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Macroeconomia Aberta

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Introdução à Economia
Resumo “Teoria Macroeconômica da Economia Aberta” 
[Unidade 6B. Apostila 3. Versiani, Sousa e Carvalho]
Relação entre a determinação da tx de câmbio e a determinação da tx de juros em 
uma economia aberta.
1. Mercado de Fundos de Empréstimos
Investimento Líquido do Exterior no País (ILEP): entrada líquida de recursos 
financeiros e de capital provenientes do exterior, como investimentos diretos 
(estabelecimento ou aquisição de instalações produtivas), investimentos em carteira 
(ações ou títulos públicos), derivativos e empréstimos; além da variação líquida nas 
Reservas Internacionais (R) desse país (sem rentabilidade).
Y=C+I+G+(X-M) (Y-T-C) + (T-G) + (M-X) =I→
(Y-T-C): renda disponível (Y-T) menos gastos de consumo = Sp (poupança privada).
(T-G): receita do governo menos suas despesas = Sg (poupança do governo).
(M-X): importações líquidas de bens e serviços = déficit Stc [=Sbc + Sbsr + TU] tem 
como contrapartida a entrada líquida de recursos do exterior [superávit da CCF e 
redução de R (∆R>0; crédito envolve origem dos recursos)] Sbp + → ∆R = 0 Stc +→ 
Sccf + R = 0 Sccf + ∆ → ∆R = - Stc ILEP = (M-X). O=D.→
Sext (ILEP)> 0 M>X (déficit Stc) (M-X)>0: país recebe recursos provenientes de→ → 
outros países, em termos líquidos. O resto do mundo está investindo nesse país.
Sext (ILEP) <0 X>M (M-X)<0 : país exporta capitais, ou seja, usa excedente em→ → 
moeda estrangeira para comprar ativos no exterior ou acumular reservas.
Poupança interna: S=Sp+ Sg (oferta de fundos de empréstimo) S+ ILEP =I (demanda→ 
por fundos de empréstimo). Gráfico 1.
Numa economia fechada, S=I. Numa economia aberta, a oferta de fundos de 
empréstimo recebe o aporte adicional de recursos provenientes do exterior (ILEP).
Fatores que influenciam o ILEP (montante de recursos de investidores internacionais 
aplicados no país): retorno (diferencial entre a tx de juros real internacional e a 
interna pagas sobre ativos financeiros) → Gráfico 2 [Quanto mais alta a tx de juros 
interna, ceteris paribus, maior o diferencial entre ela e a tx de juros internacional e, 
portanto, maior a disposição dos investidores em aplicar seus capitais no país em 
questão]; expectativas de crescimento da economia; riscos políticos e econômicos 
internos; políticas governamentais voltadas ao investimento estrangeiro (de 
incentivo ou não); tx de câmbio real.
2. Mercado de câmbio
[oferta de moeda estrangeira] ILEP = (M-X) [déficit Stc demanda por moeda→ 
estrangeira]. O equilíbrio no mercado de câmbio define a taxa de câmbio real de 
equilíbrio.
De que depende essa demanda? Tx de câmbio real; preços dos bens e serviços, 
interna e externamente; preferências dos consumidores por bens e serviços; rendas 
dos consumidores, interna e externamente; custo de transporte dos bens e serviços 
de um país para outro; facilidades de comunicação do país com o exterior; políticas 
governamentais voltadas ao comércio internacional. → Fatores que afetam comércio 
entre os países.
Relação entre a ILEP (disposição dos investidores internacionais em aplicar recursos 
no país) e a tx de câmbio: uma desvalorização da moeda do país receptor de 
investimento externo implica em mais unidades da moeda local por cada dólar 
investido favorável ao investidor externo (aumenta entrada de divisas); uma→ 
valorização desencorajaria a entrada de K estrangeiro. No entanto, adotaremos a→ 
hipótese simplificadora de que ILEP é inteiramente inelástica a variações no câmbio. 
Analisando as tendências de LP, percebemos que os investimentos diretos dependem 
mais das expectativas de LP da economia em questão (possibilidade de crescimento 
sustentado, tendências da política governamental, fatores de risco) do que as 
variações conjunturais (de CP) na tx de juros. Os investimentos em carteira, por sua 
vez, são mais fortemente determinados pelo diferencial de tx de juros ou pelas 
expectativas de valorização no mercado de ações do que pelas variações na tx de 
câmbio.
Gráfico 3. A valorização da moeda nacional (dólar mais barato) facilita as M e 
dificulta as X, ou seja, tende a aumentar (M-X) demanda por divisas aumenta a→ 
medida que tx de câmbio se valoriza. Curva de oferta vertical pois ILEP não é 
afetado pela tx de câmbio.
3. Equilíbrio numa economia aberta
Gráfico 4 (União dos gráficos 1, 2 e 3). Relação entre o mercado de fundos de 
empréstimo/de capitais (O=D S+ILEP=I ILEP=I-S) e o mercado de câmbio (O=D → → → 
ILEP=M-X). A função que relaciona o ILEP à tx de juros real fornece a ligação entre 
os dois mercados.
(a) O (inclui recursos provenientes do exterior ILEP) e D por fundos de→ 
empréstimo determinam a tx de juros real da economia.
(b) indica volume de ILEP correspondente em nível de tx de juros na economia.
(c) O (ILEP vertical) e D por divisas determinam a tx de câmbio real.
Os dois mercados (de capital e de câmbio) determinam dois preços: tx real de juros 
e tx real de câmbio.
4. Alterações nos parâmetros do modelo
Havendo alterações no comportamento dos agentes ou nas políticas governamentais, 
analisar: mudança nas curvas de O e D e no equilíbrio dos dois mercados.
4.1. Elevação do Investimento Estrangeiro
Gráfico 5. Elevação na disposição de investidores estrangeiros em aplicar recursos 
no país em questão (devido expectativas favoráveis quanto ao desempenho desta 
economia) aumenta oferta de divisas (ILEP) desloca ILEP para a direita em (b) [a→ → 
uma mesma tx de juros real, investidores estarão dispostos a aplicar maior volume 
de recursos) desloca curva de oferta de fundos de empréstimo (S+ILEP) para→ 
direita em (a) [redução da tx de juros real de equilíbrio] desloca curva de oferta→ 
de divisas (ILEP) no mercado de câmbio para a direita (c) [redução na tx real de 
câmbio] Com a valorização da moeda interna, M aumenta e X reduz, elevando a→ 
demanda por divisas (M-X) no mercado de câmbio (c).
Características da economia brasileira: expectativas favoráveis provocam grande 
afluxo de capitais externos → valorização do real. Por que não há tendência à queda 
na tx de juros? Tx de juros determinada pelo BC para controlar a inflação não é de 
equilíbrio de LP. Elevada tx de juros estimula entrada de recursos externos, mas 
reduz investimento. 
Situação inversa: “fuga de capitais” decorrente de expectativas pessimistas (elevação 
dos riscos de investimento) para outros países desloca ILEP para a esquerda em→ 
(b). [Lista 6B (13)]
4.2. Déficit orçamentário
Gráfico 6. Introdução de políticas que provocam déficits orçamentários (aumento 
dos gastos sem correspondente elevação de impostos) Sg<0 (S=Sp+Sg) reduz→ → 
poupança interna (S) pois governo financia seu déficit vendendo títulos, ou seja, 
absorvendo a Sp desloca oferta de fundos de empréstimo para esquerda em (a) → → 
elevação da tx de juros aumenta afluxo de capital externo em (b) desloca curva→ 
de oferta de divisas (ILEP) no mercado de câmbio para a direita em (c) [valorização 
da moeda nacional] → aumenta déficit Stc (M-X).
Déficits gêmeos: déficit orçamentário tende a causar um déficit no Stc do BP. EUA→ 
antes da crise 2008/2009.
4.3. Política comercial Restritiva
Gráfico 7. Introdução de tarifas ou quotas de importação reduz M diminui→ → 
demanda por divisas (M-X) desloca (M-X) para esquerda em (c) oferta de→ → 
dólares não modificou pois é inelástica à tx de câmbio valorização da moeda→ 
nacional aumenta M não sujeitas a tarifas ou quotas e reduz X desloca (M-X)→ → 
para a direita em (c).
Políticas comerciais não alteram, no LP, o déficit no Stc (M-X).
[Lista 6B (1-4; 7-14)]

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