produção de bens e serviços, nas áreas de infra-estrutura, energia, saneamento e telecomunicações. Prof. Marcia Julião 27 Sistemas Econômicos Em Economias de Mercado, a maioria dos preços dos bens, serviços e salários é determinada predominantemente pelo mecanismo de preços, que atua por meio da oferta e da demanda dos fatores de produção. Nas Economias Centralizadas, essas questões são decididas por um órgão central de planejamento, a partir de um levantamento dos recursos de produção disponíveis e das necessidades do país. Prof. Marcia Julião 28 Sistemas Econômicos Após o fim da chamada “Cortina de ferro” ao final dos anos 1980, mesmo as economias guiadas por governos comunistas, como a Rússia e China, têm aberto cada vez mais espaço para atuação da iniciativa privada, caracterizando um “Socialismo de Mercado” regime político comunista, com economia de mercado Prof. Marcia Julião 29 Curva de possibilidade de produção (ou curva de transformação) A curva (ou fronteira) de possibilidades de produção (CPP) expressa a capacidade máxima de produção da sociedade, supondo pleno emprego dos recursos ou fatores de produção de que se dispõe em dado momento de tempo. Trata-se de um conceito teórico com o qual se ilustra como a escassez de recursos impõe um limite à capacidade produtiva de uma sociedade, que terá de fazer escolhas entre diferentes alternativas de produção. Prof. Marcia Julião 30 Curva de possibilidade de produção (ou curva de transformação) Devido a escassez de recursos, à produção total de um país tem um limite máximo, uma produção potencial ou produto de pleno emprego, quando todos os recursos disponíveis estão empregados (todos os trabalhadores que querem trabalhar estão empregados, não há capacidade ociosa). Suponhamos uma economia que só produza máquinas (bens de capital) e alimentos (bens de consumo) e que as alternativas de produção sejam: Prof. Marcia Julião 31 Tabela 1.1 Possibilidades de Produção Alternativas de Produção Máquinas (Milhares) Alimentos (Toneladas) A 25 0 B 20 30,0 C 15 47,5 D 10 60,0 E 0 70,0 Prof. Marcia Julião 32 Figura 1.1 Curva (ou fronteira) de possibilidades de produção Scanear e inserir figura pag. 6 Prof. Marcia Julião 33 Custo de Oportunidade A transferência dos fatores de produção de um bem X para produzir um bem Y implica um custo de oportunidade, que é igual ao sacrifício de se deixar de produzir parte do bem X para se produzir mais do bem Y. O Custo de Oportunidade também é chamado de Custo Alternativo, por representar o custo de produção alternativa sacrificada. Prof. Marcia Julião 34 Custo de Oportunidade É de se esperar que os custos de oportunidade sejam crescentes, uma vez que, quando aumentamos a produção de determinado bem, os fatores de produção transferidos dos outros produtos se tornam cada vez menos aptos para a nova finalidade, ou seja, a transferência vai ficando cada vez mais difícil e onerosa, e o grau de sacrifício vai aumentando. Os fatores de produção são especializados em determinadas linhas de produção, e não são completamente adaptáveis a outros usos. Prof. Marcia Julião 35 Figura 1.2 Curva de possibilidades de produção/custo de oportunidades crescentes Scanear figura da pagina 7 Prof. Marcia Julião 36 Deslocamentos da curva de possibilidades de produção. O deslocamento da CPP para a direita indica que o país está crescendo. Isso pode ocorrer em função do aumentos da quantidade física de fatores de produção como em função do melhor aproveitamento dos recursos já existentes, o que pode ocorrer com o progresso tecnológico, maior eficiência produtiva e organizacional das empresas e melhoria no grau de qualificação da mão-de-obra. Prof. Marcia Julião 37 Figura 1.3 Crescimento econômico Figura Prof. Marcia Julião 38 Funcionamento de uma economia de mercado: fluxos reais e monetários Vamos supor que uma economia de mercado que não tenha interferência do governo nem transações com o exterior (economia fechada). Os agentes econômicos são as famílias (unidades familiares) e as empresas (unidades produtoras). As famílias são proprietárias dos fatores de produção e os fornecem às unidades de produção no mercado dos fatores de produção. As empresas, pela combinação dos fatores de produção, produzem bens e serviços e os fornecem às famílias no mercado de bens e serviços. A esse fluxo de fatores de produção, bens e serviços, denominamos Fluxo Real da Economia Prof. Marcia Julião 39 Figura 1.4 Fluxo Real da Economia Prof. Marcia Julião 40 Fluxo Real da Economia Famílias e empresas exercem um duplo papel. No mercado de bens e serviços, as famílias demandam bens e serviços, enquanto das empresas os oferecem; no mercado de fatores de produção, as famílias oferecem os serviços dos fatores de produção (que são de sua propriedade) enquanto as empresas os demandam. No entanto, o FRE só se torna possível com a presença da moeda, que é utilizada para remunerar os fatores de produção e para o pagamento dos bens e serviços. Prof. Marcia Julião 41 Fluxo - definição Um fluxo é definido ao longo de um dado período de tempo (ano, mês, etc.) Diferencia-se do conceito de estoque, que é definido num dado momento do tempo, e não ao longo de um período. Em Economia, essa diferenciação é particularmente importante: Exemplo: O conceito de déficit público é um fluxo (mensal, trimestral, anual), enquanto a dívida pública é um estoque acumulado, até um dado momento. Prof. Marcia Julião 42 Figura 1.5 Fluxo monetário da Economia Paralelamente ao fluxo real, temos um fluxo monetário da economia. Prof. Marcia Julião 43 Fluxo Circular de Renda Unindo os fluxos real e monetário da economia, temos o chamado Fluxo Real de Renda. Prof. Marcia Julião 44 Fluxo circular de renda Em cada um dos mercados atuam conjuntamente as forças da oferta e da demanda, determinando o preço. Assim, no mercado de bens e serviços formam-se os preços dos bens e serviços, enquanto no mercado de fatores de produção são determinados os preços dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis, lucros, royalties, dentre outros). Prof. Marcia Julião 45 Fluxo circular de renda Esse fluxo, também chamado de fluxo básico, é o que se estabelece entre famílias e empresas. O fluxo completo incorpora o setor público, adicionando-se o efeito dos impostos e dos gastos públicos ao fluxo anterior, bem como o setor externo, que inclui todas as transações com mercadorias, serviços e o movimento financeiro com o resto do mundo. Prof. Marcia Julião 46 Bens de Capital, de Consumo, Intermediários e fatores de produção Os bens de capital são utilizados na fabricação de outros bens, mas não se desgastam totalmente no processo produtivo. É o caso, por exemplo, de máquinas, equipamentos e instalações. São usualmente classificados no ativo fixo das empresas, e uma das suas características é contribuir para a melhoria da produtividade da mão-de-obra. Prof. Marcia Julião 47 Bens de Capital, de Consumo, Intermediários e fatores de produção Os bens de consumo destinam-se diretamente ao atendimento das necessidades humanas. De acordo com sua durabilidade, podem ser classificados como duráveis (geladeiras, fogões, automóveis) ou como não-duráveis (alimentos, produtos de higiene, limpeza) Prof. Marcia Julião 48 Bens de Capital, de Consumo, Intermediários e fatores de produção Os bens intermediários são transformados ou agregados na produção de outros bens e são consumidos totalmente no processo produtivo (insumos, matérias-primas e componentes). Diferenciam-se dos bens finais, que são vendidos para consumo ou utilização final. Os bens de capital como não são “consumidos” no processo produtivo, são bens finais, e não intermediários Prof. Marcia Julião 49 Bens de Capital, de Consumo, Intermediários e fatores de produção Os fatores de produção, chamados recursos de produção da economia, são constituídos pelos recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), terra, capital e tecnologia. A cada fator de produção, corresponde uma remuneração ao seu proprietário, conforme o quadro a seguir: Prof. Marcia Julião 50 Fator de