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Aula_principais características da obrigação tributária

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ROTEIRO DA AULA VI
Disciplina (Legislação Tributária)
Tema da aula: principais características da obrigação tributária
I- Obrigação tributária (art. 113 do CTN)
A obrigação tributária tem previsão no art. 113 do CTN. Trata-se de obrigação que, como já fora dito, decorre de expressa previsão legal e, por esse motivo, é dita ex lege. 
Nas palavras do ilustre doutrinador Hugo de Brito Machado, obrigação tributária é relação jurídica em virtude da qual o particular (sujeito passivo) tem o dever de prestar dinheiro ao Estado (sujeito ativo), ou de fazer, não fazer ou tolerar algo no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos, e o Estado tem o direito de constituir contra o particular um crédito.
Em resumo, obrigação tributária é o vínculo que se estabelece entre o Estado (sujeito ativo), credor da relação, e o contribuinte ou responsável (sujeito passivo), devedor da relação, em função de uma prestação de cunho patrimonial, prevista na legislação tributária, traduzida em pagar tributo ou penalidade ou em fazer alguma coisa no interesse da Fazenda ou ainda deixar de praticar determinado ato. 
OBS: de acordo com os parágrafos do próprio art. 113 do CTN, as obrigações tributárias se dividem em 2 (dois) grupos, a saber:
a) Obrigação principal: é a obrigação de pagar o tributo ou multa (penalidade pecuniária), após a ocorrência do fato gerador previsto em lei.
Exemplos: obrigação de pagar determinados tributos (impostos, taxas etc.) ou obrigação de pagar uma multa.
 
b) Obrigação acessória: normalmente se apresenta na forma de obrigação de fazer, não fazer ou tolerar que se faça algo no interesse da fiscalização ou arrecadação dos tributos, configurando o que a doutrina denomina de dever instrumental ou formal.
Exemplos: obrigação de fazer a escrituração de livro de comércio; obrigação de emitir notas fiscais; obrigação do preenchimento de guias; obrigação de não receber mercadorias desacompanhadas da documentação legalmente exigida etc.
II- Fato gerador (arts. 114 a 118 do CTN)
De acordo com o art. 114 do CTN, fato gerador é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Nesse sentido, fato gerador é o fato ou situação que gera ou cria a obrigação tributária. Em outras palavras, verificando-se a hipótese prevista na lei tributária, com a ocorrência do fato gerador, nasce à obrigação tributária. Logo, é o fato gerador que faz nascer à obrigação tributária.
Isso ocorre porque no campo do Direito Tributário há previsão genérica, em lei, de fatos que, ocorridos, geram ao sujeito ativo o direito de cobrar o tributo e ao sujeito passivo a obrigação (dever) de prestar seu pagamento. Desse modo, ocorridos os fatos, nascerá à obrigação tributária. 
Com efeito, a obrigação tributária origina-se quando verificado o fato lícito descrito na hipótese de incidência da norma jurídica tributária. Assim, a origem da obrigação coincide com a origem do tributo, isto é, trata-se da ocorrência do fato que confere ao Fisco o direito de cobrar o tributo do contribuinte, restando, a este, o dever de pagamento.
	OBS: alguns doutrinadores criticam a expressão fato gerador, por considerá-la ambígua e insuficiente, preferindo utilizar a expressão hipótese de incidência tributária, ou hipótese de incidência ou hipótese tributária (no lugar de fato gerador em sentido abstrato) e hipótese de incidência realizada, ou fato imponível, ou fato jurídico tributário (no lugar de fato gerador em sentido concreto). Contudo, como bem salienta Luciano Amaro, na prática “não” há qualquer inconveniência em utilizar a expressão fato gerador (para a hipótese em abstrato e em concreto).
	
OBS: tecnicamente falando o fato gerador pode ser observado sob os seguintes aspectos:
	a) Quanto à modalidade:
	-Obrigação principal (exemplo: pagar o tributo).
	-Obrigação acessória (exemplo: emitir notas fiscais).
	-Obrigação instantânea (exemplo: o IPI, que se origina em um só ato).
	-Obrigação complexa (exemplo: o IR, que se origina de vários fatos que ocorrem durante determinado período).
-Obrigação continuada (exemplo: o IPTU, que se renova em cada exercício financeiro).
b) Quanto ao aspecto pessoal:
-Sujeito ativo (exemplo: o entre tributante).
-Sujeito passivo: (exemplo: o contribuinte ou responsável).
c) Quanto ao aspecto quantitativo:
-Fixação da base de cálculo do tributo.
-Fixação da alíquota do tributo.
d) Quanto ao aspecto temporal:
-Observa o momento em que o tributo foi criado.
e) Quanto ao aspecto espacial:
-Observa o lugar em que se dá a ocorrência do tributo.
f) Quanto ao aspecto material:
-Observa os dados objetivos do fato gerador.
III- Sujeitos da relação tributária
	Segundo Hugo de Brito Machado, conforme já salientado, obrigação tributária é relação jurídica em virtude da qual o particular (sujeito passivo) tem o dever de prestar dinheiro ao Estado (sujeito ativo), ou de fazer, não fazer ou tolerar algo no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos, e o Estado tem o direito de constituir contra o particular um crédito. Logo, temos como sujeitos da relação tributária o sujeito ativo e o sujeito passivo. 
a) Sujeito Ativo 
O sujeito ativo na relação tributária é a pessoa que tem o direito subjetivo de cobrar o tributo do sujeito passivo. Nesse sentido, temos como sujeitos ativos da obrigação tributária a União, os Estados, o DF e os Municípios, que possuem a competência tributária para criar (legislar), fiscalizar e arrecadar tributos (arts. 6º, 7º, 8º, 119 e 120, todos do CTN). Contudo, há também outros entes que embora não possam criar (legislar) sobre tributos, podem, por delegação, fiscalizar e arrecadar, dentro de suas respectivas esferas, através da denominada capacidade tributária ativa.
b) Sujeito Passivo 
Sujeito passivo da obrigação tributária é a pessoa (contribuinte ou responsável) que tem o dever jurídico de efetuar o pagamento do tributo.
OBS:conforme já salientado, contribuinte é o sujeito passivo que possui relação pessoal e direta com o fato gerador do tributo (art. 121, parágrafo único, I, do CTN) e responsável é o sujeito passivo que não possui relação direta e pessoal com o fato gerador do tributo, mas a obrigação de repassar ou saldar o débito por expressa determinação legal (art. 121, parágrafo único, II, do CTN).
SÍNTESE
Temos como sujeitos da relação tributária o sujeito ativo e o sujeito passivo.
Sujeito ativo: são os entes políticos que possuem competência tributária para criar, fiscalizar e arrecadar tributos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Contudo, insta ressaltar que alguns outros entes, por capacidade tributária “via delegação” também podem arrecadar tributos, tornando-se sujeito ativo dessa relação.
Sujeito passivo: são as pessoas (contribuinte ou responsável) que possuem o dever jurídico de pagar os tributos. Aqui, cabe salientar O contribuinte tem relação pessoal e direta com o fato gerador do tributo (art. 121, parágrafo único, I, do CTN) e o responsável, que embora não seja contribuinte, responderá pela obrigação tributária por expressa disposição de lei (art. 121, parágrafo único, II, do CTN). 
IV- Hipótese de incidência (fato gerador em sentido abstrato)
Nas palavras de Geraldo Ataliba, hipótese de incidência é fato descrito em lei que, se e quando acontecido, faz nascer para alguém o dever de pagar um dado tributo. Em resumo, é o “fato em abstrato” descrito na lei. 
Exemplo: a hipótese de incidência do Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, de acordo com o art. 43 do CTN, é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou de provento de qualquer natureza.
V- Fato imponível (fato gerador em sentido concreto)
O fato imponível caracteriza-se pela materialização, isto é, pelo acontecimento da hipótese de incidência prevista em lei. Em resumo, é o “fato em concreto” descrito na lei. 
Exemplo: o fato imponível do Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, ocorre quando a pessoa em determinado período aufere renda em determinadomontante que configura a necessidade de declarar o IR.
OBS: em síntese, hipótese de incidência é um fato in abstracto, enquanto o fato imponível trata-se de sua realização in concreto. Entretanto, boa parte da doutrina e o próprio CTN denomina “fato gerador” tanto à hipótese de incidência, que seria o fato gerador em abstrato, quanto ao fato imponível, que seria o fato gerador em concreto.
VI- Base de cálculo e alíquota
Assim como o sujeito ativo e passivo e o fato gerador (hipótese de incidência e fato imponível), a base de cálculo e a alíquota também são elementos essenciais da regra matriz de incidência tributária. 
Tecnicamente falando, a base de cálculo e a alíquota servem para verificar a quantia dos valores, tanto ao Fisco quanto ao contribuinte.
a) Base de Cálculo
É a grandeza numérica do fato gerador. Segundo Geraldo Ataliba, base de cálculo é a perspectiva dimensível do aspecto material da hipótese de incidência tributária. Em outros termos, é o valor sobre a qual será feito o cálculo do montante do tributo.
Exemplo: a base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel (art. 33 do CTN). 
OBS: sobre a base de cálculo incidirá a alíquota para que seja apurado o valor devido do referido tributo.
b) Alíquota
É o percentual que constitui a prestação. Normalmente encontra-se expresso em porcentagem e conjugado à base de cálculo, permitindo assim que se verifique a quantia devida a ser paga pelo sujeito passivo. Em outras palavras, alíquota é o percentual definido em lei que, aplicado sobre a base de cálculo, determina o montante do tributo a ser pago.
Exemplo: o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, cuja base de cálculo será o valor venal do imóvel e a alíquota de 2% (dois por cento). Assim, o proprietário de imóvel cujo valor venal é R$ 100.000,00 (cem mil reais) deverá recolher aos cofres públicos R$ 2.000,00 (dois mil reais) como valor do referido imposto municipal. 
OBS: cabe ressaltar que a alíquota do tributo deve ser razoável para que “não” cause diminuição patrimonial excessiva ao contribuinte, pois há vedação constitucional expressa a esta prática, denominada de confisco, nos termos do inciso IV, do art. 150 da CF.

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