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Vulvovaginites: Causas e Tratamentos

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Ginecologia e Obstetrícia 
Valeska Barimacker 13 
Vulvovaginite 
 
Para distinguir uma secreção fisiológica da alterada, é necessário compreender a 
fisiologia ginecológica. 
ELEMENTOS/CARACTERÍSTICAS NORMAL ALTERADA 
QUANTIDADE Discreta ou pequena quantidade Pequena ou grande quantidade 
ASPECTO Fluida ou eventualmente 
amarelada 
Amarelada, acinzentada, 
esbranquiçada 
ODOR Característico/ausente Pode ser desagradável 
PRURIDO Ausente Pode estar presente 
SINAIS INFLAMATÓRIOS Ausente Pode estar presente 
CITOLOGIA Poucas células inflamatórias Pode ter aumento de células 
inflamatórias 
 As 
vulvovaginites são 
processos 
infecciosos ou 
inflamatórios que 
acometem o trato 
genital inferior (do 
colo em direção à 
vulva) e são a queixa 
principal de 30% das 
consultas 
ginecológicas. 
 
 
 As principais queixas são presença de secreção vaginal aumentada, odor vaginal 
e irritação vulvar e/ou vaginal, podendo ou não estar associado a um odor desagradável, 
que piora após relação sexual, e desconforto intenso. 
As principais causas são: 
1. Gardenerella vaginallis – 40 a 50% 
2. Candida sp – 30 a 20% 
3. Trichomonas vaginallis – 15 a 20% 
4. Outras causas – alérgica ou atrófica 
O diagnóstico se dá com anamnese + exame físico + exame a fresco/cultura/CP 
 
Vaginose Bacteriana 
Nas mulheres em idade reprodutiva, é a principal causa da alteração de secreção e 
está definida como uma síndrome clínica polimicrobiana causada pelo crescimento 
patológico de bactérias anaeróbicas, decorrente de um desequilíbrio da microbiota 
genital, onde há redução ou ausência de lactobacilos. 
Ginecologia e Obstetrícia 
Valeska Barimacker 14 
São os lactobacilos os responsáveis pela manutenção do pH vaginal. Quando há 
alcalinização local, há a predisposição para a vaginose. O que causa alcalinização? 
 Intercursos sexuais frequentes; 
 Uso de duchas vaginais; 
 Sexo anal; 
 Exercício físico; 
 Estresse; 
 Período pré-menstrual. 
Diagnóstico 
 pH vaginal – maior do que 4,5  isoladamente, tem pequeno valor preditivo; 
 Leucorreia – cremosa, homogênea, cinzenta e aderida às paredes vaginais e ao colo 
uterino 
 Teste das aminas (Whiff Test) – ao se adicionar 1 ou 2 gotas de KOH a 10% na secreção 
vaginal, haverá o surgimento de um odor desagradável decorrente da volatilização de 
bases aminadas; 
 Exame a fresco – presença de clue cells, que são células epiteliais recobertas por 
Gardenerella vaginalis 
A presença de 3 dos 4 sintomas já é critério diagnóstico suficiente. 
Tratamento 
 Objetivo – aliviar os sintomas e restabelecer a flora vaginal; 
 Tratar parceiro? – não é recomendado; 
 Tratar sempre que for realizar qualquer procedimento no trato genital feminino; 
 1º linha – Metronidazol VO por 7 dias 
o Cuidado! Possui interação com varfarina, potencializando-a 
 Dose única apenas em pacientes com risco de não adesão; 
 Gestantes – é controverso 
 
Ginecologia e Obstetrícia 
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Tricomoníase 
É uma DST causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, o qual possui um período 
de incubação de 4 a 28 dias. Pode ser assintomática na maioria das pacientes, mas também 
pode causar doença inflamatória grave e aguda. Nas pacientes sintomáticas, os sintomas 
costumam ser um pouco mais intensos logo após o período menstrual ou durante a gestação. 
Os sinais e sintomas mais comuns são secreção vaginal abundante e bolhosa, coloração 
amarelo-esverdeada, prurido vulvar intenso e hiperemia/edema de vulva e vagina. Pode 
haver disúria, polaciúria e dor suprapúbica. 
Diagnóstico 
É confirmado com a identificação do protozoário no exame a fresco da secreção vaginal, 
onde há a presença de organismos flagelados, ovoides e móveis, discretamente maiores do 
que os leucócitos. 
Tratamento 
O metronidazol VO em dose única é o fármaco de escolha e deve-se orientar as 
pacientes a não ingerir bebida alcoólica em até 72h após. 
Os parceiros sempre devem ser tratados, podendo utilizar o mesmo esquema 
terapêutico. 
Se recorrência, repetir o esquema com metronidazol VO por 7 dias e, se ainda assim 
recorrer, utilizar metronidazol 2g VO de 3 a 5 dias. 
 
Candidíase 
É a infecção causada por espécies do fungo Candida sp, que fazem parte da microbiota 
vaginal. Por isso, estima-se que cerca de 75% das mulheres em menacme apresentarão pelo 
menos um episódio. 
Os fatores predisponentes para a candidíase são gestação, diabetes, contato oral-
genital, uso de estrogênios em altas doses, anticoncepcionais orais, antibióticos, espermicidas 
e uso de diafragma ou DIUs. Além disso, depende da resposta imunológica do hospedeiro. 
 
Ginecologia e Obstetrícia 
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Diagnóstico 
O diagnóstico é clínico, tendo como sintomatologia típica o prurido intenso, edema de 
vulga e/ou vagina e secreção esbranquiçada e grumosa. A principal queixa é a leucorreia 
branca em grumos e disúria terminal pode estar presente. 
No exame a fresco, há a visualização de hifas e a utilização de KOH facilita a 
observação em virtude do rompimento celular que este causa. 
Classificação 
Pode ser classificada em complicada e não complicada, conforme o quadro. 
NÃO COMPLICADA COMPLICADA 
Esporádica Recorrente 
Leve a moderada Grave 
Em mulheres imunocompetentes 
Não albicans 
imunossuprimidas 
Além disso, pode ser assintomática ou sintomática com diferentes graus de gravidade 
(leve, moderada e grave), que recebem pontuação de 1 a 3. Tal classificação leva em 
consideração prurido, eritema vulvar ou vaginal, edema e escoriações/fissuras de vagina e/ou 
vulva. Considera-se recorrente quando apresentar mais de 4 episódios no último ano. 
Tratamento 
O objetivo é o alívio dos sintomas, sendo baseado no quadro clínico da paciente. Se VO, 
utilizar 3, 5 ou 7 dias; se tópico, de 3 a 14 dias. Geralmente, os quadros não complicados 
utilizam de um tempo menor de tratamento, reservando a maior duração para casos 
complicados. 
Recorrente 
Definida como 4 ou mais episódios sintomáticos no período de 1 ano. 
 
Ginecologia e Obstetrícia 
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Ginecologia e Obstetrícia 
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