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1 Nome dos acadêmicos 2 Nome do Professor tutor externo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa Pesquisa e Desenvolvimento na Educação Anne Caroline da Silva Ventura1 Amanda Gomes da Silva1 Claene de Jesus Alencar1 Ricardo Luiz Pereira Lima¹ Tutor Externo² RESUMO A pesquisa na educação brasileira vem enfrentando muitos empecilhos no que diz respeito ao seu desenvolvimento, estes são: financeiros, sociais e até mesmo culturais. Têm que se levar em consideração o saber/conhecimento empírico para uma melhor efetivação no desenvolvimento da pesquisa. Este impasse é encontrado na área acadêmica quando não se coloca como importante os diferentes tipos de saberes envolvidos no conhecimento existente e no que ainda irá se conhecer. O presente trabalho realizado por meio de levantamento bibliográfico tem por objetivo mostrar e elencar os principais pontos da importância da pesquisa dentro da educação brasileira para o seu desenvolvimento e aproveitamento socioeconômico. Pode-se dizer que a ciência moderna acredita estar um passo à frente quando emoldurada pelas paredes das universidades e este é o grande gargalo que na maioria das vezes impede a perfeita junção do saber e do conhecer para que se tenha um conhecimento efetivo e eficaz para o bem comum. No entanto, ainda há muito o que ser feito para o aprimoramento da pesquisa na educação brasileira e suas interfaces, para tanto é importante que se coloque em prática a interdisciplinaridade dentro da pesquisa acadêmica. Palavras-chave: Pesquisa. Educação Brasileira. Desenvolvimento. 1. INTRODUÇÃO A pesquisa dentro da educação deve ser vista como um instrumento de transformação para a sociedade, gerando uma educação mais crítica e logo mais debruçada sobre o interesse em novos conhecimentos, tendo como finalidade principal a inclusão dos sujeitos para que esses tenham uma prática social crítica e participativa. Isso significa que, dentro de uma sociedade desmotivada, os indivíduos precisam se apropriar de conhecimentos, ideias, atitudes, valores e comportamentos de forma crítica e reflexiva para que tenham condições de atuar na sociedade com o intuito de buscar novos saberes transformadores. Logo a pesquisa deve ser compreendida como um grande processo de diferentes conhecimentos que permeiam por diversos saberes, onde estes contribuem para a compreensão da realidade, ou seja, das vivências do mundo real. Então, a função da pesquisa, por mais abstrata que nos possa parecer, é a interpretação do que vivemos. De acordo com Santos (1989), a pesquisa é a “prática social de conhecimento”. O que reafirma o caráter social do desenvolvimento da pesquisa, conferindo-lhe como objetivo último o conhecimento para a vida social. Pois todo e qualquer conhecimento objetiva compreender a convivência e comportamento dos indivíduos com tudo o que o cercam, tornando-se uma convivência compreensível e com significado. Para agir sobre o mundo e transformá-lo primeiro se necessita compreendê-lo e interpretá-lo. Estas são duas atitudes que visam a busca de conhecimento e dos significados do mundo, são atitudes essencialmente humanas. Pensemos, ainda, que todo este processo de conhecimento e interpretação sobre o mundo e seus diversos saberes não é um processo individual ou isolado. Ele ocorre juntamente a história da 2 humanidade em uma robusta linha do tempo repleta de acontecimentos e fatos. O que nos faz pensar o conhecimento como algo histórico e social. Como acabamos de ver, o conhecimento e a pesquisa estão entrelaçados e são necessário para o desenvolvimento da educação em todas as diretrizes, é uma necessidade para a ação. Elenca o homem como ser pensante e racional o diferenciando de outras espécies, pela possibilidade de compreensão do meio em que vive e pelo ser pensante e cheio de intencionalidades na busca pelo conhecimento. O conhecimento atrelado a pesquisa são o que fazem os seres humanos como instrumentos capazes de pensar e agir mais conscientemente sobre o mundo, sua prática social. Minayo (2002) diz que: “a pesquisa, é uma atividade complexa que se realiza em todos os momentos da vida humana. Isso nos leva a concluir que pesquisar é produzir conhecimentos para a ação. Portanto, pesquisamos sempre, sistemática ou assistematicamente”. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A pesquisa e o conhecimento devem estar atrelados para o concreto desenvolvimento da educação brasileira. Para Barros e Lehfeld (2000) o ato de pesquisar vai além de uma simples análise, rompe as barreiras e desafios do tempo e espaço. É uma vivência do processo pedagógico- acadêmico que serve de instrumento para condução das descobertas, pois traz dúvidas e indagações que requerem respostas e para isto mais pesquisas, condições estas necessárias para a formação cidadã. Levando em conta os dois grandes pais da psicologia educacional encontra-se uma discrepância na forma de pensar quanto a interação do indivíduo e o mundo. Piaget acredita que essa interação ocorre diretamente entre o sujeito e o mundo externo, através dos processos de adaptação que envolve a assimilação e as influências externas, mas Vygotsky diz que tal interação pode ser mediada pela Cultura, pois se dá através do contexto histórico e cultural no qual o indivíduo está inserido, assim sendo um sóciointeracionista, ou para alguns autores, um sócioconstrutivista. Vygotsky diz ainda que: os processos de desenvolvimento e aprendizagem são processos interdependentes, que constituem um processo unitário e se influenciam mutuamente, sendo a aprendizagem a base histórico-cultural do desenvolvimento (VYGOTSKY, 1989; WERNER, 2007). O papel desempenhado pela Cultura é principalmente importante na passagem do estágio final da fase do pensamento por complexos (a fase dos pseudoconceitos) para a fase do pensamento por conceitos verdadeiros (MARTINS, 2007). Para Vygotsky (1998) a principal questão é que a aprendizagem precede o desenvolvimento em muitas áreas, estaria ele falando em multi ou interdisciplinaridade? Esses termos ainda não eram utilizados e discutidos na época, porém podemos entender que na maioria dos casos primeiro se tem um domínio operacional, no nível da ação, e apenas depois consegue-se desenvolver o conceito que vai permitir que apreendamos o sentido de tal ação. “Portanto, pesquisar é lançar-se no desconhecido significando apostar na busca do novo. Vários são os conceitos de pesquisa, mais todos convergem em um mesmo significado, pois toda pesquisa busca respostas para os problemas investigados, e para se encontrar as possíveis respostas devemos percorrer caminhos parecidos como: traçar objetivos, justificar os resultados” (Barros e Lehfeld: 2000, p.18) 3 A autora e estudiosa Werneck (2006) debruça um dos seus estudos sobre o processo da construção do conhecimento para a pesquisa a mesma afirma: Todo o conhecimento científico visa constituir-se em senso comum: o conhecimento do senso comum tende a ser mistificado e mistificador, além de conservador, porém tem uma dimensão utópica e libertadora que pode ser ampliada através do diálogo com o conhecimento científico. Esta síntese não visa uma ciência unificada; À medida que se der essa síntese, a distinção hierárquica entre conhecimento científico e conhecimento vulgar tenderá a desaparecer e a prática será o fazer e o dizer da filosofia da prática. Diferentemente de popularizar, o autor traz a necessidade de uma universalização da ciência, para que não fique restrita somente a comunidade cientifica, mas a sociedade em geral, busca uma universalização da ciência, ou seja, do acesso a informação a todos.visando analisar a ciência como uma prática em si e os novos caminhos para essa ciência pós-moderna, o autor propõe uma dupla ruptura epistemológica tendo como base as ciências sociais. A primeira ruptura epistemológica demonstra não ser possível criar um conhecimento novo em conflito com o senso comum, e para isso é necessário superar a sua caracterização saturada de negatividade feita a partir das ciências. A segunda ruptura epistemológica visa não modificar o senso comum, mas transformar-se nele, sendo a base dessa nova ciências, finalista e utilitária. “A configuração do saber é, assim, a garantia do desejo e o desejo da garantia de que o desenvolvimento tecnológico contribua para o aprofundamento da competência cognitiva e comunicativa e, assim, se transforme num saber prático e nos ajude no sentido e autenticidade à nossa existência.” (SANTOS: 2003, p.42). Essa dupla ruptura epistemológica, segundo Santos, permitirá uma nova configuração do saber, mais prático, que dá sentido à existência e cria o hábito de decidir bem, seria uma ciência prudente. “A dupla ruptura epistemológica tem por objeto criar uma forma de conhecimento, ou “A ciência pós-moderna, ao sensocomunizar-se, não despreza o conhecimento que produz tecnologia, mas entende que, tal como o conhecimento se deve traduzir em autoconhecimento, o desenvolvimento tecnológico deve traduzir- se em sabedoria de vida” (SANTOS: 1995; p. 57). O conhecimento humano inicia-se na primeira infância quando a criança, por imitação repete os gestos, as expressões faciais e as palavras dos adultos com quem convive. Constitui-se um conhecimento empírico, ligado ao fazer em que pouco se conceitua e muito se apreende pela experiência, pelo senso comum. É uma modalidade de conhecimento altamente influenciada pelo imaginário social, marcada pelo preconceito e pelas interpretações ideológicas. Com o início do pensamento lógico começam as buscas de relações causais, de simultaneidade, de contiguidade [...]. Os conceitos de substância e de acidentes, de classificação e de ordenamento. Inicia-se a estruturação de um corpo de ideias que vai constituir o conteúdo dos diversos saberes. À medida que o sujeito atinge o nível de desenvolvimento necessário para a compreensão com a ajuda de elementos externos, o outro, o livro, o professor, a TV, a Internet apropriam- se do novo saber organizando-o a seu modo. De acordo com as inúmeras concepções filosóficas e epistemológicas varia o entendimento sobre o processo de produção do saber (Werneck: 2006, p. 178.) 4 melhor, uma configuração de conhecimento que, sendo prática, não deixa de ser esclarecida e, sendo sábia, não deixa de estar democraticamente distribuída” (SANTOS: 2003, p.42). À luz dessa dupla ruptura e através da hermenêutica crítica, Santos (2003: p.47) conclui que: todo conhecimento é em si uma prática social; que a sociedade complexa é uma configuração de conhecimento adequada às várias práticas sociais; que a verdade de cada forma de conhecimento reside na sua adequação concreta à prática que visa constituir; e que, a crítica de uma forma de conhecimento é uma crítica à prática social a que se pretende adequar. Essas questões se colocam como verdadeiros desafios justamente por que suas respostas dependem de diversas interpretações, critérios de análise e de avaliação pautados nas mais variadas argumentações e oriundos dos mais diversos campos disciplinares. Contudo, o ponto pacífico dessas considerações é que com o aprofundamento das pesquisas educacionais, o debate em torno da educação no Brasil tem se tornado primordial, já que é ele permeado por questões de natureza política, econômica e social e que rebatem diretamente na qualidade de vida da população geral. Em se tratando de um debate genuinamente filosófico por guardar argumentos morais que dependem diretamente de noções de filosofia, como a distinção entre valor instrumental ou extrínseco e valor intrínseco, bem como valor e estatuto moral, faz-se necessário trazer à baila, ainda que sucintamente, essas conceituações basilares. O primeiro valor, o instrumental ou extrínseco, diz que algo tem valor quando é utilitário, quando tem função para outro. O segundo, diz respeito ao valor decorrente de si mesmo, próprio. Para a educação considera-se a noção de valor intrínseco como premissa para se estabelecer deveres morais em relação ao mundo inanimado. A assertiva faz surgir outras questões que esquentam o debate: “o que, ou quem é objeto próprio das considerações morais, somente os seres humanos, homens e animais, a totalidade das espécies e ou as comunidades ainda reclusas como as indígenas; como resolver os conflitos entre a pesquisa deve acontecer dentro da universidade ou em campo? com quais entidades temos obrigações morais? Geralmente se diz que só com seres fazedores da ciência, os que tem desejos, interesses e direitos. Mas e o conhecimento empírico humano ou conhecimento vulgar, não é o ponto de partida para todo o conhecimento desenvolvidos nas universidades? (SANTOS & BECKER, 2012). A noção de estatuto moral ou a considerabilidade moral vem à tona quando algo é passível de merecer considerações morais ou respeito por seus próprios direitos, independentemente de ser meio para algo, uma ferramenta para se garantir determinado objetivo. 5 3. MATERIAIS E MÉTODOS Todo o arcabouço analisado partiu de investigações preliminares, sendo estas realizadas por fontes primárias, onde couberam: dados históricos, bibliográficos e estatísticos; também foram investigadas fontes secundárias que são: artigos, periódicos, internet e livros (LAKATOS; MARCONI, 2003). A pesquisa iniciou-se com a análise de dados bibliográficos disponíveis, portanto, esta fase da presente pesquisa se denomina documental que, segundo Quivy e Campenhoudt (1998), vem a tratar da análise de dados preexistentes, o que caracteriza este trabalho como uma revisão bibliográfica. Para identificar e selecionar os estudos considerados relevantes ao desenvolvimento desta pesquisa foram realizadas buscas a partir do primeiro semestre de 2017, nas bases de dados eletrônicas como: portal periódicos CAPES Medline/Pubmed, Scielo e LILACs, utilizando os seguintes descritores (na língua inglesa e portuguesa): educação no Brasil, a importância da pesquisa na educação, pesquisa e conhecimento humano, pesquisa na educação brasileira, dentre outros. Também foram diretamente acessados e consultados alguns sites de periódicos da área da educação, assim como buscados, manualmente, materiais impressos e digitais na biblioteca central da UNIASSELVI. Deste modo, foram pesquisadas diferentes fontes (artigos, teses, dissertações e livros), de modo a satisfazer os princípios básicos necessários para a realização da pesquisa. As fontes primárias foram identificadas com base no seu título, sendo selecionados todos os resumos considerados previamente relevantes e somente analisados os que apresentaram maior relevância para o tema deste trabalho. Por último, realizaram-se pesquisas pelo nome do primeiro autor desses manuscritos para identificar outras fontes que estivessem dentro dos critérios de inclusão. Outra alternativa foi consultar as referências bibliográficas de cada artigo escolhido, a fim de encontrar alguma fonte de importância para o estudo. Ao todo foram consultados 43 arquivos entre livros, artigos e manuais, destes apenas 21 foram selecionados seguindo os critérios do nível de relevância quanto ao título – pesquisa na educação e conhecimento humano – bem como o ano de publicação tentando buscar os mais recentes. Após essa etapa, todos os artigos selecionados foram obtidos na íntegra e examinados. 6 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A pesquisa não é só uma cópia e sim uma forma de resumir o conteúdo e formalizar a sua pesquisar nas partes importantes,as informações da pesquisa pode trazer uma certa forma de conhecimento que não seja chata e complexa, pois com a pesquisa o aluno irá melhorar a sua interpretação, compreensão e a sua leitura, só não pode ser pela internet, mas também pode ser com livros históricos que a escrita é diferente e rara, com isso o aluno pode se interessar pela pesquisa escrita socializando e interagindo com outras pessoas e sobre o assunto pesquisado. A pesquisa na educação pode se tornar uma grande aliada, pois proporciona a construção de novos conhecimentos e uma formação crítica e inovadora. Assim, a pesquisa na escola deve estimular o aluno a não somente pesquisar, mas fazer dele um ser crítico, criativo e participativo e que aprenda a pesquisar. Segundo Freire (2001): “não existe pesquisa sem ensino e nem ensino sem pesquisa”. Então, pesquisar é investigar, é desenvolver novas hipóteses, é formular novas ideias, conhecer outras realidades e buscar resposta para diferentes perguntas. A pesquisa facilita ao aluno a melhorar a sua forma de receber o conhecimento geral para a necessidade de uma boa aprendizagem. Para isso, destaca-se a importância da pesquisa e uma formação inicial sólida e assim, poderá oportunizar aos futuros professores desenvolver o lado questionador e investigador. A pesquisa como atividade regular também pode ser definida como o conjunto de atividades orientadas e planejadas pela busca de um conhecimento. Dependendo da pesquisa o aluno pode acabar se atrapalhando com a quantidade de conhecimento recebido, por isso os professores ou responsáveis tem como obrigação orientar e saber o que o aluno pesquisa para ter a melhor forma de receber e entender o que está sendo pesquisado. As bases de pesquisa se tornam mais fáceis e compreensíveis a cada dia, mas quando existe a dificuldade de levar a pesquisa em certos lugares, como as zonas rurais de difícil acesso, outro recurso de pesquisa são: Livros, revistas, documentários e etc.. Esse recurso de pesquisa tem a mesma complexibilidade do uso da internet, pois além de formalizar a pesquisa com base na história que ajuda muito na compreensão ou facilidade de interpretar a sua versão ou algo marcante que possa ter acontecido. O recurso do uso do livro para pesquisa é de alta importância, pois a maioria das informações que hoje estão na internet foram tiradas dos livros ou jornais de várias épocas e séculos passados. Até hoje existem livros que não foram descobertos ou traduzidos pelos historiadores e livros que a sociedade não teve acesso, com a raridade e o tempo do livro novas descobertas e analises sobre a antiguidade pode ser revelado por conta desse recurso. Então, a cada dia a internet necessita de novas descobertas ou conhecimentos desse recurso de pesquisa pouco utilizado na atualidade. Também que se tenha essa curiosidade pela busca de aprender a pesquisar; o ato de pesquisar nos faz seres pensantes onde desenvolvemos a capacidade de observar, compreender e absorver saberes antes desconhecidos, assim como amplia nossa visão de mundo. Conscientizar o homem a ser produto de saber inovador e com isto facilita o aperfeiçoamento e estimula o mesmo no desenvolvimento de opiniões. 7 Pesquisar também é desenvolver, colaborar, reproduzir, refutar, ampliar, detalhar, atualizar, algum conhecimento pré-existente, servindo basicamente tanto para o indivíduo ou grupo de indivíduos que realiza, quanto para a sociedade na qual esta se desenvolve. A internet fez tudo se tornar tão acessível e fácil ao alcance das suas mãos que pesquisar, ler e buscar fatos se tornou enfadonho. É necessário que se tenha vontade e estimule seus alunos a fazer pesquisas em salas de aula e na vida. Pois ao contrário do que pensam pesquisa não envolvem somente cientistas em laboratórios, como também atos mais simples praticados no dia a dia. Estamos na chamada sociedade da informação. Então, como os elementos da sociedade da informação e comunicação estão influenciando o processo educativo? De forma que é preciso fazer uma reflexão sobre o comportamento da escola pública diante da proposta de “informatização”. Num país onde a escola ainda assume o papel de principal educador e preparador de bons indivíduos para a sociedade. É preciso resgatar esse valor que a escola sempre teve, já que informatizando tudo, os agentes principais não terão nenhuma importância que são eles: os professores que necessitam de formação e valorização para enfrentar novos desafios, são essenciais para estabelecer a crítica das informações dentro e fora das escolas. Já que o papel do professor já não é mais de transmitir conhecimento, mas sim mediar o conhecimento. Pesquisar desenvolve não somente a nossa capacidade de pensar, como também faz com que contribua para a evolução de uma população bem informada, onde sabem como expressar suas ideias e opiniões. Pois adquirindo e esse prazer pela busca do conhecimento e do novo vai se instruindo uma nova população, uma sociedade onde o conhecimento e a busca pelo saber é algo prazeroso não somente tido como obrigação. “Em toda a história da escolarização, nunca se exigiu tanto da escola e dos professores quanto nos últimos anos. Essa pressão é decorrente, em primeiro lugar, do desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação e, em segundo lugar, das rápidas transformações do processo de trabalho e de produção da cultura. A educação e o trabalho docente passaram então a ser considerados peças-chave na formação do novo profissional do mundo informatizado e globalizado.” (FREITAS, 2005). 8 5. CONCLUSÃO Diante de tudo que foi abordado e exposto sobre pesquisa, educação e conhecimento ficou claro o quanto esse campo é diverso e possui diferentes vertentes, porém todas permeiam ou se cruzam quanto a importância do desenvolvimento da pesquisa educacional para que se melhor o sujeito se reconheça e conheça o ambiente que vive. Tudo se dá pelas diferentes vivências e oportunidades de explorar os diversos saberes, tendo o ser humano como ser pensante e racional capaz de sentir-se instigado a buscar respostas para todas as indagações e dúvidas que surgirem dentro do desenvolvimento de uma pesquisa. Percebe-se a necessidade de mais trabalhos e pesquisas desenvolvidas nessa temática, mostrando a relevância do desenvolvimento das pesquisas principalmente nas universidades, onde a busca incessante pelo conhecimento se estende e chega até a sociedade para o uso do bem comum. Pois este é o principal interesse da busca pelo saber, que o mesmo seja aplicado e utilizado pela sociedade acadêmica e população geral. O desenvolvimento das pesquisas na educação brasileira está cada vez mais ameaçado pela falta de verbas, em contrapartida a sede de conhecimento é o principal combustível para mover cada vez mais pesquisas em diversas áreas de saberes. 9 REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. BARROS, A. J. da S.; LEHFELD, N. A. de S. Fundamentos de metodologia científica: um guia para a iniciação científica. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2000. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. São Paulo: Ed. Pearson, 2006. FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo: Atlas, v. 5, 2011. MARTINS, J. C. Vygotsky e o Papel das Interações Sociais na Sala de Aula: Reconhecer e Desvendar o Mundo. Série Idéias, São Paulo, n.28, p. 111 – 122, 1997. Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_28_p111-122_c.pdf. Acesso em 20 ago. 2007. MINAYO, M. C. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, Vozes, 2002. MÜLLER, Antônio José (Org.). etal. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013. PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Ed. Intersaberes, 2016. LAKATOS, E; MARCONI, M, A. Fundamentos de metodologia científica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003. QUIVY, R.; CAMPENHOUDT, L. V. Manual de investigação em ciências sociais. Lisboa: Gradiva, 1998. SANTOS, Antônio Carlos dos & BECKER, Evaldo (organizadores). Entre o homem e a natureza: abordagens teórico-metodológicas. Porto Alegre: Redes Editora,2012. SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre a ciência. 7 ed. Rio de Janeiro: Graal, 1995. SANTOS, Boaventura de Sousa. 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