Grátis
14 pág.

Denunciar
5 de 5 estrelas









2 avaliações
Enviado por
Tulio Ruzzante
5 de 5 estrelas









2 avaliações
Enviado por
Tulio Ruzzante
Pré-visualização | Página 5 de 5
a título de culpa, pela imprudência anterior ao sono" (Tratado, cit., p. 237.). Semi-imputabilidade ou responsabilidade diminuída Conceito: é a perda de parte da capacidade de entendimento e autodeterminação, em razão de doença mental ou de desenvolvimento incompleto ou retardado. Alcança os indivíduos em que as perturbações psíquicas tornam menor o poder de autodeterminação e mais fraca a resistência interior em relação à prática do crime. Na verdade, o agente é imputável e responsável por ter alguma noção do que faz, mas sua responsabilidade é reduzida em virtude de ter agido com culpabilidade diminuída em conseqüência das suas condições pessoais. Requisitos: são os mesmos da inimputabilidade, salvo quanto à intensidade no requisito cronológico. a) Causal: é provocada por perturbação de saúde mental ou de desenvolvimento mental incompleto ou retardado (o art. 26, parágrafo único, do CP emprega a expressão "perturbação de saúde mental", no lugar de doença mental, o que constitui um minus, significando uma mera turbação na capacidade intelectiva). b) Cronológico: deve estar presente ao tempo da ação ou omissão. c) Conseqüencial: aqui reside a diferença, já que na semi-imputabilidade há apenas perda de parte da capacidade de entender e querer. Conseqüência: não exclui a imputabilidade, de modo que o agente será condenado pelo fato típico e ilícito que cometeu. Constatada a redução na capacidade de compreensão ou vontade, o juiz terá duas opções: reduzir a pena de 1/3 a 2/3 ou impor medida de segurança (mesmo aí a sentença continuará sendo condenatória). A escolha por medida de segurança somente poderá ser feita se o laudo de insanidade mental indicá-Ia como recomendável, não sendo arbitrária essa opção. Se for aplicada pena, o juiz estará obrigado a diminuí-la de 1/3 a 2/3, conforme o grau de perturbação, tratando-se de direito público subjetivo do agente, o qual não pode ser subtraído pelo julgador. Em sentido contrário, entendendo ser faculdade do juiz: José Frederico Marques27S• Embriaguez fortuita e a imputabilidade diminuída: a imputabilidade diminuída também existe no caso de embriaguez fortuita (derivada de caso fortuito ou força maior), conforme o art. 28, § 2º, do Código Penal. Assim, quando a intoxicação por álcool ou substância de efeitos análogos proveniente de caso fortuito ou força maior é completa e anula o poder de autodeterminação, considera-se o agente inimputável; se a embriaguez fortuita diminui a autodeterminação do agente, então existe a imputabilidade diminuída. A questão da dependência: tratada como espécie de doença mental, a dependência em drogas recebe tratamento jurídico diverso das outras formas de perturbação mental (como a psicose, a neurose, a epilepsia etc.). Na hipótese de provocar inimputabilidade, será aplicada medida de segurança, seguindo-se a regra do art. 10 da Lei de Tóxicos (que prevalece sobre a do art. 97 do CP), de modo que a intemação em casa de custódia e tratamento psiquiátrico somente será imposta quando necessária." Siqueira, Galdino, Tratado de direito penal, Rio de Janeiro, Konfino, 1947. Damásio E. de Jesus, Direito penal, cit., 25. ed. Cezar Roberto Bitencourt, Reflexões acerca da culpabilidade finalista na doutrina alemã, RT, 654/259. Capez, Fernando, Curso de Direto Penal, parte geral, vol. 1, Saraiva, 10ª ed., 2006 (Revista Realizada por Suelen Anderson - Acadêmica em Ciências Jurídicas - 26 de novembro de 2009) Embriaguez - Emoção e paixão - Inimputáveis - Menores de dezoito anos - Redução de pena (imputabilidade) Ação Penal - Aplicação da Lei Penal - Concurso de Pessoas - Crimes contra a administração pública - Crimes contra a existência, a segurança e a integridade do Estado - Crimes Contra a Família - Crimes contra a fé pública - Crimes Contra a Incolumidade Pública - Crimes Contra a Organização do Trabalho - Crimes Contra a Paz Pública - Crimes Contra a Pessoa - Crimes Contra a Propriedade Imaterial - Crimes Contra o Patrimônio - Crimes contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos - Crimes Contra os Costumes - Extinção da Punibilidade - Imputabilidade Penal - Medidas de Segurança - Penas [Direito Criminal] [Direito Penal] Jurisprudência Relacionada: - Efeitos Penais - Reconhecimento da Menoridade - Prova Documental - Súmula nº 74 - STJ - Imunidade Parlamentar - Extensão ao Co-Réu Sem essa Prerrogativa - Súmula nº 245 - STF - Prescrição Penal - Medidas Sócio-Educativas - Súmula nº 338 - STJ Normas Relacionadas: Art. 156, Dúvida a Respeito de Imputabilidade e Art. 160, Inimputabilidade. Nomeação de Curador. Medida de Segurança - Incidente de Insanidade Mental do Acusado - Incidentes - Código de Processo Penal Militar - CPPM - DL-001.002-1969 Art. 306, § 3º, Negativa da Imputação - Qualificação e Interrogatório do Acusado - Atos Probatórios - Código de Processo Penal Militar - CPPM - DL-001.002-1969 Art. 660, Imposição da Medida ao Agente Isento de Pena, ou Perigoso - Execução das Medidas de Segurança - Execução - Código de Processo Penal Militar - CPPM - DL-001.002-1969 Aspectos Penais - Convenção Interamericana Sobre Tráfico Internacional de Menores - D-002.740-1998 Imputabilidade Penal - Código Penal - CP - DL-002.848-1940 Imputabilidade Penal - Código Penal Militar - CPM - DL- 001.001-1969 Actio libera in causa Ação de se deixar ficar num estado de inconsciência, com o fito de praticar um delito. A teoria da actio libera in causa foi adotada na Exposição de Motivos original do CP de 1940, de modo que considera-se imputável quem se põe em estado de inconsciência ou de incapacidade de autocontrole, seja dolosa ou culposamente, e nessa situação comete o crime. Percebe-se que, ao adotar tal orientação, o CP adotou a doutrina da responsabilidade objetiva, pela qual deve o agente responder pelo crime. Como se vê, tal teoria leva em conta, por definição, os aspectos meramente objetivos do delito, sem considerar o lado subjetivo deste. Com a reforma da Parte Geral do CP, introduzida pela L. 7.209, de 11.7.1984, apregoou-se a abolição de quaisquer resíduos de responsabilidade objetiva, mas o fato é que alguns destes ainda remanescem na legislação penal, como ocorre nos casos de embriaguez culposa ou voluntária completa, e da rixa qualificada pelo resultado morte ou lesão corporal, em decorrência de participacão na rixa (CP, Art. 137, Parágrafo único). Mirabete, Júlio Fabbrini, Manual de Direito Penal, São Paulo, Atlas, 1º v., 4ª ed., 1989, pp. 222-3). obs.dji: Imputabilidade penal Ir para o início da página Ir para o início da página