466 pág.

Pré-visualização | Página 17 de 50
a remoção de juiz de direito determinada por pre- sidente de província, com o fundamento de serem os juizes de direito empregados provinciaes. Vide art. 24 e seguintes da Lei de 3 de Dezembro de 1841 e as respectivas notas. Vide nota 13. 75 Art. 45. Os juizes de direito não serão tirados de uma para outra comarca senão por promoção aos lugarss vagos das Re- lações a que tenhão direito ou quando a utilidade publica assim o exigir. Art. 46. Ao juiz de direito compete (66): § 1.° Correr os termos de sua júris— dicção para presidir aos conselhos dos jurados na occasião de suas reuniões (67). (66) Afiançar nos casos em quê pôde prender. — Av. de 12 de Setembro de 1865. Das decisões definitivas, ou interlocutórias com força de definitivas, proferidas pelos juizes de direito, nos casos que lhes compete haver por lindo o processo, é permit- lido appellar para as Relações.— Art 78, § 2» da Lei de 3 de Dezembro de i8oi. É permittido appellar para a relação das sentenças dos juizes de direito que absolverem ou condemnarem nos crimes de responsabilidade.—Dita lei, art. 78, § 3o. Compete-lhes o conhecimento das escusas dos jurados, quer sejão produzidas antes, quer depois de multados. — Dita lei, art. lOi. (67) Os juizes de direito a quem é incumbido per correr as villas e exercitar nellas a jurisdicção criminal e civil, quando o fizerem para presidir ás .sessões dos jurados, se demorarão o tempo necessário para julgarem a final as cansas eiveis que estiverem preparadas para a execução do art. 9* da Disp. Prov. e do § 9* do art. 46 do Cod. do Proc , qnando esta demora os não im possibilite do comparecimento e presidência em outros lugares, a que sejão obrigados. Quan.lo, porém, forem 76 tantas as causas eiveis que não possão ser todas julgadas, ou tantas as diligencias a ellas relativas que se não possão concluir, o juiz de direito as reservará para outra occa- sião, não podendo, por qualquer motivo que seja, leva-las para fora do termo, salvo convindo nisso as partes; mas ainda nesse caso sempre as sentenças serão publicadas nos respectivos termos, ou pelo mesmo juiz na occasiao em que os fòr percorrer, ou pelo juiz municipal. No caso de necessidade poderá ir mais uma vez ao termo no in- tervallo de cada uma das reuniões dos jurados, e poderá então demorar-se por cinco até dez dias.— Dec. de 15 de Outubro de 1833. Ainda que em alguns termos de qualquer comarca não haja reunião dos conselhos dos jurados, deverão" corre-los os respectivos juizes de direito, para nelles desempenharem o que lbes incumbe o art. 9* da Disposição Provisória acerca da administração da justiça civil; e consequente- mente devem as camarás municipaes preparar-Ibes apo- senta toria na forma do art. 47 do Código.— Av. de 10 de Setembro de 1835. No caso de não poder o juiz de direito correr os termos de sua comarca e presidir aos conselhos dos jurados, por motivo justificado de moléstia ou de serviço, não fica por isso jnbibido de exercer a sua jurisdicção no » lugar em que reside, se o seu impedimento lh'o per-mittir. Nos casos de tal impedimento poderáõ as causas ei- veis dos termos ser remettidas ao juiz de direito, se as partes o requererem ou convierem, devendo o mesmo juiz fazer toda a diligencia por ir correr a comarca logo que cesse o sobredito impedimento, na forma e para os fins que declara o art 6* do Decreto de 15 de Outubro de 1833.— Av. de 3 de Outubro de 1835: Se o juiz de direito, presidente do jiiry, ficar inhi- 1 bido de continuar a funccíonar por impedimento repen- 1 tino e superveniente, pode passar a jurisdicção ao sub- ;| stituto mais próximo, até que chegue aqueile a quem pertence o exercício desse cargo na ordem marcada pelo presidente da província.—Av. de 24 de Março de 1856. 77 § 2.° Presidir ao sorteio dos mesmos jurados, ou seja para o jury de accusação ou para o de sentença. § 3.° Instruir os jurados, dando-lhes explicações sobre os pontos de direito, sobre o processo e suas obrigações, sem que manifeste ou deixe entrever sua opi- nião sobre a prova. § 4.° Regular à policia das sessões chamando á ordem os que delia se des- viarem, impondo silencio aos espectadores, fazendo sahir para fora os que se não accommodarem, prender os desobedientes, ou que injuriarem os jurados, e puni-los na forma das leis (68). § 5.° Regular o debate das partes, dos advogados e testemunhas, até que o conselho dos jurados se dé por satisfeito. (68) Segando a intelligencia grammatical do art. 200, § 7* do Beg. de 31 de Janeiro de 1842, que é a rèpro- ducçSo do § ú° do art. &6 do Cod. do Proa, não é permittido ao juiz de direito mandar sabir do recinto do tribunal do jury a um juiz de facto, mas somente aos espectadores. —A v. de A de Fevereiro de 1858. 8 § 6.° Lembrar ao conselho todos os meios quê julgar necessários para o des- cobrimento da verdade (69). § ?.* Appliear a lei ao facto, proceder ulteriormente na forma prescripta neste Código. § 8.° Conceder fiança aos réos pronun- ciados perante o jury, áquclles a quem os juizes de paz a tiverem injustamente j denegado, e revogar aquellas que os mes- mos juizes tenhão indevidamente concedido (70). (69) Vide art. 200, § 9* do Reg. n. 120 de 31 de Janeiro de 1842. (70) Em conformidade do que aos juizes de direito incumbe o art. 46, g 8" do Código, devem elies revogar as fianças que os juízes de paz concederem por classifi- carem indevidamente os crimes em artigo que nenhuma analogia tem com elles, e isto mesmo quando se não haja interposto recurso. — Av. de 17 de Janeiro de 1838. Para execução do Aviso de 7 de Janeiro de 1838, dando uma forma para o exercício da attribnição do art. 46, S 8", quando o juiz de direito tiver noticia de haver- se injustamente concedido ou negado uma fiança, ainda que não baia recurso, se o caso for de gravidade exigirá do respectivo juiz de paz uma informação cir- cumstanciada por rscripto, com certidão da pronuncia e da decisão que concedeu ou negou a fiança, e proferirá 79 § 9.° Inspeccionar os juizes de paz e municipaes, instruindo-os nos seus deveres quando careçâo (71). Art. 47. Nos lugares da reunião do jury as camarás municipaes respectivas apromptaráõ para os juizes de direito casa, cama, escrivaninha, louça e a mobília necessária para o seu serviço; os juizes á vista de todo a sua sentença, concedendo-a ou reyo- gando-a.—Av. de 13 de Fevereiro de 18218. (71) Da disposição do art. A6, § 9° do Cod. do Proc, claramente se deduz que os juizes de direito são obri- gados a instruir aos juizes de paz e municipaes sempre que, pria inspecção activa sobre elles, conhecerem que o precisão, e não somem e quando forem consultados.— Av. de 29 de Abril de 185G. Ao juiz de direito compete instruir e esclarecer as duvidas que se offerecercm aos juízes de orphãos. —Av. de lo de Maio de 1836. j No eivei também pôde o juiz de direito instruir, com a differença, porém, de que não é obrigatório segai-la. — Av. de 10 de Junho de 1843. E quando i que pôde abrigar ? Instruir em these e em abstracto e nunca em especial sobre os casos occurrenics e pendentes.— Av. de 30 de Maio de 1851, e o de 26 de Novembro de 1868, que traz o Diário Oficial de 27. O juiz de direito não é competente para dar inslruc- ções ás autoridades inferiores em matéria eleitoral.—Av. de 31 de Dezembro de I8b9. 80 deixarás tudo no mesmo estado, repondo o que fôr consumido quando se retirarem (72). CAPITULO v. I Difpo»iç6ei geraei. Art. 48. Os inspectores, escrivães e offi- ciaes de justiça que se sentirem aggra- vados em suas nomeações, poderáo recor- rer, na província onde estiver a corte, ao governo, e nas outras aos presidentes em conselho. Art. 49. Os juízes