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Classificação da Posse Quanto à relação pessoa coisa Posse Direta e Indireta Direta e Imediata: aquela que é exercida por quem tem a coisa materialmente, havendo um poder físico imediato.” (Tartuce, 2018 p 40) OBS! Cuidado para não confundir, esse conceito pode nos conduzir ao equívoco de achar que é detentor, mas nesse caso a pessoa está exercendo em nome próprio; Indireta e Mediata: “exercida por meio de outra pessoa, havendo mero exercício de direito, geralmente decorrente da propriedade [......]”. (Tartuce, 2018 p 40) Art. 1 197: “a posse direta de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto” Quanto a presença/existência de vício: Posse Justa e Injusta • Nesse momento se verifica se existe ou não o vício; • Enquanto não cessa a violência e clandestinidades não se configura posse; Posse Justa: “é aquela que não apresenta os vícios da violência da clandestinidade ou da precariedade”. (Tartuce, 2018 p. 41) Posse Injusta: “apresenta os referidos vícios, pois foi adquirida por meio de ato de violência, ato clandestino ou de precariedade [......]” (Tartuce, 2018, p. 41) • “Posse” Violenta: Obtida da força física ou violência moral; • “Posse” Clandestina: Obtida as escondidas, de forma oculta, na surdina; • “Posse” Precária: Obtida através do abuso de confiança; Quanto a ciência do vício: Boa-fé e Má-fé • Boa-Fé: Art. 1 201 CC: “É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. Parágrafo único: o possuidor com justo título tem por si a presunção de boa- fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção;” • A presença não descaracteriza a boa-fé, o que descaracteriza é saber do vício e o permanecer; • A posse de boa-fé poderá ser: Real: aquela onde de fato não existem vícios; Presumida: tiver justo título. Exemplo: contrato de locação celebrada com pessoa incapaz, sem que o locatário tenha conhecimento deste fato IV Jornada de Direito Civil Enunciado nº 302 do CJF/STJ “Considera se justo título para a presunção relativa de boa fé do possuidor o justo motivo que lhe autoriza a aquisição derivada da posse, esteja ou não materializado em instrumento público ou particular. Compreensão na perspectiva da função social da posse.” Posse de Má-Fé: “[...]situação em que alguém sabe do vício que a comete a coisa, mas, mesmo assim pretende exercer o domínio fático sobre esta.” Quando a presença de título • Título é causa ou elemento criador de relação jurídica; • Posse com título: há uma causa representativa da transmissão da posse. Presunção relativa de boa- fé Efeitos; Art. 1 242: “Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé o possuir por dez anos.” Art. 1 243: “O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1 207), contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1 242 com justo título e de boa-fé. • Posse sem título: situação em que não há uma causa representativa; Quanto aos efeitos • Posse ad interdictae: Pode ser defendida pelos interditos; • Posse ad usucapionem: Se prolonga no tempo, confere o direito de aquisição do domínio através das ações de usucapião. - Exige o animus dominis; Classificação quanto ao tempo • Saber se é nova ou velha é importante, pois é a partir dela que vai saber o procedimento que será utilizado; • Posse Nova: é aquela que conta com menos de uma ano e um dia da data do esbulho ou turbação - Procedimento Especial; • Posse Velha: é aquela que conta com mais de uma ano e um dia da data do esbulho ou turbação -Procedimento Comum; CPC/ 2015 Art. 558: “Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da Seção II deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na petição inicial; Parágrafo único: Passado o prazo referido no caput será comum o procedimento, não perdendo, contudo, o caráter possessório.
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