Logo Passei Direto

A maior rede de estudos do Brasil

Grátis
14 pág.
Resumo completo 2- Batista

Pré-visualização | Página 1 de 6

Rio, 17/10/2010
Competências relativa ao presidente:
Art. 84. Na análise desse artigo cabe notar que a despeito do disposto, não podemos esquecer que a política é algo que foge à teoria.
Art. 61, § 1º, II, e
O disposto nesse artigo também se aplica por simetria aos governadores e prefeitos.
A nomeação é “livre” do respectivo chefe do executivo em questão. Entretanto a criação de um ministério ou de uma secretaria só pode ser feita mediante lei e aprovação do legislativo (mais uma vez freios e contrapesos).
PROVA – Depois que um ministro (ou secretário) é nomeado pode ser também por livre convencimento do chefe em questão ser exonerado.
Art. 87 
Polêmica que surge é quanto a natureza do ato de referendar dos ministros.
Para a validade de um ato do presidente é necessário o referendo de todos os ministros? É razoável dizer que não. Haja visto que os referendos de cada ministro somente ocorrerão com relação a matéria do ato do presidente. Ou seja, determinado ministro somente referendará determinado ato do presidente, se a matéria de tal ato for de sua área de atuação.
OBS: sendo certo que quanto mais assuntos um ato do presidente abordar, tanto mais referendos serão necessários.
 Em verdade a polêmica que se coloca é: o que ocorre quando um ato do presidente não é acompanhado do(s) respectivo(s) referendo(s)?
Não podemos dizer que tal ato será invalido. Esta é a tese predominante Se assim fosse considerado estaríamos desrespeitando o caput do art. 84 da CRFB. Podemos atentar ainda para o inciso VIII do mesmo dispositivo. Vemos portanto, que o referendo é um ato de mera concordância do ministro em questão.
Mas se tal referendo não é obrigatório, qual a justificativa para sua existência? Já que o presidente pode nomear livremente, como também exonerar os seus ministros.
A não referenda ministerial evidencia conflitos de diferenças políticas. Ou seja muito embora não invalide o ato, a falta do referendo proporciona a discussão da legitimidade de tal ato, independentemente de sua validade ou não.
Poder Judiciário
Art. 93, I. Por outro lado não nos esqueçamos do quinto constitucional.
Vitaliciedade e não eletividade dos cargos.
O professor chama atenção para um possível aspecto elitista do poder judiciário
Ronald Dworkin – “A democracia não é a ditadura da maioria”
Mais do que outros poderes, o poder judiciário deve ter independência. Isto para que possa proferir suas decisões mais livres de influencias políticas. O que se torna essencialmente importante quando tais decisões tratam da minoria (umas das justificativas para a não eletividade de juízes por exemplo).
O poder judiciário é aquele que serve por excelência, ao menos em tese, à proteção da minoria.
10.19
Princípios que norteiam o judiciário
P.do Juiz natural art.5º, LIII. A estrutura do judiciário será prevista por lei. Todo órgão jurisdicional tem fundamento, pois é criado por lei e eles próprios são feitos por lei. Quando a l.9099 prevê juízes leigos, é uma previsão que está na CF. As ramificações do judiciário estão expressas na CF. Ou seja, a idéia do juiz natural é o fato de já estar expressa na CF sobre os órgãos judiciais.
Depois de os órgãos já estarem estruturados, como se faz a distribuição entre as áreas? São critérios previamente fixados e objetivos. O juiz não pode escolher o que vai julgar e nem a parte escolher quem julgará seu interesse. Esse princípio mostra uma imparcialidade, já que ninguém escolhe o juiz ou o juiz escolhe as partes.
O p. do juiz natural, portanto, se refere aos órgãos jurisdicionais que devem ser instituídos por lei, mas, além disso, deve ter expressa previsão constitucional. Esse princípio também cumpre a idéia da necessidade de distribuição entre as áreas, onde essas são previstas previamente e objetivamente, de forma a ser imparcial. Ou seja, esse princípio impõe certa participação de ética pelo juiz e pelas partes, alem de prever o funcionamento do judiciário.
Art.5º, XXXVII (Juízo ou tribunal de exceção) certo órgão é criado para julgar algum fato já ocorrido. Ou seja, um tribunal é criado para julgar certo caso e depois ser extinto. O problema disso é que o juiz age como livre convencimento. Ex: Por mais que haja uma independência funcional, se um juiz do trabalho está lá ha anos, os advogados sabem qual a opinião dele. O juiz tem um dever de coerência. Se ele é pro empregado, será assim sempre. Uma das maneiras, portanto, que é possível controlar um juiz seria saber seu passado. Ou seja, na medida em que um juiz realiza um trabalho continuo, julgando casos semelhantes igualmente, há um dever de coerência. No juízo ou tribunal de exceção, não há passado e nem futuro, não podendo haver esse controle. Não dá para saber se um juiz é incoerente com o que ele pensa.
 Se você afirma o juiz natural, deve-se assim, vedar o tribunal de exceção. Sempre que o juiz muda seu entendimento, o juiz tem que dar um fundamento muito conciso para dizer porque está mudando. Quando se fala em combater o tribunal de exceção, não é só para combater o casuísmo e sim para saber se o juiz está sendo ou não incoerente.
O juiz, por ser integrante de um poder, é chamado de agente político do estado. Esses, por sua vez, têm a marca de ter ampla discricionariedade. É uma convicção própria na hora de julgar determinados casos. Que tipo de liberdade ele tem para julgar aqueles casos? Surgem três teorias:
Sistema de prova legal caberia ao legislador ver o peso das provas de forma que o judiciário tem que obedecer a esse. Nesse caso, as provas dadas a um nobre teria maior peso do que o de um escravo. O legislador, portanto, estabelece um peso prévio e o juiz deve aplicá-la. Não há liberdade aqui para o juiz. O juiz “é a boca da lei”, ou seja, somente aplica o que já está previsto. Esse sistema deve ser descartado.
Sistema da intima convicção o julgador julga segundo aquilo que o convenceu sem precisar dar motivos para isso. Ao julgar, o juiz não precisa justificar. Em uma democracia, mais vale o afastamento da intima convicção, em exceção ao tribunal do júri (art.5º, XXXVIII). Os jurados, aqui, votam de maneira sigilosa, sem dizer o porque do sim ou do não. Ou seja, residualmente, há o papel de intima convicção no que se refere ao júri.
Sistema do livre convencimento ou persuasão racional O juiz tem certa liberdade na interpretação da norma. Porém, por mais que ele tenha essa, deverá ele apresentar os motivos (art.93, IX). Ou seja, julgamentos são, em regra, públicos e serão sempre fundamentados, respeitando o sistema do livre convencimento.
Como se divide uma sentença? Toda essa produz um relatório. Algum processos mais simples dispensam esse, já que o relatório descreve o que aconteceu no processo. Esse relatório era pra mostrar que o juiz conhece o que está sendo dito nos autos. Depois desse, viria a fundamentação e, depois, o dispositivo (onde ele decide). 
Para que juízes cumpram esse papel contra majoritário, temos que ter certa proteção, ou seja, temos que pensar nas garantias da magistratura (art.95).
- Art.95,I - Vitaliciedade: após dois anos, o cargo do juiz será vitalício, só perderia o cargo por decisão judicial, ou seja, por uma via formal. Essa garantia é para sua independência, dando ao juiz a possibilidade de dar uma decisão que achar cabível, não podendo ser demitido. 
O juiz, que ingressa no concurso público, pode perder o cargo no estagio probatório. O ponto importante é que, na emenda de 45, foi criado o CNJ (conselho nacional de justiça). Composto por membros da magistratura e de fora dela, uma das funções da CNJ é fazer um controle quando esse não há localmente. Um juiz, concursado no estagio probatório, pode ser destituído por decisão administrativa pelo tribunal a qual ele esta vinculado ou pelo CNJ.
Se alguém é nomeado para tribunal superior, a vitaliciedade é automática. Assim como se alguém vem do quinto constitucional. Quem ingressa no tribunal pelo quinto constitucional, portanto, também se torna vitalício automaticamente. Ou seja, somente quem ingressar no primeiro grau que não tem a vitaliciedade
Página123456