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o Supremo Tribunal Federal reviu o grave equívoco das decisões anteriores, passando a adotar nova orientação, no sentido da existência do crime de porte ilegal de arma de fogo, mesmo estando a arma de fogo desmuniciada. Em síntese, o tema continua bastante controvertido, não havendo, ainda, orientação pacífica. As últimas decisões vêm se orientando no sentido de a conduta constituir crime mesmo que a arma de fogo esteja desmuniciada: “A decisão do Superior Tribunal de Justiça está em consonância com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. O crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é de mera conduta e 28 STJ, HC 112.981/SC, DJe 02.08.2010. 29 STJ, HC 129.082/RS, DJe 03.08.2009. de perigo abstrato, ou seja, consuma-se independentemente da ocorrência de efetivo prejuízo para a sociedade, e a probabilidade de vir a ocorrer algum dano é presumida pelo tipo penal. Além disso, o objeto jurídico tutelado não é a incolumidade física, mas a segurança pública e a paz social, sendo irrelevante o fato de estar a arma de fogo municiada ou não”.30 p. 173 – Substituir texto da QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA, pelo que segue: QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA! De acordo com a mais recente orientação do Supremo Tribunal Federal, o exame pericial é necessário para comprovar a materialidade do crime de porte ilegal de arma de fogo: “A teor do disposto no art. 25 da Lei 10.826/2003, apreendida arma de fogo, acessório ou munição, cumpre proceder-se a perícia elaborando-se laudo para juntada ao processo. O abandono da formalidade legal implica a impossibilidade de ter-se como configurado o tipo”.7 No mesmo sentido, o Superior Tribunal de Justiça vem entendendo que, no crime de porte ilegal de arma de fogo, é necessária a comprovação da potencialidade lesiva da arma, não bastando a simples indicação de perigo abstrato, justamente “por se afigurar mais consentânea com um Direito Penal sintonizado com o princípio da exclusiva tutela de bens jurídicos”.31 p. 186 – Acrescentar antes do tópico 11.3 ANÁLISE DOS TERMOS “RAÇA”, “COR”, “ETNIA”, “RELIGIÃO” E “PROCEDÊNCIA NACIOANAL”, o texto que segue: QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA! A Lei 12.288/2010 instituiu o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica. Para efeito deste Estatuto, “considera-se discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada” (inciso I do parágrafo único do art. 1.° da Lei 12.288/2010). p. 188 – Substituir a transcrição do art. 3º pelo exposto abaixo: 30 STF, HC 104.206/RS, j. 10.08.2010. 31 STJ, AgRg no REsp 932.828/RS, j. 02.08.2010. Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, obstar a promoção funcional. (Incluído pela Lei 12.288, de 2010) Pena: reclusão de dois a cinco anos. p. 188 – Acrescentar após o parágrafo “O crime se consuma com o efetivo...”, o texto que segue: NOTE! O parágrafo único foi acrescentado pela nova Lei 12.288/2010, com o objetivo de alargar a hipótese de incidência da norma penal para as situações de obstáculo à promoção funcional em razão de discriminação de raça, cor etnia, religião ou procedência nacional. p. 188 – Substituir a transcrição do art. 4º pelo que segue: Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada. § 1º Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça ou de cor ou práticas resultantes do preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica: (Incluído pela Lei 12.288, de 2010) I - deixar de conceder os equipamentos necessários ao empregado em igualdade de condições com os demais trabalhadores; (Incluído pela Lei 12.288, de 2010) II - impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar outra forma de benefício profi ssional; (Incluído pela Lei 12.288, de 2010) III - proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no ambiente de trabalho, especialmente quanto ao salário. (Incluído pela Lei 12.288, de 2010) § 2º Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não justifi quem essas exigências. Pena: reclusão de dois a cinco anos. p. 189 – Acrescentar antes do tópico 11.5.3 Condutas de impedir o acesso a determinados locais, o texto que segue: QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA! A nova Lei 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial) incluiu o § 1.º, criando três novas hipóteses de ação criminosa: deixar de conceder os equipamentos necessários ao empregado em igualdade de condições com os demais trabalhadores; impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar outra forma de benefício profissional; e proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no ambiente de trabalho, especialmente quanto ao salário, por motivo de discriminação de raça ou de cor ou práticas resultantes do preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica. p. 190 – Substituir texto do parágrafo “No caso do parágrafo anterior, o juiz...”, pelo que segue: No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência: I – o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo; II – a cessação das respectivas transmissões radiofônicas ou televisivas; III – a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na rede mundial de computadores (§ 3.º do art. 20 da Lei, com a redação dada pela Lei 12.288/2010).