Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTUDO CASO-CONTROLE LAURA MINGHE – TXXIX - @FUTURA.DRA.MINGHE ESTUDOS OBSERVACIONAIS Conceitos É um estudo observacional, analítico, individual e retrospectivo Parte do desfecho (já tem os doentes e os não doentes) Se inicia com a identificação de pessoas com desfecho específico Casos: doença, óbito ou sequela Controle: grupo de pessoas sem o desfecho (não tiveram a doença) Verifica-se a proporção de casos expostos e não expostos comparados à proporção de controle expostos e não expostos Identificar fatores que ocorram com maior frequência em casos do que em controles que poderiam elevar ou reduzir a chance de desenvolvimento do desfecho Diferença na exposição Realizado para observar doenças raras, crônicas e surtos Comparar o desfecho com os tipos de exposição A exposição passada pode ser avaliada a partir de: Entrevistas Revisão de prontuários médicos Registros de emprego Resultados de análises químicas ou biológicas Exames de sangue, urina, tecidos, etc O caso-controle não é nem transversal nem longitudinal, ou seja, sem temporalidade definida Diagrama Caso-controle Não há um consenso na literatura sobre a temporalidade deste estudo. ESTUDO CASO-CONTROLE LAURA MINGHE – TXXIX - @FUTURA.DRA.MINGHE Principais Aplicações Investigação de surtos ou agravos desconhecidos doenças raras (baixa incidência) ou doenças crônicas (apresentam longos períodos de latência) Determinar se existe associação estatística entre um fator de risco (exposição) e uma doença (desfecho) Inferir, quando possível, relações causais a partir de uma associação estatística Análise de Dados Sabe-se quem são os casos e os controles, mas não se sabe quem foi exposto ou não-exposto no passado O estudo, portanto, começa pelos totais das colunas ODDS Ratio: razão da chance da exposição nos casos pela chance de exposição nos controles Odds Ratio É uma medida de associação Razão de Produtos Cruzados ou Razão de Chances Razão entre a chance de um evento ocorrer em expostos e a chance de ocorrer em não expostos No estudo de caso-controle não temos informações sobre a incidência Dessa forma, a OR é utilizada e pode ser uma boa estimativa do risco relativo (RR) Estudos de coorte podem utilizar razão de chances para mensurar suas associações, da mesma maneira que o risco relativo No entanto, é mais frequente encontrar na literatura o RR nos estudos de coorte Estudos transversais também podem apresentar razão de chances para mensurar suas associações É inclusive mais frequente do que a RP ESTUDO CASO-CONTROLE LAURA MINGHE – TXXIX - @FUTURA.DRA.MINGHE A razão de chances obtida em estudos de caso-controle é uma boa estimativa do risco relativo quando estas três condições forem satisfeitas: Interpretação Principais Vieses Viés de Seleção Dificuldade em selecionar casos (se possível, utilizar casos novos) Dificuldade em selecionar controles Viés de informação Limitações de memória Viés de memória FERRAMENTAS PARA MITIGAR VISES: Pareamento (emparelhamento) Auxilia a diminuir as diferenças entre grupos de casos e controles Exemplo: mais casos do que controles foram expostos, porém os casos expostos são de alta renda e os controles não expostos de baixa renda. Como justificar que a diferença entre exposição não se deu pela renda? Resposta: Estratificando casos e controles por classes de renda Essa estratificação pode ser feita por grupo ou individualmente (por pares) (sexo, idade, renda, escolaridade, etc.) Uso de múltiplos controles Controles do mesmo tipo: - Múltiplos controles para um único caso - Ex. três ou quatro controles para cada caso) são utilizados para aumentar o poder estatístico do estudo - Ideal: 1 caso para 4 controles Quando a doença estudada não ocorre frequentemente Os controles forem representativos, em relação à história de exposição de todas as pessoas sem a doença na população de onde saíram os casos Os casos estudados forem representativos, em relação à história de exposição, de todas as pessoas com a doença população de onde saíram os casos ESTUDO CASO-CONTROLE LAURA MINGHE – TXXIX - @FUTURA.DRA.MINGHE Controles de diferentes tipos - Controles obtidos em ambientes diferentes, para verificar, por exemplo, se o ambiente influencia na presença ou não de exposição - Ex: casos de pacientes internados e controles de pacientes internados e de pacientes da comunidade vizinha Coorte Retrospectiva Diferença entre estudo de caso- controle e estudo de coorte retrospectiva: Coorte Retrospectiva - Objetivo de encontrar os indivíduos sem o desfecho no início do estudo e verificar o quanto a exposição aumentou o risco do desenvolvimento da doença - Sabe-se que a exposição precedeu o desfecho - Incidência e Risco Relativo Caso-Controle - Objetivo de partir dos indivíduos com o desfecho no início do estudo, se quer verificar a chance de o indivíduo ter sido exposto (surtos, doenças raras ou crônicas) - Não se sabe se a exposição precedeu o desfecho ou não Vantagens Fácil execução Baratos e rápidos Bons para doenças com grande período de latência ou doenças raras Podem avaliar múltiplas exposições Limitações Não permite o cálculo do RR e da Incidência São mais suscetíveis a Vieses Seleção Informação
Compartilhar