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Izabelle Santana Turma XXIV GLÂNDULAS ENDÓCRINAS PÂNCREAS ENDÓCRINO Ilhotas de Langerhans podem ser constituídas por 4 tipos de células: ∙ A (alfa) – glucagon; ∙ B (beta) – 70% - secreta insulina; ∙ D (delta) – 5% - somatostatina; ∙ F (PP) – raras – polipeptídio pancreático. Não se pode distinguir as células morfologicamente, apenas por técnicas de imuno-histoquímica. GLÂNDULAS ADRENAIS ∙ Chamadas também de glândulas suprarrenais; ∙ Sobreposta aos rins; ∙ Bem pequena, pesa aproximadamente 4 gramas cada; ∙ Formato de meia lua. Região cortical – periferia; ∙ Origem mesoderma. Região medular – centro; ∙ Origem ectoderme. REGIÃO CORTICAL Divide-se em 3 camadas: OBS: se uma das camadas para de funcionar normalmente, irá influenciar também no funcionamento das outras camadas. 1. Zona glomerulosa – mais superficial; Logo abaixo da cápsula fibrosa da glândula; ∙ Células piramidais ou colunares; ∙ Síntese de mineralcorticoides – secretam aldosterona; ∙ Citoplasma mais marcado em relação a zona seguinte; ∙ Morfologia – formam cordões que se dobram na superfície, formando uma espécie de arco. 2. Zona fasciculada – maior parte do córtex; Citoplasma da célula tem uma certa palidez quando comparada com as outras zonas; ∙ Células de morfologia poliédricas e “cordões” mais retilíneos. ∙ Ricas em lipídeos; ∙ Espongiócitos – característica vacuolizada, vacúolos no citoplasma que na verdade são a imagem negativa da gordura; ∙ Secreta cortisol. Izabelle Santana Turma XXIV 3. Zona reticulada – mais profunda. Cordões irregulares, células anastomosadas, lembrando uma rede de células; ∙ Células menores e irregulares; ∙ Núcleo picnótico; ∙ Grânulos de lipofuscina – promove uma pigmentação observada macroscopicamente em células que não se proliferam e apresentam tempo longo de vida (marcador de idade celular); ∙ Esteróides sexuais: precursores dos andrógenos (dehidro-epiandrosterona), estrogênios, progesterona, todos em menores quantidade do que o produzido pelos ovários e testículos. ∙ Podem apresentar células com citoplasma mais claro também, devido ao colesterol necessário para produzir os hormônios. REGIÃO MEDULAR Origem: crista neural. Acredita-se que antes foram células ganglionares para depois tornarem-se células cromafins; ∙ Células poliédricas, ricas em grânulos; ∙ Cordões ou aglomerados arredondados; ∙ Sustentados por fibras reticulares. Produção de catecolaminas: ∙ Dopamina; ∙ Adrenalina; ∙ Noradrenalina. TIREOIDE Origem endodérmica; ∙ Tipo folicular – folículos tireoidianos; ∙ Células cúbicas formando os folículos, as vezes pavimentosas (muito frequente no hipotireoidismo); ∙ Entre os folículos há o estroma de sustentação, com células parafoliculares. ∙ Células parafoliculares: secreção de calcitonina (metabolismo ósseo – inibe a reabsorção óssea). A substância rosa dentro dos folículos é chamada de coloide, que armazena os hormônios produzidos pela tireoide. ∙ Função: síntese tiroxina (T4) e tríodo-tironina (T3); ∙ Controla o metabolismo do corpo. PARATIREOIDES 4 pequenas glândulas na face posterior da tireoide. 2 tipos de células: ∙ Principais; ∙ Oxífilas. Izabelle Santana Turma XXIV PRINCIPAIS ∙ Produzem paratormônio (ou hormônio da paratireoide – PTH); ∙ Menores. OXÍFILAS ∙ Células poligonais maiores, com grânulos no citoplasma; ∙ Função desconhecida. GLÂNDULA PINEAL Glândula pequena, aproximadamente 150 mg; ∙ Localização: extremidade posterior do 3° ventrículo; ∙ Sobre o teto diencéfalo. Pinealócitos (95%); ∙ Células basófilas – afinidade por substâncias ácidas; ∙ Grandes núcleos de perfil irregular; ∙ Produção de melatonina. Astrócitos; ∙ Entre os pinealócitos; ∙ Núcleo + corado; ∙ Características de células nervosas, com prolongamentos no citoplasma. Entre os pinealócitos observam-se núcleos alongados e mais fortemente corados, pertencentes aos astrócitos. Como no tecido nervoso, os astrócitos contêm prolongamentos e grande quantidade de filamentos intermediários. AREIA CEREBRAL ∙ Depósitos de cálcio; ∙ Associada a glândula pineal; ∙ Sem significado fisiopatológico. HIPÓFISE Também chamada de pituitária; ∙ Localização: sella túrcica, uma cavidade do osso esfenoide. A porção de origem nervosa se desenvolve pelo crescimento do assoalho do diencéfalo em direção caudal. A porção originada do diencéfalo mantém continuidade com o sistema nervoso, constituindo o pedículo da glândula. A porção ectodérmica da hipófise se desenvolve a partir do ectoderma do teto da boca primitiva que cresce em direção cranial, formando a bolsa de Rathke. Uma constrição na base dessa bolsa acaba separando-a da cavidade bucal. Ao mesmo tempo, a parede anterior da bolsa de Rathke se espessa, diminuindo o tamanho da cavidade da bolsa, que se torna reduzida a uma pequena fissura. Izabelle Santana Turma XXIV Em razão de sua origem embriológica dupla, a hipófise consiste, na realidade, em duas glândulas: a neuro- hipófise e a adenohipófise, unidas anatomicamente e tendo funções diferentes, porém inter-relacionadas. A neuro-hipófise, a porção de origem nervosa, consta de uma porção volumosa – a pars nervosa –, e do seu pedículo de fixação – o infundíbulo –, que se continua com o hipotálamo. A porção originada do ectoderma – a adeno-hipófise – não tem conexão anatômica com o sistema nervoso. É subdividida em três porções: a primeira e mais volumosa é a pars distalis ou lobo anterior; a segunda é a porção cranial que abraça o infundíbulo, denominada pars tuberalis; a terceira, denominada pars intermedia, é uma região rudimentar na espécie humana, intermediária entre a neuro-hipófise e a pars distalis, separada desta última pela fissura restante da cavidade da bolsa de Rathke. Ao conjunto de pars nervosa e pars intermedia também se dá o nome de lobo posterior da hipófise. A glândula é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo, contínua com a rede de fibras reticulares que suporta as células do órgão. 2 partes: 1. Neuro-hipófise; ∙ Posterior; ∙ Origem: nervosa. 2. Adeno-hipófise; ∙ Anterior; ∙ Origem: ectodérmica. ADENO HIPÓFISE (anterior) ∙ Pars distalis – região mais volumosa; ∙ Pars tuberalis – região superior; ∙ Pars intermedia – região entre a parte anterior e posterior. Apresenta áreas foliculares. 1. PARS DISTALIS (5 hormônios); Representa 75% do volume da hipófise. Na imuno-histoquímica seriam 5 células diferentes, com 6 hormônios produzidos, mas só três tipos de células costumam ser reconhecidos por colorações rotineiras: 1. Cromófilas: 1.2 Células acidófilas: ∙ Mais avermelhadas; ∙ Somatotróficas – hormônio do crescimento (somatotropina GH); ∙ Mamotróficas – prolactina. 1.3 Células basófilas: ∙ Células mais arroxeadas; ∙ Gonadotróficas – hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH); ∙ Adrenocorticotróficas – corticotropina (ACTH); ∙ Tireotróficas – tireotropina (TSH). 2. Cromófobas: ∙ Sem secreção; ∙ Citoplasma mais pálido; ∙ Acredita-se que sejam células de sustentação. Izabelle Santana Turma XXIV Há na pars distalis um tipo de célula que se supõe não ser secretora. São as células foliculoestelares, que constituem cerca de 10% das células dessa região da adeno-hipófise. Elas têm muitos prolongamentos, os quais estabelecem contato com outras células do mesmo tipo por meio de junções intercelulares: desmossomos e junções comunicantes. A função dessas células, que estabelecem redes em torno das células secretoras, ainda não é totalmente conhecida. Embora muitos corantes tenham sido desenvolvidos em tentativas de indicar que hormônios são secretados por quais células, a imunocitoquímica e a hibridização in situ são atualmente as melhores técnicas utilizadas para reconhecer essas células. Por essas técnicas é possível distinguir 5 tipos principais de células secretoras, sendo que quatrotipos produzem um único hormônio cada, e um tipo (células gonadotrópicas) produz dois. Izabelle Santana Turma XXIV 2. PARS TUBERALIS ∙ Células cromófilas; ∙ Basófilas; ∙ Gonadotropina. A pars tuberalis é uma região em forma de funil que cerca o infundíbulo da neuro-hipófise. 3. PARS INTERMEDIA ∙ Células cromófilas; ∙ Basófilas; ∙ Melanotróficas – MST (hormônio melanotrófico); ∙ Vesículas com colóide. ∙ Células cromófobas; ∙ Sem secreção. A pars intermedia, que se localiza na porção dorsal da antiga bolsa de Rathke, em humanos adultos é uma região rudimentar composta de cordões e folículos de células fracamente basófilas que contêm pequenos grânulos de secreção. NEURO HIPÓFISE (posterior) Origem nervosa; ∙ Pars nervosa – região mais volumosa; ∙ Infundíbulo – região superior. A pars nervosa, diferentemente da adeno-hipófise, não contém células secretoras. Apresenta um tipo específico de célula glial muito ramificada, chamada pituícito. O componente mais importante da pars nervosa é formado por cerca de 100 mil axônios não mielinizados de neurônios secretores cujos corpos celulares estão situados nos núcleos supraópticos e paraventriculares. ∙ Núcleo maior e corado; ∙ Estruturas eosinófilicas e prolongadas são axônios. A neurossecreção (que pode ser observada por colorações especiais) é transportada ao longo dos axônios e se acumula nas suas extremidades, situadas na pars nervosa. Seus depósitos formam estruturas conhecidas como corpos de Herring, visíveis ao microscópio de luz. Izabelle Santana Turma XXIV Quando os grânulos são liberados, a secreção entra nos capilares sanguíneos fenestrados que existem em grande quantidade na pars nervosa, e os hormônios são distribuídos pela circulação geral. Essa neurossecreção armazenada na pars nervosa consiste em dois hormônios, ambos peptídios cíclicos compostos de nove aminoácidos. A composição de aminoácidos desses dois hormônios é ligeiramente diferente, resultando em funções muito diferentes. Cada um desses hormônios – a ocitocina e a vasopressina- arginina, também chamada ADH – é unido a uma proteína chamada neurofisina. Pars nervosa da hipófise. A maior parte da imagem é constituída de axônios. Podem ser vistos alguns corpos de Herring, que são terminais de axônios onde se acumula secreção. Os núcleos são, em sua maioria, de pituícitos. Izabelle Santana Turma XXIV IRRIGAÇÃO As artérias hipofisárias superiores, direita e esquerda, irrigam a eminência mediana e o infundíbulo; as artérias hipofisárias inferiores, direita e esquerda, irrigam principalmente a neuro-hipófise, mas enviam alguns ramos para o pedículo da hipófise. No infundíbulo as artérias hipofisárias superiores formam um plexo capilar primário, cujas células endoteliais são fenestradas. Os capilares do plexo primário se reúnem para formar vênulas que se encaminham para a pars distalis, onde se ramificam novamente, formando um extenso plexo capilar secundário. Há, portanto, dois sistemas venosos em cascata, o que caracteriza um sistema porta, denominado sistema portahipofisário. O suprimento sanguíneo da pars distalis é feito, portanto, de sangue vindo principalmente do infundíbulo através do sistema porta-hipofisário e em escala muito menor de alguns ramos das artérias hipofisárias inferiores. Através desse sistema vascular, vários neuro-hormônios produzidos no hipotálamo são levados diretamente do infundíbulo à pars distalis, controlando a função de suas células. Izabelle Santana Turma XXIV
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