Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Introdução Requisitos exigidos ou recomendados pelo Serviço de Inspeção Federal, no quesito às instalações e ao equipamento relacionado com a inspeção ante- mortem e post-mortem e com a higiene e a racionalização das operações do abate de bovinos. → Currais: devem estar localizados de maneira que os ventos batem, devem estar a 80m longe de produtos comestíveis. → Currais de Chegada e Seleção: recebimento e apartação do gado para formação dos lotes, de conformidade com o sexo, idade e categoria. (Art. 34-3). As rampas devem ter um declive no máximo de 25º, de concreto-armado com antiderrapantes. → Curral de Observação (Art. 34-5): destina-se exclusivamente a receber, para observação e um exame mais apurado, os animais que, na inspeção “ante-mortem”, forem excluídos por suspeita de doença. → Currais de Matança (Art. 34-3): destinam-se a receber os animais aptos à matança normal. → Departamento de Necropsia (Art. 34-4): sala de necropsia e forno crematório; → Banheiro de Aspersão Inspeção Ante-Mortem A inspeção “ante-mortem” é atribuição exclusiva do veterinário, é o mesmo que fará o exame post- mortem. Deve ser feito logo na primeira hora do período da tarde. A inspeção é obrigatoriamente repetida no dia seguinte, meia hora antes do início do abate (Art. 111). A inspeção ante-mortem é um exame somente visual, de caráter geral, observar o comportamento dos animais. Iniciar com o animal em repouso, depois o animal é posto em movimento. Objetivos a serem analisados na inspeção: → Exigir os certificados de sanidade do gado, inclusive os de vacinação contra a Febre Aftosa (antes de começar o exame); → Examinar o estado sanitário do gado e auxiliar, com dados informativos, a tarefa de inspeção post-mortem; → Refugar vacas recém paridas, que tenham abortado e as que estão no período de gestação; → Verificar peso, raça e categoria dos animais; → Conferir o número dos animais apresentados na relação discriminada ou global de matança para o dia seguinte, fornecida pela empresa à I.F. como determina o Art. 102-5. Se o veterinário verificar, a existência de sinais que o levem à suspeita de qualquer enfermidade ou afecção (doenças infecciosas, parasitárias ou inespecíficas) e o animal é encaminhado para o curral de observação. A retenção, de acordo com o caso, poderá estender-se a todo lote a que pertence os animais suspeitos. O veterinário, no caso de carbúnculo hemático e gangrena gasosa, deve ater-se aos ditames do Art. 108. No caso particular da Febre Aftosa, capitulada no item 9 do Art. 116, os animais doentes só poderão ser levados ao abate depois que hajam superado a fase virêmica (eruptiva-febril). A MATENÇA DE EMERGÊNCIA é aquela à qual são submetidos os animais que chegam ao estabelecimento em precárias condições físicas ou de saúde, impossibilitados de atingir a Sala de matança por seus próprios meios, como aqueles que foram retidos no Curral de Observação, após o exame geral. Os bovinos positivos para tuberculose, expedido por veterinário oficial da Defesa Sanitária Animal. São abatidos após os animais saudáveis. A necropsia é feita pelo veterinário, nos animais que chegam mortos ou que venham a morrer nas dependências do estabelecimento e ainda naqueles sacrificados por força de doenças infecto- contagiosas (Art. 116), com uso do instrumental adequado. Os animais necropsiados podem ter dois destinos: → Para a Graxaria, a fim de serem aproveitados na elaboração de subprodutos não-comestíveis. Neste caso, os despojos seguem no carrinho e os couros podem ser também aproveitados. → Para o forno crematório ou para autoclave especial, são os animais que testaram positivo ou estão com suspeita de doenças infecto-contagiosa. Também deve coletar material para exame laboratorial. Inspeção Post-Mortem Feita nos animais abatidos, através do exame macroscópico das seguintes partes e órgãos: conjunto cabeça-língua, superfície externa e interna da carcaça, vísceras torácicas, abdominais e pélvicas e nódulos linfáticos. → Exame dos pés: exame de caráter obrigatório, é feito individualmente nas quatro patas, deve assegurar perfeita relação de origem entre a carcaça e as respectivas extremidades. → Exame do Conjunto Cabeça-Língua: é efetuado na mesa, nas condições estabelecidas. → Cronologia Dentária: este exame tem por objetivo determinar a idade aproximada dos animais abatidos, pela leitura da tabua dentária. → Exame do TGI, baço, pâncreas, bexiga e útero → Exame do Fígado → Exame do pulmão e Coração → Exame dos Rins ABATE HUMANITÁRIO: conjunto de procedimentos que garantem o bem-estar dos animais desde o embarque na propriedade rural até a operação de sangria no matadouro-frigorífico. Auditor fiscal federal agropecuário julga e destina as carcaças e órgãos. Operações Pré-Abate → Embarque: é o início do processo de pré-abate, pois é o processo em que os animais estarão susceptíveis a iniciar o estresse. O principal objetivo deve ser evitar ao máximo estressar o animal. O piso deve ter piso antiderrapante para evitar escorregões e quedas. → Transporte: a capacidade de carga média é de 5 animais na parte anterior e posterior e 10 na parte intermediária, totalizando 20 animais. → Desembarque: evitar estresse, contusões, fraturas. Ter rampas adequadas e formação do lote. Somente animais considerados sadios pela inspeção ante-motem devem ser abatidos em comum. Legislação Prevista no RIISPOA Art. 102. Nenhum animal pode ser abatido sem autorização do SIF. Art. 103. É proibido o abate em animais que não tenham permanecido em descanso, jejum e dieta hídrica, respeitadas as particularidades de cada espécie e as situações emergenciais que comprometem o bem-estar animal. Art. 105. Os animais que chegam ao estabelecimento em condições precárias de saúde, impossibilitados ou não de atingirem a dependência de abate por seus próprios meios, e os que foram excluídos do abate normal após exame ante mortem, devem ser submetidos ao abate de emergência. Sinais de doenças infectocontagiosas de notificação imediata, agonizantes, contundidos, com fraturas, hemorragia, hipotermia ou hipertermia, impossibilitados de locomoção, com sinais clínicos neurológicos e outras condições previstas em normas complementares. Art. 106. O abate de emergência será realizado na presença de Auditor Fiscal Federal Agropecuário com formação em Medicina Veterinária ou de médico veterinário integrante da equipe do serviço de inspeção federal. Art. 108. Animais com sinais clínicos de paralisia decorrente de alterações metabólicas ou patológicas devem ser destinados ao abate de emergência. Art. 110. São considerados impróprios para consumo humano os animais que, abatidos de emergência, se enquadrem nos casos de condenação previstos neste Decreto ou em normas complementares. Art. 111. As carcaças de animais abatidos de emergência que não foram condenadas podem ser destinadas ao aproveitamento condicional ou, não havendo qualquer comprometimento sanitário, serão liberadas, conforme previsto neste Decreto ou em normas complementares. Art. 112. Só é permitido o abate de animais com o emprego de métodos humanitários, utilizando-se de prévia insensibilização, baseada em princípios científicos, seguida de imediata sangria. § 2º É facultado o abate de animais de acordo com preceitos religiosos, desde que seus produtos sejam destinados total ou parcialmente ao consumo por comunidade religiosa que os requeira ou ao comércio internacional com países que façam essa exigência. Art. 113. Antes de chegar à dependência de abate, os animais devem passar por banho de aspersão com água suficiente para promover a limpeza e a remoção de sujidades, respeitadas as particularidadesde cada espécie. Art. 114. A sangria deve ser a mais completa possível e realizada com o animal suspenso pelos membros posteriores ou com o emprego de outro método aprovado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. Art. 121. Todas as carcaças, as partes das carcaças, os órgãos e as vísceras devem ser previamente resfriados ou congelados, dependendo da especificação do produto, antes de serem armazenados em câmaras frigoríficas onde já se encontrem outras matérias-primas. Art. 122. As carcaças ou as partes das carcaças, quando submetidas a processo de resfriamento pelo ar, devem ser penduradas em câmaras frigoríficas, respeitadas as particularidades de cada espécie, e dispostas de modo que haja suficiente espaço entre cada peça e entre elas e as paredes, as colunas e os pisos. Parágrafo único. É proibido depositar carcaças e produtos diretamente sobre o piso. Art. 123. O SIF deve verificar o cumprimento dos procedimentos de desinfecção de dependências e equipamentos na ocorrência de doenças infectocontagiosas, para evitar contaminações cruzadas. Art. 124. É obrigatória a remoção, a segregação e a inutilização dos Materiais Especificados de Risco - MER para encefalopatias espongiformes transmissíveis de todos os ruminantes destinados ao abate. Exigências do RIISPOA na inspeção ante-mortem: → Conferir documentação de origem GTA; → Identificar o estado higiênico sanitário dos animais, separando-os adequadamente; → Verificar condições higiênicas dos currais e seus anexos; → Realizar a necropsia dos animais mortos ou doentes; → Realizar o abate de emergência, se necessário; → GARANTIR A PROTEÇÃO HUMANITÁRIA AS DIFERENTES ESPÉCIES. Abate normal: obrigatório emprego de métodos humanitários – insensibilização/sangria para cada espécie. O estabelecimento é reponsavel por manter a correlação entre as carcaças e vísceras, assim como a fase preparatória para inspeção. É obrigatório a remoção, segregação e inutilização de MER (matérias de risco específico).
Compartilhar