da Oferta Q0 = f(P) Em que: Q0 = quantidade ofertada de um bem ou serviço, num dado período. P = preço do bem ou serviço. Esta relação deve-se ao fato de que, cp, um aumento d0 preço de mercado estimula as empresas a elevar a produção; novas empresas serão atraídas, aumentando a quantidade ofertada do produto. Prof. Marcia Julião 161 Oferta de mercado Além do preço do bem, a oferta de um bem ou serviço é afetada pelos custos dos fatores de produção (matérias-primas, salários, preço da terra), por alterações tecnológicas e pelo aumento do número de empresas no mercado. Ex.: um aumento dos salários ou do custo das matérias-primas, de provocar, cp, uma retração da oferta do produto. Prof. Marcia Julião 162 Oferta de mercado A relação entre a oferta e nível de conhecimento tecnológico é diretamente proporcional, dado que melhorias tecnológicas promovem melhorias da produtividade no uso dos fatores de produção e, portanto, aumento da oferta. Da mesma forma, há uma relação direta entre a oferta de um bem ou serviço e o número de empresas ofertantes do produto no setor. Oferta do bem X = f (preço de X, custos dos fatores de produção, nível de conhecimento tecnológico, número de empresas no mercado). Prof. Marcia Julião 163 Oferta e quantidade ofertada Como no caso da demanda, também devemos distinguir entre a oferta e a quantidade ofertada de um bem. A oferta refere-se à escala (ou toda a curva), enquanto a quantidade ofertada diz respeito a um ponto específico da curva de oferta. Um aumento no preço do bem provoca um aumento da quantidade ofertada, cp, (diagrama a). Ex.: Um aumento no custo das mp’s provoca uma queda na oferta: mantido o mesmo preço P0, cp, as empresas são obrigadas a diminuir a produção (diagrama b). Prof. Marcia Julião 164 Oferta e quantidade ofertada Por outro lado, uma diminuição no preço dos insumos, ou uma melhoria tecnológica em sua utilização, ou ainda um aumento no número de empresas no mercado, conduz a um aumento da oferta, dados os mesmos preços praticados, deslocando-se, desse modo, a curva de oferta para a direita. (diagrama c). Prof. Marcia Julião 165 Alteração da quantidade ofertada e da oferta Prof. Marcia Julião 166 Equilíbrio de mercado A lei da oferta e da procura: tendência ao equilíbrio A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.Veja tabela da oferta e demanda de X. Prof. Marcia Julião 167 Preço (S) Quantidade Procurada Quantidade Ofertada Situação de mercado 1,00 11.000 1.000 Excesso de procura (escassezde oferta) 3,00 9.000 3.000 Excesso de procura (escassezde oferta) 6,00 6.000 6.000 Equilíbrio entre oferta e procura 8,00 4.000 8.000 Excesso de oferta ( escassezde procura) 10,00 2.000 10.000 Excesso de oferta ( escassezde procura) Equilíbrio de mercado Prof. Marcia Julião 168 Equilíbrio de mercado Quando há uma competição tanto de consumidores como de ofertantes, há uma tendência natural no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio estacionário – sem filas e sem estoques indesejados. Para que isso ocorra, é necessário que não haja interferência nem do governo nem de forças oligopólicas. Prof. Marcia Julião 169 Deslocamento das curvas de demanda e oferta Existem vários fatores que podem provocar deslocamento das curvas de oferta e demanda, com evidentes mudanças do ponto de equilíbrio. Ex.: O mercado de um bem X (um bem normal, não inferior) esteja em equilíbrio. O preço de equilíbrio inicial é P0 e a quantidade, Q0 (ponto A). Prof. Marcia Julião 170 Deslocamento do pto de equilíbrio Prof. Marcia Julião 171 Interferência do governo no equilíbrio de mercado O governo intervém na formação de preços de mercado quando fixa impostos, dá subsídios, estabelece critérios de reajuste de salário mínimo, fixa preços mínimos para produtos agrícolas, decreta tabelamentos ou, ainda, congela preços e salários. Prof. Marcia Julião 172 Estabelecimento de impostos Impostos indiretos: incidentes sobre o consumo ou sobre as vendas. (ICMS, IPI) Impostos diretos: incidentes sobre a renda e o patrimônio: (IR, IPTU). Os indiretos se dividem em: Específico: O valor é fixo, independente do valor da unidade vendida. Ad valorem: É um percentual aplicado sobre o valor da venda. Prof. Marcia Julião 173 Estabelecimento de impostos Um aumento de impostos representa um aumento dos custos de produção para a empresa. Se ela quiser continuar vendendo as mesmas quantidades anteriores, terá de elevar o preço de seu produto – repassando o imposto para o consumidor; caso contrário terá de reduzir seu volume de produção. A proporção do imposto pago por produtores e consumidores é a chamada Incidência Tributária, que mostra sobre quem recai efetivamente o ônus do imposto. Prof. Marcia Julião 174 Estabelecimento de impostos Conceito jurídico e econômico de incidência: Do ponto de vista legal: incidência refere-se a quem recolhe os impostos aos cofres públicos. Do ponto de vista econômico: diz respeito a quem arca com o ônus. Política preços mínimos em agricultura: Dar garantia ao produtor para protegê-lo de oscilações de preço no mercado. Tabelamento: intervenção do governo no sistema de preços para segurar a inflação: Plano Bresser, Plano Cruzado e Plano Collor. Prof. Marcia Julião 175 Conceito de Elasticidade Sensibilidade de uma variável quando ocorrem alterações em outra. Relação entre as variações do preço e renda. Elasticidade-preço da demanda: variação percentual na quantidade procurada do bem X em relação a uma variação percentual no seu preço. Podemos expressar esse conceito: EpD = variação percentual em Qd variação percentual em P Prof. Marcia Julião 176 Conceito de Elasticidade Exemplo: P0 = Preço inicial = $ 20,00 P¹ = Preço final = $ 16,00 Q0 = Quantidade demandada ao preço Q0 = 30 Q¹ = Quantidade demandada ao preço Q¹ = 39 A variação percentual do preço é dada por: P¹ - P0 = -4 = -0,2 ou -20% P0 20 Prof. Marcia Julião 177 Variação percentual da quantidade demandada Q¹ - Q0 = 9 = 0,3 ou 30% Q0 30 O valor da elasticidade-preço da demanda é dado por: EpD = variação percentual de Qd = +30% = -1,5 ou EpD = 1,5 variação percentual de P -20% Significa que, dada uma queda de 20% no preço, a quantidade demandada aumenta em 1,5 vez os 20%, ou seja, 30%. Trata-se de um produto cuja demanda tem grande sensibilidade a variações do preço. Prof. Marcia Julião 178 Demanda elástica A variação da quantidade demandada supera a variação do preço ou EpD > 1. Em caso de aumentos de preços, diminui drasticamente o consumo; quando há queda no preço de mercado, aumenta o consumo em uma vez e meia a variação no preço. Prof. Marcia Julião 179 Demanda inelástica Ocorre quando uma variação percentual no preço provoca uma variação percentual relativamente menor nas quantidades procuradas. EpD < 1 Nesse caso, uma suposta redução de 10% nos preços provoca um aumento de 5% nas quantidades procuradas. Os consumidores reagem pouco a variações dos preços, i.e., possuem baixa sensibilidade ao que acontece com os preços de mercado. Prof. Marcia Julião 180 Demanda de elasticidade-preço unitária As variações percentuais no preço e na quantidade são de mesma magnitude, porém em sentido inverso. EpD = -1 ou /EpD/ = 1 Prof. Marcia Julião 181 Fatores que influenciam o grau de elasticidade-preço da demanda Bens substitutos: pequenas variações em seu preço farão com que o consumidor adquira um produto substituto. Essencialidade do bem: demanda pouco sensível á variação de preço – demanda inelástica Importância do bem: a elasticidade-preço da demanda de carne tende a ser mais elevada que a de fósforos. Prof. Marcia Julião 182 Formas de cálculo: Elasticidade num ponto específico ou no ponto médio Ponto específico: Quando calculamos a elasticidade apenas para um dado preço e quantidade. Ponto médio: Em vez de utilizar apenas um ponto, consideram-se as médias de preços e de quantidades em um dado trecho da demanda. Prof. Marcia Julião 183 Relação entre receita total