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do modo de bem-viver prescrito pelo juiz, da pena comminada, quando o não observe (136). {136) O processo que se instaure para obrigar a assignar • 189 Art. 122. Quebrado o termo, o juiz de paz, por um processo conforme ao que fica disposto no artigo antecedente, imporá ao réo a pena comminada, que será tantas vezes repetida, quantas forem as reincidências. Art. 123. Todo o offlcial de justiça po- derá, ex-officio, ou qualquer cidadão, con- duzir á presença do* juiz de paz do dis- tricto a qualquer que fôr encontrado junto ao lugar onde se acaba de perpetrar um crime, tratando de esconder-se, fugir ou dando qualquer outro indicio desta natu- reza, ou com armas, instrumentos, papeis e effeitos, ou outras cousas que facão pre- sumir complicidade em algum crime, ou que pareção furtadas. Art. 124. Se o juiz perante quem fôr termo de bem-viver, concluindo pela «ssignatura do termo e corominaçân da pena, é bem equiparado com o da formação da culpa.—Av. de 16 de Novembro de 1849. Vide nota ao art, 293 sobre o recurso que cabe da decisão que obriga a assignar termo de bem-viver. 1*0 levado o suspeito entender que ha fundamento razoável (depois de ouvi-lo e ao conductor) para acreditar-se que elle tenta um crime, ou é complice ou sócio em algum, o sujeitará a termo de segurança até justificar-se (137). Art. 125. O mesmo pôde fazer o juiz toda a vez que alguma pessoa tenha justa razão de temer que outra tenta um crime contra ella ou seus bens. f~ Art. 126. 0 conductor ou as partes1] queixosas devem dar juramento, e provar com testemunhas (ou documentos quando_ | lhes. fôrpossível) sua informação escripta; o accusado pôde contesta-la verbalmente, e provar também sua defesa antes que o juiz resolva, e por isso no segundo caso deve ser notificado para vir á presença do .mesmo juiz. ■ .......................................................................................................................................... ................................................................-" ' — (137) Vide DOU ao art. 393 sobre o recurso que cabe da deciíão que obriga a aulgnar termo de segurança. Êk. 141 Art. 127. O juiz, se a gravidade do caso exigir, porá a parte queixosa sobre a guarda de ofíiciaes de justiça, ou outras pessoas aptas para guarda-la, emquanto o accusado não assigne termo. Art. 128. Se o accusado desiróe as presumpções ou provas do conductor ou queixoso, o juiz o mandará em paz; mas nem por isso fica o conductor oU Queixoso sujeito a pena alguma, salvo havendo manifesto dolo. Art, 129. Estes termos de segurança seguem todas as regras estabelecidas para as fianças dos réos que se pretenderem livrar soltos. Art. 130. Estes termos serão escriptos pelo escrivão, assignados pelo juiz, testemunhas e partes; quando estas não queirão assignar, ou não souberem escrever, o fará por ellaa uma testemunha. 142 CAPITULO m. Da príiAa wm culpa formada , e que pôde ior exe« cutada sem ordem e«cripta Art. 131. Qualquer pessoa do povo pôde, eos ofBciaes de justiça são obrigados a prender e levar á presença do juiz de paz do districto a qualquer que fôr encontrado commettendo algum delícto, ou emquanto foge perseguido pelo clamor publico. Os que assim forem presos en-tender-se-hão presos em flagrante delicio (138). (138) Vide nota ao art. Há do Reg. de 31 de Janeiro de 18&2. H As autoridades que podem prender por jurfldicção própria derem fazê-lo á sua ordem : at/iiellcs que, como commandantes da força, ou como ofllciaes de justiça, ou emíim qualquer do povo, nos casos em que 6 permiti ido, fizerem alguma prisão, a submetteiáfl immediatamente ao conhecimento de qualquer autoridade competente do dis- tricto, que primeiro po»M conhecer e deliberar sobre a soa regularidade e providencia, instaurando logo o pro- cesso respectivo, ou remettendo o preso com as provas colligidas á outra autoridade, de accôrdo com os prin- cípios e doutrina Já exarados no Aviso de 81 de Janeiro de 1820, oo finalmente soltando-o, se não houver funda- • 143 Árt. 132. Logo que um criminoso preso em flagrante fôi* á presença do juiz, será interrogado sobre as arguições que lhe fazem o conductor e as testemunhas que o acompanharem; do que se lavrará termo por todos assignado. Art. 133. Resultando do interrogatório suspeita contra o conduzido, o juiz o man- dará pôr em custodia, em qualquer lugar seguro, que para isso designar; excepto mento para a prisão, ou se fôr ocaso de se poder livrar solto o réo. A esta regra só haverá limitação para os casos em que a prisão seja effectuada em virtude de deprecata, ou por escolta ou força armada em perseguição de criminosos, sendo então a prisão feita por ordem da autoridade de- precante, ou da que mandou a escolta, ficando os presos á disposição dessas autoridades, na conformidade das leia. —Av. de 16 de ISovembro de 1861. É este um dos casos em que se pôde decretar a prisão antes da culpa formada.—Av. de 2 de Janeiro de 1865.— Vid. art. 175 deste Código, e art 114 do Regul. n. 120 de 31 de Janeiro de 1842. Vid. o mesmo Aviso em nota ao art. 340 deste Cod. ■ Na decisão do habeas-corpus pedido ao Sup. Trib. de Justiça pelos cidadãos brasileiros Luiz José dos Reis Falcão e-Joaquim Paulo Leal Ferreira Nabucode Araújo, por Accórdão de 11 de Fevereiro de 1871, declarou esse tribunal que a voz de prisão não equivale á prisão em flagrante. 144 O caso de se poder livrar solto, ou ad- mitttr fiança, e elle a dé*r; e procederá na formação da culpa observando o qne está disposto a este respeito no capitulo se- guinte (139). (139) Lei u. 3033 de 20 de Setembro de 1871: Ari. 12. Para execução do disposto nos arte. 132 e 133 j do Código do Processo Criminal, obseivar-se-ha o seguinte: § 1/ Não havendo autoridade no lugar em que se eí- fecluar a prisão, o conduetur a prés te o réo áqiiL-lia autoridade que ficar mais próxima. | 2.' Sao compet mies os chefes de policia, juizes de diri ito c seus substitutos, juizes municipaes e seus substi- tutos, juizes de paz, delegados e subdelegados de policia. Na falta ou impedimento do escrivão servirá para lavrar o competente auto qualquer pessoa que alli mesmo for designada c juramentada. S 3.° Quando a prisão for por delicio, de que trata o art. 12, 8 7° do Código do Processo Criminal, o ins pector de quarteirão ou mesmo o ofliciaJ do justiça, ou com mandante da forca, que eflecluar a prisão, formará o auto prescrfpto no art. 132 acima citado-, e porá o réo cm liberdade, salva a disposição do art. 37 da Lei J de 3 de Dezembro de 1841 * 300 do Regulamento de 31 de Janeiro de 1342, intimando o mesmo réo para que se apresente, DO prazo marcado, .1 autoridade judi cial, a quem o dito auto for remeitido, sob pena de ser processado á revelia, H Art. 13. O mandado de prisão será passado cm du- plicata. O executor entregara ao preso, logo depois de efectuada a prisão, um dos exemplares do mandado, com declaração do dia, hora e lugar em que effectuou a prisão, c exigirá que declare no outro havé-lo recebido: recusando-se o preso, lavrar-se-ba auto assignado por duas testemunhas. Nesse mesmo exemplar do mandado 145 CAPITULO IV. Pa formação da culpa (140). Art. 134. Formar-se-ba auto de corpo pn carcereiro passará recibo da entrega do preso, com declaração do dia e hora. § 1.* Nenhum carcereiro receberá preso algum sem ordem por escripto da autoridade, salvo nos casos de flagrante delicio , em que por circnmstancias extraordi- nárias se dé impossibilidade de ser o mesmo preso apre- sentado á autoridade competente nos termos doa para- graphos acima. p 2.* A excepção de flagrante delicio, a prlsSo