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Resumo completo 2- Batista

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de imediato. 
Volta e meia o CNJ suspende magistrados, os adverte, ou o aposenta, mas não demite. Ou seja, o CNJ não pode tirar do cargo, esses. Há uma proposta de emenda para flexibilizar essa vitaliciedade em relação ao CNJ, podendo assim, demitir.
O sujeito é vitalício quando cumpre dois anos. Quem vê o art.95, I percebe que a redação é a mesma de antes da emenda de 45. Porém, deve-se fazer uma relação entre esse artigo e o art.93, IV. Para compreender vitaliciedade, deve se ver esses dois artigos. Ou seja, é necessário um juiz fazer um curso de vitaliciamento e ser aprovado nesse. É a criação de uma obrigatoriedade de estudo continuo.
Quando se fala em vitaliciedade, é uma garantia da magistratura. Quando a pessoa ingressa na carreira da magistratura, você vai exercer a função jurisdicional, em regra. O juiz ocupa um cargo o qual as funções típicas são as jurisdicionais, mas praticam também muitos atos administrativos. E se o juiz pratica algum ilícito como administrador? Nesse caso, a vitaliciedade o protege? A vitaliciedade tem a ver com o cargo do juiz ou com a função jurisdicional? É pacifico que essa é com relação ao cargo, não importando a função que ele está fazendo. Isso é muito importante em relação ao juiz eleitoral, já que fiscaliza a propaganda se feita regularmente, apura votos,... ou seja, atua como administrador.
Há uma exceção a tudo que foi dito. Tem a ver com o ministro do STF. A vitaliciedade tem um problema. Ministro do supremo pode perder cargo por decisão judicial, sim. Mas não se cometer crime de responsabilidade. Ou seja, lendo o art.52, II, vemos que, se um ministro do STF, praticar crime de responsabilidade (l.1099/50), será o senado a julgá-lo. E, para condenar, aplica-se o parágrafo único do art.52. Tudo que o senado julga por esse artigo, o faz por uma resolução e não uma sentença judicial.
10.24
Aula passada foi analisada a vitaliciedade da magistratura. Hoje ainda se seguirá a compreensão do art.95.
O inciso II fala da inamovibilidade. A parte ou o juiz não pode decidir quem julga para não haver a parcialidade. Assim como o magistrado não pode ser modificado pelo presidente do tribunal (ele não pode mudar a vara de algum juiz, por exemplo). O juiz, portanto, está em um órgão jurisdicional e só pode ser movido, se promovido. Mesmo para o juiz substituto, que não titulariza um órgão jurisdicional, é importante que haja critérios prévios e objetivos para haver essa modificação. A inamovibilidade não é somente em relação ao juiz titular, portanto. O substituto, por mais que não titularize uma vara, precisa haver motivos para isso.
Quando foi falada da vitaliciedade, essa é relativa, pois pode perder o cargo por decisão judicial. Assim como a inamovibilidade, que pode deixar de ocorrer por um interesse público. O inciso II do art.95 afirma isso. 
Ex de interesse público: vai que um juiz de uma vara de família de uma cidade, manifesta um pensamento questionando que homem e mulher não são iguais, dizendo isso na mídia e gerando um desconforto na cidade. Por mais que o juiz pode se posicionar por seu livre convencimento, pode haver atos que prejudiquem sua reputação e esse seja removido para outro lugar.
Outro exemplo: se há um juiz que é extremamente grosseiro com as partes, e resolvam fazer uma greve contra esse, talvez valha a pena remove-lo. Ele terá direito de defesa e depois vai ter, ou não, relativizada sua movibilidade. O juiz tem que cumprir melhor papel para a sociedade e é nessa idéia que é possível essa relativização. A idéia é demonstrar que vale o interesse público.
O inciso III fala da irredutibilidade dos subsídios. Esse é o valor pago a quem trabalha como agente político do Estado. Ou seja, magistrados não terão seus valores remuneratórios reduzidos. Esse subsídio é sempre criado por lei, de forma a não poder diminuí-lo, isso para impedir que o legislativo tenha um controle do salário do judiciário, impedindo que o segundo seja pressionado pelo primeiro. 
Essa irredutibilidade é nominal, não sendo, portanto, real. Se um juiz ganha 5x por três anos, por exemplo, talvez o valor real diminua no tempo, tendo, portanto, menor poder aquisitivo.
Se sobrevier alguma contribuição sindical ou imposto de renda, isso nada tem a ver com a irredutibilidade. Essa contribuição ou esse imposto é geral. Se o aumento for geral, portanto, não foi algo contra o judiciário. O valor de quanto ele ganha não foi reduzido. Não é porque ele é magistrado que ele esta imune a carga tributaria ou sindical.
Volta e meia alguém tenta dizer que não existe uma imparcialidade (já que um juiz do trabalho, por exemplo, favorece o trabalhador). Se a própria ordem jurídica não é eqüidistante, dando diferente proteção a certos bens jurídicos, não é o juiz que irá ser imparcial nesse sentido. Ou seja, um juiz pode até ter uma postura pró-empregado, mas ele cita o empregador, ele dá vista as duas partes, pelo mesmo prazo, por exemplo. Resumo da historia: o dever de imparcialidade é em relação a igualdade dada as partes no processo. Elas recebem tratamento igualitário em relação a manifestação no processo.
Em relação ao quinto constitucional está no art.94. Entende-se, segundo a visão desse artigo, que os tribunais devem ser compostos, não só por magistrados de carreira, mas também de advogados e funcionários do ministério público. Ou seja, em um tribunal, 1/5 será formado por membros da advocacia e do MP. Esse artigo é uma exceção do art.93,I. O art.115 dirá que também há quinto no TRT. Cada tribunal de justiça de cada estado, no tribunal de justiça do DF e território, no tribunal do TRF e no tribunal do TRT, deve haver um quinto de pessoas sem a mesma experiência da magistratura de carreira. Ou seja, somente o TRE e o TRM que não obedece ao quinto.
O caminho percorrido para escolher o quinto é o seguinte: O MP encaminha seis de seus nomes ou a advocacia encaminha. O tribunal escolhe três. Esses três vão ao chefe do poder executivo (presidente da república) que vai nomeia esse. Para o presidente realizar essa escolha, ele é auxiliado pelo ministro do Ministério da Justiça, que colherá dados para que ele possa tomar uma decisão. Obs: Se sai um cara que é advogado, vem outro que é advogado. Não se tem as duas carreiras concorrendo para uma vaga. Se estiver precisando de 25 em um tribunal. Um quinto seria cinco. Dois seriam do MP, dois da advocacia e um seria alternado entre um funcionário do MP e um advogado.
 Existia um problema na década de 90: Art.115,I. O MP tinha cerca de 200 integrantes na nessa época e poucos queriam ir a magistratura. Era muito difícil fazer uma lista sêxtupla. O inciso diz que tem que ser membro do MP a mais de 10 anos. Não tinha gente suficiente. O conselho superior do MP do trabalho editou uma resolução dizendo que, na lista sêxtupla, não precisaria haver 10 anos de trabalho, se já tivesse vitaliciedade. Essa resolução foi questionada por uma ADI. Essa ADI foi decidida por maioria, de forma a ter embargo infringente (antigamente existia esse), e assim, devolvia a matéria ao mesmo órgão julgador. No embargo foi dito que o supremo decidiu por maioria o fato de a resolução ser inconstitucional, porém, a CF seria ofendida de qualquer forma. Se não há gente, não vou apresentar lista sêxtupla, não tendo o quinto completo. O STF, portanto, entendeu que é preferível não ficar sem lista. Ou essa não seria sêxtupla, ou aceitaria ter, na lista, quem tivesse menos de 10 anos. O melhor é esse segundo. É só o presidente escolher quem tem mais de 10 anos de carreira, se julga importante haver esse tempo de carreira ou o próprio tribunal escolher em relação a quem tivesse já esse tempo. Hoje em dia, por ter 600 integrantes, fica mais fácil seguir integralmente a CF.
10.26
Analise do art.93 sobre o poder judiciário
Vamos falar do art.93 da CF. O caput diz que salvo o quinto, o ingresso a magistratura é por concurso público. Toda banca de concurso para a magistratura ou para MP, tem um membro indicado pela OAB. A banca não é composta, portanto, como turma fechada e sim vem alguém de
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