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Direito das coisas - resumo 01

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“Muito didaticamente, pode se afirmar que o 
Direito das Coisas é o ramo do Direito Civil que 
tem como conteúdo relações jurídicas 
estabelecidas entre pessoas e coisas 
determinadas, ou mesmo determináveis.” 
(Tartuce). 
“[...]o direito das coisas não pode ser 
compreendido exatamente como sinônimo de 
direitos reais Possui configuração mais ampla, 
abrangendo, além dos direitos reais 
propriamente dito, capítulos destinados ao 
estudo da posse cuja natureza jurídica é 
controversa tida por alguns como direito 
obrigacional e dos direito de vizinhança, 
classificados como obrigações mistas ou propter 
rem” p.33. (Farias e Rosenvald). 
 
Direito das Coisas 
• É o complexo de normas reguladoras das 
relações jurídicas referentes às coisas 
suscetíveis de apropriação pelo homem; 
• Campo metodológico; 
• Coisa é o gênero do qual bem é espécie; 
• Coisa é tudo o que existe objetivamente, 
com exclusão do homem. 
• São bens corpóreos: existem no mundo 
físico e hão de ser tangíveis pelo homem; 
• Somente interessam ao direito as coisas 
suscetíveis de apropriação exclusiva pelo 
homem, sobre as quais possa existir um 
vínculo jurídico, que é o domínio. 
• Apesar da posse ser distinta da 
propriedade, o possuidor encontra-se em 
uma situação de fato, aparentando ser o 
proprietário; 
 
 
 
 
 
 
Direitos Reais 
• Está contido no direito das coisas; 
• O direito das coisas trata das relações 
jurídicas concernentes corpóreo suscetíveis 
de apropriação pelo homem. Incluem-se no 
seu âmbito somente os direitos reais; 
• Consiste no poder jurídico, direto e 
imediato, do titular sobre a coisa, com 
exclusividade e contra todos. 
- No polo passivo incluem-se os membros da 
coletividade. 
• Relações jurídicas entre uma pessoa 
(sujeito ativo) e uma coisa. 
• Rol taxativo (numerus clausus), segundo a 
visão clássica art. 1.225 do CC/02. 
• Direito sobre uma coisa, decorrente da 
coisa 
 
Princípios Fundamentais dos direitos reais 
 
• Princípio da aderência: estabelece um 
vínculo entre o sujeito e a coisa, não 
dependendo de nenhum sujeito passivo. 
• Princípio do absolutismo: os direito reais 
exercem erga omnes, ou seja, contra todos, 
que devem abster-se de molestar o titular. 
• Princípio da publicidade: os direitos reais 
sobre imóveis só se adquirem com registro, 
no Cartório de Registro de Imóveis, do 
respectivo título. 
• Princípio da taxatividade: os direitos reais 
são criados pelo direito positivo por meio da 
técnica denominada numerus clausus. 
- O número de direitos reais é, pois, 
limitado. 
• Princípio da tipicidade: os direitos reais 
existem de acordo com os tipos legais. São 
definidos e enumerados determinados tipos 
pela norma, e só estes correspondem os 
direitos reais, sendo, pois, seus modelos. 
• Princípio da perpetuidade: a propriedade é 
um direito perpétuo, pois não se perde pelo 
não uso, mas somente pelos meios e formas 
legais. 
• Princípio da exclusividade: não pode haver 
dois direitos reais, de igual conteúdo, sobre 
a mesma coisa. 
• Princípio do desmembramento: conquanto 
os direitos reais sobre coisas alheias 
tenham normalmente mais estabilidade do 
que os obrigacionais, são também 
transitórios, pois, como exposto, 
desmembram-se do direito-matriz, que é 
propriedade. 
 
Direito Pessoais de natureza obrigacional 
• Consiste numa relação jurídica pela qual o 
sujeito ativo pode exigir do sujeito passivo 
determinada prestação. 
• Relações jurídicas entre pessoas; 
- Sujeito ativo: credor; 
- Sujeito passivo: devedor. 
• Princípio da autonomia privada 
• Liberdade das partes; 
• Rol exemplificativo (numerus apertus) art. 
425 do CC/02 criação dos contratos 
atípicos. 
• Direito contra uma pessoa, direito a um 
crédito, direito de receber uma prestação; 
Direito Real Direito Pessoal 
As regras que o 
regulam são de 
natureza cogente, 
de ordem pública. 
As regras que os 
regulam são, em 
regra, dispositivas e 
facultativas. 
Caracteriza-se pela 
efetivação direta, 
sem a intervenção 
de quem quer que 
seja, não depende 
da colaboração de 
nenhum sujeito. 
Supõe a intervenção 
de outro sujeito de 
direito. 
O objeto deve ser 
uma coisa 
determinada. 
Pode ter como 
objeto coisa 
genérica, mas 
determinável. 
A violação consiste 
num fato positivo 
Nem sempre a 
violação consiste 
num fato positivo. 
Gozo permanente, 
pois tende a 
perpetuidade 
É eminentemente 
transitório 
Podem ser 
adquiridos por 
usucapião 
Não podem ser 
adquiridos por 
usucapião 
Só encontra um 
sujeito passivo 
concreto no 
momento em que é 
violado. 
Dirige-se desde o 
seu nascimento 
contra uma pessoa 
determinada e 
somente contra ela. 
 
 
Teorias 
 
• Personalista: Os direitos reais são relações 
jurídicas entre pessoas, mas intermediada 
por coisas. 
• Realista ou Clássica: O direito real 
estabelece poder imediato que a pessoa 
exerce sobre a coisa, com eficácia para 
todas e todos. (Adotada no Brasil). 
 
Classificação 
 
• Direitos Reais Sobre Coisa Própria 
Propriedade, manifestação primária e 
fundamental dos direitos reais. 
• Direitos Reais Sobre Coisa Alheia Decorre 
da decomposição dos atributos dos Direitos 
Reais, não existem isoladamente, mas 
concomitante com o Direito Real de 
Propriedade Quando eles estão sendo 
exercido por pessoa alheia ao proprietário, 
esse se priva de alguns dos 
poderes/faculdades, mas em momento 
algum a sua condição de proprietário é 
reduzida São de duração temporária; 
-Direitos Reais de Gozo e Fruição: 
Usufruto, servidão, uso e habitação; 
-Direitos Reais de Garantia: Penhor, 
Hipoteca e Anticrese; 
-Direito Real de Aquisição: Promessa de 
Compra e Venda; 
 
Obrigações propter rem 
 
• É a obrigação do titular do direito real de 
satisfazer certa prestação. 
• Exemplo Despesas de condomínio; 
• Art. 1 345 “O adquirente de unidade 
responde pelos débitos do alienante, em 
relação ao condomínio, inclusive multas e 
juros moratórios.” 
• A obrigação existe e desaparece em razão 
da coisa. 
• Estão relacionadas ao sujeito possuidor de 
um direito real; 
• Nasce e morre com o direito real; 
• O sucessor do titular assume 
automaticamente as obrigações ainda que 
não saiba sua existência; 
• Possibilidade de exoneração pelo abandono; 
 
Ônus reais 
 
• Dever, poder, peso, obrigação, gravame 
sobre a coisa; 
• Obrigações que limitam o uso e gozo da 
propriedade; 
• O ônus recai sobre a coisa e não sobre seu 
proprietário, por essa razão, limita se ao 
valor da coisa e o titular dos direitos reais 
não responde com seu patrimônio; 
• Exemplo: A hipoteca penhor; 
 
Obrigações com Eficácia Real 
 
• A obrigação terá eficácia real quando, sem 
perder seu caráter de direito a uma 
prestação, se transmite e é oponível a 
terceiro que adquira direito sobre 
determinado; 
• São obrigações de natureza pessoal que a 
partir da vontade entre as partes, vinculará 
terceiro não participante da relação a 
respeitar direitos decorrentes de contrato 
que recairá sobre uma coisa; 
• São oponíveis a quem adquire direitos reais 
sobre a coisa; 
Art. 576. Se a coisa for alienada durante 
a locação, o adquirente não ficará 
obrigado a respeitar o contrato, se nele 
não for consignada a cláusula da sua 
vigência no caso de alienação, e não 
constar de registro; 
§1º O registro a que se refere este 
artigo será o de Títulos e Documentos do 
domicílio do locador, quando a coisa for 
móvel e será o Registro de Imóveis da 
respectiva circunscrição, quando imóvel.

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