dias que tem o congresso para deliberar sobre a matéria. Como se passa o processo legislativo para que se saiba se aquele projeto de conversão vai ser votado no congresso? Art. 62 § 9º - quanto maior for o assunto de um projeto de lei, maior será o número de comissões temáticas pelas quais deverá o projeto passar. No caso da MP que tem o prazo de 120 dias, é preciso que se tenha um processo mais abreviado – é por isso que existiria a comissão mista que concentra nela o que faria em cada casa as comissões temáticas. Que papel cumpre a comissão mista? Concentrar o trabalho que fariam diferentes comissões nas duas casas. Mas a comissão mista não fica circunscrita a isso – é possível que a Lei venha com o texto distinto que tinha a MP – isso significa que todo deputado federal ou senador ou comissão da câmara ou do senado pode alterar seu texto original. Essas emendas ao texto deverão ser apresentadas à essa comissão mista – é perante ela que deverão as emendas ao projeto de conversão serem apresentadas. Depois disso, o plenário de cada caso deverá votar – se é uma MP, a iniciativa foi do presidente e, por isso, a 1ª casa é a câmara – isso o art. 82 § 8º fala de maneira expressa. Tal como já conhecemos sistematicamente a constituição, esse art. seria desnecessário. Depois, passa ao Senado. Notemos como é um artigo fora de uma ordem lógica – ou seja, se pensarmos bem, a ordem aqui é desordem. ! O Congresso nacional faz controle de constitucionalidade? Quanto? Faz sim, nas comissões de constituição e justiça que implica num controle preventivo e político (porque feito numa casa legislativa) de constitucionalidade. O controle de constitucionalidade não está só entregue ao judiciário – o controle também existe no âmbito do congresso. Executivo e legislativo fazem, em rega, o controle preventivo. O controle repressivo quem faz é o judiciário pelo intrumento da ADI. Aí que está o ponto – o poder legislativo só faz controle preventivo como faz o presidente no veto? A emenda 32 trouxe uma mudança muito relevante – art. 62 § 5º - a deliberação de cada uma das casas sobre o mérito das MP dependerá de estar preenchidos os pressupostos constitucionais. Resumo da história – tanto na câmara quanto no senado, a votação tem uma dupla face – é preciso ver se a MP foi feita num contexto que a permite e se no seu conteúdo aprovam, se ela cumpre sua finalidade para a sociedade. E esse pode ser visto como uma forma de controle preventivo, porque se a Câmara rejeitar pq não viu atendidos os pressupostos constitucionais ou se o senado a rejeitar porque também não os viu preenchidos, a MP perde sua eficácia. Neste sentido, é indefensável que relevância e urgência é questão política e só o presidente mensura – o congresso também vai deliberar sobre isso – ele vai controlar politicamente atos em preparação e atos já vigentes – se a câmara disser que rejeita, ela perde eficácia porque ela é inconstitucional. Esse § é uma figura de destaque para pensar essa inovação que a emenda 32 trouxe. § 6º - vai tratar de um tema bastante conhecido da mídia – quando a MP bloqueia a pauta do congresso por estar em regime de urgência passado o quadragésimo quinto dia (45) de atraso. Na casa que estiver, é preciso apreciar primeiramente o projeto de conversão antes de votar qualquer outro projeto legislativo. Só a MP tem essa capacidade de obstar a pauta – o § 6º fala que ele breca as deliberações legislativas, mas CPI investigar, emitir pareceres, isso pode. Qual o problema desse regime de urgência? 1º - quando esse § nasceu, discutiu-se o seguinte: impor que o congresso delibere parece infringir o princípio constitucional da separação de poderes. Na doutrina, questionou-se sua legitimidade porque haveria uma ofensa à cláusula pétrea de separação de poderes. Mas essa tese não frutificou e persistiu a idéia de que o regime de urgência pode existir. Professor acredita que essa urgência representa um legítimo prejuízo ao princípio constitucional, mas quem mais se prejudica é a própria sociedade. Existe uma linha interpretativa que se adota hoje que entende que o o bloqueio que o regime de urgência gera é o da obstrução da pauta da sessão legislativa ordinária – mecânica interessante para privilegiar casos em que emendas de lei as vezes tem um objeto muito mais importante que tem uma MP que verse sobre um assunto específico. O final do artigo se desmembra em 4 opções: Conversão em lei; Vamos imaginar que a 1ª casa, câmara, vê atendidos os pressupostos constitucionais e aprova o texto e o senado também – no que houve a conversão em lei, a lei anterior está revogada. Rejeição; quando expressamente uma das casas se posiciona contra – ou pq não preenche requesitos constitucionais ou não atende aos interesses da coletividade; volta a vigorar aquela lei anterior suspensa pela MP. Perda de eficácia – Se a MP passa o prazo de 60 dias e mais 60, perderia a eficácia e voltaria a vigorar a lei anterior que havia sido suspensa. § 11. No meio disso, o MP estava vigorando. Nos 60 dias desde a rejeição ou desde a perda de eficácia, o congresso pode fazer um decreto legislativo. Se passados esses 60 dias e isso não for feito, a eficácia do MP permanece, não perdendo o rastro na via jurídica. Fazer um decreto legislativo em 60 dias é muito difícil. Ou seja, o que acaba acontecendo é que o presidente, mesmo sabendo que a MP legislativa pode parar de ter eficácia, pelo menos entre o periodo que ela é editada ate o momento que ela e rejeitada ou a perde, ela a tem. Ou seja, a MP é provisória no tempo, mas não nos seus efeitos. O presidente consegue legislar provisoriamente com efeitos permanentes. Emenda à redação – Presidente sanciona ou veta. Vai que a Câmara aprova um PL de conversao com modificacoes. Se isso ocorre, § 12. Enquanto os 15 dias uteis que o presidente tem para vetar ou sancionar passam, a MP tem vigencia originalmente. Se ela é rejeitada ou sofre perda de eficácia, a MP pára de vigir, e a lei anterior volta. Se, porém, o Congresso quiser que seus efeitos cessem e retroajam, então, em 60 dias o congresso deve promulgar um decreto – isso, no entanto, nunca aconteceu, porque a quantidade de trabalho é muito grande. 05/09 MEDIDA PROVISÓRIA DECRETO LEG CFRB ART 49 quando o Congresso delibera um Decreto Legislativo (basta que ambas as casas o aprovem), não depende de sanção do Presidente nem o Presidente pode vetar, então esse é um instrumento eficiente de pesos e contrapesos do Legislativo sobre o Executivo. Congresso pode desconstituir os efeitos da medida provisória por meio de Decreto Legislativo. Ver CFRB 49, V Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar; III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias; IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; VI - mudar temporariamente sua sede; VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos