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de Setembro de 1859, recorrente Manoel Pinto de Car- valho e recorridos José Pedro dos Santos e outros. (230) A qualquer advogado que atacar o jnry se devem applicar as penas do art, 241 do Código Criminal, per- tencendo ao juiz de direito puni-los, em conformidade do art. 46, g a° do Código do Processo. —Ai. de 16 de Junho de 1834. (231) É nnllidade não terem sido inquiridas as teste- 231 advogado ou procurador, e depois pelo réo, seu advogado, ou procurador (232). Art. 263. Findo este acto, o advogado do réo desenvolverá sua defesa, apresentando a Lei, e referindo os factos, que sustentão a innocencia do réo, deduzidos em artigos succintos e claros. Art. 264. As testemunhas do réo serão introduzidas, e juraráõ sobre os artigos, sendo inquiridas primeiro pelo advogado do réo, e depois pelo do accusador ou autor (233). Art. 265. O autor ou accusador, seu advogado ou procurador; e por ultimo o munhas antes do julgamento.—Acc. da Relação da Corte de 23 de Novembro de 1855, na appcllação n. 2097. (232) O juiz de direito não percebe emolumentos por esta inquirição. — Av. de 21 de Outubro de 1833. Seus depoimentos serio «scriptos, se as partes o re- quererem. — Av, de 25 de Novembro de 1834-Vide nota 115. (233) Vide nota ao art. 262. Os arts. 263 e 26Ã são geraes, e, como taes, geral e indis lindamente se devem observar a respeito de todos os processos que pertencerem ao conhecimento e julga- mento do jury.— Av. de 25 de Agosto de 1835. 232 réo, seu advogado ou procurador, replicaráõ verbalmente aos argumentos contrários, e poderáô requerer a repergunta de alguma ou de algumas testemunhas já inquiridas; ou a inquirição de mais duas de novo, para pleno conhecimento de algum ou alguns artigos, ou pontos contestados, ou para provar contra algumas testemunhas qua lidades que as constituem indignas de fé (234). I Art. 266. Se depois dos debates o de- poimento de uma ou mais testemunhas, ou documento, for arguido de falso com fundamento razoável, o juiz de direito in- continente examinará esta questão inci- dente summaria e verbalmente, suspensa no entretanto a principal; e verificado o negocio suffícientemente, será a testemu- nha ou testemunhas, ou a pessoa que tiver (23A) Vide o Acc. da Relação da Corte de 22 de Maio de 1868, em nota ao art. til da Lei de 3 de Dezembro de 1841. t 233 apresentado o documento, rcmettida com todos os esclarecimentos ao jurv de accu- sação para resolver sobre o caso (235). {235) Supposlo se possa deduzir dos aris. 134 e se- guintes, e 152, que a prodocçSo de documentos por parte do autor só tem lugar nos actos conducentes á formação da culpa, contudo compre admitti-lo tanto ao autor como ao réo, para corroborar a acyisação ou a defesa, para me- lhor administração da justiça, visto não haver expressa problblçSo em algum artigo do Código do Processo , e antes no art. 266 suppôr oOerecimcnto de documentos no 2° conselho dos jurados.— Av. de 3 de Abril de 1836. Si depois dos debates o depoimento de uma ou mais testemunhas, ou um ou mais documentos, forem arguidos de falsos com fundamento razoarei, o juiz de direito exa- minará logo esta questão incidente, e a decidirá sutnmaria e verbalmente , fazendo depois continuar o processo da causa principal; e, no caso de entender, pelas averi- guações a que proceder, que concorrem veliementes in- dícios de falsidade, proporá cm primeiro quesito aos ju- rados , no mesmo acto em que fizer os outros sobre a causa principal:—Se os jnrados podem pronunciar alguma decisão a respeito dessa causa principal sem attenção ao depoimento ou documento arguido de falso. —Art. 55 da Lei de 3 de Dezembro de 18A1. Ilctirando-se os jurados, se decidirem afirmativamente esta questão, responderão aos outros quesitos sobre a causa principal ; resolvendo-a, porém, negativamente, não de- cidirão a cansa principal, que Geará suspensa e dissol- vido esse conselho.—O juiz de direito em ambos oscasos remetterá a cópia do documento ou depoimento arguido de falso, com os Indiciados delinquentes, ao juiz compe- tente, para formação da culpa.—Dita Lei, art. 56. Formada a culpa, no caso de que a decisão da causa principal tenha ficado suspensa, será tila decidida con- junclamente por novo conselho de jurados, com a causa de falsidade arguida.—Dita Lei, art. 57. 234 Art. 267. Na hypothese do artigo ante- cedente, continuará o processo sem atten-çào ao depoimento da testemunha suspeita de falsa, se os jurados entenderem que podem pronunciar a sua decisão. Art. 268. No, período das discussões tomaráõ os jurados as notas que lhes parecerem, ou do processo escripto, ou das allegaçõcs verbaes, e respostas que ouvirem, rompendo-as logo que lhes não forem necessárias. Art. 269. Achando-se a causa no estado de ser decidida, por parecer aos jurados que nada mais resta a examinar, o juiz de direito, resumindo com a maior clareza possível toda a matéria da aceusação e da defesa, e as razões expendidas pró e contra, proporá por escripto ao conselho as questões seguintes (236): (336) Vide art. 58 e seguintes da Lei de 3 de De- zembro de 1841, e 36 e seguintes do respectivo Regula- mento. 235 § 1.° Se existe crime no facto, ou ob- jecto da accusação ? § 2." Se o accusado é criminoso? § 3.° Em que gráo de culpa tem in- corrido? (237). § 4.* Se houve reincidência? (se disso se tratar). § 5.*Se ha lugar á indemnização ? (238). (237) Não ha dependência de designação do gráo da culpa para a imposição da pena nos delidos de que trata o art. Io da Lei de 10 de Junho de 1835, por isso que alli se impõe sempre a de morte. Quanto, porém, ás penas de que faz menção o art. W da mesma Lei, não se verificando os dous terços que se exigem para a im- posição da de morte, mas somente a maioria de votos, dever-se-ha observar o disposto no art. 332 do Código do Processo Criminal, que não está revogado, c que manda impor a pena immediata: e não havendo maioria, deve seguir-se a absolvição do rio, como é expresso na Re- solução de 22 de Agosto de 1833. — Av. de A de Outu- bro de 1837. (238) Em nenhum caso tem lugar o procedimento de sequestro contra os delinquentes, qualquer que seja o de- licio coromettido, porque as disposições do art. 179, .§ 20 da Constituição, dos arts. 21 e seguintes do Código Criminal, arts. 100 e seguintes, arts. 233, 234, 291 e 338 deste Código, tornarão invigorosas e sem effeito as da OnL, Liv. 5o, Tit. 127. — Av. de 15 de Janeiro de 1839. A indemnisação em todos os casos será pedida por acção eivei, ficando revogado o art. 31 do Código 286 Art. 270. Betirando-se os jurados á outra sala, conferenciarão sós, e a portas fechadas, sobre cada uma das questões propostas, e o que fôr julgado pela maioria absoluta de votos será escripto e publicado, como no jury de accusação (239). Criminal e o S 5° do art. 269 do Código do Processo. Não se poderá, porém, questionar mais sobre a existên- cia do facto, e sobre quem seja o seu autor, quando esta questões se achem decididas no crime.— Art. 68 da Lei de 3 de Dezembro de 1841. Vide o Accórdão do Supremo Tribunal, de 2 de Se- tembro de 1859, em nota ao art. 338. (239) No caso de empate, quer sobre a condemnaçSo, quer sobre-o grão de pena , seguir-se-ha a parte mais favorável ao réo.— Dec. de 22 de Agosto de 1833, re- ferindo-se á Resolução de 9 de Novembro de 1830, art. 3a. Podem assignar-ne com a declaração de vencidos, que serve não só para tranqulllisar a consciência dos votantes, como também por ser meio de conhecer-se com exactidão o numero dos votos contrários ou favoráveis ao réo. Não podem, porém, assignar-se com a declaração de suspeitos, porque a suspeição impede de ser juiz, e deve ser de- clarada,