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Resumo completo 2- Batista

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Rio, 17/10/2010
Competências relativa ao presidente:
Art. 84. Na análise desse artigo cabe notar que a despeito do disposto, não podemos esquecer que a política é algo que foge à teoria.
Art. 61, § 1º, II, e
O disposto nesse artigo também se aplica por simetria aos governadores e prefeitos.
A nomeação é “livre” do respectivo chefe do executivo em questão. Entretanto a criação de um ministério ou de uma secretaria só pode ser feita mediante lei e aprovação do legislativo (mais uma vez freios e contrapesos).
PROVA – Depois que um ministro (ou secretário) é nomeado pode ser também por livre convencimento do chefe em questão ser exonerado.
Art. 87 
Polêmica que surge é quanto a natureza do ato de referendar dos ministros.
Para a validade de um ato do presidente é necessário o referendo de todos os ministros? É razoável dizer que não. Haja visto que os referendos de cada ministro somente ocorrerão com relação a matéria do ato do presidente. Ou seja, determinado ministro somente referendará determinado ato do presidente, se a matéria de tal ato for de sua área de atuação.
OBS: sendo certo que quanto mais assuntos um ato do presidente abordar, tanto mais referendos serão necessários.
 Em verdade a polêmica que se coloca é: o que ocorre quando um ato do presidente não é acompanhado do(s) respectivo(s) referendo(s)?
Não podemos dizer que tal ato será invalido. Esta é a tese predominante Se assim fosse considerado estaríamos desrespeitando o caput do art. 84 da CRFB. Podemos atentar ainda para o inciso VIII do mesmo dispositivo. Vemos portanto, que o referendo é um ato de mera concordância do ministro em questão.
Mas se tal referendo não é obrigatório, qual a justificativa para sua existência? Já que o presidente pode nomear livremente, como também exonerar os seus ministros.
A não referenda ministerial evidencia conflitos de diferenças políticas. Ou seja muito embora não invalide o ato, a falta do referendo proporciona a discussão da legitimidade de tal ato, independentemente de sua validade ou não.
Poder Judiciário
Art. 93, I. Por outro lado não nos esqueçamos do quinto constitucional.
Vitaliciedade e não eletividade dos cargos.
O professor chama atenção para um possível aspecto elitista do poder judiciário
Ronald Dworkin – “A democracia não é a ditadura da maioria”
Mais do que outros poderes, o poder judiciário deve ter independência. Isto para que possa proferir suas decisões mais livres de influencias políticas. O que se torna essencialmente importante quando tais decisões tratam da minoria (umas das justificativas para a não eletividade de juízes por exemplo).
O poder judiciário é aquele que serve por excelência, ao menos em tese, à proteção da minoria.
10.19
Princípios que norteiam o judiciário
P.do Juiz natural art.5º, LIII. A estrutura do judiciário será prevista por lei. Todo órgão jurisdicional tem fundamento, pois é criado por lei e eles próprios são feitos por lei. Quando a l.9099 prevê juízes leigos, é uma previsão que está na CF. As ramificações do judiciário estão expressas na CF. Ou seja, a idéia do juiz natural é o fato de já estar expressa na CF sobre os órgãos judiciais.
Depois de os órgãos já estarem estruturados, como se faz a distribuição entre as áreas? São critérios previamente fixados e objetivos. O juiz não pode escolher o que vai julgar e nem a parte escolher quem julgará seu interesse. Esse princípio mostra uma imparcialidade, já que ninguém escolhe o juiz ou o juiz escolhe as partes.
O p. do juiz natural, portanto, se refere aos órgãos jurisdicionais que devem ser instituídos por lei, mas, além disso, deve ter expressa previsão constitucional. Esse princípio também cumpre a idéia da necessidade de distribuição entre as áreas, onde essas são previstas previamente e objetivamente, de forma a ser imparcial. Ou seja, esse princípio impõe certa participação de ética pelo juiz e pelas partes, alem de prever o funcionamento do judiciário.
Art.5º, XXXVII (Juízo ou tribunal de exceção) certo órgão é criado para julgar algum fato já ocorrido. Ou seja, um tribunal é criado para julgar certo caso e depois ser extinto. O problema disso é que o juiz age como livre convencimento. Ex: Por mais que haja uma independência funcional, se um juiz do trabalho está lá ha anos, os advogados sabem qual a opinião dele. O juiz tem um dever de coerência. Se ele é pro empregado, será assim sempre. Uma das maneiras, portanto, que é possível controlar um juiz seria saber seu passado. Ou seja, na medida em que um juiz realiza um trabalho continuo, julgando casos semelhantes igualmente, há um dever de coerência. No juízo ou tribunal de exceção, não há passado e nem futuro, não podendo haver esse controle. Não dá para saber se um juiz é incoerente com o que ele pensa.
 Se você afirma o juiz natural, deve-se assim, vedar o tribunal de exceção. Sempre que o juiz muda seu entendimento, o juiz tem que dar um fundamento muito conciso para dizer porque está mudando. Quando se fala em combater o tribunal de exceção, não é só para combater o casuísmo e sim para saber se o juiz está sendo ou não incoerente.
O juiz, por ser integrante de um poder, é chamado de agente político do estado. Esses, por sua vez, têm a marca de ter ampla discricionariedade. É uma convicção própria na hora de julgar determinados casos. Que tipo de liberdade ele tem para julgar aqueles casos? Surgem três teorias:
Sistema de prova legal caberia ao legislador ver o peso das provas de forma que o judiciário tem que obedecer a esse. Nesse caso, as provas dadas a um nobre teria maior peso do que o de um escravo. O legislador, portanto, estabelece um peso prévio e o juiz deve aplicá-la. Não há liberdade aqui para o juiz. O juiz “é a boca da lei”, ou seja, somente aplica o que já está previsto. Esse sistema deve ser descartado.
Sistema da intima convicção o julgador julga segundo aquilo que o convenceu sem precisar dar motivos para isso. Ao julgar, o juiz não precisa justificar. Em uma democracia, mais vale o afastamento da intima convicção, em exceção ao tribunal do júri (art.5º, XXXVIII). Os jurados, aqui, votam de maneira sigilosa, sem dizer o porque do sim ou do não. Ou seja, residualmente, há o papel de intima convicção no que se refere ao júri.
Sistema do livre convencimento ou persuasão racional O juiz tem certa liberdade na interpretação da norma. Porém, por mais que ele tenha essa, deverá ele apresentar os motivos (art.93, IX). Ou seja, julgamentos são, em regra, públicos e serão sempre fundamentados, respeitando o sistema do livre convencimento.
Como se divide uma sentença? Toda essa produz um relatório. Algum processos mais simples dispensam esse, já que o relatório descreve o que aconteceu no processo. Esse relatório era pra mostrar que o juiz conhece o que está sendo dito nos autos. Depois desse, viria a fundamentação e, depois, o dispositivo (onde ele decide). 
Para que juízes cumpram esse papel contra majoritário, temos que ter certa proteção, ou seja, temos que pensar nas garantias da magistratura (art.95).
- Art.95,I - Vitaliciedade: após dois anos, o cargo do juiz será vitalício, só perderia o cargo por decisão judicial, ou seja, por uma via formal. Essa garantia é para sua independência, dando ao juiz a possibilidade de dar uma decisão que achar cabível, não podendo ser demitido. 
O juiz, que ingressa no concurso público, pode perder o cargo no estagio probatório. O ponto importante é que, na emenda de 45, foi criado o CNJ (conselho nacional de justiça). Composto por membros da magistratura e de fora dela, uma das funções da CNJ é fazer um controle quando esse não há localmente. Um juiz, concursado no estagio probatório, pode ser destituído por decisão administrativa pelo tribunal a qual ele esta vinculado ou pelo CNJ.
Se alguém é nomeado para tribunal superior, a vitaliciedade é automática. Assim como se alguém vem do quinto constitucional. Quem ingressa no tribunal pelo quinto constitucional, portanto, também se torna vitalício automaticamente. Ou seja, somente quem ingressar no primeiro grau que não tem a vitaliciedadede imediato. 
Volta e meia o CNJ suspende magistrados, os adverte, ou o aposenta, mas não demite. Ou seja, o CNJ não pode tirar do cargo, esses. Há uma proposta de emenda para flexibilizar essa vitaliciedade em relação ao CNJ, podendo assim, demitir.
O sujeito é vitalício quando cumpre dois anos. Quem vê o art.95, I percebe que a redação é a mesma de antes da emenda de 45. Porém, deve-se fazer uma relação entre esse artigo e o art.93, IV. Para compreender vitaliciedade, deve se ver esses dois artigos. Ou seja, é necessário um juiz fazer um curso de vitaliciamento e ser aprovado nesse. É a criação de uma obrigatoriedade de estudo continuo.
Quando se fala em vitaliciedade, é uma garantia da magistratura. Quando a pessoa ingressa na carreira da magistratura, você vai exercer a função jurisdicional, em regra. O juiz ocupa um cargo o qual as funções típicas são as jurisdicionais, mas praticam também muitos atos administrativos. E se o juiz pratica algum ilícito como administrador? Nesse caso, a vitaliciedade o protege? A vitaliciedade tem a ver com o cargo do juiz ou com a função jurisdicional? É pacifico que essa é com relação ao cargo, não importando a função que ele está fazendo. Isso é muito importante em relação ao juiz eleitoral, já que fiscaliza a propaganda se feita regularmente, apura votos,... ou seja, atua como administrador.
Há uma exceção a tudo que foi dito. Tem a ver com o ministro do STF. A vitaliciedade tem um problema. Ministro do supremo pode perder cargo por decisão judicial, sim. Mas não se cometer crime de responsabilidade. Ou seja, lendo o art.52, II, vemos que, se um ministro do STF, praticar crime de responsabilidade (l.1099/50), será o senado a julgá-lo. E, para condenar, aplica-se o parágrafo único do art.52. Tudo que o senado julga por esse artigo, o faz por uma resolução e não uma sentença judicial.
10.24
Aula passada foi analisada a vitaliciedade da magistratura. Hoje ainda se seguirá a compreensão do art.95.
O inciso II fala da inamovibilidade. A parte ou o juiz não pode decidir quem julga para não haver a parcialidade. Assim como o magistrado não pode ser modificado pelo presidente do tribunal (ele não pode mudar a vara de algum juiz, por exemplo). O juiz, portanto, está em um órgão jurisdicional e só pode ser movido, se promovido. Mesmo para o juiz substituto, que não titulariza um órgão jurisdicional, é importante que haja critérios prévios e objetivos para haver essa modificação. A inamovibilidade não é somente em relação ao juiz titular, portanto. O substituto, por mais que não titularize uma vara, precisa haver motivos para isso.
Quando foi falada da vitaliciedade, essa é relativa, pois pode perder o cargo por decisão judicial. Assim como a inamovibilidade, que pode deixar de ocorrer por um interesse público. O inciso II do art.95 afirma isso. 
Ex de interesse público: vai que um juiz de uma vara de família de uma cidade, manifesta um pensamento questionando que homem e mulher não são iguais, dizendo isso na mídia e gerando um desconforto na cidade. Por mais que o juiz pode se posicionar por seu livre convencimento, pode haver atos que prejudiquem sua reputação e esse seja removido para outro lugar.
Outro exemplo: se há um juiz que é extremamente grosseiro com as partes, e resolvam fazer uma greve contra esse, talvez valha a pena remove-lo. Ele terá direito de defesa e depois vai ter, ou não, relativizada sua movibilidade. O juiz tem que cumprir melhor papel para a sociedade e é nessa idéia que é possível essa relativização. A idéia é demonstrar que vale o interesse público.
O inciso III fala da irredutibilidade dos subsídios. Esse é o valor pago a quem trabalha como agente político do Estado. Ou seja, magistrados não terão seus valores remuneratórios reduzidos. Esse subsídio é sempre criado por lei, de forma a não poder diminuí-lo, isso para impedir que o legislativo tenha um controle do salário do judiciário, impedindo que o segundo seja pressionado pelo primeiro. 
Essa irredutibilidade é nominal, não sendo, portanto, real. Se um juiz ganha 5x por três anos, por exemplo, talvez o valor real diminua no tempo, tendo, portanto, menor poder aquisitivo.
Se sobrevier alguma contribuição sindical ou imposto de renda, isso nada tem a ver com a irredutibilidade. Essa contribuição ou esse imposto é geral. Se o aumento for geral, portanto, não foi algo contra o judiciário. O valor de quanto ele ganha não foi reduzido. Não é porque ele é magistrado que ele esta imune a carga tributaria ou sindical.
Volta e meia alguém tenta dizer que não existe uma imparcialidade (já que um juiz do trabalho, por exemplo, favorece o trabalhador). Se a própria ordem jurídica não é eqüidistante, dando diferente proteção a certos bens jurídicos, não é o juiz que irá ser imparcial nesse sentido. Ou seja, um juiz pode até ter uma postura pró-empregado, mas ele cita o empregador, ele dá vista as duas partes, pelo mesmo prazo, por exemplo. Resumo da historia: o dever de imparcialidade é em relação a igualdade dada as partes no processo. Elas recebem tratamento igualitário em relação a manifestação no processo.
Em relação ao quinto constitucional está no art.94. Entende-se, segundo a visão desse artigo, que os tribunais devem ser compostos, não só por magistrados de carreira, mas também de advogados e funcionários do ministério público. Ou seja, em um tribunal, 1/5 será formado por membros da advocacia e do MP. Esse artigo é uma exceção do art.93,I. O art.115 dirá que também há quinto no TRT. Cada tribunal de justiça de cada estado, no tribunal de justiça do DF e território, no tribunal do TRF e no tribunal do TRT, deve haver um quinto de pessoas sem a mesma experiência da magistratura de carreira. Ou seja, somente o TRE e o TRM que não obedece ao quinto.
O caminho percorrido para escolher o quinto é o seguinte: O MP encaminha seis de seus nomes ou a advocacia encaminha. O tribunal escolhe três. Esses três vão ao chefe do poder executivo (presidente da república) que vai nomeia esse. Para o presidente realizar essa escolha, ele é auxiliado pelo ministro do Ministério da Justiça, que colherá dados para que ele possa tomar uma decisão. Obs: Se sai um cara que é advogado, vem outro que é advogado. Não se tem as duas carreiras concorrendo para uma vaga. Se estiver precisando de 25 em um tribunal. Um quinto seria cinco. Dois seriam do MP, dois da advocacia e um seria alternado entre um funcionário do MP e um advogado.
 Existia um problema na década de 90: Art.115,I. O MP tinha cerca de 200 integrantes na nessa época e poucos queriam ir a magistratura. Era muito difícil fazer uma lista sêxtupla. O inciso diz que tem que ser membro do MP a mais de 10 anos. Não tinha gente suficiente. O conselho superior do MP do trabalho editou uma resolução dizendo que, na lista sêxtupla, não precisaria haver 10 anos de trabalho, se já tivesse vitaliciedade. Essa resolução foi questionada por uma ADI. Essa ADI foi decidida por maioria, de forma a ter embargo infringente (antigamente existia esse), e assim, devolvia a matéria ao mesmo órgão julgador. No embargo foi dito que o supremo decidiu por maioria o fato de a resolução ser inconstitucional, porém, a CF seria ofendida de qualquer forma. Se não há gente, não vou apresentar lista sêxtupla, não tendo o quinto completo. O STF, portanto, entendeu que é preferível não ficar sem lista. Ou essa não seria sêxtupla, ou aceitaria ter, na lista, quem tivesse menos de 10 anos. O melhor é esse segundo. É só o presidente escolher quem tem mais de 10 anos de carreira, se julga importante haver esse tempo de carreira ou o próprio tribunal escolher em relação a quem tivesse já esse tempo. Hoje em dia, por ter 600 integrantes, fica mais fácil seguir integralmente a CF.
10.26
Analise do art.93 sobre o poder judiciário
Vamos falar do art.93 da CF. O caput diz que salvo o quinto, o ingresso a magistratura é por concurso público. Toda banca de concurso para a magistratura ou para MP, tem um membro indicado pela OAB. A banca não é composta, portanto, como turma fechada e sim vem alguém defora para coibir fraude.
Analisando o art.93,II vemos que se tenta impedir que a magistratura caia no subjetivismo. É o tribunal, ao qual é vinculado o juiz, que vai decidir sobre a sua promoção. Esse inciso faz com que essa escolha seja impessoal. Os critérios para a promoção são a antiguidade e o merecimento, de forma que esses são alternados. Não há uma promoção puramente por antiguidade ou por merecimento. O que altera é o aspecto que prospera. Lendo a alínea a percebemos isso. Deve-se perceber que a promoção por merecimento dá maior grau de subjetivismo, dando margem a alguma duvida. A alínea afirma que, se um juiz ficar 3 vezes consecutivas na lista de merecimento ou 5 vezes alternada, ele obrigatoriamente vai ganhar a promoção. Aqui se quer evitar que aquele juiz que mereça, mas tenha baixo grau de transito nos corredores do tribunal, não ganhe a promoção.
A alínea b diz que, não só o juiz tem que estar no mesmo nível há dois anos, como também tem que estar entre 1/5 dos mais antigos que estão naquele nível. Isso impede que um juiz dê um salto na carreira em relação aos outros. Além disso, para que haja promoção por merecimento, deve-se atentar a alínea c.
Às vezes, porém, você pode ter um juiz que produz muito, é muito rápido e participou de curso de aproveitamento e outro, que não tem esses requisitos, mas porque está em uma vara complicada, por exemplo. Por isso que se deve buscar outros critérios, alem dos citados na alínea para saber se o juiz merece, ou não, a promoção. 
A alínea d mostra que, se a promoção é por antiguidade, vai o mais antigo. A idéia é criar uma lógica objetiva. Se dois juízes tomaram posse no mesmo dia, quem ficou em primeiro, ganha a promoção primeiro. Tanto que, na posse, quem fica em primeiro, assina em primeiro, tomando posse em primeiro. Porém, por um demérito, votado por 2/3 do tribunal, pode impedir uma promoção por antiguidade.
A alínea e tem a ver com qualquer tipo de promoção, tanto antiguidade, quanto merecimento. O juiz, para se candidatar a uma promoção, não pode ter autos em suas mãos de maneira injustificada. Porém , o que acaba acontecendo é que: o juiz, ao querer a promoção, mas tiver consigo uns processos parados há muito tempo, tende a tentar esconder esses, como por exemplo, renumerando as folhas ou mudando a capa para “maquiar” a presença daqueles. Isso não é dar andamento ao processo, não é despachar. 
A decisão de dizer quem tem merecimento ou quem é o mais antigo e se será descartado por demérito deve ser justificada, como se percebe no inciso X. A decisão deve ser, portanto, motivada e pública. Até porque, quando você torna um debate público, obriga o tribunal a ser coerente.
No que você vira juiz titular de uma vara, você tem que residir na área de abrangência territorial desta, ou seja, na área em que você titulariza. Isso foi uma criação da emenda 45. O juiz, morando perto de onde trabalha, tem mais condições para tal, sendo bom para a sociedade. Vários advogados, por exemplo, reclamavam que não conseguiam achar o juiz, pois esse morava longe. Para que o juiz resida em outro lugar, somente se o tribunal autorizar. 
Analisando o art.93, XII, vemos que só os tribunais superiores podem ter férias coletivas. Alem disso, o funcionamento do judiciário tem que ser ininterrupto, de forma que a prestação jurisdicional não pode parar. Há sempre um juiz de plantão para impetrar HC, por exemplo. O recesso, portanto, já que há essa obrigatoriedade do judiciário ser ininterrupto, para Berthier, deveria ter sido revogado. Deve-se se perceber que, mesmo havendo plantão, a prestação jurisdicional não pode ser considerada ininterrupta, já que esse plantão está lá apenas para situações emergenciais. Apesar disso, esse recesso tem sobrevivido, pois interessa a carreira do magistrado, mas não é bom para a sociedade.
No que se ajuíza uma ação é para essa ser distribuída de imediato. Um despacho é aquele ato sem conteúdo decisório. Quando nasceu o CC, esse afirmava que o despacho era ato que só poderia ser praticado pelo juiz. Mas percebemos que, na pratica, não ocorre assim. O juiz, normalmente, pede ao assessor para dar despacho a um processo. Uma certa hora, portanto, passou-se a prever que esses atos de mero expediente podiam ser feitos por meros eventuários. Porém, a lei, ao prever isso, acabava ofendendo o principio do juiz natural, mesmo que houvesse economia processual. A emenda 45 resolveu o problema no art.93, XIV. Essa regra já existia na nossa lei processual e só foi constitucionalizada para ficar claro de que, a mesma CF que prevê o juiz natural, prevê também que se possa, determinados atos, serem feitos por eventuários. Berthier diz que esse inciso não seria necessário, já que esse simples andamento do processo poderia ter sido delegado, já que as partes não são prejudicadas. 
O art.93, portanto, tenta dar uma lógica básica do nosso poder judiciário.
Órgãos do poder judiciário
O CNJ está no art.103-B. Esse tem 15 membros e foi criado para cumprir dois papeis: 
Fiscalizar o funcionamento do judiciário, criando padrões para esse. Mas essa emenda 45, que criou o CNJ, não seria inconstitucional nesse aspecto? O CNJ não ofende a separação de poderes? 
Essa tentativa, de colocar o CNJ como um controle externo e indevido não cabe. Quando percebemos o art.92, estão lá os órgãos do poder judiciário. Não dá para dizer que o CNJ é um órgão de controle externo, pois é próprio judiciário. Sob o aspecto formal, portanto, não seria externo. A existência de membros que não integram a estrutura do judiciário também não é relevante, já que são apenas seis. Os outros nove são. Ou seja, se todos esses nove votam a favor de algo, eles vencem. O CNJ seria, portanto, um órgão interno de fiscalização e padronização com elementos externos. Essa idéia, de um judiciário com elementos externos, não foi a emenda 45 que criou. O próprio art.93,I diz que um dos membros da banca devem ser indicados pela Ordem. Esse seria um elemento externo, já que não é o judiciário que escolhe. Alem disso, o tribunal, seja de justiça, regional federal ou do trabalho, é composto pelo quinto que vem de fora. Ou seja, percebe-se que essa idéia, de elemento externo ingressando no judiciário, já havia sido criada CF de 88. Essa figura de um CNJ, que nem todos integram a magistratura, legitimam e aproximam mais a magistratura e a sociedade.
10.31
Ainda falaremos sobre o CNJ. O art.103-B fala sobre a composição deste. Percebemos que não está no CNJ, a justiça militar. Isso porque essa não é formada apenas por juízes concursados, mas também por servidores públicos militares. 
Vendo o art.103-B, p.4º percebemos que o controle que o CNJ exerce é sob o funcionamento administrativo e financeiro do judiciário e controle dos deveres funcionais dos juízes. Ex: Imaginemos que um certo tribunal, na feitura de um concurso publico por cargo de juiz, tem um vazamento de gabarito. O CNJ pode anular o concurso sob um controle administrativo. Ex2: se um tribunal dispensa licitação fazendo gastos desnecessários, o CNJ pode controlar a atividade financeira de um tribunal. Ou seja, fica muito claro que não se controla o conteúdo das decisões. Não se analisa as decisões dos tribunais. Há uma compatibilidade entre o controle administrativo e financeiro, mas permitindo o livre consentimento. Isso fica claro no inciso I do art.103-B p.4º. Não é um controle quanto ao conteúdo jurisdicional. É apenas para rever atos de conteúdo administrativo ou financeiro. O CNJ pode, também, aplicar decisões disciplinares segundo o art.103-B, p.4º, III.
O CNJ tem poder de regulamentar a atividade de magistrados. Ex: o magistrado pode exercer o magistério. O sujeito, quando no magistrado, só pode ser juiz e professor. Essa regra da CF merece uma analise. Como está no art.95,p.ú. Uma questão enfrentada pelo CNJ é que o juiz, por ser agente político do estado, não tem hora para chegar e nem hora para sair. Como professor, esse sujeito está sob uma carga horária. Se esse juiz der 100 horas de aula por semana, ele não vai ter tempo para serefetivamente juiz. Por isso, é criado um limite de horas para o magistério, de forma a não comprometer a celeridade dele. 
Em relação ao inciso IV do art.103-B, p.4, o CNJ pode aplicar punições de cunho administrativo e não judicial. Porém, pode provocar esse. O CNJ remete ao MP para que esse busque a decisão. Em relação ao inciso V, pode o CNJ rever de oficio ou a provocação os processos no prazo de um ano.Tenta-se se criar chances do magistrado ser responsabilizado por atos que ele praticar, segundo o principio republicano.
Em relação ao inciso VI, o judiciário sempre pecou em relação ao mapeamento dos processos. Os relatórios serviriam para descobrir onde há falta de produtividade do magistrado. Em relação ao inciso VII, fala de elaborar relatório anual. O CNJ presta uma satisfação ao congresso pois esse é representante do povo. Essa conformação, segundo Berthier, está correta. Deve sim o CNJ ter essa função. O advogado pode fazer reclamação ao CNJ, uma parte prejudicada, também. Ou seja, há uma menor autonomia do judiciário. Agora ele é fiscalizado.
Âmbitos do judiciário 
Será vista repartição de competência das justiças. Quando se pensa o poder judiciário, a estrutura é a seguinte: há uma JF, uma Justiça do trabalho, uma JE, JM, Justiça de cada Estado e Justiça do DF e territórios. 
Para a União, as competências para legislar ou administrar são enumeradas (art.21,22,23 e 24). Para os Estados, a regra são as competências remanescentes (art.25,p.1º). Os municípios têm competências quando o assunto for de interesse local. Para o DF, é uma junção entre o interesse estadual e local. Mas isso é em relação a legislar e administrar. Quando se fala em poder jurisdicional, deve-se tirar os municípios (esses não tem poder judiciário). Cada estado, tirando a tirando a JDFT, mantém sua justiça estadual e a união controla as outras justiças. Todo Estado, por lei própria, estrutura seu poder judiciário. Essa competência, que todo estado tem, o DF não possui. Para esse, vale o art.22, XVII, ou seja, é da União a competência para a atividade jurisdicional do DF. 
O art.109 enumera as competências da JF. É uma justiça da união. Vendo o art.114, esse enumera as competências da JT. É outra justiça mantida pela união, cujas competências são enumeradas. Assim como se eu for ao art.121, que enumera nas leis complementares sua competência, ou no art.124, que fala da JM. Ou seja, percebemos que são sempre enumeradas as competências das justiças controladas pela União. O que não for expressamente competência das justiças controladas pela União, pertence aos estados, assim como na competência administrativa e legislativa citada acima. O mesmo papel que a justiça cumpre em seu estado, a JDFT tem para o DF. 
Obs: Enquanto a justiça do trabalho não tem competência penal, a militar só tem essa.
Obs2: o DF não pode ser responsável por estruturar o judiciário, pois é competência da União, como se percebe no art.22, XVII. Já os Estados, podem estruturar seu poder judiciário.
Ações que envolvem União, autarquias e suas empresas públicas é sempre tratada na JF, como se houver um assalto na Caixa, por exemplo. Porém, se um menor estiver relacionado nesse crime, ele não poderá ser preso e responderá na vara de infância e juventude, que é competência remanescente do Estado. O crime contra a Caixa, os réus serão réus na JF. Já o menor não cometeu crime e sim um ato infracional.
11.07
MP
Justiça é a palavra sobre a qual possa manter sinonímia com o poder judiciário, se for analisada como um significado orgânico. Além disso, também há um significado axiológico, que seria fazer o justo. Quando é falado que o MP, a defensoria publica e a advocacia pública e privada tem como função essencial a justiça, podem-se usar os dois significados de justiça. São eles essenciais para o funcionamento do poder judiciário. Tais figuras, portanto, são essências também para a realização da justiça, ajudando a constituir o que está previsto no art.3 da CF.
O MP é um órgão criado para defender os interesses maiores da sociedade. Às vezes o MP se põe em conflito com outro órgão, pois vê um interesse social importante.
O MP elabora a própria proposta orçamentária, realiza suas próprias despesas e faz concursos públicos, compondo seu quadro,... Há, portanto, uma autonomia financeira e administrativa. Por esse ângulo, há sim uma igualdade entre os três poderes e o MP. Acontece que esse não é um quarto poder, pois quando os poderes realizam suas despesas e auto-estruturam seu serviço externo, seriam apenas atividades de cunho estrutural. Ou seja, quando um MP se estrutura seria uma atividade meio. E nesse caso ele lembraria os três poderes, mas não na atividade fim. Quando se pensa na finalidade há diferenças. O poder legislativo tem como função preponderante legislar (criação de regras e princípios que vão disciplinar a nossa sociedade), o poder executivo tem como função preponderante definir políticas públicas. No judiciário, por sua vez, é para resolver conflitos levados a ele. Isso quer dizer que poderes decidem. O MP não tem poder de decisão. Ele fiscaliza fatos e ajuíza ações, por exemplo. Na sua atividade finalistica, portanto, é promover a proteção de interesses. É, portanto, o MP uma instancia de promoção e não de decisão própria. 
Segundo o art.60, p.4º, o MP seria clausula pétrea, se for afirmado que esse seria um quarto poder. Porém, quem não reconhece como ele sendo um quarto poder, também o reconhece como clausula pétrea pois, como vemos no art.127, o poder constituinte originário chama a instituição de permanente, de forma que impede o PCD de abolir-lo. Ou seja, por essa palavra “permanente”, percebemos que há uma clausula pétrea explicita (mesmo fora do art.60).
Analisando mais ainda o art.127, vemos que o MP tem que defender a ordem jurídica. Além disso, o MP defende interesses individuais e sociais indisponíveis. Em relação aos direitos individuais indisponíveis é importante notar que se alguém é torturado, por exemplo, e não decide não fala nada, pode. Já que você faz o que quiser. Há uma liberdade para agir, por isso se chama direito. Todo direito, portanto, dá um grau do dispor de seu agir. O fato do MP poder entrar com a ação, não quer dizer que esse direito não seja indisponível, mas deve-se, analisar a importância de não estar se exercendo esse direito na sociedade e não em função da importância que o indivíduo dá para esse direito que ele tem.
Princípios do MP
Volta e meia alguém pega o princípio da unidade e diz que o MP tem uma função una. Mas quando se vê no art., existe o MP da união (que se divide em: MP federal, do trabalho, militar, do DF e territórios), alem do MP dos estados. Quando se vê isso, não parece uma unidade. Esses órgãos, segundo alguns doutrinadores, seriam parte de uma única estrutura, por isso seria uma estrutura una. Porém, vem crescendo a tese que cada um desses ramos é uma própria estrutura una, de forma que cada estrutura tem seu próprio procurador geral. Ou seja, cada vez mais cresce a idéia de que o principio da unidade seria por ramos e não do MP como um todo. Essa discussão tem conseqüências quando se fala do litisconsórcio (quando há mais de uma pessoa no pólo processual). Os que acham, portanto, que o MP é um só em seu todo, não caberia litisconsórcio de ramos do MP. Existem alguns julgados seguindo esse entendimento. Quem defende, por sua vez, um princípio de unidade por ramos, aceitaria litisconsórcio. O risco de não se admitir litisconsórcio é se houver um problema que abarque mais de um MP, você teria ações distintas com o mesmo pedido e diferentes causas de pedir, podendo haver sentenças conflitantes.
Existe também o MP eleitoral. Mas a justiça eleitoral usa magistrado estadual e federal, assim como o MPE e MPF, que fazem o papel do MP eleitoral quando não está em época de eleição. 
Outro principio seria o da indivisibilidade. Nesse caso, qualquer membro do MP pode atuar substituindo outro colega do mesmo ramo. Ou seja, há indivisibilidade por ramo. Se alguém sair de férias, por exemplo, algumcolega o substitui.
O principio da independência funcional funciona em analogia ao principio do livre convencimento para o juiz. Só existe um limite nesse caso, que seria a sumula vinculante. Quando, por exemplo, um membro do MP ajuíza uma ação são pedidos que ele defende, mesmo que o juiz indefira. Quem trabalha no MP é um chefe administrativo, pois portará de seu convencimento, podendo arquivar ou mover uma ação, ou podendo investigar mais se achar insuficiente, por exemplo. 
Outro principio que não esta no art.127,p.1º é o do promotor natural. Os órgãos do MP são criados com base em lei previamente estabelecida. Os órgãos desse ramo são criados por lei, assim como vão repartir as funções, não permitindo um membro do MP atuar onde quiser. É pacifico que o Art.5º, LIII contém o principio do juiz natural. Mas nesse caso, também há autores que dizem que está nesse artigo o p. do promotor natural. Porém, o STF diz que esse princípio não está na nossa CF. Mas ao mesmo tempo em que diz isso, afirma que esse princípio pode ser previsto em lei, já que não é contrario a CF mas, mesmo que não esteja, a lógica desse principio estaria. O professor acha que está, no mínimo, implícito na CF, se isso é afirmado pelo STF.
Indo ao art.129, p2º vemos que o juiz não poderia nomear alguém que fará a função do MP, pois é uma função privativa de quem passou pelo concurso para MP.
11.09
Funções do MP
O art.129 fala das atribuições do MP. Esse artigo diz que a primeira função institucional do MP é ajuizar a ação penal pública. Nessa, a ofensa da prática do crime é um interesse da sociedade. Isso está no inciso I.
O MP é controlador do próprio Estado. Ele é externo aos poderes para controlá-los, de forma a obrigá-los a fazer suas funções em prol da sociedade. Há alguns sociólogos que criticam isso, já que para esses é a própria sociedade que deve exercer um controle sobre o Estado. Porém, no Brasil, esse controle seria importante já que a sociedade não tem essa força. Na realidade, a sociedade nem sempre reage as ações do poder. Isso está no inciso II.
O que tem feito de mais relevante o MP, é tutelar interesses difusos e coletivos. São eles os interesses transindividuais. O que são os interesses difusos, coletivos e individual homogêneo? A noção desses interesses são propriamente da ciência do direito. A partir da idéia de relação jurídica se explica esses.
O interesse difuso é aquele que o titular desse interesse é um grupo indeterminável de pessoas. Eu sei quem existe, mas não sei precisar quem faz parte do grupo. Não existe relação jurídica que identifiquem tais pessoas. Volta e meia, quando vai se definir direito difuso, se fala do meio ambiente, pois esse é um interesse de todos. Para ser difuso, não precisa pertencer a humanidade e que esse permaneça para outras gerações. Pode haver interesse difuso bem mais restrito. O MP, se cuida da sociedade, vai cuidar de interesses difusos. As vezes, mal sabe um morador que algo foi violado na CF, por exemplo.
Direito coletivo é aquele que você faz em relação a um numero determinado ou determinável de pessoas. Nesse caso, há uma relação jurídica das partes. O direito é coletivo, portanto, quando esse grupo de pessoas é identificado pela existência de uma relação jurídica entre elas. Quando empregados fazem greve, eles tem certo interesse comum para certa categoria e, portanto, indivisível. Esse seria um exemplo de interesse coletivo.
 Há um ponto comum entre o interesse coletivo e individual homogêneo. Nesse caso, é um grupo que tem interesses a serem reparados, mas já existia um interesse individual. Ou seja, o interesse é divisível. Aqui também o interesse é de um grupo determinado ou determinável de pessoas, mas divisível. São direitos específicos, mas que vieram de um fato comum.
Ex usando os três interesses: A montadora que montar um carro e esse apresentar defeito. Um carro pega fogo e prejudica o consumidor. O MP vai ajuizar a ação fazendo um pedido para proteger consumidores condenando a empresa a cumprir obrigação de fazer para mudar o processo de montar o veiculo para que não haja mais esse problema. Nesse caso, seria um interesse difuso, já que eu quero proteger as pessoas que não futuro comprarão carros com essa montadora. Como elas ainda não montaram, não há relação jurídica com elas. Acontece que na data que proposta a ação, haviam carros no mercado. Então, o MP faz outro pedido: realizar o recall, convocando os consumidores para corrigir os carros com defeito. Esse pedido é de interesse coletivo. É um grupo determinado ou determinável de pessoas. O MP pode fazer outro pedido: reparar o dano causado àqueles que sofreram o incêndio no carro. Nesse caso, variará para cada réu, pois o carro que queimou pode ter afetado outros carros ou matado alguém, por exemplo. Ou seja, havia um mesmo fato, de origem comum que, por sua vez, causou danos divisíveis.
O inciso IV talvez devesse ser o inciso I. O MP tem controle da constitucionalidade. Quando você promove a ADI, o procurador geral da republica pode fazer essa (art.103). Toda ação de controle da constitucionalidade tem a participação do MP. Maior prova disso é que, ou a ADI é ajuizada pelo presidente, ou sendo qualquer outro a ajuizar, o procurador geral da república se manifestará com a marca de independência funcional. O art.129, IV acrescenta outra coisa. E é sobre intervenção federal (art.34, VII). Esses princípios são chamados de princípios constitucionais sensíveis. Se houver violação de um estado em relação a esse, fica sujeito a intervenção federal por um procedimento que se inicia no MP.
O inciso V fala da proteção do índio. Esse tem uma proteção constitucional própria pois eles vem perdendo espaço. Cabe ao MP defender as populações indígenas. Ele defende interesse do grupo em si e não de algum índio que for autor ou réu em uma ação.
Inciso VI - Quando um MP está investigando um fato, ele notificará pessoas para prestar depoimento. 
Inciso VII – o MP não permite que ocorra abusos da policia. O Estado tem algumas funções que se aproximam muito do uso da força e o MP controla isso.
Inciso VIII – você pode, não só requisitar documentos, como também diligencias. Eu posso requisitar que o auditor vá a uma fazenda para ver se aquilo está ocorrendo ou não.
Inciso IX - Nada impede que eu crie outras funções do MP. No exemplo da montadora, o MP ajuizou uma ação civil pública. Certamente a montadora não quis aceitar a visão que o MP tinha do assunto. O MP não pode impor, mas pode propor o termo de ajustamento de conduta. Nesse caso, então, não houve consenso e por isso foi necessário ajuizar tal ação. A segunda parte do inciso mostra claramente a diferença entre o MP e quem exerce advocacia pública. Todo município tem o corpo chamado procuradores do município. Nesse caso, esses defendem esse. O MP, por sua vez, defende a sociedade.
Obs: O art.68 do CPP é incompatível com a CF, mas compatível com a realidade. O MP terá essa função enquanto não houver defensor público.
11.16
MP
O MP atua as vezes como parte, ajuizando ações, as vezes como custus legis (fiscal da lei), quando ele não é nem autor nem réu, mas tem interesse no processo.
Essa divisão merece uma critica. Fiscal da lei ele seria sempre. Além disso, dá a idéia de que o MP só atua quando é levado o processo ao judiciário. Porem, o MP tem funções extrajudiciais, como foi abordado na aula passada. Não se deve falar de um MP ora parte, ora custus legis. E sim ora é órgão agente, ora é órgão interveniente. Essa denominação é melhor porque o MP agente seria o que investiga determinados fatos e, se necessário, ajuíza ações. O conceito de órgão agente, portanto, é mais amplo que o de parte. 
Em relação ao órgão interveniente é o custus legis. Aqui, sempre atuará o MP, em juízo, para defender um direito da sociedade, onde transcende as partes.
As formas de atuação do MP, portanto, é como órgão agente (instaurando inquérito civil para ver se meio ambiente é degradado, fraude nas relações de consumo,..., tentando resolver os problemas avisando a empresa, por exemplo,que o meio ambiente está sendo degradado se ela usar aquela substancia. Se não houver conciliação, não houver termo de compromisso, aí sim o MP ajuíza a ação) e como órgão interveniente.
Deve-se ver o art.128 da CF para ver a abrangência do MP. Quando elaborada a CF, o intuito era indicar toda essa. Mas deve-se analisar o art.130 também para saber o que seria o MP: 
O tribunal de contas auxilia o legislativo, mas também tem atos decisórios. Por isso é chamado de tribunal. É certo que o MP é composto por aqueles quatro ramos. Porém, quando o tribunal de contas da união foi estruturado, na lei responsável por essa estruturação, afirmou que dentro do TCU, haveria um MP junto ao TCU. São membros que não fazem parte do MPU. O TCU teria, portanto, seu próprio MP.
Obs: O MP da união vem regulamentado na LC 75/93, falando do MPF, MPT, MPM e MPDFT. Já na lei 8443/92 regula o MPTCU.
Se a idéia do MP é promover, isso implica apurar os fatos e tomar decisões necessárias para reparar ou punir. Isso é a síntese do que se faz o MP.
Cada estado tem seu corpo de promotores de justiça, já que tem o MPE (art.128,II). A CFE mineira afirmou que, quem passasse para um concurso de MP, poderia também trabalhar no TCE. Nesse caso, portanto, não seria seguida a lógica da CF. Isso porque o TCU é separado do MPU. O TCU é responsável por fazer seu próprio concurso para escolher membros que trabalharão no MPTCU. O STF usou o principio do paralelismo afirmando que cada TCE tem que ter seu próprio MPTCE. Um tribunal de conta estadual não pode ter membro do MPE. Portanto, foi reconhecida essa norma da CFE mineira como inconstitucional.
Defensoria pública
Cidadania é usada como sinônimo de nacionalidade. Esse significado deve ser descartado. Cidadania é usada também como circunscrição de uma cidadania política. Ou seja, ser cidadão é aquele que pode votar, se filiar a partido político,...
Cidadania deve, porém, ser considerado de três parâmetros: cidadania civil (ser reconhecido como sujeito de direito, individualizado), cidadania política e cidadania social (dada a condição humana, as pessoas precisam de saúde, educação,...). É importante pensar em cidadania nesses três aspectos.
A CF, muitas vezes, “volta aos olhos” aos necessitados. No art.194 vemos isso. Saúde é um direito a todos (art.196). É um direito incondicionado, de forma que o Estado tem que prover esse direito a qualquer um. Já no art.201, que fala da previdência social, há um caráter contributivo. A previdência protege quem contribui e a quem depende de quem contribui, gerando proteção para o trabalhador e seus dependentes. A defensoria, por sua vez, não depende de contribuição e nem é para todos. Porém, no campo da seguridade social, depois da saúde e da previdência, o art.203 fala da assistência social. Essa é para quem necessita.
O art.134 mostra a definição da defensoria pública. Essa é uma garantidora de cidadania para os necessitados, tendo, assim, uma função assistencial do acesso ao poder judiciário.
Para Berthier, a defensoria pública poderia ajuizar ação civil pública. Isso faz sentido quando percebe que houve malefícios para uma grande parte de pessoas necessitadas. O defensor público, ao mesmo tempo em que é um servidor, é um advogado de um cliente.
P. da administração pública
O art.37 cita esses princípios. Nem sempre o administrador público consegue cumprir tudo que a lei impõe a ele. Quando foi feita a CF, foram colocados alguns princípios para ter um papel de, mesmo não conseguindo funcionar da forma que a legislação detalha, haver uma necessidade de segui-los. Esses princípios, portanto, norteiam o que o administrador público deve fazer quando seu poder de ação está reduzido.
O p. da impessoalidade é o agir impessoal. Se 20 pessoas precisam de um aparelho, por exemplo, você atenderá primeiro quem tem o quadro de saúde mais grave.

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