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Antomia do Fìgado

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Rebeka Freitas 
 
 
ANATOMIA 
- O fígado é o segundo maior órgão do corpo (perde para a 
pele); é o maior órgão intra-abdominal e a maior glândula; possui 
formato de cunha ⇾ uma parte mais larga (direita) e outra 
mais estreita (se aproxima do hipocôndrio esquerdo). 
- O fígado ocupa quase todo o quadrante superior direito; ocupa 
todo o hipocôndrio direito, grande parte do epigástrio, e se 
estende pelo hipocôndrio esquerdo (lobo esquerdo pega essa 
parte), e um pouco de flanco. 
- O fígado adquire sua posição em relação ao crescimento das 
outras vísceras abdominais; assim, adquire o formato de cúpula. 
- O fígado é um órgão intraperitoneal ⇾ relação importante 
com o peritônio visceral. 
- Relações do fígado: diafragma (muito importante); gradil 
costal; parede do abdome (anterior e posteriormente); pulmão 
e coração ⇾ é uma relação próxima, mas não direta, feita 
indiretamente através do diafragma. 
- Na face visceral (inferiormente), o fígado possui relação com 
o estômago, esôfago, duodeno, rim direito e adrenal direita, 
cólon transverso, vias biliares e veia cava. 
- O coração se apoia no fígado ⇾ há uma impressão cardíaca 
no fígado. 
 
 
 
 
 
 
- Posição anatômica do fígado: o fígado mergulha no abdome; a 
borda inferior aponta para baixo ⇾ o fígado está mais para a 
posição em pé do que deitado. 
- O fígado pode ser dividido em duas grandes faces: face 
diafragmática (contato com o diafragma) e face visceral 
(contato com os órgãos; virada para baixo). 
 
 
 
- A face visceral é côncava e possui uma série de 
imperfeições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- A face diafragmática se divide em porção ventral, superior, 
direita e posterior; não há face esquerda, pois a porção que 
seria correspondente é bem afinada. 
- O fígado se divide em alguns lobos anatômicos; na face 
diafragmática, o fígado se divide em lobo direito e esquerdo. 
-O fígado é intraperitoneal (quase todo recoberto por 
peritônio); o peritônio proveniente dos dois lobos sai dos lobos 
em direção à parede anterior do abdome, formando um duplo 
folheto, o ligamento falciforme. 
- Ligamento falciforme: duplo folheto de peritônio que se liga à 
bainha do músculo reto abdominal (parede anterior). 
 
 
 
 
 
 
 
- Na margem inferior do ligamento falciforme, entre os 
folhetos do ligamento, há outro ligamento, que entra no fígado, 
chamado de ligamento redondo. 
- O ligamento redondo é um cordão fibroso que une o fígado 
ao umbigo; entra no fígado, percorrendo sua face visceral. 
Anatomia do Fígado 
Rebeka Freitas 
- O ligamento redondo é um remanescente da veia umbilical 
esquerda; é um marco anatômico cirúrgico importante ⇾ 
durante uma cirurgia, antes de ser seccionado, esse ligamento 
precisa ser ou ligado ou cauterizado, porque do contrário ele 
pode sangrar; é um marco também que ajuda na localização de 
outras estruturas no fígado. 
- Se um dia o ligamento redondo foi vaso, ele pode voltar a ser 
⇾ a hipertensão portal pode ser tanta que recanaliza o 
ligamento redondo, fazendo uma inversão do sentido do fluxo 
sanguíneo, que antes era umbigo/fígado, e agora passa a ser 
fígado/umbigo ⇾ surgimento de vasos colaterais ao redor do 
umbigo ⇾ Cabeça de Medusa ⇾ indicio de hipertensão portal. 
- Na porção superior da face diafragmática, o peritônio se 
rebate e sai em direção à outra estrutura; ao fazer isso, cria 
o ligamento coronário. 
- O ligamento coronário une o fígado ao diafragma; um folheto 
vem da porção anterior e o outro por trás do fígado ⇾ o 
posterior e o anterior não se encontram, ficam separados ⇾ 
uma área do fígado fica sem ser recoberta por peritônio ⇾ 
área nua do fígado. 
 
- A porção superior da face diafragmática é limitada pelo 
ligamento coronário. 
- Porção dorsal da face diafragmática = área nua. 
- O fígado é recoberto pela cápsula de Glisson (tecido 
conjuntivo), que é intrínseca do próprio fígado, ou seja, faz 
parte dele ⇾ na área nula há capsula de Glisson ⇾ cápsula 
de Glisson não é sinônimo de peritônio visceral. 
 
- Existe um sulco, uma depressão na parte dorsal chamada de 
sulco da veia cava, que acomoda a veia cava; as vezes “abraça” 
a cava; o fígado é ancorado na cava. 
- As veias hepáticas (esquerda, intermedia e direita), assim que 
saem do fígado, tributam imediatamente na cava. 
- Os folhetos do ligamento coronário eventualmente se 
encontram ⇾ quando se encontram, viram ligamento 
triangular (há o esquerdo e o direito) ⇾ o ligamento anterior e 
posterior do ligamento coronário não se ligam ⇾ quando o 
encontro acontece já não se trata mais de ligamento coronário, 
e sim do ligamento triangular. 
- Algumas referências abordam que só há ligamento coronário 
do lado direito, e que do lado esquerdo já é ligamento triangular 
(Gray, por exemplo); já os atlas trazem ligamento coronário dos 
dois lados. 
- A face visceral do fígado é repleta de imperfeições e marcos 
anatômicos; também é dividida em lobo esquerdo e direito, por 
uma fissura chamada fissura sagital esquerda, que vai de cima 
até embaixo, e corresponde à localização do ligamento 
falciforme na face diafragmática. 
- No centro da face visceral, existe uma grande depressão, a 
depressão porta hepática/hepatis, na qual encontra-se o hilo 
hepático, que é por onde chega nervos, veia porta do fígado, 
artéria hepática própria e por onde sai a via biliar macroscópica 
e os vasos linfáticos. 
Rebeka Freitas 
 
- A fissura sagital não fica vazia, fica preenchida ⇾ dentro 
dessa fenda há, na porção ventral, o ligamento redondo. 
- O ligamento redondo percorre um pouco a face visceral 
antes de desembocar na veia porta hepática; entra no hilo 
hepático. 
- Ligamento venoso: porção dorsal da fissura sagital esquerda; 
também é um remanescente embriológico, só que do ducto 
venoso (vida embrionária ⇾ comunica a circulação hepática 
com a circulação sistêmica). 
- Na vida adulta, esse ducto está fechado e é apenas um 
cordão, mas pode abrir caso haja muita pressão (situação 
patológica). 
- Pedaço de fígado entre o ligamento venoso, sulco da veia cava 
e porta hepática = lobo caudado do fígado. 
- Pedaço de fígado entre o ligamento redondo, a porta 
hepática e a vesícula biliar = ligamento quadrado. 
- Alguns centímetros à direita do ligamento redondo há o sulco 
da vesícula biliar. 
- Vascularização arterial do fígado: o tronco celíaco emite a 
artéria hepática comum, a qual, depois que emite a gástrica 
direita, passa a ser artéria hepática própria, que, por sua vez, 
emite ramos direito e esquerdo. 
 
 
 
 
 
 
- Também chega uma veia no fígado, que por sua vez se 
comporta como artéria ⇾ veia porta (leva oxigênio ao fígado). 
- A veia porta drena praticamente todas as vísceras do 
abdome, e também leva O2 para o fígado. 
- A veia porta é formada pela veia mesentérica superior e pela 
veia esplênica; antes de entrar no fígado, a veia porta se divide 
em ramos direito e esquerdo. 
- A partir de um experimento, observou-se que, se o ramo 
esquerdo da artéria e da veia hepática fossem amarrados, a 
isquemia não se limitou ao lobo esquerdo anatômico (como se 
esperava), mas também acometia parte do lobo direito; da 
mesma forma, se os ramos direitos fossem amarrados, a 
isquemia acometia parte do lobo esquerdo. 
- Assim, a divisão funcional do fígado não corresponde à divisão 
anatômica ⇾ o lobo esquerdo funcional é muito maior do que 
o lobo esquerdo anatômico. 
 
- Existem 8-9 “fígados” funcionais ⇾ segmentos funcionais 
- Depois de entrar no fígado, o ramo esquerdo da veia porta 
se subdivide em quatro ramos, assim como o ramo direito. 
- A artéria hepática própria emite os ramos esquerdo e direito 
⇾ cada um emite quatro ramos. 
- Veias hepática esquerda, direita e intermédia(s) ⇾ de cada 
segmento funcional que recebeu um ramo da artéria hepática 
e um ramo da veia porta, nasce um ramo da veia hepática. 
- A via biliar é uma “árvore” ⇾ surge microscopicamente e 
vai se juntando em canalículos biliares progressivamentemaiores, até formar um canalículo grande que sai de cada 
segmento. 
- Cada segmento recebe seu ramo da artéria hepática, veia 
porta, é drenado pelo seu próprio ramo da veia hepática e da 
via biliar. 
- Cada segmento funciona de forma independente, sem 
atrapalhar o outro; interiormente, o fígado tem essas divisões 
Rebeka Freitas 
de forma anatômica ⇾ cada segmento funciona como um mini 
fígado. 
- Não existe comunicação vascular entre os segmentos 
hepáticos funcionais ⇾ metástase hematológica é a hipótese 
menos provável (impossível) quando há múltiplos tumores nos 
outros segmentos, pois não há essa comunicação hepática 
entre os segmentos ⇾ o tumor de um segmento precisaria 
cair na circulação sistêmica para depois, através dela, atingir 
outro segmento, o que é um caminho extremamente longo. 
- Metástase de câncer de estomago, tumores independentes 
surgindo ao mesmo tempo ⇾ hipóteses comuns em tumores 
múltiplos no fígado. 
- Segmentectomia: um segmento do fígado pode ser retirado 
sem comprometer o restante do fígado; sangramento mínimo; 
- Embora existam as marcações internas, o cirurgião precisa 
saber da anatomia externa, para se guiar o que está por 
dentro. 
- Segmentação de acordo com a drenagem venosa: 
 
 
- Regeneração do fígado: o fígado se regenera em termo de 
massa ⇾ os segmentos que sobram crescem para 
compensar o que foi perdido; a massa hepática retorna ao 
normal, mas a anatomia não ⇾ hipertrofia compensatória (e 
hiperplasia) fisiológica e angiogênese fisiológica dos outros 
segmentos. 
- Se uma pessoa, num acidente, perder 70% do fígado e os 
30% restantes forem saudáveis, o fígado se regenera em 
termos de massa ⇾ reserva funcional muito grande. 
-Exemplo: se o paciente perdeu o IVa, o I, o II e o III, o lobo 
direito cresce compensatoriamente, e o fígado retorna ao 
volume normal. 
- Quando o paciente tem cirrose, ele perde sua reserva 
funcional ⇾ a segmentectomia pode não ser viável porque os 
segmentos restantes não tem reserva funcional para 
promoverem a regeneração. 
- Não existe uma quantidade segura de álcool fixa para ser 
consumida ⇾ depende de determinados fatores ⇾ 
estabelece-se um limite diário de 20g (mulheres) e 40g 
(homens) 
- A cada 100ml de bebida, 5ml é álcool ⇾ em 350 ml (uma 
latinha), há17,5 ml ⇾ duas latas por dia para o homem é 
aproximadamente o suficiente ⇾ lesão crônica (há fígados 
mais sensíveis e menos sensíveis.) 
- Lesão aguda: 4 drinks (50ml de destilado ou equivalente) no 
espaço de duas horas, se o fígado for sensível, é o suficiente 
para lesão. 
- Hepatite medicamentosa por Ivermectina: até pouco tempo, 
a Ivermectina era considerada segura para o fígado, por conta 
da dose, que praticamente não fazia hepatite medicamentosa. 
- Porém, na situação do Covid, o uso equivocado da Ivermectina 
produz a hepatite medicamentosa ⇾ qualquer substância que 
é colocada dentro do organismo tem suas consequências 
=droga. 
- Chá de hibisco e uma série de outros chás, por exemplo, são 
tóxicos para o fígado ⇾ modificação do metabolismo. 
• VIAS BILIARES 
- As vias biliares surgem como uma árvore dentro do fígado. 
- O fígado produz a bile, que precisa ser lançada no intestino 
⇾ mecanismo: via biliar. 
- Os canalículos vão se juntando até formarem o ducto 
hepático esquerdo e ducto hepático direito, que se juntam 
(fora do fígado) para formar o ducto hepático comum, o qual 
Rebeka Freitas 
recebe o ducto cístico (vem da vesícula) ⇾ quando acontece 
isso, tem-se o ducto colédoco. 
- O ducto colédoco desce até o duodeno (por trás); atravessa 
sua parede e se abre na papila maior do duodeno. 
- A vesícula em si é um órgão piriforme (em formato de pera); 
cerca de 7cm de comprimento; armazena cerca de 30-50ml 
de bile (varia um pouco na literatura). 
- A vesícula se subdivide em fundo, corpo e colo (parte que 
se afina para se comunicar com os ductos); 
- A mucosa dos ductos biliares normalmente é lisa, excetuando 
o ducto cístico, o qual possui algumas projeções internas da 
parede, que por sua vez formam a válvula em espiral ⇾ 
especula-se que essa válvula serve para evitar o colabamento 
do ducto cístico durante a dilatação e contração da vesícula 
biliar. 
- Relações anatômicas: o ducto colédoco passa por trás do 
duodeno e do pâncreas (passa por dentro da cabeça do 
pâncreas). 
- Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE): do 
endoscópio sai um outro aparelho que consegue canalizar, subir 
pela via biliar⇾ pode ser retirada uma pedra, pode-se realizar 
biópsia ⇾ ou seja, trata-se um exame tanto terapêutico como 
diagnostico. 
 
 
 
 
 
 
 
- Colangiopancreatografia por RM: avalia doenças das vias 
biliares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Retirada da vesícula ⇾ é feita uma ligação das artérias e a 
vesícula é retirada; a função de armazenamento é um pouco 
perdida, mas ocorre uma dilatação das vias biliares 
(principalmente intra-hepáticas) para acomodar um pouco da 
bile ⇾ o organismo acaba se acostumando com a ausência da 
vesícula.

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