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Ressonância Magnética do cérebro
humano
Psiquiatria
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Psiquiatria é uma especialidade da Medicina que lida com a
prevenção, atendimento, diagnóstico, tratamento e reabilitação das
diferentes formas de sofrimentos mentais, sejam elas de cunho
orgânico ou funcional, com manifestações psicológicas severas. São
exemplos: a depressão, o transtorno bipolar, a esquizofrenia, a
demência e os transtornos de ansiedade. Os médicos especializados
em psiquiatria são em geral designados por psiquiatras (até meados
do século XX foi também comum a designação alienistas).
A meta principal é o alívio do sofrimento e o bem-estar psíquico.
Para isso, é necessária uma avaliação completa do paciente, com
perspectivas biológica, psicológica, de ordem cultural, entre outras
afins. Uma doença ou problema psíquico pode ser tratado através de
medicamentos ou terapêuticas diversas, como a psicoterapia, prática
de maior tradição no tratamento. A avaliação psiquiátrica envolve o
exame do estado mental e a história clínica. Testes psicológicos, neurológicos, neuropsicológicos e exames de
imagem podem ser utilizados como auxiliares na avaliação, assim como exames físicos e laboratoriais. Para uso
dos testes devem ser procurados os profissionais específicos autorizados para aplicá-los. Os procedimentos
diagnósticos são norteados a partir do campo das psicopatologias; critérios bastante usados hoje em dia,
principalmente na saúde pública, são a CID-10 da Organização Mundial de Saúde, adotada no Brasil, e o
DSM-IV da American Psychiatric Association.
Os medicamentos psiquiátricos são parte importante do arsenal terapêutico, o que é único na Psiquiatria, assim
como procedimentos mais raramente utilizados, muito já criticados na história do movimento psiquiátrico, como
a eletroconvulsoterapia. A psicoterapia também faz parte do arsenal terapêutico do psiquiatra, embora também
possa ser utilizada por outros profissionais de saúde mental: Psicólogos e Psicanalistas. No entanto, a
ferramenta da psicoterapia é sempre útil para as entrevistas diagnósticas e orientações; para praticá-la o
psiquiatra deve fazer a formação complementar. Os serviços psiquiátricos podem fornecer atendimento de
forma ambulatorial ou em internamento. Em casos de sofrimento grave do paciente e risco para si e para os
outros que o cercam, a indicação de internação pode até ocorrer de forma involuntária. Tanto a clínica quanto a
pesquisa em psiquiatria são realizadas de forma interdisciplinar.
A palavra Psiquiatria deriva do Grego e quer dizer "arte de curar a alma".
Aparentemente, a Psiquiatria originou-se no século V A.C., enquanto que os primeiros hospitais para doentes
mentais foram criados na Idade Média. Durante o século XVIII a Psiquiatria evoluiu como campo médico e as
instituições para doentes mentais passaram a utilizar tratamentos mais elaborados e humanos. No século XIX
houve um aumento importante no número de pacientes. No século XX houve o renascimento do entendimento
biológico das doenças mentais, introdução de classificações para os transtornos e medicamentos psiquiátricos.
A antipsiquiatria ou movimento anti-psiquiátrico surgiu na década de 1960 e levou à desinstitucionalização em
favor aos tratamentos na comunidade. Estudos científicos continuam a buscar explicações para as origens,
classificação e tratamento dos transtornos mentais.
Os transtornos mentais são descritos por suas características patológicas, ou psicopatologia, que é um ramo
descritivo destes fenômenos. Muitas doenças psiquiátricas ainda não têm cura. Enquanto algumas têm curso
breve e poucos sintomas, outras são condições crônicas que apresentam importante impacto na qualidade de
[1]
vida do paciente, necessitando de tratamento a longo prazo ou por toda a vida. A efetividade do tratamento
também varia em cada paciente.
Índice
1 A Prática da Psiquiatria
1.1 Subespecialidades
2 Áreas de Estudo
3 O Tratamento em Psiquiatria
3.1 Avaliação Inicial
3.2 Consultas externas ou ambulatório
3.3 Internamento Psiquiátrico
4 Sistemas diagnósticos dos transtornos psiquiátricos
5 Notas e referências
6 Ver também
6.1 Listas
7 Ligações externas
8 Bibliografia
A Prática da Psiquiatria
Psiquiatras são médicos especializados no cuidado da saúde mental por meio do tratamento da doença
mental , através do modelo biomédico de abordagem das perturbações psíquicas, incluindo o uso de
medicamentos. Os psiquiatras e os médicos assistentes podem realizar exames físicos, solicitar e
interpretar análises laboratoriais, eletroencefalograma (EEG) e exames como Tomografia computadorizada
(CT), Ressonância magnética (RM) e PET (Tomografia por emissão de pósitrons). O profissional tem que
avaliar o paciente em busca de problemas médicos que possam ser a causa da perturbação mental.
Subespecialidades
Alguns psiquiatras especializam-se em certos grupos etários como pedopsiquiatras (especialistas em crianças e
adolescentes) e os gerontopsiquiatras (especialistas em problemas psiquiátricos dos idosos). Muitos médicos
que redigem laudo de sanidade (tanto em casos civis quanto criminais) são psiquiatras forenses, que também se
especializaram no tratamento de criminosos e ou pacientes que apresentam periculosidade.
A Associação Brasileira de Psiquiatria reconhece as seguintes subespecialidades em psiquiatria:
Psiquiatria da infância e adolescência ou Pedopsiquiatria.
Psiquiatria forense.
Psicogeriatria, Psiquiatria da terceira idade ou Gerontopsiquiatria.
Psicoterapia.
Interconsulta em Hospital Geral ou Psiquiatria de Ligação.
Outras estão em fase de avaliação.
Áreas de Estudo
[2]
[3] [4] [5]
Psicopatologia, ou ciência que estuda os comportamentos anormais.
Emergência Psiquiátrica ou atendimento de casos críticos como doentes em crise (psicose, tentativa de
suicídio, por exemplo).
Psiquiatria da Infância e Adolescência, que atende problemas específicos desta faixa etária (autismo,
Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade).
Psiquiatria Geral, estudo e atendimento de casos em psiquiatria em adultos (depressão nervosa,
esquizofrenia).
Psiquiatria da terceira idade, especializada no atendimento de problemas como Mal de Alzheimer e
manifestações psíquicas da Síndrome de Parkinson.
Psicoterapia.
Toxicodependência ou abuso e dependência de drogas, lícitas e ilícitas.
Psiquiatria de ligação ou Interconsulta psiquiátrica, que diz respeito ao atendimento de sintomas psíquicos
em doenças de outros sistemas, especialmente em doentes internados em hospitais gerais (por exemplo,
delírio causado por reações à anestesia ou à baixa oxigenação em doentes cardíacos).
Psiquiatria forense.
Epidemiologia psiquiátrica, que estuda risco e prevalência de doenças na população.
Psiquiatria Comunitária.
Psiquiatria Transcultural ou estudo das diversas manifestações da doença psíquica nas diferentes culturas.
Além destas, na formação do psiquiatra são também fundamentais conhecimentos de Medicina interna,
neurologia, radiologia, psicologia, sociologia, farmacologia e psicofarmacologia..
O Tratamento em Psiquiatria
A terapêutica psiquiátrica evoluiu muito nas últimas décadas (veja também História da Psiquiatria). No passado
os pacientes psiquiátricos eram hospitalizados em Hospitais psiquiátricos por muitos meses ou mesmo por toda
a vida. Nos dias de hoje, a maioria dos pacientes é atendida em ambulatório (consultas externas). Se a
hospitalização é necessária, em geral é por poucas semanas, sendo que poucos casos necessitam de
hospitalização a longo prazo.
Pessoas com doenças mentais são denominadas pacientes (Brasil) ou utentes (Portugal) e são encaminhadas a
cuidados psiquiátricos mais comumente por demanda espontânea (doente procura o médico por si mesmo) ou
encaminhadas por outros médicos. Ocasionalmente uma pessoa pode ser encaminhada por solicitação da
equipe médica de um hospital, por internação psiquiátrica involuntária ou por solicitação judicial.
Avaliação Inicial
Qualquer que tenha sido o motivo da consulta, o psiquiatra primeiro avalia acondição física e mental do
paciente. Para tal, é realizada uma entrevista psiquiátrica para obter informação e se necessário, outras fontes
são consultadas, como familiares, profissionais de saúde, assistentes sociais, policiais e relatórios judiciais e
escalas de avaliação psiquiátricas. O exame físico é realizado para excluir ou confirmar a existência de doenças
orgânicas como tumores cerebrais, doenças da tireóide, ou identificar sinais de auto-agressividade. O exame
pode ser realizado por outros médicos, especialmente se exame de sangue ou diagnóstico por imagem é
necessário. O exame do estado mental do doente é parte fundamental da consulta e é através dele que se define
o quadro e a capacidade do mesmo em julgar a realidade
O do tratamento requer o consentimento do paciente, embora em muitos países existam leis que permitem o
tratamento compulsório em determinados casos. Como com qualquer outro medicamento, medicamentos
psiquiátricos podem apresentar efeito colateral e necessitar de monitoramento da droga frequente, como por
exemplo, hemograma e litemia (necessária para pacientes em uso de sal de lítio). Eletroconvulsoterapia (ECT
ou terapia de eletrochoque) às vezes pode ser administrada para condições graves que não respondem ao
medicamento. Existe muita controvérsia sobre este tratamento, apesar de evidências de sua eficácia.
Alguns estudos pilotos demonstraram que a Estimulação magnética transcraniana repetitiva pode ser útil para
várias condições psiquiátricas (como depressão nervosa, alucinações auditivas). No entanto, o potencial da
estimulação magnética transcraniana para a diagnóstica e terapia psiquiátrica ainda não foi comprovado, por
falta de estudos clínicos de longo prazo.
Consultas externas ou ambulatório
Pacientes psiquiátricos podem ser seguidos em internamento ou em regime ambulatorial. Neste último, eles vão
às consultas no ambulatório, geralmente marcadas antecipadamente, com duração de 30 a 60 minutos. Nestas
consultas geralmente o psiquiatra entrevista o paciente para atualizar sua avaliação do estado mental, revê a
terapêutica e pode realizar abordagem psicoterápica. A frequência com que o médico marca as consultas varia
de acordo com a severidade e tipo de cada doença.
Internamento Psiquiátrico
Existem duas formas de internamento psiquiátrico, o voluntário e o compulsivo. Os pacientes podem ser
internados voluntariamente quando o quadro clínico o justifique e este seja aceito pelo paciente. O internamento
compulsivo terá lugar sempre que o paciente seja alvo de um mandado e/ou processo de internamento
compulsivo por reunir as condições previstas na Lei de Saúde Mental (Lei nº.36/98 de 24 de Julho - Portugal) .
Os critérios para a internamento compulsivo variam de país para país, mas em geral visam a presença de
transtorno mental que coloque em risco imediato a saúde do próprio de terceiros ou a propriedade.
Quando internados os pacientes são avaliados, monitorados e medicados por uma equipe multidisciplinar, que
inclui enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, médicos e outros profissionais de saúde.
Sistemas diagnósticos dos transtornos psiquiátricos
A CID-10 ou Classificação Internacional de Doenças é publicado pela Organização Mundial de Saúde e
utilizado mundialmente. Nos Estados Unidos, o sistema diagnóstico padrão é o DSM IV ou Diagnostic and
Statistical Manual of Mental Disorders revisado pela American Psychiatric Association (Associação
Americana de Psiquiatria). São sistemas compatíveis na acurácia dos diagnósticos com exceção de certas
categorias, devido a diferenças culturais nos diversos países. A intenção tem sido criar critérios diagnósticos
que são replicáveis e objetivos, embora muitas categorias sejam amplas e muitos sintomas apareçam em
diversos transtornos. Enquanto os sistemas diagnósticos foram criados para melhorar a pesquisa em diagnóstico
e tratamento, a nomenclatura é agora largamente utilizada por clínicos, administradores e companias de seguro
de saúde em vários países.
Notas e referências
1. ↑
Pietrini, P.. (2003). "Toward a Biochemistry of Mind?". American Journal of Psychiatry 160: 1907-1908/.
2. ↑ Shorter, E.. A History of Psychiatry: From the Era of the Asylum to the Age of Prozac.. [S.l.]: New York:
John Wiley & Sons, Inc, p.326, ISBN = 978-0-47-124531-5, 1997.
3. ↑ Campo de Atuação do Psiquiatra * Transtornos Mentais Orgânicos * Estados Confusionais agudos (Atual
Delirium) * Demência (parkinson, Alzheimer e outras) * Dependência Química (Alcoolismo, Cocaína, Crack,
Maconha, etc). * Esquizofrenia, Psicoses esquizofreniformes * Transtorno Esquizoafetivo * Depressao (leve,
moderada e grave) * Transtorno Bipolar do Humor (antiga Psicose Maniaco depressiva) * Transtornos de
[6]
Ansiedade (Pânico, Fobias, TAG=Transtorno de Ansiedade generalizada, Stress, Reação aguda e crônica ao
stress, stress pós-traumático) * TOC=Transtorno Obsessivo Compulsivo, Tiques (vocais e motores) *
Transtornos Dissociativos (Amnésia, Crises Conversivas, Afonia, Paralisia) * Transotornos Somatoformes
(Somatizaçoes) * Transtornos Alimentares (Anorexia, Bulimia, Transtorno de Compulsão Alimentar) *
Depressão e psicose pós parto * Transtornos de personalidade (Borderline, anancástico, histriônico, esquizoide,
etc) * Retardo Mental (antiga oligofrenia), leve moderada e grave Fonte: Kaplna, Compêndio de Psiquiatria, 10a
edição, Classificação Internacional das Doenças, 10a edição. Essen-Moller, E.. (1971). "On classification of
mental disorders.". Acta Psychiatrica Scandinavica 37: 119-126..
4. ↑ Krebs, M.O.. (2005). "Future contributions on genetics.". World Journal of Biological Psychiatry 6: 49-55.
5. ↑ Hampel, H.;Teipel, S.J.; Kotter, H.U.; et al.. (1997). "Structural magnetic resonance imaging in diagnosis and
research of Alzheimer's disease.". Nervenarzt 68: 365-378..
6. ↑ Ridding MC & Rothwell, JC. (2007) "Is there a future for therapeutic use of transcranial magnetic
stimulation?" Nature Reviews Neuroscience 8: 559-567
American Psychiatric Association (2000), Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. 4ª
edição. Text revision. Washington, DC: American Psychiatric Association; 2000
Ballone GJ, PsiqWeb, internet, disponível em www.psiqweb.med.br
Sadock BJ, Sadock VA, eds. Kaplan & Sadock's Comprehensive Textbook of Psychiatry2000. 7ª
edição. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins; 2000.
World Health Organization (WHO) International Classification of Diseases Online Version, disponível em
http://www.who.int/classifications/icd/en/
Ver também
Antipsiquiatria
Psiquiatria biológica
História da Psiquiatria
Movimento antimanicomial
Neurologia
Neurociência
Neuropsiquiatria
Psicanálise
Psicologia
Psicofarmacologia
Psicopatologia
Psicoterapia
Saúde mental
Instituto de Psiquiatria da UFRJ (IPUB)
Jornal Brasileiro de Psiquiatria
Listas
Personalidades ilustres em psiquiatria
Psiquiatras na ficção
Medicamentos psiquiátricos
Medicamentos psiquiátricos de acordo com a indicação
Ligações externas
Associação Brasileira de Psiquiatria (http://www.abpbrasil.org.br/)
Associação Portuguesa de Internos de Psiquiatria (http://www.apipsiquiatria.pt)
Site Psiquiatria Geral, Prof. e Dr. Paulo Nicolau (http://www.psiquiatriageral.com.br)
PSIQWEB - Portal de Psiquiatria (http://virtualpsy.locaweb.com.br/index2)
Bibliografia
COSTA, Adriana Cajado. Psicanálise e saúde mental: a análise do sujeito psicótico na instituição
psiquiátrica. São Luis/MA: EDUFMA, 2009 [1] (http://www.eufma.ufma.br/)
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Psiquiatria&oldid=32519903"
Categoria: Psiquiatria
Esta página foi modificada pela última vez à(s) 16h12min de 10 de outubro de 2012.
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