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APS DIREITO DE POSSE

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APS – Direito de Posse (Análise de caso)
Karina Bueno/ RA: 1210945
Victor Garcia/ RA: 1491198
Parecer cabível – resposta:
Mesmo havendo conhecimento de quem são os invasores, no caso, a mesma até deu certa confiança de que olhassem sua propriedade, com o único intuito de proteger a mesma de atos alheios invasivos ou de furtos em seu terreno, a ação de invadir a parte interna do imóvel não foi concedida de forma alguma, segundo a questão tratada. Tornando, assim, impossível confundir o ato da autora como uma permissão para que seus próprios vizinhos apossassem de sua propriedade por inteiro, do seu pomar, constituído por acessão, ou muito menos de sua casa, onde já reside há 5 anos.
Ademais, é tempo suficiente para que não haja nenhuma dúvida sobre o retorno de Aline de sua viagem necessária, já que certamente existia uma habitualidade dela em sua propriedade e na relação com seus vizinhos nesses anos.
Como trata-se de um imóvel, deve ser nomeado com um caso de esbulho possessório, por existir a intenção de invadir o imóvel da autora para moradia fixa, ou seja, trata-se, com outras palavras, de uma invasão. Fazendo com que Aline não consiga ter acesso a sua casa ou terreno, em outras palavras, expulsando-a. 
Nesse sentido, segundo o art. 1210 do CC, existe a possibilidade de autotutela, onde o esbulhado pode manter-se ou restituir-se por sua própria força por meio do Desforço Imediato, porém, como Aline procurou solucionar o caso após 15 dias de sua ciência, já haveria uma dispensa tácita ao uso da força, o que torna improvável essa solução.
Deve, portanto, de acordo com o art.560, CC, mover ação possessória de reintegração de posse, já que houve esbulho, para que o juiz possa impetrar a emissão de posse ou a ordem de despejo dos invasores. 
Cabendo também na petição, ação de indenização sobre danos materiais, objetivando receber os valores para reparação dos estragos causados no telhado e por conseguinte, os danos da gravíssima infiltração no valor de 6.000 reais somado com os 19.000, respectivamente. 
Outrossim, indenização por danos morais, já que a cliente passou por uma situação de extremo estresse, gerado pelo trauma e cansaço, após uma viagem com um parente doente, de estar, ainda, sem moradia. Além disso, o extenso tempo gasto para a reconstrução dos estragos causados e pela má-fé, também, de seus vizinhos, que acordaram com Aline de olhar a casa, aparentando certa confiança, e por fim, induziram-na ao erro de deixá-la em suas mãos.

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