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1 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 Gestação prolongada e Pós datismo Introdução: → Pode determinar baixa oxigenação: senescência (envelhecimento) placentária; OBS: a placenta é um órgão que sofre modificações relacionadas a sua própria função (troca de nutrientes e oxigênio) e a medida que o tempo vai passando a placenta vai sofrendo ação da sua própria função e vai envelhecendo e as trocas vão diminuindo, com o passar das semanas, caso o nascimento não ocorra isso pode gerar sofrimento para mãe e para o bebe. → Aumento da morbimortalidade fetal e neonatal: 2-3 mortes por 1000 nascidos antes das 41 semanas e 4-7 mortes após as 41 semanas; OBS: 80% dos nascimentos se dá entre as 38 e 41 semanas. → Devemos decidir entre interromper ou monitorar o feto: baseado em protocolos e decisão compartilhada com a gestante; OBS: enquanto o feto ainda está intrautero, ele não para de crescer, seu crescimento se mantem sempre. → Ansiedade da mãe e da equipe; → Quanto maior tempo intraútero, mais probabilidade de macrossomia fetal. CONCEITOS: Pós datismo: Além da data provável do parto; Entre 40 e 41 semanas + 6 dias; Não é uma definição unânime – é a mais aceita. Gestação prolongada: Além das 42 semanas – em torno de 1% das gestações. Também chamado pós termo ou pós maturidade. Fatores etiológicos: → Primigestas; → Anencefalia e outras anomalias cromossômicas: ausência de homeostase durante a gestação; → Excesso de produção de progesterona: Não tem como avaliar. A progesterona é usada para prevenir trabalho de parto prematuro; → Alterações uterinas como adenomiose e alterações no colo – discutíveis; → A MAIORIA NÃO TEM ETIOLOGIA DETERMINADA! Complicações relacionadas: Até 41s não há aumento significativo dos riscos Após 41 semanas: → Aumento da mortalidade intraútero; → Diminuição do líquido amniótico: compressão do cordão; 2 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 → Aumento da incidência de mecônio: aspiração (causa obstrução da via respiratória) e alterações neonatais (nasce maior); → Macrossomia fetal: traumatismos no parto e hipoglicemia neonatal (intrautero produz muita insulina e quando nasce falta, ligado diretamente ao tamanho). OBS: situações que se levam por muito tempo podem levar ao óbito fetal. Diagnóstico: → US precoce: 1º tri → margem de erro de 3 dias; → DUM de certeza; → Achados clínicos pós nascimento: Pele seca e descamativa; Excesso de dobras; Unhas longas; Diminuição do tecido subcutâneo; Presença de mecônio. Conduta: A maioria da literatura determina interrupção com 41 semanas. Opção com 42 semanas deve ser discutida com o casal: o Monitoração fetal a cada 48h; o Avaliação do líquido amniótico por ecografia; o Alteração dos parâmetros acima → interrupção. Via de parto é decisão obstétrica! Colo desfavorável: fazer preparação com prostaglandinas (misoprostol (prostaglandina)): índice de Bishop (pontuação que se dá para aspectos do colo) < 6 (limite, abaixo de 6 determina condições do colo muito ruins); Indução do parto normal – uso de ocitocina Avaliação do bem-estar fetal durante o TP: monitorização fetal e se indicado: cesárea.
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