. A principal indicação vai ser o paciente não de- ambulador, que pode ser por sequela de AVC, elevado risco cirúrgico (pacientes car- díacos que não pode se sub- meter a uma anestesia mais severa). Tratamento cirúrgico Tem uma estabilidade relativa, pode usar como métodos o tutor interno (in- tramedular ou extramedular), a re- dução é indireta (normalmente faz em uma mesa de tração) e os im- plantes que podem ser utilizados são os parafusos deslizantes (placa DHS) ou as hastes cefalomedular (PFN). Nessa imagem, há um implante, que é um tutor extramedular. Esse parafuso é um pino deslizante, que vai dar estabilidade relativa nessa região trocantérica. A angulação da placa é de 135°, que é a mesma do colo do fêmur. O parafuso deve estar a 10mm da cortical su- perior da cabeça do fêmur. Aqui é mostrando uma haste cefalomedular, com um tutor intramedular. O para- fuso da haste, que é um para- fuso de bloqueio, deve ficar na mesma angulação da placa DHS. Complicações • Pseudoartrose (apesar de não ser comum). • Infecção (como todo tratamento cirúrgico). • Deformidade rotacional (quando não faz a re- dução correta no pré-operatório/transopera- tório) • Osteoartrose do quadril. Anatomia do joelho e da patela Nessa imagem, tem um tendão do quadríceps inserido na patela e o tendão patelar, formando o apa- relho extensor do joelho. Além disso, os meniscos la- teral e medial, a tíbia e a fíbula. Fraturas da patela Mecanismo de lesão Direto É aquele trauma direto sobre a patela → paci- ente que normalmente cai ajoelhado, ocasionando fra- turas complexas da patela. Indireto É o mais comum, é secundário a uma contração excêntrica forçada do joelho em posição semiflexio- nada → pacientes que vão ter uma fratura transversal da patela. Diretos e indiretos Combinados Podem estar presentes nas quedas de grandes alturas. Avaliação clínica OBS.: principalmente naquelas fraturas transversas da patela, onde teve ruptura dos retináculos tanto medial quanto lateral e o polo superior da patela vau ser tra- cionado pelo quadríceps. Então, vai ter aquela falha entre o polo proximal e distal. Avaliação radiológica OBS.: identificar principalmente aquelas fraturas de traço vertical. OBS.: também para planejar seu tratamento cirúrgico. Na esquerda, é uma radiografia em AP do joe- lho, na qual não consegue fazer um estudo perfeito da patela. Já na direita, é uma imagem em perfil, onde dá pra estudar bem a patela. Observe que o polo proximal e o polo distal estão desviados entre eles, necessi- tando de tratamento cirúrgico. Nessa imagem, é uma uma radiografia axial da patela, na qual observa-se um traço vertical de fratura. Aqui tem mais um exemplo uma radiografia em AP e perfil do joelho. Evidencia uma fratura transversa da patela e normalmente esses pacientes tem perda e movimentação do aparelho extensor, necessitando de tratamento cirúrgico (foi feito com banda de tensão – estabilidade absoluta com fios kirschner e fios de amarrilho – transformar uma força em flexão em ten- são). Classificação São classificadas de maneira descritiva em: • Aberta (exposta) ou fechada. • Sem desvio ou com desvio. • Padrão: estrelada, cominutiva, transversa, ver- tical, polar. • Osteocondral – da margem da patela. Tratamento Conservador Indicado em fraturas que não tem desvio ou com desvio mínimo (abaixo de 1 ou 2 mm). Requer mecanismo extensor intacto (tem que conseguir realizar a flexo-extensão do joelho ativamente) → gesso circular ou imobilizador de joe- lho por 4-6 semanas. Cirúrgico Deve realizar a redução aberta e a fixação in- terna, com o método de fixação banda de tensão, que vai ter cerclagem circunferencial com fio de amarrilha. A ruptura retinacular deve ser reparada no momento da cirurgia – deve realizar suturas dos retináculos me- diais e laterais do joelho. Nessa imagem mostra uma banda de tensão com esses fios de kirschner e faz a amarrilha com fio de amarrilha. Depois da redução, vai transformar uma força de distração em uma força de tensão – princípio de estabilidade absoluta. Complicações Muitasdas complicações estão relacionadas ao material de síntese que é utilizado, pela patela ser um osso muito superficial. Fraturas do platô tibial Anatomia Assim, o platô lateral é mais susceptível ao trauma e, consequentemente, é o mais fraturado. O menisco da parte lateral é menor que o da medial. Mecanismo de lesão Avaliação clínica Deve sempre realizar o exame de neurovascu- lar, especialmente nos traumatismos de alta energia. Avaliar se aquele paciente não tem uma lesão de arté- ria poplítea, que está próxima e intima aos platôs tibi- ais. A hematose vai ocorrer com frequência e o jo- elho vai estar muito edemaciado e doloroso. Lesões associadas OBS.: inicialmente, é muito difícil identificar uma lesão ligamentar, pois o paciente tem muita dor nesse mo- mento. Avaliação radiológica A irrigação da patela também é de maneira retrógrada, assim como a cabeça do fêmur. É uma radio- grafia em AP do joe- lho, onde tem uma fratura do platô ti- bial lateral com um cisalhamento (afas- tamento) daquele platô tibial. Evidencia nesse caso um afundamento do platô lateral com cisalhamento mínimo. Na tomografia (C e D), é possível ver que o grau de lesão, a gravidade da lesão, é bem mais evidente, o que não dá pra enxergar na radiografia simples. Classificação de Schatzker • I: cisalhamento do platô lateral. • II: cisalhamento e depressão do platô lateral. • III: apenas o afundamento desse platô lateral → são mais estáveis, com tratamento cirúrgico mais simples e rápido. • IV: depressão articular pura do platô medial. • V: fratura bicondilar dos dois platôs. • VI: dissociação metafisoepifisária da tíbia pro- ximal → se traçar uma linha articular em dire- ção à diáfise, não consegue chegar na região metafisodiafisária sem passar pelo traço de fra- tura. OBS.: os tipos IV, V e VI envolvem o platô medial, ou seja, são traumas de maior energia. Tratamento Conservador Raramente pode ser usado, mas é indicado em fraturas sem desvio ou com pequeno desvio e pacien- tes com osteoporose acentuada. Faz a mobilização precoce do joelho com um brace articulado → não deixa o joelho imobilizado por muito tempo para evitar rigidez articular. Cirúrgico Depende do grau de classificação de Schatzker: • I-IV: usa principalmente o parafuso percutâneo e pode usar uma placa de apoio lateral e para- fusos. • V e VI: placas e parafusos; e nas fraturas pós- tero-mediais, usa uma placa de suporte. Complicações Fraturas do fêmur distal Anatomia Mecanismo de lesão Avaliação clínica Avaliação radiológica Classificação É feita de forma descritiva anatômica. Classificação ao É 33 (3 de fêmur e 3 de distal). Pode ser: Atenção! Em paciente politraumatizado, faz uso de fi- xador externo para controle de danos. Nesse caso, evidencia uma fratura do fêmur distal, provavelmente é um traço intra-articular, mas veja que é um traço bem complexo. Foi realizada uma fixação externa com pino schanz para controle de da- nos desse paciente. OBS.: o fixador externo deve ser feito anteriormente para não atrapalhar a incisão cirúrgica no transopera- tório. Tratamento Conservador Indicado em fraturas sem desvio ou incomple- tas, fraturas estáveis impactadas em pacientes idosos. Faz com brace articulado. Cirúrgico OBS.: é princípio de estabilidade absoluta. Aqui mostrando uma placa bloqueada para o fêmur distal, onde ocorreu a colocação dos parafusos interfragmentares e a fixação com 8 corticais diafisá- rias para a fratura da região metafisária. Então usou-se os dois princípios de estabili- dade: estabilidade relativa àquela fratura e estabili- dade absoluta no traço intra-articular. Pode usar: Evidencia uma fratura distal do fêmur, sem traço articular. OBS.: quando tem uma fratura bilateral, faz o controle de danos com fixador externo dos dois lados e, quando for fazer a cirurgia, faz um de cada vez. Complicações Fraturas do tornozelo Epidemiologia Essa é uma radiogra- fia em AP, na qual se observa duas fraturas: uma do malé- olo medial e outra da ponta do maléolo lateral. OBS.: na RX em perfil não identifica fratura do maléolo medial, só em AP. O tipo de traço e a localização são importantes para classificar as fraturas do tornozelo e a classifica- ção mais usada é a classificação de Lauge-Hansen, que leva em consideração o mecanismo de trauma. Anatomia A sindesmose é uma membrana que liga a tíbia à fíbula, a fim de manter a congruência da pinça do tornozelo. Mecanismo de lesão Avaliação clínica OBS.: avaliar o N. tibial posterior e o pedioso. Avaliação radiológica Tratamento O objetivo é restaurar a anatomia do tornozelo, manter a pinça congruente e restaurar o comprimento e a rotação da fíbula. Conservador Indicado em fraturas estáveis e sem desvio, com a sindesmose intacta. Faz acompanhamento quinzenal. Cirúrgico É a redução aberta e fixação interna (RAFI). In- dicado em: Coomplicações
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