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anamnese do adolescente

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Semiologia da criança 
 e do adolescente 
anamnese do adolescente
Segmento da pediatria que se dedica ao atendimento 
de adolescentes 
 Século XIII: surge a palavra “adolescência”. 
 Conceito de adolescência: desenvolvido no 
século XX- reconhecimento das necessidades e 
características biológicas, psicológicas e sociais 
que fazem parte do processo de transição entre 
a infância e a vida adulta. 
Adolescentes compõem um grupo heterogêneo de 
indivíduos, necessitando de um olhar atento às 
diferenças individuais. 
Muitos vão à consulta contra a própria vontade e 
reagem com mutismo ou gerando conflitos, o que 
requer certa habilidade do profissional no manejo de 
cada situação. 
No tratamento de doenças crônicas, como diabetes e 
fibrose cística, um problema bastante comum é a 
resistência do adolescente em permanecer com o 
tratamento e acompanhamento médico regulares. 
 Ambiente físico adequado, evitando 
decorações que remetam à infância. 
 Caso não seja possível um ambiente separado, 
pode-se atender em horários diferenciados. 
 Direito, independentemente da idade, de ser 
atendido sozinhos 
 Reconhecimento da autonomia e da 
individualidade 
 Privacidade não significa confidencialidade, 
adolescente tem direito de ser atendido 
sozinho, porém esse direito não significa que 
todos os segredos serão mantidos. 
É preciso que fique claro ao jovem que nada será 
tratado com seus pais/responsáveis sem que ele seja 
informado previamente, mesmo quando é preciso 
romper o sigilo, conscientizando-o da importância de 
informar determinadas situações. 
 
 
“É vedado ao médico revelar segredo profissional 
referente a paciente menor de idade, inclusive a seus 
pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha 
capacidade de avaliar seu problema e de conduzir-se 
por seus próprios meios para solucioná-lo, salvo 
quando a não revelação possa acarretar danos ao 
paciente.” 
Código de ética médica- artigo 103 
 Inicialmente pode-se ouvir o adolescente e o 
acompanhante 
 Em seguida ouvir o adolescente 
desacompanhado 
Lethicia Rodrigues Chaves 
 Não se deve ouvir o acompanhante sem que o 
adolescente esteja presente 
 Esse momento da consulta implica coletar 
informações sobre o paciente, familiares e o 
ambiente onde vive. 
 Necessita ser ampla e abordar os aspectos 
físicos, psíquicos, sociais, culturais, sexuais e 
espirituais. 
 Motivo da consulta – nem sempre é uma 
patologia, mas uma situação ou agravo, por 
exemplo, queda no rendimento escolar, 
“timidez excessiva” 
 Histórico da situação atual e pregressa do 
paciente, incluindo agravos e doenças 
 Estado vacinal (verificar o cartão de 
imunizações) 
 Dados da gestação, parto e condições de 
nascimento, e peso ao nascer 
 Hábitos alimentares (horário das refeições, 
quantidade e qualidade dos nutrientes, hábitos 
de guloseimas) 
 Condições de habitação, ambiente e 
rendimento escolar, exposição a ambientes 
violentos, uso de tecnologia da informática 
(tempo em celular, games, computador) 
 Ambiente familiar– refere-se à configuração, 
dinâmica e funcionalidade: com quem o(a) 
adolescente mora, situação conjugal dos pais e 
consanguinidade, outros agregados na 
residência, harmonia ou situações conflituosas 
no ambiente 
 A percepção corporal e autoestima, 
principalmente atualmente por conta das 
redes sociais 
 Crenças e atividades religiosas 
 Investigar situações de risco e vulnerabilidade 
a que os adolescentes se expõem: contato com 
drogas lícitas e ilícitas 
 Aspectos relacionados aos comportamentos 
sexuais, gênero e orientação sexual saúde 
reprodutiva, gestações não planejadas, 
infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) 
 Ocorrência de acidentes, submissão a 
violências 
 
 
 
 Déficit intelectual importante 
 Referência explícita ou suspeita de abuso 
sexual 
 Falta de crítica: distúrbios psiquiátricos , 
drogadição 
 Desejo do adolescente de não ser atendido 
sozinho 
 Atenção com ingesta inadequada de nutrientes 
importantes 
 Pode haver preocupação excessiva com dietas 
ou compulsão alimentar 
 Necessidade de 9 a 10 horas de sono 
 Regular a rotina para dormir satisfatoriamente 
 Busca de novo papel no mundo 
 Perda do corpo infantil com o reconhecimento 
que possui deste corpo 
 Novo corpo 
 Novos pais, que já não são mais os heróis 
 Perda da identidade e do papel social infantis 
 Busca da identidade adulta: desvalorização do 
conhecimento trazido pelos pais ou familiares 
 Tendência a andar em grupos 
 Crises religiosas 
 Deslocação temporal: o que mais existe é o 
“agora” 
 Evolução da sexualidade 
 Atitude social reivindicatória 
 Contradições sucessivas 
 Separação progressiva dos pais 
 Constantes flutuações de humor e do estado de 
ânimo 
 Precoce: 10 aos 14 anos 
 Média: 15 aos 17 anos 
 Tardia ou madura: 17 aos 20 anos 
Precoce: 10 aos 14 anos 
 Separação dos pais 
 Adaptação às mudanças no corpo 
Média: 15 aos 17 anos 
 Busca mais acentuada da identidade e inserção 
na sociedade 
 Pode haver comportamento estereotipado 
Desenvolvimento neurológico 
 Cerebelo: 
 Sensível a estímulos do meio externo, adquire 
neurônios e conexões mais complexas durante a 
adolescência 
 Aprendizado motor, manutenção do equilíbrio e 
postura corporal 
 Amígdala 
 Sentimentos primários como medo e raiva 
 impulsividade 
 Participa do centro de recompensa 
 Lobo temporal: expande-se até os 16-17 anos: 
emoções, memória, audição, processamento de 
informações sonoras e visuais 
 Lobo parietal: processa informações espaciais e 
sensoriais do corpo- volume maior em torno de 
10-12 anos -> impacto na auto- imagem 
É importante revisar o calendário vacinal: se com 
cobertura correta e sempre que possível com os 
registros na caderneta de saúde, e não somente por 
informação verbal. 
A especialidade de Pediatria tem como abrangência o 
atendimento da criança (0 a nove anos) e do 
adolescente (10 anos de idade a 20 anos 
incompletos). 
 As pessoas maiores de 16 anos poderão optar pelo 
atendimento por médico não pediatra. 
A testagem e entrega dos exames anti-HIV devem 
ocorrer na presença dos pais ou responsáveis. 
Após 12 anos, a realização desses exames relaciona-se 
ao princípio da autonomia, assim como a participação 
do resultado a outras pessoas, após avaliação de suas 
condições de discernimento. 
Acesso aos Serviços de Saúde em Geral: sozinho/a ou 
acompanhado/a 
Os adolescentes têm direito à escolha de realizar 
consulta médica, procedimentos não invasivos como 
coleta de exames laboratoriais, sozinhos ou 
acompanhados por familiares, amigos ou parceiros, 
desde que o profissional reconheça que ele tem 
discernimento adequado de sua saúde e compreensão 
de seu autocuidado. 
 Este atendimento vem se revelando como 
elemento indispensável para a melhoria do 
acesso aos serviços, da qualidade da prevenção, 
assistência e promoção de sua saúde. 
 Toda e qualquer exigência, como a 
obrigatoriedade da presença de um responsável 
para acompanhamento no serviço de saúde, 
constitui lesão ao direito maior de uma vida 
saudável. 
 Vínculo empregatício: permitido aos maiores 
de 16 anos 
 Aprendiz: permitido aos maiores de 14 anos- 
contrato especial de trabalho com tempo 
determinado 
 Crianças e adolescentes são vistos como mão 
de obra mais barata e facilmente abusáveis 
pelos adultos

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