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PREDIÇÃO DAS DOENÇAS BIOFILME DEPENDENTE BEATRIZ CÂMARA DE OLIVEIRA ODONTOLOGIA UFRN PREDIÇÃO Presente antes do início da doença Relação causa e efeito Fator de risco – estudos longitudinais (acompanha por um longo período de tempo- bem estabelecido) Indicador de risco – estudos transversais e de caso- controle (não acompanha de por um longo período de tempo) Ato de afirmar que determinado evento pode acontecer no futuro = profecia Desafios: identificar precoce e corretamente os indivíduos que desenvolveram doenças Risco: probabilidade de um membro de uma população definida desenvolver uma dada doença em um período de tempo. Fator de risco: característica, ou exposição ambiental e ou comportamental que aumenta a probabilidade de um indivíduo desenvolver uma determinada doença em uma escala temporal =>Sozinho não é suficiente para causar a doença! *Fator de risco associado ao risco elevado da doença e faz parte da cadeia causal dela Ex: açúcar com a carie *Preditor de rico associado com um risco elevado da doença, mas não faz parte da cadeia casual dela Ex: experiencia passada de carie esta relacionada ao aumento do n° de lesões, mas n faz parte da cadeia causal da doença *Fator prognostico tem influência no resultado/desfecho da doença que já está presente/instalada. OBS: alguns casos, fatores de risco e prognostico podem ser os mesmos (ex: tabagismo) Dirigir ações preventivas para indivíduos de maior risco Diminuir o custo dessas ações Auxiliar na tomada de decisões e no plano de tratamento Avaliar a frequência e procedimentos de retornos Avaliação de risco: qualitativas ou quantitativas da probabilidade de ocorrência de eventos adversos como resultado da exposição a riscos específicos para a saúde ou pela ausência de influência benéficas (de proteção) Objetivos da predição DBD: OBS: avaliação de risco das DBD deve ser realizada em todos os pacientes e de forma continua! Predição a nível populacional: investir na investigação de predição 1 (25% incidência) 1.População com uma lata parcela de indivíduos livre de carie dentaria, mas alguns com carie 2.População cuja maioria dos individuos tem lesões de carie dentaria 3.População em que praticamente nenhuma pessoa desenvolve carie dentaria ANALISAR O RISCO DE CARIE: predizer se novas lesões poderão se desenvolver ou se as lesões incipientes irão culminar em cavitação *Combater a doença antes da manifestação clínica: prevenção Conhecimento sobre a doença e sua prevenção Hábitos de higiene bucal Frequência de visitas ao dentista Nível de carboidratos na dieta Síndrome de sjogren: Autoimune, destruição das glândulas salivares: alteração da saliva (redução)= prejudica a ação dos fatores protetores da saliva Radiação em cabeça e pescoço: pode haver efeitos de redução ou alteração da saliva Diabetes: alterações nas glândulas salivares, maior nível de glicose, desidratação... INFLUÊNCIA NO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA: ANAMNESE: histórico de todos os sintomas narrados pelo paciente sobre determinado caso clínico CONDIÇÕES LOCAIS OU SISTÊMICAS QUE PODEM AUMENTA O RISCO DE CARIE DENTARIA: Aspectos socioeconômicos: Desidratação: reduz a saliva Estresse, ansiedade e depressão: alterar os hábitos do paciente= dieta, deficiência higiene Sialolitiase (formação de cálculos nos ductos salivares), sialdenite (inflamações em glândulas salivares) e tumores na glândula salivar Gestação: alteração na dieta ou higiene, regurgitações (acidificação na boca) Senilidade: condições crônicas (fragilidade, deficiências motores, desidratação, ...) Deficiências motoras: acumulo do biofilme Análise da dieta: Uso frequente de fármacos potencialmente cardiogênicos: Experiência e atividade de cárie dentária: Exame físico intraoral: ao focar nos aspectos que indicam se uma lesão é ativa ou inativa, o profissional poderá estimar o risco de desenvolvimento de novas lesões e da progressão daquelas já existentes Experiência passada de cárie e, mais especificamente, a atividade lesões (experiência atual) são importantes na predição. Atividade de cárie: Presença de lesões de caries ativa inicial Restauração nos últimos 3 anos Presença de lesões cavitadas: n° de cavidades não deve ser considerado de forma isolada para avaliar o risco, pois representa o resultado final de um ataque cariogênico Experiência passada de cárie dentária: exposição aos fatores de risco à cárie pode variar com o tempo pode reduzir o poder preditivo da experiência da doença indica que o indivíduo foi submetido a um desafio cariogênico em um determinado momento do seu passado será que os mesmo fatores que contribuíram para o desenvolvimento da doença no passado ainda estão emação? 1. 2. Análise de superfícies dentarias: hipomineralizados aos 6 anos: oclusais e mesiais dos 1° molares permanentes adolescentes: oclusais, seguidas das proximais adultos / pessoas idosas: superfícies radiculares expostas Dentes recentemente ou parcialmente erupcionados: De acordo com a idade: Análise das condições salivares: TESTES SALIVARES: evidenciam o potencial cariogênico do biofilme Testes de capacidade tampão: escala de cor OBS: ambos os testes são auxiliares! Análise microbiológica: BIOFILMES BUCAIS => MICROBIOTA COMPLEXA Alta quantidade de estreptococos grupo mutans e lactobacilos na saliva ou biofilme => indicador de microbiota cariogênica Teste laboratoriais (padrão-ouro) Teste simplificado: comparação de escala (teste específicos) Índice de placa visível (IPV): análise (por se só) NÃO predizível dentes sem biofilme NÃO tem lesão de cárie índice clínico: impossível diferenciar clinicamente o biofilme cariogênico do não-cariogênico biofilme visível nos incisivos = risco aumentado fatores de retenção de biofilme = risco aumentado Predição de doença periodontal: Microbiota Fatores de retenção de biofilme Tabagismo Diabetes HIV/AIDS Medicamentos Dieta Estresse FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS: passíveis de intervenção Idade Sexo (fatores hormonais) Raça / etnia Fatores Genéticos FATORES DE RISCO NÃO-MODIFICÁVEIS (antecedentes): não são passíveis de intervenção História prévia de doença periodontal Sangramento a sondagem Preditores de risco: HIV / AIDS Osteoporose Indicadores de risco: associado a maior prevalência, progressão e gravidade da doença cessação do hábito REDUZ a prevalência e a gravidade da doença Tabagismo um dos principais fatores de risco das doenças periodontais, independentemente de outros fatores como a higiene bucal ou a idade. associado a maior prevalência e gravidade da doença em pacientes com diabetes em comparação a pacientes sem diabetes controle da glicemia associada com a redução do risco de perda de inserção relação bidirecional: diabetes e doença periodontal Diabetes Mellitus doença periodontal é considerada uma complicação clássica da diabetes determinação do risco da periodontite: quantidade e qualidade do biofilme são importantes intensidade da exposição ao periodontopatógeno (carga microbiana) em vez da mera presença do patógeno é um determinante importante Microbiota biofilme subgengival é um ecossistema polimicrobiano complexo ausência de patógenos periodontias é um forte preditor negativo de futura perda de inserção história de doença periodontal existente ou prévia = bom preditor clínico de risco para doença futura resume o efeito acumulativo de todos os fatores de risco, conhecidos ou não, para os quais o indivíduo foi exposto pacientes com muita perda de inserção existente estão mais propensos ao risco de maior perda de inserção no futuro muitos dentistas tem a sua avaliação de risco para o desenvolvimento de DP no futuro influenciada pela existência atual da doença História Prévia de DP isoladamente, a presença de sangramento a sondagem não é suficiente para determinar o risco de perda de inserção com acurácia valor preditivo aumenta quando avaliado em conjunto com a profundidade de sondagem ausência de sangramento a sondagem: mais confiável determinar sítios que não passarão por destruição => alto valor preditivo negativoSangramento a Sondagem Anamnese detalhada: Exame clínico: Modelo de predição: podem ser incluídas variáveis direta ou indiretamente ligadas a cadeia casual da doença, como também as que não fazem parte dessa doença de simples realização não invasivo de fácil reprodução alta acurácia altos valores de sensibilidade e especificidade ciclo de vida características da população níveis de doença Modelos multivariados com objetivo de identificar fatores que aumentam significativamente a probabilidade de ocorrência da doença em um período de tempo MODELO DE PREDIÇÃO OU DE RISCO NA PRÁTICA DIÁRIA? modelo ideal deve ser: único modelo de avaliação de risco NÃO pode ser utilizado para todas as populações: Cariograma programa de computador interativo, criador por Bartthal et al. 1997, para ilustrar a relação entre os fatores que contribuem para o desenvolvimento da cárie dentária
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