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1 FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS DE SERGIPE CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ASSUNTO: LIMITE E CONTINUIDADE CÁLCULO I PROFESSOR: MARCOS AGUIAR INTRODUÇÃO AO CONCEITO DE LIMITE 1. CONTINUIDADE Intuitivamente, uma função contínua em um ponto p do seu domínio é uma função cujo gráfico não apresenta “ salto “ em p. Observe na figura (i) a função é contínua pois não apresenta salto em p, enquanto no figura (ii) não é contínua pois apresenta salto em p fig. (i) fig. (ii) Exemplo 1: Consideremos as funções e f g dadas por ( )f x x= e ( ) 1 se 1 2 se 1 x g x x ≤ = > Vemos intuitivamente, que f é contínua em todo p de seu domínio. Por sua vez, g não é contínua em 1p = , mas é contínua em todo 1p ≠ . 2 2. LIMITE Intuitivamente, dizer que o limite de ( )f x , quando x tende a p, é igual a L que, simbolicamente, se escreve ( )lim x p f x L → = , significa que quando x tende a p, ( )f x tende a L. Exemplo 2: Consideremos a função ( ) 3 22 3 6 x xf x x − = − Substituindo os valores de x indicados na tabela abaixo, observamos intuitivamente que os valores de ( )f x se aproximam de 2 tanto pela direita como pela esquerda, porém não é 2, então dizemos que quando x tende a 2 ( )f x tende a 4 3 , onde usamos a notação ( ) 2 4lim 3x f x → = , generalizando ( )lim x a f x L → = Calculando o limite: ( ) 3 22 0 3 6 0 x xf x x − = = − levantando a indeterminação temos: ( ) ( ) 23 2 3 2 2 2 2 2 2 22 2 4lim lim lim lim 3 6 3 6 3 2 3 3x x x x x xx x x x x x x x→ → → → − − − = = = = − − − 3 Exemplo 3: Utilizando a idéia intuitiva de limite, calcule 2 1 1lim 1x x x→ − − Solução: Seja ( ) 2 1 , x 1 1 xf x x − = ≠ − ; f não está definida em 1x = Para 1x ≠ Intuitivamente, é razoável esperar que se f estiver definida em p, então, ( ) ( )lim x p f x f p → = , e reciprocamente. Veremos que isto realmente acontece, isto é, se f estiver definida em p. ( ) ( ) é contínua em lim x p f p f x f p → ⇔ = x ( )f x x ( )f x 1,9 1,99 1,999 1,9999 1,99999 1,999999 1,20333333 1,32003333 1,33200033 1,33320000 2,33332000 1.33333200 2,1 2,01 2,001 2,0001 2,00001 2,000001 1,47000000 1,34670000 1,33466700 1,33346667 1,33334667 1,33333467 ( ) 2 1 1. 1 xf x x x − = = + − ( ) 2 1 1 1lim lim 1 2 1x x x x x→ → − = + = − 4 Veremos, ainda, que se ( )lim x p f x L → = se f não for contínua em p, então L será aquele valor que f deveria ter em p para ser contínua neste ponto. f não está definida em p ( )lim x p f x L → = . L é valor que f deveria ter em p para ser contínua em p Exercícios: I. Utilizando a idéia intuitiva de limite, calcule a) ( ) 0 lim 3 1 x x → + b) 2 2 lim 3x x x x→ + + c) 2 2 4lim 2x x x→ − − d) 2 0 lim x x x x→ + e) 1 1lim 1x x x→ − − f) 2 2 4 4lim 2x x x x→ − + − g) 2 1 1lim 1x x x→− − + 3. DEFINIÇÃO DE LIMITE Consideremos as situações a seguir: 5 Na situação (a), f não está definida em p, mas existe L que satisfaz a propriedade (i) Na situação (b), f está definida em p, mas não é continua em p, entretanto existe L satisfazendo (i): observe que neste caso a restrição x p≠ é essencial. Na situação (c), f é contínua em p, assim ( )L f p= satisfaz (i). Na situação (d), não existe L satisfazendo (i) em p. A propriedade (i) é equivalente a Para todo 0ε > dado, existe 0δ > tal que, para todo fx D∈ , ( )0 x p f x Lδ ε< − < ⇒ − < Definição. Sejam f uma função e p um ponto do domínio de f ou extremidade de um dos intervalos que compõem o domínio de f . Dizemos que f tem limite L, em p, se, para todo 0ε > dado, existe um 0δ > tal que, para todo ,fx D∈ ( )0 x p f x Lδ ε< − < ⇒ − < . Tal número L, quando existe é único, será indicado por ( )lim x p f x → . Assim ( ) ( ) 0, 0 tal que, para todo lim 0 f x p x D f x L x p f x L ε δ δ ε→ ∀ > ∃ > ∈ = ⇔ < − < ⇒ − < 4. PROPRIEDADES DO LIMITE (i) lim x a c c → = o limite de uma constante é a própria constante (ii) lim x a x a → = Se ( ) ( )lim e lim x a x a f x g x → → existem ambos, então Para todo 0∈> dado, existe 0δ > tal que, para todo fx D∈ , ( ),p x p x p L f x Lδ δ ε ε− < < + ≠ ⇒ − < < + 6 a) ( ) ( ) ( ) ( )lim lim lim x a x a x a f x g x f x g x → → → + = + b) ( ) ( ) ( ) ( )lim lim lim x a x a x a f x g x f x g x → → → ⋅ = ⋅ c) ( )( ) ( ) ( ) ( ) lim lim , desde que lim 0 lim x a x a x a x a f xf x g x g x g x → → → → = ≠ d) ( ) ( )lim lim x a x a cf x c f x → → = e) ( ) ( ) ( ) ( )lim lim lim x a x a x a f x g x f x g x → → → − = − f) lim n n x a x a → = para 0a > e n inteiro positivo; ou se 0a ≤ e n é um inteiro positivo impar g) Se m e n são inteiros positivo, ou se 0a ≤ e n é um inteiro positivo impar, então ( ) ( ) ( )lim lim mm mn n n x a x a x x a → → = = h) ( )( ) ( )lim limn n x a x a f x f x → → = n inteiro positivo impar ou n inteiro positivo par e ( )lim 0 x a f x → > 5. TEOREMA DO SANDUÍCHE Suponhamos ( ) ( ) ( )f x h x g x≤ ≤ para todo x em um intervalo aberto contendo a, exceto possivelmente para o próprio a Se ( ) ( )lim lim , x a x a f x L g x → → = = então ( )lim x a h x L → = Exemplo: Use o teorema para provar que 2 20 1lim 0 x x sen x→ = Como ( )1 1sen t− ≤ ≤ para todo t, logo, 2 11 1sen x − ≤ ≤ para todo 0x ≠ . Multiplicando por 2x ( que é positivo se 0x ≠ ), obtemos: 2 2 22 1 x x sen x x − ≤ ≤ , como ( ) ( )2 2 0 0 lim 0 e lim 0, x x x x → → − = = concluímos que 2 20 1lim 0 x x sen x→ = Exercícios. Lista 7 5. LIMITES LATERAIS Seja f uma função. P um número real e suponhamos que exista b tal que ( ), fb p D⊂ definimos: ( ) ( ) 0, 0 tal que lim px p f x L x p f x L ε δ δ ε+→ ∀ > ∃ > = ⇔ < < + ⇒ − < O número L, quando existe, denomina-se limite lateral à direita de em pf Suponhamos agora que exista um real a tal que ( ), fa p D⊂ definimos: ( ) ( ) 0, 0 tal que lim px p f x L p x f x L ε δ δ ε−→ ∀ > ∃ > = ⇔ − < < ⇒ − < O número L, quando existe, denomina-se limite lateral à esquerda de em pf Exemplo 1. Calcule ( ) ( ) ( ) 2 1 1 ` se 1lim e lim sendo f 2 se 1x x x xf x f x x x x+ −→ → < = > Solução: ( ) ( ) 2 1 11 1 lim lim 2 2 e lim lim 1 x xx x f x x f x x + −→ →→ → = = = = Exemplo 2. Calcule 0 0 lim e lim . x x x x x x+ −→ → 8 Solução: 1 se 0 1 se 0 xx xx > = − < 0 00 0 lim = lim1=1 e lim lim 1 1 x xx x x x x x+ −→ →→ → = − = − Teorema. Sejam f uma função, p um número real e suponhamos que existam a e b tais que ( ) ( ), e ,a p p b estejam contidos em fD . Então, ( ) ( ) ( ) admite limites laterais à direita e à esquerda em p lim e lim limx p x p x p f f x L f x f x L + − → → → = ⇔ = = Exercícios. I. Calcule, caso exista. Se não existir, justifique. II. Calcule 9 III. Calcule REFERENCIA BIBLIOGRAFICA: SWOKOWSKI, Earl W. Cálculo com Geometria Analítica. v. 1.São Paulo: Makron Books do Brasil, 1994. ANTON HOWARD. Cálculo um novo horizonte volume I 6ª ed.- Porto Alegre Bookman 2000 GUIDORIZZI, HAMILTON LUIZ. Um curso de Cálculo.V. 1 5ª ed. Rio de Janeiro. LTC. Editora – 2003.
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