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Exercício 2 Caso Mercedes

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Exercício 2.1 – Estudo de Caso Mercedes-Benz
Disciplina: Fundamentos de Marketing - 6º Período.
Aluno: 
Diversos fatores contribuíram para o fracasso da Mercedes no Classe A 160, sendo o principal deles, dois: O produto (carro) era ruim e muito caro.
O valor do Classe A 160 na época não era compatível com os valores oferecidos pela concorrência. A decisão da marca de focar em carros populares para atingir a base da pirâmide teria sido boa, se não fosse pelo fato dessa base da pirâmide não ter como pagar por um veículo desse preço. Além do mais, os veículos dos concorrentes tinham muito mais conforto, tecnologias embarcadas, sem contar que não apresentavam muitos problemas. O Classe A 160 era um veículo caro e nada inovador, duas características importantes para perpetuar o fracasso em qualquer produto recém-lançado ao mercado. 
A Mercedes Benz, também falhou em analisar o seu público-alvo, o brasileiro. Muitas empresas sabem mais sobre o seu público do que eles próprios, mas não foi o caso da Mercedes, pelo menos no Brasil. 
No exterior, a Mercedes podia ser conceituada e considerada por muitos como o último bastião de luxuosidade veicular, porém, aqui no Brasil, o foco da empresa sempre foi na venda de ônibus e caminhões, o que não trouxe à marca um valor agregado tão grande quanto o que tinha lá fora. Ao lançar o Classe A160 precipitadamente, a Mercedes não construiu sua marca aqui no Brasil, dando a impressão de apenas “jogar um produto no mercado como quem não quer nada”, e com isso, os consumidores também não queriam nada, não mostrando interesse. 
Era então necessário construir a marca da empresa no nosso país antes desse produto ser vendido, visto a situação da empresa por aqui. A Mercedes-Benz falhava nesse momento tanto na imagem da sua marca, quanto na imagem do seu produto. Em súmula, a marca Mercedes não era considerada referência em luxuosidade no Brasil, tão pouco o seu Classe A 160.
O lançamento do Classe A 160 na década de 90 culminou com o aumento do preço do dólar, o que desestimulou o consumo de veículos no brasil devido a alta dos preços. Não era um momento nada bom para a montadora, os seus planos tinham sido frustrados em duas frentes, no micro ambiental e na macro ambiental:
Micro Ambiental:
A empresa foi afetada negativamente no seu ambiente interno e ao redor. Isso aconteceu por conta da empresa ter falhado na construção de sua marca, na análise do público-alvo, na análise dos concorrentes e na proporção exagerada das metas (o que levou a gastos enormes com fábrica, equipamentos e pessoal), se as metas tivessem sido menores, estes gastos também seriam. 
Macro Ambiental:
A empresa também foi afetada negativamente devido a sua exposição ao dólar (de forma com que as matérias primas não fossem fabricadas aqui, dependendo de importação e sujeitas a esta variação do dólar - que aconteceu). 
Porém, o principal fator parece não ter sido levado em conta, o fator Brasil. Com um cenário econômico e político instável, o Brasil não era um país fácil para se ousar com um produto dessa forma. Os diversos acordos feitos pela montadora com o governo, juntamente da força dos sindicatos trouxeram a empresa diversos problemas. Amargando prejuízos e prejuízos a Mercedes ainda era obrigada por estes contratos, pela força sindical e outras forças a manter as suas atividades no país.
Com um produto ruim, caro, nada inovador, e envolvida em uma série de falhas macro e micro ambientais, a Mercedes amargou uma derrota no mercado brasileiro. Com isso, fica uma lição para a montadora: 
O Brasil não é a Alemanha, Mercedes.

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