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FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO INTERPRETAÇÃO LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

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RESUMO – DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO. INTERPRETAÇÃO. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
1. Fontes Materiais
As fontes materiais ou fontes reais do Direito Tributário, pois são as riquezas ou bens em geral que o legislador utiliza como veículos de incidência tributária, como patrimônio, renda e os serviços. É a situação definida pela lei como necessária à imposição do tributo (fato gerador ou fato imponível).
2. Fontes Formais
São os atos normativos ou conjunto de normas que dão nascimento ao Direito Tributário (leis, costumes e princípios). Espécies de fontes formais:
a) Diretas– Também chamadas de imediatas, primárias ou principais, devem ser consideradas em primeiro lugar, observando-se a hierarquia das normas (escritas). São as leis específicas do Direito Tributário.
b) Indiretas– Em caso de omissão ou lacuna das normas tributárias, a autoridade tributária deverá utilizar sucessivamente, as chamadas fontes indiretas (mediatas, secundárias ou acessórias) na seguinte ordem: (I)analogia(leis de outras áreas); (II)costumes; (III)princípios específicos do direito tributário(legalidade, anterioridade, capacidade do contribuinte, etc); (IV)princípios gerais do direito(igualdade, liberdade, direito adquirido, etc); (V)equidade(senso de justiça). O art. 108 do CTN proíbe exigir tributo através do emprego da analogia. Por outro lado, não permite dispensar tributo devido ao empregar a equidade.
3. Legislação Tributária
a) Normas Constitucionais– São as fontes (formais) mais importantes, quer pela posição hierárquica (princípio da supremacia constitucional), quer pelos princípios tributários (limitações ao poder de tributar).Não podem ser contrariadas pelas normas inferiores.
b) Leis Complementares– Funcionam como leis gerais sobre tributação, estabelecendo diretrizes para as entidades tributantes de todas as esferas (União,Estados,Df e Municípios). A CF determina que as alíquotas mínimas e máximas de ISS (imposto municipal) sejam fixadas por Lei Complementar. OCTN foi instituído pela Lei 5.172/1966 (lei ordinária), mas a CF recepcionou com o status de lei complementar. Assim, qualquer alteração deverá ser promovida através de Lei Complementar. Os empréstimos compulsórios somente podem ser instituídos por lei complementar.
c) Leis Ordinárias – São as normas que criam ou majoram tributos em cada esfera. Assim, a União dispõe acerca de seus tributos (Imposto de Renda, IOF, ITR, Contribuições Parafiscais,etc), demos Estados (ICMS,IPVA,etc) e os Municípios (IPTU, ISS, etc). Excepcionalmente, a CF exige lei complementar para criação de tributos, como é o caso do imposto sobre grandes fortunas (ainda não instituído) e dos empréstimos compulsórios.
d) Leis Delegadas– O Congresso Nacional pode atender à solicitação do Presidente da República, autorizando a este a criar ou majorar tributos, desde que respeitadas as condições de seu exercício. Tem a mesma força de uma lei ordinária.
e) Medidas Provisórias– A CF autoriza ao Presidente da República, em caso de urgência e relevância, editar medidas provisórias com força de lei (art. 62CF).A sua eficácia é imediata, ou seja, produz efeitos jurídicos a partir de sua edição. Cabe ao Congresso Nacional converter em lei ou rejeitar, no prazo de 60 dias (é possível prorrogar por mais 60 dias). Rejeitando a MP,o Congresso Nacional deverá regulamentar (por meio de decreto legislativo) as relações jurídicas dela decorrente. Em se tratando de tributos, a cf estabelece que deverá respeitar o princípio da anterioridade, exceto os impostos de caráter extrafiscal.
f) Decretos Legislativos – Ocorre quando o Congresso Nacional aprova tratados e convenções internacionais. Em matéria tributária, geralmente é aprovado para evitar dupla tributação e contextualizar a nossa legislação interna com o direito internacional, sem causar prejuízo à nossa soberania. Tem a mesma força das leis ordinárias.
g) Resoluções do Senado– No Direito Tributário,o Senado Federal fixa as alíquotas mínimas e máximas nas operações internas para cobrança de ICMS, bem como as alíquotas interestaduais; também para estabelecer alíquota máxima de ITCMD.
h) Decretos- Apenas regulamentam as leis aprovadas pelo Poder Legislativo, não podendo fazer qualquer tipo de inovação. Na prática são os textos mais consultados, pois detalham como a lei deve ser cumprida. Somente podem instituir obrigações acessórias(prática ou abstenção de ato no interesse da administração tributária), não podendo instituir ou majorar tributos (obrigação principal).
i) Fontes Formais Complementares– São os instrumentos de hierarquia inferior, tais como portarias,instruções,decisões administrativas de órgãos singulares ou colegiados, costumes administrativos(práticas reiteradas pelas autoridades administrativas) e os convênios celebrados entre as entidades tributantes.
4. Interpretação (Hermenêutica) da LegislaçãoTributária
Consiste em compreender o verdadeiro sentido da lei. Na interpretação da legislação tributária, são utilizadas as mesmas técnicas do direito civil, sendo pertinentes os diversos métodos:
a) Gramatical ou Literal – O intérprete deve procurar extrair o exato sentido de cada terminologia.
b) Lógico - Sistemático- Contextualiza dispositivos de um mesmo sistema, buscando a compatibilidade de cada dispositivo com o todo.
c) Teleológico – Identifica as finalidades das normas, ou seja, o caráter político, econômico e social das mesmas.
d) Histórico- É necessário entender em que tipo de conjuntura a lei foi aprovada.
5. Limitações ao Poder de Tributar -Princípios
O legislador constituinte prescreveu vários princípios (limitações ao poder de tributar) para proteger o contribuinte de qualquer abusividade. São os seguintes:
a) Legalidade (CF, art. 150,I) – Somente a lei em sentido estrito pode instituir ou majorar tributos. Em se tratando de impostos extrafiscais (II,IE, IPI e IOF) admite-se alterações através de medidas provisórias.
b) Anterioridade (CF, art. 150, III, “b”) – A lei que cria ou aumenta tributo só entra em vigora partir de noventa dias(anterioridade mitigada ou nonagesimal) e no ano seguinte (anterioridade de exercício), exceto alguns impostos extrafiscais como imposto de exportação, imposto de importação e imposto sobre operações financeiras), CIDE - Combustível,imposto de guerra e empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou na sua iminência (os empréstimos compulsórios para investimentos públicos relevantes devem obedecer à anterioridade, de exercício e nonagesimal). As contribuições para a seguridade social e o imposto sobre produtos industrializados submetem-se apenas a anterioridade nonagesimal.
c) Irretroatividade (CF,art.150,III,“a”) – A lei tributária só é válida emrelação a fatos ocorridos a partir da entrada em vigor. Pode retroagir, apenas, para beneficiar o contribuinte.
d) Isonomia (CF, art. 150, III) – A lei tributária deve tratar igualmente os contribuintes que se encontrem em situação equivalente.
e) Capacidade Contributiva (CF, art. 145, § 1o) – O tributo deve ser cobrado de acordo comas possibilidades de cada contribuinte. Por exemplo, o imposto de renda das pessoas físicas é cobrado na proporção do rendimento do contribuinte (isenção até R$ 1.903,98 e alíquotas graduais (progressividade fiscal) de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%.), bem como na contribuição previdenciária (8%, 9% e11%).
f) Progressividade(CF, art. 182, § 4º) – Os Municípios podem IPTU progressivo para desestimular imóveis urbanos que não estão cumprindo a sua função social, o mesmo ocorrendo com a União em relação a imóveis rurais improdutivos (progressividade extrafiscal).
g) Vedação de Efeitos Confiscatórios (CF, art. 150,IV)– A tributação deve ser razoável,não podendo comprometer exageradamente o patrimônio do contribuinte. A progressividade não legitima o confisco da propriedade.
h) Imunidade Recíproca (CF, art. 150, VI, “a”) – Não podem as entidades tributantes instituir impostos sobre o patrimônio, rendaou serviço, uns dos outros. Essa imunidade é extensiva às autarquias(Banco Central, CVM, UFBA,UNEB,etc) e associações públicas (IBGE,etc), mas não se aplica às estatais(economia mista e empresas públicas), que se submetem às regras de direito privado. O Supremo Tributário Nacional estendeu aos Correios e Telegráfos (empresa pública) o tratamento dispensado às pessoas jurídicas de direito público.
i) Imunidade de Certas Entidades (CF, art. 150, VI, “b” e “c” ) – Não podem as entidades tributantes instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviço, de partidos políticos,entidades sindicais de trabalhadores,templos de qualquer culto,instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos(reconhecidas como de utilidade pública).
j) Imunidade de Livros, Jornais, Periódicos e Papel Destinado à sua Impressão (CF, art. 150, VI, “d” ) – Inclusive oriundos do exterior. Quer dizer, não será cobrado ICMS e IPI sobre tais produtos. As empresas são obrigadas ao pagamento de imposto de renda, de contribuições sociais, de IPTU, ISS (sobre os anúncios) e de mais tributos.
k) Imunidade para Fins de Reforma Agrária(CF, art. 184, § 5º) – Os atos de transmissão de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária são imunes de impostos (o texto constitucional chama de isenção).
l) Imunidade de Tráfego (CF, art. 150, V) –Exceto para cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas (mas o contribuinte deve ter vias alternativas para se locomover livremente).
m) Não - Cumulatividade (CF, arts. 153, § 3o., II; 155, § 2o,I)- Trata-se de uma limitação específica para IPI e ICMS, para evitar a bi tributação.
n) Essencialidade (CF, art. 153, § 3o; 155, § 2o., III) –Específico do IPI e do ICMS, para incidir com alíquotas módicas em relação a produtos essenciais.
o) Uniformidade Nacional (CF, art. 151,I)– A União só pode instituir tributos que sejam uniformes em todo o território nacional. Ao conceder incentivos fiscais não estará a União violando tal princípio, pois a Constituição Federal estabelece a redução das desigualdades sociais e regionais como um dos objetivos fundamentais do Brasil.
p) Vedação de Distinção em Razão de Procedência ou Destino(CF,art.152) – Limitação impostas aos Municípios, Estados e Distrito Federal, no sentido de que não haja nenhuma diferença entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão da procedência ou do destino.
q) Vedação da Utilização da Base de Cálculo dos Impostos nas Taxas(CF, art. 145, § 2º) – As taxas não poderão ter a mesma base de cálculo dos impostos. Assim,é inconstitucional utilizar o valor venal do imóvel(utilizado na cobrança do IPTU) como base de cálculo da taxa de lixo.

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