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2-Atualização Leg Penal Esp Pol Federal-2p3ed

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Legislação Penal Especial para concurso  
     Polícia Federal 
         Série Concursos Públicos 
         Emerson Castelo Branco 
        2ª para 3ª edição, 2012 
 
 
 
p. 43/44 – Substituir a  resposta da “questão potencial de prova! É  cabível a aplicação de 
penas alternativas ao crime de tráfico ilícito de drogas?” por:   
 
Atualmente, sim. Trata‐se da mais recente orientação do Supremo Tribunal Federal e do 
Superior Tribunal de Justiça. 
No Superior Tribunal de Justiça, a questão era controvertida, havendo decisões distintas: 
Posição favorável à aplicação de penas alternativas: 
“A  Turma  reafirmou  ser  possível  a  substituição  da  pena  privativa  de  liberdade  por 
restritiva de direitos nas condenações referentes ao crime de tráfico de drogas praticado sob 
a égide da Lei 11.343/2006, conforme apregoam precedentes do STF e do STJ. Na hipótese, o 
paciente foi condenado pela prática do delito descrito no art. 33, caput, daquela Lei e lhe foi 
aplicada a pena de um ano e oito meses de  reclusão,  reduzida em  razão do § 4º do citado 
artigo. Então, reconhecida sua primariedade e determinada a pena‐base no mínimo legal em 
razão das favoráveis circunstâncias judiciais, há que fixar o regime aberto para o cumprimento 
da pena (princípio da individualização da pena) e substituí‐la por duas restritivas de direitos a 
serem  definidas  pelo  juízo  da  execução.  Precedentes  citados  do  STF: HC  102.678‐MG, DJe 
23.04.2010;  do  STJ:  HC  149.807‐SP,  DJe  03.11.2009;  HC  118.776‐RS;  HC  154.570‐RS,  DJe 
10.05.2010; e HC 128.889‐DF, DJe 05.10.2009. HC 151.199‐MG, Rel. Min. Haroldo Rodrigues 
(Desembargador convocado do TJ‐CE), julgado em 10.06.2010”.1  
Posição contrária à aplicação de penas alternativas: 
“O  art.  44  da  Lei  11.343/2006  veda,  expressamente,  o  sursis  e  a  conversão  da  pena 
privativa de  liberdade em pena  restritiva de direitos aos condenados pelos crimes previstos 
nos arts. 33, caput e § 1.º, e 34 a 37, da nova Lei de Drogas”.2  
Todavia,  referida  questão  encontra‐se  superada,  em  razão  do  pronunciamento  do 
Supremo  Tribunal  Federal,  declarando  a  inconstitucionalidade  incidental  da  expressão 
"vedada a  conversão em penas  restritivas de direitos",  constante do § 4º do art. 33 da  Lei 
11.343/2006, bem como da expressão "vedada a conversão de suas penas em restritivas de 
direitos",  contida  no  art.  44  do  mesmo  diploma  legal,  de  modo  que  não  mais  subsiste  o 
fundamento para  impedir a  substituição da  reprimenda  corporal por  restritivas de direitos, 
quando atendidos os requisitos do art. 44 do Código Penal.3  
O Plenário do  Supremo  Tribunal decidiu pela  inconstitucionalidade da  vedação  contida 
nos  arts.  33,  §  4º,  e  44  da  Lei  11.343/2006,  não  admitindo  seja  subtraído  do  julgador  a 
possibilidade  de  promover  a  substituição  da  pena  privativa  de  liberdade  em  restritiva  de 
direitos quando presentes os requisitos inseridos no art. 44 do Código Penal.4  
Em síntese, atualmente, é possível a aplicação de penas alternativas em relação ao crime 
de tráfico ilícito de drogas. 
                                                            
1  Informativo 438 do STJ. 
 
2  STJ, HC 144.915/MG, DJe 28.06.2010. 
 
3 STJ HC 178158/MG 19/08/2011 
4 STF HC 109411/MS 11/10/2011.  
                           Legislação Penal Especial para concurso  
     Polícia Federal 
         Série Concursos Públicos 
         Emerson Castelo Branco 
        2ª para 3ª edição, 2012 
 
 
 
p. 200 – Substituir o parágrafo que começa com “Entretanto, o juiz pode (...)” por: 
 
Entretanto,  o  juiz  pode,  fundamentadamente,  decretar  a  prisão  preventiva,  antes  do 
trânsito em  julgado da condenação, se presentes os pressupostos autorizadores do art. 312 
do Código de Processo Penal, ou medida cautelar diversa da prisão. O que não se admite, é a 
proibição irrestrita e automática. 
Sobre a prisão preventiva e as medidas cautelares diversas da prisão, consulte o art. 319 
e ss. do CPP, com a redação dada pela Lei 12.403/2011. O art. 321 do CPP prevê: “Art. 321.  
Ausentes  os  requisitos  que  autorizam  a  decretação  da  prisão  preventiva,  o  juiz  deverá 
conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 
319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código.”  
 
P . 247 – Substituir o art. 65 pela nova redação dada pela Lei 12.408/2011: 
 
Art. 65.  Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento 
urbano: (Redação dada pela Lei nº 12.408, de 2011) 
Pena ‐ detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Redação dada pela Lei nº 
12.408, de 2011) 
§ 1.º  Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor 
artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção 
e multa. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 12.408, de 2011) 
§ 2.º  Não constitui crime a prática de grafite  realizada com o objetivo de valorizar o 
patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que consentida 
pelo proprietário e, quando couber, pelo  locatário ou arrendatário do bem privado e, 
no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das 
posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis 
pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional.  (Incluído 
pela Lei nº 12.408, de 2011) 
 
 
p. 272/273 – Substituir o comentário ao art. 244‐A do ECA por: 
 
A maioria da doutrina vem considerando que o art. 244‐A foi revogado tacitamente pela 
nova figura penal do art. 218‐B do Código Penal, acrescentado pela Lei 12.015/2009. 
O art. 218‐B possui a seguinte redação: 
“Submeter,  induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém 
menor  de  18  (dezoito)  anos  ou  que,  por  enfermidade  ou  deficiência  mental,  não  tem  o 
necessário  discernimento  para  a  prática  do  ato,  facilitá‐la,  impedir  ou  dificultar  que  a 
abandone:   
Pena ‐ reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.  § 1o  Se o crime é praticado com o fim de 
obter vantagem econômica, aplica‐se também multa.   
§ 2o  Incorre nas mesmas penas:  
                           Legislação Penal Especial para concurso  
     Polícia Federal 
         Série Concursos Públicos 
         Emerson Castelo Branco 
        2ª para 3ª edição, 2012 
 
 I  ‐ quem pratica  conjunção  carnal ou outro ato  libidinoso  com alguém menor de 18 
(dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;  
 II  ‐  o  proprietário,  o  gerente  ou  o  responsável  pelo  local  em  que  se  verifiquem  as 
práticas referidas no caput deste artigo.  
 §  3o  Na  hipótese  do  inciso  II  do  §  2o,  constitui  efeito  obrigatório  da  condenação  a 
cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.” 
 Sujeito  ativo  pode  ser  qualquer  pessoa,  não  se  exigindo  uma  qualidade  especial  do 
agente.  Sujeito passivo é  a pessoa menor de 18  anos, ou  aquela que, por enfermidade ou 
doença mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato. 
O objeto jurídico protegido é a dignidade sexual do sujeito passivo. 
O elemento subjetivo é o dolo genérico. O tipo penal não exige um fim especial. 
O crime se consuma no momento em que a vítima passa a se dedicar à prostituição ou 
quando é submetida a outra forma de exploração sexual. Admite a forma tentada. 
 
NOTE!  O  legislador  não  exigiu  um  fim  especial  para  o  crime  se  aperfeiçoar. 
Portanto, a ação criminosa não precisa ter o fim de obter lucro.  
 
QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA! O Superior Tribunal de Justiça tinha entendimento no 
sentido  de  que  o  crime  previsto  no  art.  244‐A  do  ECA  não  abrangeria  a  figura  do  cliente 
ocasional, diante da ausência de exploração sexual nos termos da definição  legal. Exige‐se a 
submissão do infante à prostituição ouà exploração sexual.5 Referida orientação era bastante 
criticada, porque, nos  termos do art. 6.° da Lei 8.069/1990, a  interpretação da norma deve 
levar em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e 
deveres  individuais  e  coletivos  e  a  condição  peculiar  da  criança  e  do  adolescente  como 
pessoas  em  desenvolvimento.  Em  outras  palavras,  a  posição  do  STJ  em  relação  ao  cliente 
merecia ser criticada, porque a conduta deste não deixava de ser de relevante contribuição 
para a exploração sexual de criança e adolescente, sendo perfeitamente possível enquadrá‐la 
na hipótese de  incidência do núcleo  “submeter”. A nova  lei dos  crimes  contra  a dignidade 
sexual resolveu a questão, fixando a responsabilidade penal do agente que pratica conjunção 
carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos 
na situação de prostituição ou de outra forma de exploração sexual, nos termos do inc. I do § 
2.° do art. 218‐B. 
 
QUESTÃO  POTENCIAL  DE  PROVA!  A  ausência  de  certeza  quanto  à  menoridade  da 
“vítima” exclui o dolo, por não existir no agente a vontade de realizar o tipo objetivo. E, em se 
tratando de delito para o qual não se permite punição por crime culposo, correta a conclusão 
a que já se chegou nas instâncias ordinárias, de absolvição do réu.6 
 
 
                                                            
5  STJ, REsp 820.018/MS, DJe 15.06.2009. 
 
6  STJ, REsp 884.333/SC, j. 10.05.2007. 
 
                           Legislação Penal Especial para concurso  
     Polícia Federal 
         Série Concursos Públicos 
         Emerson Castelo Branco 
        2ª para 3ª edição, 2012 
 
 
p. 284 – Alterar gabarito das seguintes questões: 
 
2. CRIMES HEDIONDOS (LEI 8.072/1990) 
1. C 
 
2. C 
 
5. C

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