Grátis
16 pág.

Denunciar
Pré-visualização | Página 4 de 5
2.ª A mera alegação de imprecisão do teste do bafômetro pode excluir o crime de embriaguez ao volante? Não. Conforme orientação do Superior Tribunal de Justiça, “realizado o teste do ‘bafômetro’ e verificada concentração alcoólica no ar dos pulmões que corresponde a concentração sanguínea superior ao que a lei proíbe, não se pode falar em ausência de justa causa para a persecução penal. A mera alegação de imprecisão no teste do bafômetro não pode sustentar a tese defensiva, mormente no caso, em que a quantidade de álcool no ar dos pulmões (1,02 mg/l) corresponde a aproximadamente 20 dg por litro de sangue, mais de três vezes a quantidade permitida, não se mostrando crível que o Paciente dirigia sóbrio”.23 3.ª O crime de embriaguez ao volante deve ser classifi cado como crime de perigo abstrato ou crime de perigo concreto? Perigo abstrato. Antes da nova redação determinada pela Lei 11.705/2008 (Lei Seca), o crime era de perigo concreto. Contudo, como não há mais necessidade de comprovar o efetivo perigo de dano, trata-se atualmente de crime de perigo abstrato. É a recente orientação do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que basta a 21 STJ, 5.ª Turma, HC 155.069/RS, DJe 26.04.2010, e HC 151.087/SP, DJe 26.04.2010. 22 STJ, HC 166.377/SP, DJe 01.07.2010. 23 STJ, 5.ª Turma, HC 140.074/DF, DJe 14.12.2009. constatação de que a concentração de álcool no sangue era maior do que a admitida pelo tipo penal. Em outras palavras, não haverá mais necessidade de demonstrar a potencialidade lesiva da ação. p. 123 – Substituir texto da “QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA! pelo exposto abaixo: QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA! Em face do surgimento da antiga Lei 10.054/2000 (Lei de Identificação Criminal), o Superior Tribunal de Justiça passou a decidir pela revogação do art. 5.º da Lei 9.034/1995: “O art. 3.º, caput e incisos, da Lei n.º 10.054/2000, enumerou, de forma incisiva, os casos nos quais o civilmente identificado deve, necessariamente, sujeitar-se à identificação criminal, não constando, entre eles, a hipótese em que o acusado se envolve com a ação praticada por organizações criminosas. Com efeito, restou revogado o preceito contido no art. 5.º da Lei 9.034/1995, o qual exige que a identificação criminal de pessoas envolvidas com o crime organizado seja realizada independentemente da existência de identificação civil” (STJ, RHC 12.968/DF, 5.ª Turma, j. 05.08.2004). Importante destacar que, com a edição da Lei 12.037/2009 (atual Lei de Identificação Criminal), que revogou a Lei 10.054/2000 e passou a dispor integralmente sobre a identificação criminal, não ocorreu o restabelecimento da eficácia do art. 5.º da Lei 9.034/1995, permanecendo este revogado. Atualmente, a Súmula 568 do STF (“a identificação criminal não constitui constrangimento ilegal, ainda que o indiciado já tenha sido identificado civilmente”) somente se aplica em relação às exceções legais. p. 133 – Acrescentar antes da transcrição do art. 7º, o texto que segue: QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA! Apesar de o assunto ser bastante polêmico nos tribunais, o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça entendem majoritariamente ser dispensável a degravação integral dos áudios captados em interceptação telefônica. É necessário apenas que se sejam degravadas as partes necessárias ao embasamento da denúncia oferecida.24 p. 141 – Acrescentar antes do item 8.5 QUESTÕES CESPE/UNB, o texto que segue: NOTE! A jurisdição penal não está vinculada a eventual resultado do processo administrativo 24 STJ, HC 152.092/RJ, DJe 28.06.2010 e STF, HC 91.207 MC/RJ, j. 11.06.2007. fiscal, o que somente se dá no âmbito dos crimes contra a ordem tributária, mas não na lavagem de dinheiro.25 QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA! Nos crimes de evasão de divisas, sonegação de impostos e lavagem de dinheiro, competente para processar e julgar o feito é o Juízo Federal do local onde se realizaram as operações irregulares (regra). Entretanto, excepcionalmente (exceção), a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, “diante das peculiaridades – número elevado de contas de depositantes domiciliados em diversos Estados da Federação –, vem decidindo, em homenagem ao princípio da duração razoável do processo, pela competência do Juízo Federal do domicílio do investigado”.26 p. 146 – Acrescentar após o parágrafo “É admissível o concurso de crimes, ...”, o texto que segue: QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA! O crime de sonegação fiscal pode existir em concurso com o crime de uso de documento falso? Conforme recente orientação do Superior Tribunal de Justiça, “o delito constante do art. 304 do CP somente é absorvido pelo crime de sonegação fiscal se teve como finalidade a sonegação, constituindo, em regra, meio necessário para a sua consumação. Na hipótese, o crime de uso de documento falso pode ser tido como crime autônomo, posto que praticado não para que fosse consumada a sonegação fiscal, mas sim para assegurar a isenção de eventual responsabilidade penal”.27 Os delitos constantes dos arts. 299 e 304, do Código Penal, somente são absorvidos pelo crime de sonegação fi scal, se o falso constituiu meio necessário para a sua consumação. p. 147 – Acrescentar após o parágrafo “O crime é de conteúdo variado...”, o texto que segue: QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA! Qual a exata diferença entre os crimes de descaminho e de sonegação fiscal? O agente comete o crime de descaminho quando ilude o Estado (Fisco), no todo ou em parte, ou seja, quando, por conduta omissiva ou comissiva, deixa de recolher imposto devido pela entrada, saída ou pelo consumo de mercadoria. Por sua vez, “o crime de sonegação fiscal, apesar de também implicar supressão ou redução de tributo devido, não tem 25 STJ, APn 458/SP, DJe 18.12.2009. 26 STJ, CC 93.991/SP, DJe 17.06.2010. 27 STJ, REsp 116.2691/MG, DJe 27.09.2010. por elementar objetiva a internalização ou externalização de mercadorias, tal qual o crime de descaminho”.28 p. 169 – Acrescentar após o parágrafo “E se o agente delitivo incorrer numa...”, o texto que segue: QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA! A diferença entre os crimes de posse e porte ilegal de arma de fogo está no fato de que a tipificação do delito de posse irregular importa que a arma de fogo seja encontrada no interior da residência (ou em dependência desta) ou no local de trabalho do agente. Já o porte pressupõe que a arma de fogo esteja fora da residência ou do local de trabalho. O Superior Tribunal de Justiça apreciou, recentemente, se o fato de o agente ter sido flagrado, em sua moradia, com a arma de fogo no “bolso de sua calça” configuraria crime de posse ou de porte ilegal de arma de fogo, porque os núcleos do tipo penal do art. 12 (posse irregular de arma de fogo) seriam apenas “possuir” ou “manter” sob sua guarda, não se referindo ao verbo “portar”. Por sinal, parcela da doutrina (posição minoritária) entende que o agente não pode estar portando a arma no interior da residência ou do local de trabalho, devendo estritamente possuí- la ou mantê-la guardada. Conforme recente decisão (posição majoritária), mostra-se irrelevante o fato de estar com a arma de fogo no “bolso de sua calça”, razão porque deve ser reconhecida que sua conduta se amolda perfeitamente à tipificação contida no art. 12 da Lei 10.826/2003.29 Em síntese, encontrada no interior da residência (ou em dependência desta) ou no local de trabalho do agente, não importa onde a arma de fogo se encontra, haverá crime de posse irregular de arma de fogo (art. 12 da Lei 10.826/2003). p. 173 – Substituir texto do parágrafo “Recentemente no informativo 539, ...”, pelo que segue: Recentemente, no Informativo 539, em decisão de 17.03.2009, no julgamento do HC 96.922/RS,