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Efeitos da Posse Conceito de Fruto: • Bens que saem do principal, ou seja, que dele se destacam, sem diminuir sua quantidade. • as utilidades econômicas que a coisa periodicamente produz, sem alteração ou perda de sua substância. • Naturais: são provenientes diretamente da coisa, em razão da sua essência, da sua força orgânica, renovando se periodicamente por força da natureza; • Industriais: São os resultantes de uma atividade humana, a pessoa humana interfere de forma determinante no ciclo de produção; • Civis: decorrem de uma relação jurídica ou econômica, rendas periódicas decorrente da concessão do uso e gozo de uma coisa frutífera por outrem que não é proprietário; Pertencem aos Proprietários A) Regra Geral Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu proprietário, salvo se, por preceito jurídico especial, couberem a outrem. • Acessório segue principal; Pertencem aos Possuidores de Boa Fé B) Regras específicas: Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação. • Função Social da Posse; Condições -Tenham sido separados da coisa principal (Ou seja, frutos percebidos); -A percepção seja antes de cessar a Boa-Fé; -Não ter os frutos sido anteriormente (ao início da posse de boa-fé) objeto de negócio jurídico pelo proprietário (Artigo 95) e o possuidor tenha dessa cessão ciência; Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam se colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis reputam se percebidos dia por dia. Possuidor de Má Fé • Dever de restituir os frutos percebidos (colhidos), se consumidos, responderá pelo equivalente pecuniário ao valor dos frutos; • Responde também pelos percipiendos (deixou de colher); • Responde pelos frutos colhidos por antecipação; • Apenas tem direito ao reembolso do que gastou para produção dos frutos; Art. 1.216. O possuidor de má fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má fé; tem direito às despesas da produção e custeio. Direitos às Benfeitorias • Consistem em obras ou despesas efetuadas para fins de conservação, melhoramento ou embelezamento; • Classificação: - Necessárias: aquelas que se destinam à conservação a coisa, evitar que ela se deteriore e permitir a sua normal exploração; - Úteis: aquelas que aumentam ou facilitam o uso do imóvel, incrementam sua utilidade, aumentam objetivamente seu valor; - Voluptuárias: aquelas podem torná-la mais bonita ou mais agradável, visa oferecer recreação e prazer a quem dá coisa desfrute; • São consideradas bens acessórios; Possuidor de Boa-fé Possuidor de Má-fé Indenização Benfeitorias necessárias; Benfeitorias úteis; Benfeitorias necessárias; Retenção Da coisa principal até o ressarcimento das benfeitorias úteis e necessárias; Nenhuma Pleitear ressarcimento pelas voluptuárias Diante do não pagamento levantar se não deteriorar a coisa no caso de danificação do possuidor reparar esse dano; Condições para o levantamento 1- Sem incolumidade para a coisa ou fácil reparação à coisa; 2- Não haja por parte do reivindicante, a manifesta intenção de indenizar a referida benfeitoria; Impossibilidade de levantamento e não ressarcimento Discursão jurídica • Base legal: Art. 1 219: “O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.” Art. 1 220: “Ao possuidor de má fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias”. Possuidor de Boa-fé Possuidor de Má-fé Benfeitoria necessária Valor real ao tempo da Evicção Valor atual ou de custo. O reivindicante escolherá; Art. 1 222: “O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual.” • Compensação dos Danos: Art. 1.221: “As benfeitorias compensam se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem. • Momento de Alegação do Direito de Retenção: Nas Ações Petitórias ou Possessórias, será a contestação; - Não Arguição: Preclusão Temporal; - Base Legal: § 2º, Artigo 538: “Não cumprida a obrigação de entregar coisa no prazo estabelecido na sentença, será expedido mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse em favor do credor, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel. §2º: “O direito de retenção por benfeitorias deve ser exercido na contestação, na fase de conhecimento.” • Natureza Jurídica do Direito de Retenção: Obrigação Proptem Rem; Responsabilidade Civil do Possuidor Possuidor de Boa-fé Possuidor de Má-fé Responde apenas quando der causa a perda ou a deterioração; Responde sempre, mesmo que não tenha dado causa, salvo se provar que estando em poder do reivindicante de igual modo teria ocorrido; Deve, portanto, o retomante provar o dolo ou culpa da deterioração ou perda (relação de causalidade entre a desídia e o dano); Responsabilidade Objetiva Pelo Risco Integral (Responsabilidade Objetiva Agravada) - Reivindicante não precisará provar a culpa do possuidor de má fé, o responsabilizando mesmo quando a deterioração decorrer de fortuito externo e fato de terceiro; Ressarcirá o equivalente pela depreciação econômica da coisa; Responsabilidade Civil Subjetiva: prova pelo ofendido Art. 1 217: “O possuidor de boa-fé não responde Art. 1 218: “O possuidor de má fé responde pela pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa”. perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante”.
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