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1 Fiscalização exercida para que atividades ou produtos não se desviem de normas preestabelecidas. Existem instrumentos também utilizados para avaliar/fiscalizar se as normas estão sendo seguidas. O controle de qualidade é o conjunto de atividades planejadas e sistemáticas que servirão para garantir que o produto ou serviço atenda aos requisitos de qualidade. Qualidade Existem várias definições como: “Propriedade que determina a essência ou a natureza de um ser ou coisa.” “Numa escala de valores, propriedade que permite avaliar e consequentemente aprovar, aceitar ou recusar qualquer coisa.” “Tudo aquilo que melhora produto do ponto de vista do cliente.” De uma maneira geral, é o que da sustentação ao produto/empresa para alcançar a satisfação do cliente que é fundamental. É difícil definir pois existe uma renovação de necessidade do usuário em características, mensuráveis, o produto pode ser projetado e modificado para dar satisfação por um preço que o usuário possa pagar (Deming). Produtos são os resultados dos exames. Situações e que são solicitados: check up, diagnostico, prognóstico, tratamento, monitoramento, prevenção de doenças. Clientes dos laboratórios são: pacientes, médicos que solicitam exames, empresas compradoras de serviço de saúde. Eficácia: atingir o objetivo, fazer a tarefa certa, completar atividades e alcançar metas. É algo adequado para atingir um proposito, de modo a alcançar o resultado pretendido ou esperado. Eficiência: atingir o objetivo com menor dispêndio. Reflete no desempenho interno de produtividade. Quando a tarefa é executada da melhor forma possível, com menor desperdício de tempo, esforço e recursos. - Um equipamento pode ser o mais eficaz e realizar grande número de exames. No entanto, pode não ser mais eficiente de realizar um exame por causa do grande gasto de reagente. Exatidão informa quanto o valor é diferente do verdadeiro, é a capacidade de fornecer o resultado correto – é melhor medida por ensaios de proficiência. Exame representa o valor real do paciente. Precisão relacionado a concordância entre as medidas- exame é reprodutível. Importância de realizar controle de qualidade • Assegurar qualidade ao serviço prestado, gerando benefício ao paciente. • Aumentar sua segurança e sua tranquilidade quando realiza seu trabalho • Ter convicção em assegurar aos clínicos o valor seguro do teste • Ter respaldo legal em caso de questionamentos judiciais • Preencher requisitos exigidos em programas de acreditação e selo de qualidade • Competição no mercado Custos de não conformidade: repetição de exame como sendo falha interna e pedidos repetidos de exames como sendo falha externa. Para redução dos custos, deve-se evitar repetições de exames, melhorar o fornecimento de material, enxugar processos, prevenir perdas, reduzir desperdícios em geral. Gestão e garantia da qualidade A gestão deve definir: a política de qualidade e os objetivos e metas a serem seguidos. A gestão de qualidade de uma empresa deve ser implementada através de: 1. Planejamento da qualidade: definir critérios de qualidade a serem seguidos 2. Controle de qualidade: visa atender aos requisitos de qualidade 3. Garantia da qualidade: ações planejadas de forma sistemática para promover confiança que os requisitos serão atendidos 4. Manutenção da qualidade: acompanhamento e avaliação do sistema da qualidade 5. Melhoria da qualidade: resolução continua dos problemas resultando em melhoria do processo. 2 Política de suprimentos de laboratório: “todos os insumos e reagentes adquiridos pelo laboratório devem ter registro no MS/ANVISA e o setor de compras deve gerenciar os reagentes de forma que a realização de exames seja ininterrupta.” Sistema de Gestão da Qualidade implica em: • Mapear os processos • Avaliar os procedimentos e registros necessários para documentar tais processos • Capacitar as pessoas para a execução das atividades planejadas • Identificar as falhas de cada processo • Implementar ações corretivas/de melhoria contínua Certificação Procedimento onde uma entidade de terceira parte assegura por escrito a qualidade de produtos, processos, procedimentos, pessoal, sistema de qualidade ou serviço, de acordo com normas ou requerimentos específicos. Exemplo: Norma NBR ISSO 9001 A diferença entre certificação e acreditação é que a primeira se refere ao reconhecimento de atendimento a normas estabelecidas. Um laboratório pode conseguir certificação para uma parte de um processo, já acreditação não da essa possibilidade, se tornando muito mais completa e exigente. Acreditação Significa outorgar a uma organização um certificado de avaliação que expressa a conformidade com um conjunto de requisitos previamente estabelecidos. Os requisitos são fundamentados em normas. Acreditação é um processo voluntario, com finalidade e comprovar a implementação do seu sistema de qualidade, quer seja em relação a capacidade organizacional ou técnica. Programas de acreditação: Funções do controle de qualidade: • Controlar o desempenho do sistema analítico • Avaliar se um ensaio está sob controle ou fora de controle. • Garantir a confiabilidade das dosagens laboratoriais • Permitir a detecção de ensaios fora de controle • Permitir a baixa probabilidade de falsa rejeição de ensaios sob controle • Criar sinais de alerta para prevenir a liberação de resultado inadequado e indicar a necessidade de ações corretivas • Rastreabilidade • Indicar necessidades de melhorias: em processos e em atividade desenvolvidas pelos colaboradores. Programas de Controle de Qualidade buscam distanciar o método analítico dos erros que comumente determinam falsos resultados e que assegure a qualidade da atuação total do laboratório. Identificar não conformidades (não atendimento de um requisito) Programas de controle de qualidade em laboratórios: - Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) - Pograma de Excelência para Laboratórios Clínicos (PEM) da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Padronização dos processos analíticos Antes de serem implantados na rotina, os métodos utilizados para realização de um exame devem ser analisados quanto a: Confiabilidade: precisão, exatidão, sensibilidade, especificidade e linearidade Praticidade: tipo da amostra, duração do ensaio, metodologia, estabilidade dos reagentes, equipamentos, custos e segurança pessoal. Também monitorar: a qualidade da água, a limpeza da vidraria e a calibração dos dispositivos de medição (pipetas, vidraria, equipamentos) Todas as atividades do laboratório devem ser documentadas através de Instruções de Trabalho (IT) ou Procedimentos Operacionais Padrão (POPs), aprovadas e colocadas à disposição do corpo técnico e de apoio. São documentos que descrevem detalhadamente cada atividade do laboratório, tais como: atendimento ao cliente, coleta de amostras, limpeza e descarte de materiais, manipulação de equipamentos, realização de diversos exames e liberação de laudos. POPs - implementados e colocados à disposição dos técnicos responsáveis pela realização dos exames. Contendo: • nome do procedimento • fundamento do método, • aplicações clínicas, • tipo de amostra a ser analisada, • reagentes (padrões, calibradores, controles reagentes do teste e insumos), • equipamentos, • procedimento metodológico detalhado da técnica, 3 • linearidade do método, • limite de detecção, • cálculos, • controle de qualidade usado, • valores de referências, • significado clínico • referências bibliográficas Controle de qualidade interno (intralaboratorial) consiste na monitorização dos procedimentos técnicos, naanálise diária de amostra, no controle com valores dos analitos conhecidos para avaliar a precisão dos ensaios e na análise estatística. Amostras controladas. Finalidade de garantir a reprodutibilidade (precisão), verificar a calibração dos sistemas analíticos e indicar o momento de se promover ações corretivas quando surgir uma não conformidade. Esses resultados podem ser plotados em um gráfico de controle e comparados com os “Limites Aceitáveis de Erro” (LAE) para aquele analito. Os sistemas mais empregados nos laboratórios são os sistemas de controle de Levey-Jennings e através das Regras de Westgard. Controle de qualidade externo (interlaboratorial) um analito pode ser analisado por vários laboratórios e posterior comparação dos resultados, avaliar seu desempenho frente à exatidão desses resultados. Sem esses programas, o laboratório torna-se isolado estatisticamente e não possui meios para verificar regularmente a exatidão do seu trabalho. Teste de Proficiência que consiste de amostras múltiplas de valor desconhecido enviadas periodicamente aos laboratórios para a realização de ensaios. Os laboratórios participantes analisam controles de concentrações desconhecidos que lhes são enviadas pela patrocinadora do programa de controle externo, que recebe os resultados, separa por grupos de metodologias iguais, determina a média de consenso de cada grupo e calcula o respectivo desvio- padrão. São emitidos os conceitos: • Bom: quando os resultados obtidos pelo laboratório estão dentro da média mais ou menos um desvio- padrão; • Aceitável: quando a variabilidade laboratorial está dentro da média mais ou menos dois desvios-padrão; • Inaceitável: quando a variabilidade está fora da média mais ou menos dois desvios-padrão. É uma sistemática continua e periódica, construída por avaliações de resultados obtidos pelo laboratório na analise de materiais desconhecidos que simulam pacientes. Estudos estatísticos e analises de um grupo assessor, aponto erros e possíveis causas, acertos e considerações sobre o desempenho global dos laboratórios participantes. Relatórios são disponibilizados para o laboratório verificar seu desempenho, identificar melhorias relacionadas a sistemática de ensaio, equipamentos e corpo técnico. Um conjunto de ações que visam garantir a precisão dos resultados dos exames, utilizando a verificação persistente dos fatores que continuamente interferem no processo. Sistema de controle interno da qualidade- erros Estatística no controle da qualidade. Duas principais atividades Inspeção: aprovar ou rejeitar os resultados de uma corrida analítica (lote de exames realizados) verificando se os resultados encontrados para os valores dos controles estão dentro dos limites estabelecidos. Também para verificar se o método está adequado antes de ser colocado na rotina do laboratório. Monitoração do processo: avaliar se o método está estável, mostrando que não tem imprecisão e inexatidão. Avaliar a variabilidade associada ao processo e determinar se ela é adequada para as finalidades propostas e para que os resultados sejam de utilidade médica. Amostragem estatística Os procedimentos utilizados no CQ são baseados na estatística populacional. Os materiais de controle são incluídos em uma corrida analítica e os resultados encontrados são considerados como sendo representativos de toda a população dos indivíduos analisados. Devem estar sujeitos às mesmas condições das amostras dos pacientes a serem analisados na mesma corrida. Nos ensaios automatizados várias bandejas de amostras são analisadas em sequência. Quando se conhece bem a estabilidade do sistema, não é necessário que os controles sejam colocados em todas as bandejas, mas é fundamental que sejam analisados pelo menos uma vez em uma corrida analítica. Variabilidade analítica Não existe um valor único verdadeiro para uma determinada medição, mas sim uma distribuição de valores verdadeiros. Considera-se mesmo que o valor 4 verdadeiro não pode ser conhecido e, logicamente, todas as medições são inexatas. Medições repetidas de um material estável sob condições idênticas (o mesmo operador, usando os mesmos equipamentos e reagentes), resultam numa série de resultados diferentes que são decorrentes da variação aleatória que ocorre em todo processo de medida. Causas de variações aleatórias: comportamento dos reagentes, calibração e desempenho dos equipamentos, métodos de trabalho, condições ambientais, desempenho dos operadores As causas de variação podem produzir também defeitos ou resultados não conformes, também chamados resultados fora de controle. A frequência da distribuição dos resultados obtidos em análises repetidas de um mesmo material estável usando um método estável, se aproximará de uma distribuição gaussiana (distribuição normal). Valor médio em zero, pode variar em 1 e 2 desvios padrão. Desvio padrão expressa a dispersão dos valores em torno da média. Quanto maior a variabilidade dos resultados em torno da média, maior o desvio padrão. Expressa a precisão ou reprodutibilidade do método. Os padrões não devem ser usados para simular materiais de controle, são coisas diferentes. Amostras de pacientes podem ter interferências endógenas (uremia e outros) ou exógenas (drogas e seus metabólitos). Obs. As ocorrências de bilirrubina elevada e turvação podem ser percebidas visualmente. Não detectáveis pelo CQ. Os materiais de controle têm valor muito limitado para avaliar a inexatidão devido à dificuldade em designar valores verdadeiros para estes materiais. CQ proporciona pequena ou nenhuma ajuda na identificação de erros da fase pré-analítica e é pouco eficiente se as ferramentas básicas da estatística não são utilizadas e se os limites de controle não são definidos para proporcionarem resultados com utilidade médica. Não adianta investir no CQ se não fizer um bom uso das ferramentas estatistas e não se estabelecer bem os limites de controle. Os processos de medida estão sujeitos a variações e o propósito do CQ é assegurar que o desempenho dos métodos seja mantido dentro dos limites esperados de variação. Possui três etapas importantes: 1. Estabelecer os limites aceitáveis de variação para prevenir, ao máximo possível, falsas rejeições e falsas aceitações; 2. Monitorar os dados obtidos com os controles e identificar os erros com base em critérios definidos; 3. Introduzir ações corretivas quando indicado. Se a gente estabelecer limites muito amplos vai ocorrer elevado número de resultados dentro do controle do processo e grande probabilidade de liberar resultados que não são adequados para uso médico. Situação de falsa aceitação (Ex. três desvios padrões). Já limites muito estreitos para a variabilidade analítica fará com que resultados sejam rejeitados embora adequados - situação de falsa rejeição. Cada lab. vai usar um tipo de método e equipamento, por essa razão eles costumam ter limites amplos. Os procedimentos de monitorização do processo envolvem três etapas para se obter resultados efetivos: 1.Ensaio dos materiais de controle; 2.Registro dos resultados e das ocorrências observadas; 3.Verificação diária do estado de controle por aplicação das regras específicas. A ausência dos registros é uma não conformidade altamente indesejável nas atividades do laboratório assim como em qualquer sistema da qualidade. O laboratório deve dispor de planilhas para os seguintes registros: resultados obtidos nos ensaios dos analitos, ocorrências de resultados fora dos limites estabelecidos, manutenções realizadas nos instrumentos, calibrações executadas, falsas rejeições e falsas aceitações quando percebidas. Outra forma de registro é o mapa de Levey-Jennings. Forma gráfica simplesde lançar os resultados obtidos nas dosagens diárias dos controles. Representação da curva de Gauss com uma rotação de 90 graus. Eixo x corresponde aos dias (nesse caso 20 dias). Linha azul distante ± 1 DP, linha amarela distante ± 2DP e a linha vermelha distante ± 3DP. Valores mais distantes são indicadores de maior variação do método, ou seja, de aumento da imprecisão. (Na área da saúde na maioria das vezes trabalha-se com dois desvios- confiança de 95% e erro < 0,05). 5 As múltiplas linhas representam distância padronizada de número de desvios padrão (DP) acima ou abaixo da média, Xm, que é representada pela linha verde que pode ser o valor fornecido pelo fabricante do material de controle. É possível que o valor de média do próprio laboratório seja diferente da média do fabricante. Se for muito diferente para determinado analito, analisar seus resultados dos Ensaios de Proficiência para verificar como anda a exatidão desse analito. Fase em preparo utiliza o valor fornecido pelo fabricante do material de controle apenas na primeira fase de análise do lote do material. Nessa fase, o laboratório apura os valores próprios para média e desvio padrão, já verificando também o Coeficiente de Variação (CV). Após obtenção dos valores de média e de DP, é recomendado adotar esses valores como parâmetros no gráfico de controle, fazer a análise visual e testar as regras múltiplas - Fase em ativos. Indicações do desempenho do sistema analítico/aceitação. Estoque de material de controle do mesmo lote para 1 ano. Através desse material, aplicamos as regras de Westgard Detecção de problemas de controle. Usam um conjunto de critérios de decisão para identificar se uma corrida analítica está ou não em controle. Deve ter como base os valores da média Xm e de DP determinados no próprio laboratório (após a fase em preparo). Fornece informação sobre o tipo de erro, se sistemático ou aleatório, facilitando a localização do erro e a introdução de ações corretivas. Deve-se repassar uma lista de possibilidades para encontro da causa do problema. Significa que uma vez, excedeu 2 desvios padrões Regra 12S - Regra de alerta Mas não de rejeição. Representa a regra de controle onde o valor de um dos controles excede o limite de Xm ±2s. Indica que devem ser realizadas inspeções adicionais em todos os dados. Aplicar outras regras de Westgard para decidir se os resultados serão aceitos. Regra 22S - Regra de rejeição Em duas corridas analíticas consecutivas o valor do controle excede o mesmo limite que pode ser Xm+2s ou Xm-2s. Esta regra é indicadora de um erro sistemático. Regra 13S - Regra de rejeição Os resultados devem ser rejeitados, pois indica aumento do erro aleatório ou erro sistemático de grandes dimensões. Os lab normalmente vão ter um profissional que vai ser o gestor da qualidade, que vai ser responsável por isso e tomar as providencias necessárias. Procurar erro aleatório ou repetir o exame da amostra- controle com outra amostra. Dissolva ou descongele outra amostra do soro-controle e realize a dosagem do mesmo, se o resultado estiver localizado no gráfico entre +/- 2 as dosagens podem ser liberadas. Regra 41S - Regra de rejeição 4 valores consecutivos de um controle excedem os mesmos limites, ou seja, Xm +1s ou Xm -1s. A violação indica um erro sistemático. Quando a diferença entre os dados dos 2 controles é maior que 4s. É indicadora da ocorrência de erros aleatórios Regra 7xm - Regra de rejeição 7 valores consecutivos do controle estão no mesmo lado da média, não sendo necessário que os limites de ±2s ou ±3s sejam ultrapassados. Violação indica incidência de erro sistemático Regra 7T - Regra de rejeição 7 valores consecutivos mostram uma tendência crescente ou decrescente, não sendo necessário que os limites de ±2s ou ±3s sejam ultrapassados. Violação indica incidência de erro sistemático. 6 Regra 10xm - Regra de rejeição Quando os valores do controle estão no mesmo lado da média em 10 dias consecutivos. 10 observações para 1 controle ou 5 para o nível 1 e 5 para o nível 2. Os resultados devem oscilar em torno da média. A regra aponta perda dessa oscilação A violação de qualquer das regras acima indica: • O processo perdeu a estabilidade; • Os resultados obtidos em amostras dos pacientes devem ser rejeitados e logicamente não serão relatados; • A regra violada ajuda na identificação do tipo de erro responsável pela perda da estabilidade do processo analítico, devendo-se então procurar suas causas e introduzir a ação corretiva necessária. Controle do processo usando um nível de concentração: • Não verifica o desempenho analítico em uma escala mais ampla de concentrações; • Requer regras de controle mais rigorosas que podem produzir falsas rejeições, elevando os custos a valores maiores que os necessários para manter outro controle em nível diferente de concentração. • A aplicação das regras 41s ou 7Xm requer quatro e sete corridas analíticas respectivamente; A utilização de um sistema combinado de regras de controle: Aumenta a probabilidade de detecção de erros sem requerer um maior número de ensaios dos materiais de controle; usando procedimentos de controle bem planejados obteremos um resultado de custo efetivo que possibilita aperfeiçoar a qualidade sem aumentar os custos ou reduzir a produtividade “Para saber exatamente quando utilizar um CQ de regras únicas ou múltiplas, será necessário definir a qualidade exigida em cada ensaio, observar a precisão e exatidão alcançada pelo método, estimar as probabilidades de falsa rejeição e de detecção de erro dos diferentes procedimentos de CQ.” “O laboratório deve definir quais regras são aplicáveis para cada ensaio, conforme sua realidade analítica.” Resuminho Quando a regra 12s é quebrada se verifica se está fora de controle, se estiver se rejeita, caso contrário não. Exemplo de um laboratório: 7 O laboratório, durante 20 dias foi fazendo a analise do controle, quando encontrou um valor acima de dois desvios padrões procurou erro e corrigiu. O desvio padrão e média encontrado pelo lab podem ser diferentes do fornecedor, pois o material do fornecedor é preparado para diversos laboratórios que possuem equipamentos e metodologias diferentes, então os limites podem não bater. Grande número de fatores não ligados a doenças modificam os valores dos analitos nas amostras. Incluem idade, sexo e raça, que muitas vezes são reconhecidos pelo estabelecimento de valores estratificados de referência. Resultados podem ser afetados por fatores controláveis como tipo da dieta, duração do jejum, hora da colheita e ingestão de drogas. Todos os processos de colheita, preparação e armazenamento da amostra afetam unicamente os resultados dos pacientes e podem produzir erros maiores que aqueles ocorridos no procedimento analítico. Cuidados com as causas de variação pré- analítica devem ser tomados continuamente. Rejeitar os resultados das corridas analíticas nas situações em que, apesar de não haver violação das regras de controle, os resultados dos pacientes parecerem improváveis ou quando não se identificar relação entre os resultados encontrados e os dados da clínica. Conhecimento e atenção às possíveis causas de erros auxiliam consideravelmente na redução da sua ocorrência, como também permitem localizar mais fácil e rapidamente as causas de um erro quando ele ocorreu ou está ocorrendo. A utilização de materiais de controle faz parte dos sistemas operacionais utilizados no laboratório para monitorar a estabilidade de um processo analítico com relação às características da precisão e da exatidão. Erro sistemático causa inexatidão, afetatodas as amostras da mesma maneira. Deslocamento de valores para cima ou para baixo da média, a causa pode ser determinada e está ligada as características do processo (problemas de calibração, mudança no lote de reagente, mudanças no equipamento). Pode ser praticamente eliminado ao se utilizar métodos otimizados, calibradores aferidos por métodos de referência. Erro aleatório causa imprecisão, aumenta ou diminui, erro ao acaso causando imprecisão de um método então valores mostram variações acima ou abaixo da média. Nota-se quando é em um único dia, pode ser devido problemas na pipetagem, flutuações na homogeneização e voltagem, alterações na temperatura, erro no manuseio do material. Erro pode ser minimizado através da otimização das atividades operacionais ou instrumentais a fim de obter resultados que não tenham sua utilidade médica comprometida. Erro grosseiro é aleatório e gera resultados discrepantes muitas vezes devido a enganos ou trocas que não são considerados erros estatísticos. Algumas causas: incorreções na escolha dos processos analíticos; desvios dos procedimentos prescritos (modificações nas etapas do ensaio, uso de recipiente ou equipamento incorreto); repetidas preparações incorretas de amostras e padrões; equipamento com defeito ou ajustado incorretamente; erros aritméticos sistemáticos e erros nos cálculos; erros na transmissão e na interpretação da informação. Prevenção de erros Desenvolvimento de processos capazes de atingir os requisitos da qualidade para a produção de resultados de utilidade médica. Deve ser reforçada na obtenção da amostra através da implementação de procedimentos de orientação, colheita, transporte, armazenamento e manuseio das amostras, atividades que minimizam as ocorrências de erro. Preparo de reagentes, calibração de instrumentos, execução correta e padronizada, água reagente... Detecção de erros Avaliação do processo para identificação da presença de erros. A detecção de erros é a atividade de monitoramento exercida pelo controle da qualidade. Quando um erro é identificado pelo processo de monitoramento ele não pode ser tolerado e os resultados dos pacientes são retidos e reanalisados após a introdução da ação corretiva. A atenção dos operadores faz parte da detecção. Prevenção e detecção dos erros: O monitoramento dos processos não é capaz de identificar a presença de todos os erros, se uma amostra teve algum problema na sua coleta, o CQ não vai detectar o erro. Além disso, pessoal deve estar treinado e supervisor competente. Ações corretivas • Manutenção dos equipamentos • Assistência técnica • Calibrações • Operação dos sistemas • Processo de validação • Treinamento contínuo 8 Fase pré-analítica: ocorre desde o pedido médico até o momento da análise. • Coleta • Identificação • Transporte • Armazenamento Boas praticas evitar o erro, como traçar medidas para que esses itens sejam feitos de forma correta. Fase analítica: realização do exame laboratorial. Conjunto de procedimentos de trabalho, equipamentos, reagentes... Erros podem ser decorrente da falta de manutenção, é necessário acompanhamento, controle e treinamento. Fase pós-analítica: resultados e liberação. Pode ocorrer erros de digitação e emissão dos resultados. Calibrador é diferente de controle. Soro Calibrador é um produto liofilizado que atua para para ajustar o sistema, fabricantes garantem a concentração, tem um custo superior. O soro controle (liofilizados, líquidos, congelados) não tem o mesmo grau de exigência, é adequado para avaliar exatidão, precisão e os desvios de calibração dos equipamentos utilizados nas dosagens. Matriz é uma série de aditivos envolvidos na preparação do controle. Efeito da matriz: interferência analítica causada por alterações no material de soro humano introduzida na preparação e processamento do material. Por isso é importante estabelecer um soro controle e evitar variações, fazer com que o mesmo tenha um longo prazo de sobrevida na monitoração do laboratório. Problema de falsa rejeição. Acima de 2 alto índice de falsa rejeição e acima de 3 elimina esse problema, mas reduz a detecção de erro. Sistema mais flexível
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